Por vezes nos deparamos com respostas para os mistérios da humanidade nos locais mais inusitados, tal como aquela para a pergunta: estamos sozinhos no universo?
Uma questão tão complexa envolve compreender que tipo é esse de vida? Seriam criaturas como nós, com moléculas à base de carbono? Ou à base de outro tipo de elemento? Seres de corpos complexos, ou unicelulares?
Fora a conotação fantástica que livros de ficção e filmes criativos nos passam, já há anos é sabido da existência de vida extraterrena, mas por ser uma informação um tanto chata, talvez não tenha chegado no público em geral.
Mas vamos ao que interessa!
E para esse ponto, utilizaremos história para explicar: primeiro, por se tratar de uma premissa de estudos tão polêmica, deve ser desenvolvida uma compreensão prévia e básica do tópico em questão. Sendo assim, é primordial começarmos pelo início: a origem linguística que envolve os termos principais nos estudos filológicos das palavras-chaves que abarcam a interação da nova hipótese ao tema em si. Vamos dissecar a palavra Alienígena.
É, de fato, um termo interessante, pois não muda muito quanto à sua conotação principal e original, ao menos não quando é traduzida ao pé da letra, sob sua origem do latim: alienigĕna, ae – significando “aquele de origem estranha, estranho, estrangeiro, que veio de fora”, porém, empregada ao termo estranho, de forma exclusiva a ‘estranhos’ à região onde novos indivíduos adentravam os domínios de outros, ou ‘estrangeiro’. Já nessa nova percepção, em português brasileiro atual, é atribuída a entidades viventes oriundas de outro planeta, lua, ou externos ao planeta Terra.
É importante ressaltar também que diferente do que o cinema emulou na mente dos espetadores mundo afora, por décadas e décadas, a visão científica sobre alienígenas se estende a dois grupos principais: seres microbianos e seres inteligentes, complexos.
Ao elevar o raciocino a corpos extra-Terra, ou extraterrestres, compreende-se a vida não apenas a partir das moléculas de carbono, mas também entidades passíveis de vida a partir de outros elementos químicos, e dividindo-os basicamente nos dois tipos já citados: seres capazes de terem corpos complexos e raciocínio lógico e capacidade intelectual, e do tipo sob tamanhos microscópicos e aparentemente inertes à característica: inteligência.
Embora ainda não tenha sido divulgado a constatação de vida complexa e inteligentes, por vezes foram encontrados fragmentos comprobatórios que denuncia a presença de vida de alguma forma nos orbes extraterrenos.
Mas o que isso tudo tem haver com história ou arqueologia?
A mídia notícia muita coisa útil, e por vezes, os culpados por falta de atenção ao que é realmente importante, somos nós mesmos. Prova disso é a evidência que arqueólogos exploraram e em cooperação com outra área, os resultados foram promissores.
E é aqui que entram os arqueólogos, os escavadores da história. Pois é através deles que os meteoros fossilizados podem ser encontrados e enquadrados no hall de provas de vida alienígena, não-complexa, tal como vida microbiana conservada por milhares, se não milhões de anos.
Exemplo disso é do coordenador do grupo de astrobiologia da NASA Richard Hoover, que em 2011 publicou um artigo científico no periódico Journal of Cosmology – Periódico de Cosmologia, em tradução literal, e convidou mais de 100 especialistas e 5.000 outros cientistas a revisar seu trabalho (um processo normal no meio acadêmico, pois é assim que hipóteses e teorias são aceitas: a partir da mesma constatação de pesquisadores diferentes e verificação das provas das alegações). Ele declarou que a atitude de solicitar muito mais análises e perspectivas multidisciplinares para concordância de seu trabalho e amostragem seria necessária devido ao alto cunho controverso de sua descoberta. Ou seja, a prova definitiva de vida ter acontecido fora da esfera global terráquea, mesmo que a milhões de anos atrás, e contradizer a ideias que os humanos têm em se acharem sozinhos no universo.
Quem sabe se: de onde veio e de quando veio isso, não se originou e evoluiu vida também?
Foto da publicação do artigo no Journal of Cosmology, Periódico de Cosmologia. Na imagem é apontado o filamento fossilizado de um organismo orgânico de origem alienígena encontrado através de observações e profundos estudos em um asteroide caído na Terra. Os resultados foram frutos das pesquisas e liderança departamental do coordenador Richard Hoover, pela divisão de astrobiologia da NASA.
A questão sobre a descoberta de Richard é que seu foco de estudo se baseia em organismos extremófilas – que têm composição básica a partir do carbono e enxofre, e sobrevivem, ou vivem normalmente, a ambientes geoquímicos extremos e hostis, prejudiciais à maioria das outras formas de vida conhecidas da Terra. E os filamentos fossilizados que ele detectou em um meteoro caído na Terra demonstra que aquele rastro de vida, sobreviveu a algum evento espacial que expulsou um pedaço rochoso de algum asteroide, planeta ou lua, e a bactéria sobreviveu naquele pedaço rochosos e flutuante no vácuo espacial até que o meteoro se prendeu à gravidade da Terra e, enfim, caiu em nosso planeta. Sendo assim, uma prova definitiva que a vida existe em forma similares ao modo que se iniciou na Terra bilhões de anos atrás, e que isso pode ter ocorrido milhões de anos antes da Terra ter mostrado vida complexa pela primeira vez, sendo então mais uma prova para as hipóteses da teoria da panspermia e um fragmento de que essa mesma vida pode ter se desenvolvido em outros planetas semelhantes à Terra e encontrado o caminho da inteligência intelectual bem antes da raça humana.
“Estas bactérias fossilizadas não são contaminantes terrestres, ou seja, bactérias terrestres que possam ter contaminado o meteorito. São restos fossilizados de organismos vivos que existiram em corpos celestes similares aos deste meteoro, como cometas e luas”. Richard Hoover, Astrobiologo, NASA Publicado em Journal of Cosmology, 2011
Além disso, a descoberta coordena hipóteses que levam a comunidade científica a especular que é passível de existir entidades desenvolvidas em outras regiões fora da Terra, que se desenvolveram desde milhões de anos atrás e podem até estar no mesmo nível evolutivo que estamos como espécie hoje, ou anterior a nós, ou quem sabe até mais, muito mais adiantados em relação a nós.
Arqueólogos e historiadores dedicados a desvendar e encaixar as peças de nosso passado para termos uma compreensão melhor dos dias atuais, e evitar erros no futuro próximo e distante, também contribuem em outras áreas. E essa é a magia do estudo interdisciplinar. Enquanto um astrofísico olha para cima, o arqueólogo vislumbra para baixo, e quando um encontro desse tipo acontece, os resultados são mais que satisfatórios.
Então, dá próxima vez que alguém te perguntar se você acredita em vida alienígena, peça para a pessoa sentar que você irá explicar algumas coisas. E ao final, indique esse artigo para que algumas lacunas sejam preenchidas.