Caio Júlio César Augusto Germânico - Calígula, 31 de agosto de 12 ec. — 24 de janeiro de 41 ec.), também conhecido como Caio César ou ou simplesmente, Calígula.
A sua alcunha Calígula, significa "botinhas" em português, e foi nomeada assim pelos soldados das legiões comandadas pelo pai, que achavam graça em vê-lo mascarado de legionário, com pequenas cáligas (sandálias militares) nos pés.
Foi o terceiro imperador romano e membro da dinastia júlio-claudiana, instituída por Augusto.
Calígula, ficou conhecido pela sua natureza extravagante, cruel e pervertida. Filho de Agripina, a Maior, uma das mulheres mais poderosas do Império Romano, assim como seu pai, um importante general chamado de GERMANICO, Calígula também foi intimamente ligado a família Herodiana, visto que o seu amigo intimo era nada mais, nada menos do que Herodes Agripa I, Neto de Herodes o Grande e pai de Herodes Agripa II que manteve intima relações com a dinastia posterior a Júlio - Claudiana; a Dinastia dos Flavianos.
INCITATUS - O CAVALO "SENADOR" DE CALIGULA.
Assim como Alexandre o Grande, que tinha paixão pelo seu cavalo BUCEFALO, Caligula tinha o seu cavalo Incitātus .
Segundo a lenda, Calígula planejava fazer do cavalo um cônsul , embora fontes antigas sejam claras de que isso não ocorreu.
Supostamente, Incitatus tinha 18 servos para si, vivia em um estábulo de mármore, andava com um arreio decorado com pedras/jóias raras e especiais e vestido de púrpura (a cor da realeza) e comeu de uma manjedoura de marfim.
Segundo determinados historiadores, nos seus últimos anos de vida, Calígula esteve envolvido numa série de escândalos, entre os quais se destacam manter relações incestuosas com as suas irmãs (Dentre elas, Agripa, a menor que era a mãe do imperador Nero); e até mesmo obrigá-las a prostituir-se.
A 24 de janeiro de 41, foi assassinado pelos executores de uma conspiração integrada por pretorianos e senadores; e liderados pelo seu prefeito do pretório, Cássio Quereia. O desejo de alguns conspiradores de restaurar a república viu-se frustrado quando, no mesmo dia do assassinato de Calígula, o seu tio Cláudio foi declarado imperador pelos pretorianos. Uma das primeiras ações de Cláudio como imperador foi ordenar a execução dos assassinos do seu sobrinho.
Áudio Book da BBC sobre a Calígula: assassino e depravado ou vítima da História?
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FILME - CALIGULA
Caligula - é um filme ítalo-estadunidense de 1979, do gênero drama histórico-biográfico, dirigido por Tinto Brass, com roteiro de Gore Vidal.
Contendo cenas adicionais filmadas por Giancarlo Lui e por Bob Guccione, fundador da revista Penthouse, o filme conta a história da ascensão e queda do imperador romano Gaius Caesar Germanicus, mais conhecido como Calígula.
Estrelado por Malcolm McDowell no papel-título, Calígula foi a primeira grande produção a mostrar atores famosos (John Gielgud, Peter O'Toole, Helen Mirren) envolvidos em cenas de sexo explícito.
CENAS DO FILME RETRATANDO A PROMISCUIDADE QUE REINAVA COM MUITA INTENSIDADE NA ERA DE CALIGULA.
OS SUNTUOSOS BARCOS DE CALIGULA
Conhecidos como os barcos do lago Nemi, eram barcos grandes e luxuosos construídos a mando do imperador romano Calígula, no século I, no lago Nemi (Lago vulcânico na região italiana do Lácio, 30 km ao sul de Roma) - veja imagem abaixo.
Acima do lago, havia um bosque consagrado à deusa Diana. Do santuário de Diana, uma torrente desce até o Nemi, assombrada pela ninfa das águas Egéria em associação com um Rei dos Bosques (Rex Nemorensis) citado nas lendas arturianas como o "Rei Pescador" da Busca do Graal, com Diana como Dama do Lago.
Os imperadores Calígula e Tibério velejavam no lago Nemi não apenas para fugir do calor no verão, mas para assegurar-se de que eram Nemorenses (Nemorensi), governantes alinhados com as estrelas, entrelaçados na perpétua força vital da Terra.
Os navios Nemi eram dois navios, de tamanhos diferentes, construídos sob o reinado do imperador romano Calígula no século I ec. no Lago Nemi.
Embora o propósito dos navios seja especulado, o navio maior era um elaborado palácio flutuante, que continha quantidades de mármore, pisos de mosaico, aquecimento e encanamento e comodidades como banheiros. Ambos os navios apresentavam tecnologia que se pensava ter sido desenvolvida historicamente mais tarde. Foi afirmado que o imperador foi influenciado pelo estilo de vida luxuoso dos governantes helenísticos de Siracusa e do Egito ptolomaico.
Recuperados do leito do lago em 1929, os navios foram destruídos por um incêndio em 1944 durante a Segunda Guerra Mundial.
Entenda no vídeo abaixo o que aconteceu com os navios ......
FOTOS INTERASSANTISSIMAS DOS NAVIOS E SUAS PARTES RECUPERADAS.
BONUS:
As moedas de Calígula frequentemente homenageiam os membros da sua dinastia familiar! Veja acima uma peça representando o imperador e sua mãe, Agripina, A MAIOR:
FACES OS IMPERADORES ROMANOS REVELADOS POR IA - inteligência artificial
NO PROXIMO ARTIGO!!! LUPANAR, os bordéis da Roma Antiga !
INTRODUÇÃO ao próximo artigo.
37 EC, apenas 42 anos antes da erupção do Vesúvio, Calígula se torna imperador. Ele estabelece um padrão de depravação que poucos alcançariam nos próximos dois mil anos depois de seu império.
Ele é fascinado pela corrupção e pela transgressão sexual, estabelecendo um imposto sobre a prostituição e uma equipe de burocratas para fazer cumprir a lei.
Calígula transforma o sexo pago em um negócio sancionado pelo estado para mostrar como se faz. Ele abre um bordel dentro do palácio imperial. O bordel é formado pelas esposas, filhas e filhos de cidadãos proeminentes e homens de alta classe.
Alguns por vontade própria, e outros não. Calígula é sucedido por Nero e apesar de não ser páreo para seu predecessor na depravação, Nero não é um Santo.
Ele espanca cidadãos por diversão humana, executa a mãe e chuta uma de suas esposas até a morte, e quando não está em bordéis ele organiza orgias elaboradas.
O mau comportamento de Calígula e Nero, influenciam a sociedade em todo o império romano, de Roma até as cidades menores, tais como Pompéia.
Vício e corrupção são a ordem do dia, mas em 69 EC, apenas dez anos antes do Vesúvio engolir Pompeia, um novo imperador sucede Nero, e as coisas começam a mudar.
As termas no interior de Pompéia dão uma importante pista dessa mudança cultural. A datação por carbono revela que as ilustrações, incrivelmente explícitas no vestiário masculino, foram cobertas três anos antes de Pompéia ser destruída. O detalhe nos mostra algo muito mais importante. As ilustrações promiscuas nos bordéis receberam tinta por cima e isso significa que em algum estágio eles acharam que não era aceitável ter essas imagens. E isso nos mostra que faz sentido, pois depois da queda de Nero, quando o novo Imperador Vespasiano assume o império, esse traz uma moralidade.
Essa mudança conservadora que acontece em Roma começava a afetar Pompéia quando Vesúvio congelou a cidade. É um momento crucial, logo depois ao período mais decadente da história romana, se inicia. A atmosfera de Pompéia de serviços e mercados sexuais era normal para aquela época.
Se a cidade sobrevivesse mais 20 anos, encontraríamos - exemplos eróticos antigos, mas o mercado da prostituição ainda estariam intacto. Ele estava profundamente arraigado; não só em Pompeia, mas em toda a sociedade Romana.
E a história mostra que continuaria assim por séculos. Pompéia nos da imagem inigualável de um período crucial em que o sexo pago tinha vários papéis no mundo pragmático romano. Era um negócio pouco honroso, mas bastante lucrativo. Para os ricos é uma grande fonte de arrecadação de impostos e para o estado, uma maneira dos homens terem sexo extra sem terem casos ilegais.
É uma maneira bastante pública de reforçar o sistema de classes permitindo a prostituição como uma humilhação pública dos homens e mulheres forçados a pratica-la.
O comércio de sexo em Pompéia, reflete todas as contradições da sociedade romana. Seu racionalismo, sua brutalidade, sua paixão, que revela o enorme impacto que líderes bons e ruins podem ter nos mais poderosos e diversos impérios.
ALGUMAS IMAGENS DO PROXIMO ARTIGO.
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Bibliografia, Fontes e Referencias:
A. Barrett, Anthony (1989). Caligula : the corruption of power. Batsford: [s.n.] ISBN 0-7134-5487-3
Grant, Michael (1975). The Twelve Caesars. Nova York: Charles Scribner's Sons
Hurley, Donna W. (1993). An Historical and Historiographical Commentary on Suetonius : Life of C. Caligula. Atlanta, Geórgia: Georgia : Scholars Press
«De Imperatoribus Romanis» (em inglês)
«Artigo de Straight Dope» (em inglês)
«Calígula» (em inglês)
«Cronologia do seu reinado» (em inglês)
«Relato das suas actividades» (em inglês)
«Árvore Genealógica» (em inglês)