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- RMS TITANIC: NAUFRÁGIO SOB ENCOMENDA
Antes de ler esse artigo, é importante que leia o artigo publicado anteriormente - SISTEMA FEDERAL RESERVS E A GOVERNANÇA DO MUNDO. Também leia os artigos sobre o IMPÉRIO BRITANICO, principalmente as partes 3 e 4 !!!! Nesse artigo, vamos falar sobre o R.M.S. Titanic, navio considerado na época com o maior navio transatlântico do mundo e de propriedade da empresa White Star Line e que naufragou nas águas geladas do Atlântico Norte, quando em sua viagem inaugural entre Southampton - Inglaterra e Nova York. RMS SIGNIFICA "Royal Mail Steamer" ou "(Vapor ou Navio do Correio Real), que indica que esse navio era utilizado também para o transporte das correspondências do Correio Real Britânico." A White Star Line foi uma companhia de navegação britânica. Fundada a partir dos restos de uma extinta empresa de pacotes, gradualmente se tornou uma das linhas de navegação mais proeminentes do mundo, fornecendo serviços de passageiros e carga entre o Império Britânico e os Estados Unidos. Enquanto muitas outras companhias de navegação se concentravam principalmente na velocidade, a White Star marcou seus serviços concentrando-se mais em fornecer passagens confortáveis para viajantes de classe alta e imigrantes. Hoje, é lembrada pelo inovador navio Oceanic e pelas perdas de alguns de seus melhores navios de passageiros, incluindo o naufrágio do Atlantic em 1873, o naufrágio da Republic em 1909, a perda do Titanic em 1912 e o naufrágio do HMHS Britannic em tempo de guerra. em 1916. A White Star Line em um projeto ambicioso, projetou uma família de transatlânticos, ainda maiores para suplantar a sua concorrente; a Cunard Line, que havia lançado ao mar os maiores transatlânticos até o momento. Eram eles, o Lusitania e o Mauretania. Nascia então a classe Olympic, originalmente projetada para ser dois navios, o Olympic e o Titanic, e posteriormente um terceiro, o Gigantic (renomeado para Britannic para evitar comparações com o Titanic após o naufrágio). As propagandas da época divulgavam através de planfletos que o Titanic era classificado como “inafundável”, devido a tecnologia implementada que eram às câmaras semi-estanques que permitiriam ao navio navegar com segurança mesmo com quatro seções inundadas. Características do Titanic O navio possuía 269 metros de comprimento, 28 metros de largura máxima e altura aproximada de 53 metros. A capacidade de carga do RMS Titanic era de 46.328 toneladas, chegando a 52 toneladas quando carregado. Durante a primeira e única viagem realizada pelo navio, somente as bagagens pesavam aproximadamente 900 toneladas. Quanto ao transporte, o Titanic podia comportar mais de 3,3 mil pessoas entre passageiros e membros da tripulação." Um dos principais aspectos do interior do RMS Titanic era o luxo, e o espaço contava com uma decoração muito rica em ornamentos. O navio era composto por 840 cabines, sendo 416 na primeira classe, 162 na segunda classe e 262 na terceira classe. Entre as instalações presentes no RMS Titanic, encontravam-se: restaurantes; bibliotecas e salas de leitura; piscinas no convés e reservadas (algumas aquecidas, destinadas à primeira classe); ginásio (ou quadra); salão de jogos; barbearias; elevadores (quatro no total). Estima-se que o custo da construção do RMS Titanic tenha sido de 7,5 milhões de dólares à época. Considerando que o navio foi finalizado em 1911, o valor nos dias atuais, corrigido de acordo com a inflação, seria de mais de 234 milhões de dólares." Além disso, o gigante Titanic, expressava a alta tecnologia em engenharia naval da época, e representava a sociedade época. Isso porque as suas instalações eram divididos em três classes de acomodações uma para cada classe social, sendo impossível haver a mistura de uma classe para outra diretamente, não ser por permissão exclusiva pela tripulação pois era necessário acessar as áreas técnicas para ter acesso à outra classe. Havia também, corredores exclusivos para cada classe com passagens ocultas aos passageiros, pois por essas passagens ocultas circulavam os trabalhadores tripulantes do navio imundos de graxa, carvão e suor. O Titanic era um projeto de ser um navio de segregação social. Quando partiu para o oeste pelo Atlântico, estava transportando 892 tripulantes e 1 320 passageiros. Esta era apenas cerca de metade de sua capacidade de passageiros de 2 435, pois era a baixa temporada e o embarque no Reino Unido foi interrompido por uma greve dos mineradores de carvão. Seus passageiros eram uma mistura da sociedade Eduardiana, de milionários tais como John Jacob Astor e Benjamin Guggenheim, até imigrantes pobres de países tão dispersos como Armênia, Irlanda, Itália, Suécia, Síria e Rússia buscando uma vida nova na América. CURIOSIDADE FATAL: As passagens ocultas contribuíram decisivamente para o naufrágio, já que vários destes corredores e passagens corriam por cima das câmaras semi-estanques sem que houvessem comportas estanques que pudessem lacrá-los. Alguns deles passavam a apenas 3 metros acima da linha d´água, permitindo que a água que havia inundado uma câmara, atingisse outra seca e assim sucessivamente. Veja a simulação em CGI 3D feita pela National Geographic sobre o processo de naufrágio do RMS TITANIC provocado pelas câmaras semi-estanques, conforme explicado acima. Vídeo que mostra parte dos destroços RMS TITANIC onde se pode ler "TITANIC" Entre a noite de 14 de abril e a madrugada de 15 de abril de 1912, naufragava o RMS TITANIC, duas horas e quarenta minutos depois, às 02h20 (05h18 GMT) na segunda-feira, 15 de abril, resultando na morte de 1 496 pessoas, transformando-o em um dos desastres marítimos mais mortais. Mesmo após ter recebido seis avisos de mar com gelo em 14 de abril, o RMS TITANIC perto da velocidade máxima; quando seus vigias avistaram o iceberg, era tarde demais. O oficial William Murdoch ordenou que virasse o leme todo para estibordo na tentativa de desviar do iceberg mas sem sucesso. O navio colidiu com o iceberg danificando provavelmente seis ou sete compartimentos estanques, indo a pique nas aguas gélidas do Atlântico Norte. Descobriu-se que o leme do Titanic fora projetado muito pequeno para o tamanho e peso do navio. Com o navio avançando rápido, caso os hélices estivessem parados, a passagem da água por eles antes de chegar ao leme o tornaram ineficiente para a manobra por causa da turbulência. Caso as máquinas estivessem em reversão total, o leme se situa na zona turbulenta e de baixa pressão entre o fluxo de água no sentido de proa a popa normal do deslocamento do navio, em oposição ao fluxo inverso promovido pelos hélices, e novamente temos uma menor eficiência do leme. As simulações apontam que se tivessem feito exatamente o contrário da lógica, e comandado toda força à frente, o leme ganharia artificialmente eficiência e tirado o navio do acidente. Outra possibilidade, porém assumindo muitos riscos, seria manter as máquinas em reversão total e deixar o navio colidir de frente com o iceberg. Isto teria afetado apenas a primeira e talvez a segunda seção semi-estanque, e o navio seguiria seu curso avariado, porém seguro. O Titanic tinha uma grave falha conceitual de segurança. Seu casco simples era como a casca de um ovo separando a água do mar do seu interior seco, tendo de segurar uma pressão muito alta. Caso fosse avariado, o vazamento encheria as câmaras semi-estanques sem opção de reparo, e o casco avariado por um raspão poderia se romper com a pressão, como foi realmente verificado anos depois, com a descoberta dos restos do naufrágio. Hoje, para evitar os problemas de colisão do Titanic, os projetistas navais usam o recurso de casco duplo, ou literalmente um casco por dentro do outro, de tal sorte que, caso o casco principal seja afetado em uma colisão, o segundo, interno, permaneça incólume e o navio, seguro. Os destroços do RMS Titanic foram localizados 73 anos após o naufrágio. A descoberta aconteceu em 1º de setembro de 1985, e foi feita pelos oceanógrafos Jean-Louis Michel e Robert Ballard. Os remanescentes do transatlântico se encontram a 3800 metros de profundidade e estão em avançado estado de deterioração causado pelo sal marinho, responsável pelo processo de corrosão das peças, e pelas colônias de bactérias que consomem ferro e que se instalaram nos destroços." Cerca de uma década após o acidente, alguns engenheiros começaram a lançar suspeitas sobre a qualidade do material empregado na construção do casco do Titanic. Tais suspeitas foram rebatidas pela White Star Line e pelo estaleiro onde o navio fora construído. Como não haviam provas materiais, estas suspeitas não passaram deste ponto. Assim, quando o Titanic afundou, mais de mil passageiros e a tripulação ainda estavam a bordo. Quase todos aqueles que pularam ou caíram na água, afundaram ou morreram em minutos devido aos efeitos da hipotermia. O navio de passageiros britânico Carpathia registrou os pedidos de socorro do Titanic, quando navegava a cerca de 93 km de distância. Desviou sua rota e chegou ao local por volta de uma hora e meia depois do naufrágio, resgatando os últimos sobreviventes por volta das 9h15 de 15 de abril, quase nove horas e meia após a colisão. O desastre causou indignação generalizada pela falta de botes salva-vidas, regulamentos negligentes e o tratamento desigual das três classes de passageiros durante a evacuação. Os inquéritos subsequentes recomendaram alterações radicais nos regulamentos marítimos, levando ao estabelecimento em 1914 da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS em inglês), que ainda hoje regulamenta a segurança marítima. Durante 14 de abril de 1912, os operadores de rádio do Titanic receberam seis mensagens de outros navios avisando sobre gelo à deriva, os quais os passageiros no Titanic começaram a notar durante a tarde. A condição do gelo no Atlântico Norte era a pior em qualquer mês de abril nos 50 anos anteriores (razão pela qual os vigias desconheciam que estavam prestes a entrar em uma área de gelo à deriva com vários quilômetros de largura e de comprimento) Enquanto o Titanic se aproximava de sua colisão fatal, a maioria dos passageiros tinha ido para a cama e o comando da ponte tinha passado do Segundo Oficial, Charles Lightoller para o Primeiro Oficial William Murdoch. Os vigias Frederick Fleet e Reginald Lee estavam ocupando o cesto da gávea, 29 metros acima do convés. A temperatura do ar tinha caído quase ao congelamento e o oceano estava completamente calmo. O Coronel Archibald Gracie, um dos sobreviventes do desastre, posteriormente escreveu que "o mar parecia vidro, tão suave que as estrelas estavam claramente refletidas". É agora sabido que águas extremamente calmas são um sinal de campo de gelo próximo. Durante a viagem, o Titanic recebeu muitas mensagens de icebergs de diversos navios pelos quais passavam, via telegrafia luminosa, obrigando o capitão Smith a traçar uma rota mais ao sul, onde acreditava não encontrar icebergs. As conclusões do inquérito indicam que o dano se estendeu por cerca de 91 metros e, portanto, muitos escritores subsequentes seguiram esta declaração. Pesquisas recentes dos destroços com ultrassom descobriram que o dano consistiu de seis estreitas aberturas em uma área do casco cobrindo apenas cerca de 1,1 to 1,2 m² no total. De acordo com Paul K. Matthias, que fez as medições, o dano consistiu em uma "série de deformações no lado de estibordo que começam e param ao longo do casco, cerca de três metros acima do fundo do navio" Os intervalos, o mais longo com 12 metros de comprimento, parecem ter seguido a linha das chapas do casco. Isso sugere que os rebites de ferro ao longo das costuras da placa pularam ou abriram-se para criar lacunas estreitas através das quais a água entrou. Com a baixa qualidade do material do casco submetido à baixa temperatura do oceano, os danos iniciais e posteriores à colisão do navio com o iceberg foram em muito agravados. Com a colisão e depois, conforme o navio afundava pelo alagamento das primeiras câmaras semi-estanques, a pressão da água sobre as chapas e rebites aumentava nas câmaras ainda secas. Muitos rebites não resistiram e partiram, e chapas se deformaram como folhas de papel diante da pressão da água. Sem binóculos à mão Na fatídica noite de 14 de abril, o marinheiro Frederick Fleet estava de vigia. Ele era um marinheiro experiente que velejava desde os 12 anos de idade. Diz-se que estava muito frio na cabine de comando naquela noite, quando Fleet viu uma massa escura na água – o primeiro avistamento do iceberg – e relatou o perigo a seus superiores. O primeiro oficial respondeu prontamente, mas era tarde demais. Fleet sobreviveu ao desastre e mais tarde declarou que não tinha binóculos. Os binóculos estavam em um armário trancado, e as chaves haviam sido deixadas com um oficial que não estava a bordo do navio. Parte da tripulação havia sido substituída pouco antes da primeira travessia do Atlântico, e esse oficial estava entre os substituídos. Ele deve ter esquecido de deixar a chave no navio. Houve ainda toda uma série de enganos e complicações que agravaram o acidente, como a posição transmitida pelo radiotelegrafo na mensagem de socorro, errada em 16 quilômetros sobre a posição real. Ficheiro:RMS Titanic distress signal simulated as morse code.wav – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Se havia algo que tornasse tão grande o orgulho humano em 1912, este algo seria o Titanic. E ele afundou logo em sua primeira viagem, matando 1.500 pessoas, muitas das quais da alta sociedade americana e europeia. Se o Titanic fosse um navio qualquer e tivesse afundado com 1.500 imigrantes pobres, certamente não teria causado tanta comoção na época, nem teria se tornado a lenda que se tornou. As pessoas, acreditando em seus pequenos mundos pessoais, seguros, confortáveis, de repente se viram confrontadas com o potencial de morte do mundo real, qualquer que fosse sua classe social. A confiança era tanta na segurança do Titanic que a White Star Line decidiu instalar apenas 16 botes no navio, o mínimo exigido para um navio de seu porte. Porém estes botes ofereciam capacidade de salvamento para apenas a terça parte das pessoas previstas a bordo. 🤔 O financista da White Star J. P. Morgan e Milton S. Hershey, fundador da fabricante de chocolates Hershey's, fizeram planos para embarcar na viagem inaugural do navio, mas cancelaram no último minuto. Alguns dos homens mais ricos do mundo estavam a bordo do Titanic para sua viagem inaugural, vários dos quais, incluindo OS QUE SE OPUNHAM à criação de um banco central dos Estados Unidos . John Jacob Astor IV (13 de julho de 1864 - 15 de abril de 1912) foi um magnata americano, incorporador imobiliário, investidor, escritor, tenente-coronel na Guerra Hispano-Americana e um membro proeminente da família Astor (A família Astor alcançou destaque nos negócios , na sociedade e na política nos Estados Unidos e no Reino Unido durante os séculos XIX e XX. Com raízes ancestrais nos Alpes italianos e suíços, os Astors se estabeleceram na Alemanha, aparecendo pela primeira vez na América do Norte no século 18 com John Jacob Astor , uma das pessoas mais ricas da história ) BUSSINESS ATUAIS DA FAMILIA ASTOR American Fur Company Apartamento Astor Court Taberna Cabeça de Touro Banco Nacional Gallatin Hotel Nova Holanda John Jacob Astor & Company Ferrovia Mohawk & Hudson Newsweek O observador OKA direto Diário de Pall Mall Parque Hotel Mídia Silvergate South West Company St. Regis Hotel The Times de Londres Waldorf-Astoria (1893–1929) Hotel Waldorf Ele morreu no naufrágio do RMS Titanic durante as primeiras horas de 15 de abril de 1912. Astor era o passageiro mais rico a bordo do RMS Titanic e era considerado uma das pessoas mais ricas do mundo na época, com um patrimônio líquido no valor de cerca de US $ 87 milhões quando ele morreu (equivalente a US $ 2,44 bilhões em 2021). Poucos passageiros, a princípio, estavam animados em embarcar nos botes e os oficiais no comando da evacuação tiveram dificuldades em os convencer. Enquanto viajava, Madeleine Force Astor engravidou e desejando que a criança nascesse nos Estados Unidos, os Astors embarcaram no Titanic em sua viagem inaugural para Nova York. Eles embarcaram em Cherbourg , na França, na primeira classe e eram os passageiros mais ricos a bordo. Acompanhando os Astors estavam: o valete de Astor, Victor Robbins a empregada da Sra. Astor, Rosalie Bidois e sua enfermeira, Caroline Louise Endres. Eles também levaram seu animal de estimação Airedale, Kitty. Os Astors gostavam muito de seu cachorro e quase a perderam em uma viagem anterior, quando ela desapareceu no Egito. Kitty não sobreviveu ao naufrágio. Logo após o Titanic atingir o iceberg, o advogado de Nova York Isaac Frauenthal viu o capitão Edward J. Smith aconselhe Astor a acordar sua esposa, pois eles podem ter que ir para os barcos. Astor informou sua esposa sobre a colisão, mas disse a ela que o dano não parecia ser sério. Algum tempo depois, enquanto os botes salva-vidas do navio para a primeira classe estavam sendo tripulados, Astor permaneceu imperturbável; ele e sua esposa brincavam com os cavalos mecânicos no ginásio. Em algum momento, acredita-se que Astor cortou o forro de um colete salva-vidas extra com um canivete para mostrar à esposa o conteúdo, seja para provar que não eram úteis ou para tranqüilizá-la de que eram. Ele até declarou: "Estamos mais seguros aqui do que naquele barquinho" Depois que o bote salva-vidas 4 foi baixado às 1h55, Astor teria ficado sozinho enquanto outros tentavam libertar os barcos desmontáveis restantes; ele foi visto pela última vez com vida na asa estibordo da ponte, fumando um cigarro com Jacques Futrelle. Meia hora depois, o navio desapareceu no fundo do oceano. Madeleine Force Astor, sua enfermeira e sua empregada sobreviveram. O coronel Astor, seu valete, Victor Robbins, Kitty e Futrelle não. O corpo de Astor foi recuperado em 22 de abril pelo navio a cabo Mackay-Bennett . Astor foi identificado pelas iniciais costuradas na etiqueta de sua jaqueta. Entre os itens encontrados com ele estava um relógio de bolso de ouro , que seu filho Vincent reivindicou e usou pelo resto de sua vida. HOMEM – IDADE ESTIMADA 50 – CABELO LISO E BIGODE. ROUPA – Fato de sarja azul; lenço azul com "AV"; cinto com fivela dourada; botas marrons com sola de borracha vermelha; camisa de flanela marrom; "JJA" na parte de trás da gola. EFEITOS – Relógio de ouro; botões de punho em ouro com diamante; anel de diamante com três pedras; £ 225 em notas inglesas; $ 2.440 em notas; £ 5 em ouro; 7s. em prata; 5 peças de dez francos; lápis de ouro; livro de bolso. PRIMEIRA CLASSE. NOME- JJ ASTOR IV Em suas memórias, Gracie afirmou que ouviu que o corpo de Astor estava em estado de esmagamento. Isso levou à crença popular de que Astor foi morto pelo primeiro funil que caiu do navio. Outros relatos foram inconsistentes: o capitão Richard Roberts, o comandante do iate de Astor, disse que, exceto por uma leve descoloração causada pela água, as feições de Astor estavam ilesas; no entanto, Gerald Ross, um eletricista do Mackay-Bennett , relatou que o "rosto de Astor estava inchado, uma mandíbula ferida". O sobrevivente Philip Mock foi citado como alegando ter visto Astor na água agarrado a uma jangada com William Thomas Stead . "Seus pés ficaram congelados", disse Mock, "e eles foram forçados a se soltar. Astor foi enterrado no Trinity Church Cemetery em Manhattan, Nova York. Quatro meses após o naufrágio do Titanic , Madeleine Astor deu à luz seu segundo filho, John Jacob "Jakey" Astor VI . Benjamin Guggenheim (26 de outubro de 1865 - 15 de abril de 1912) foi um empresário americano, membro rico da família Guggenheim (família judia Ashkenazi, conhecida por fazer fortuna na indústria de mineração, no início do século 20, especialmente nos Estados Unidos e na América do Sul . Após a Primeira Guerra Mundial, muitos membros da família se retiraram dos negócios e se envolveram em filantropia, especialmente nas artes, aviação, medicina e cultura). Ele morreu a bordo do RMS Titanic quando o navio afundou no Oceano Atlântico Norte . O corpo dele nunca foi recuperado. BUSSINESS ATUAIS DA FAMILIA GUGGENHEIM A Guggenheim Partners (gerenciamento de ativos, banco de investimento e serviços de corretagem, incluindo mercados de capitais), hoje administra mais de US$ 200 bilhões em ativos. Outro business familiar, a Guggenheim Investment Advisors, administra cerca de US$ 50 bilhões em ativos. Tiveram enlaces matrimoniais com a familia Rothschild através de Louis F. Rothschild (1869–1957), fundador da LF Rothschild (banco comercial e de investimento com sede nos Estados Unidos e fundada em 1899. A empresa entrou em colapso após a quebra do mercado de ações em 1987) Guggenheim embarcou no RMS Titanic e estava acompanhado por sua amante, uma cantora francesa chamada Léontine Aubart (1887–1964) seu valete, Victor Giglio (1888–1912); seu motorista, René Pernot (1872–1912); e a empregada de Madame Aubart, Emma Sägesser (1887–1964). Guggenheim e Giglio dormiram durante o encontro do Titanic com o iceberg apenas para serem acordados logo após a meia-noite por Aubart e Sägesser, que sentiram a colisão. Sägesser mais tarde citou Giglio como tendo dito: "Não importa, icebergs! O que é um iceberg?" Guggenheim foi persuadido a acordar e se vestir, e o camareiro James Etches ajudou a colocá-lo com um colete salva-vidas e um suéter pesado antes de enviar Guggenheim, Giglio e as duas mulheres para o convés do barco. Etches mais tarde testemunhou que Guggenheim e seu valete foram de barco salva-vidas em barco salva-vidas, garantindo que as mulheres e crianças estivessem seguras a bordo e que os dois foram de grande ajuda para os oficiais. Quando Aubart e Sägesser entraram relutantemente no bote salva-vidas nº 9, Guggenheim falou com a empregada em alemão, dizendo: "Logo nos veremos novamente! É apenas um reparo. Amanhã o Titanic continuará novamente . " Percebendo que a situação era muito mais séria do que ele havia insinuado e que não seria resgatado, ele voltou para sua cabine com Giglio e os dois vestiram trajes de noite. "O milionário Benjamin Guggenheim depois de ter ajudado no resgate de mulheres e crianças, vestiu-se e colocou uma rosa na lapela, para morrer." Etches relatou que "logo depois que os últimos barcos foram baixados e recebi ordens do oficial do convés para manejar um remo, acenei para o Sr. Guggenheim, e essa foi a última vez que o vi e [Giglio ]." Ambos os homens, assim como o motorista do Guggenheim, Pernot, morreram no naufrágio. Seus corpos, se recuperados, nunca foram identificados. Isidor Straus (6 de fevereiro de 1845 - 15 de abril de 1912) foi um empresário judeu americano nascido na Baviera, político e co-proprietário da loja de departamentos Macy's com seu irmão Nathan . Macy's é uma rede americana de lojas de departamentos de luxo fundada em 1858. Em 2015, a Macy's era a maior loja de departamentos dos Estados Unidos em vendas no varejo. Ele também serviu por pouco mais de um ano como membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Ele morreu com sua esposa, Ida , no naufrágio do navio de passageiros RMS Titanic . Assim que ficou claro que o Titanic estava afundando, Ida se recusou a deixar Isidor e não entraria em um bote salva-vidas sem ele. De acordo com o amigo e sobrevivente do Titanic , Coronel Archibald Gracie IV, quando se ofereceu para perguntar a um oficial se Isidor poderia entrar em um bote salva-vidas com Ida, Isidor recusou-se a abrir uma exceção enquanto mulheres e crianças ainda estavam a bordo, enquanto Ida teria dito: "Não vou me separar de meu marido . Assim como vivemos, morreremos juntos." Ida deu à empregada seu casaco de pele e insistiu para que ela entrasse em um bote salva-vidas. Isidor e Ida foram vistos pela última vez no convés de braços dados; testemunhas oculares descreveram a cena como uma "exibição mais notável de amor e devoção". O corpo de Isidor foi recuperado e levado para Halifax, Nova Escócia , e de lá embarcado para Nova York. O corpo de Ida nunca foi encontrado. O casal é retratado no filme Titanic de 1953 , no filme A Night to Remember de 1958 , e no musical Titanic , em cenas que são fiéis aos relatos descritos acima. No filme Titanic de 1997 , os Strauses são brevemente retratados se beijando e abraçados em sua cama enquanto sua cabine inunda com água, durante uma sequência de eventos emocionais enquanto o quarteto de cordas do navio toca o hino " Nearer My God to Thee " . Uma cena deletada mostra Isidor (interpretado por Lew Palter ) tentando persuadir Ida (interpretada por Elsa Raven ) a entrar em um bote salva-vidas, o que ela se recusa a fazer. Filme Titanic A tragédia do RMS Titanic ficou marcada para sempre na história da navegação marinha e no imaginário da sociedade, tendo sido tema principal de inúmeras produções audiovisuais, como documentários, peças de teatro, livros, curtas e longas-metragens." "Uma das produções mais populares é o filme norte-americano Titanic, dirigido por James Cameron e estrelado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. Trata-se de um drama fictício que conta a história de amor vivida por Rose Dewitt Bukater e Jack Dawson a bordo do famoso navio, retratando a colisão com o iceberg e o naufrágio do RMS Titanic. O longa estreou no ano de 1997 e arrecadou 2,1 bilhões de dólares internacionalmente, sendo a terceira maior bilheteria da história do cinema até o momento." BONUS: Maravilhoso Papercraft do Lendario Navio Titanic👇🏼 https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-958179833-fabuloso-papercraft-lendario-navio-titanic-escala-1200-_JM?attributes=CHARACTER:VGl0YW5pYw==,COLOR_SECONDARY_COLOR:TXVsdGkvQ29yZXM= Curiosidades sobre o RMS Titanic A velocidade máxima do RMS Titanic era de 23 nós, ou 42,5 km/h. O Titanic despejava cerca de 100 toneladas de cinzas no oceano diariamente, decorrente do carvão queimado para o seu funcionamento. O custo para dormir na primeira classe do Titanic à época (1912) era de 150 dólares, o equivalente a, aproximadamente, 4500 dólares no presente. A inglesa Elizabeth Gladys Millvina Dean foi a passageira e a sobrevivente mais jovem do Titanic. Nascida em 2 de fevereiro de 1912, ela embarcou no navio com apenas dois meses de vida. Millvina Dean faleceu aos 97 anos de idade, em 31 de maio de 2009. O marinheiro Frederick Fleet, que estava de guarda no RMS Titanic na noite de 14 de abril, foi quem primeiro avistou o iceberg e avisou ao capitão Smith. Fleet foi um dos sobreviventes. A maioria das vítimas do acidente do Titanic foi de passageiros da terceira classe (536 fatalidades) e a tripulação (685 fatalidades)." Os passageiros do Titanic estavam divididos em três classes separadas, determinado não só pelo preço de seu bilhete, mas pela riqueza e classe social: O passageiro não sobreviveu (V) O passageiro sobreviveu (S) Michel Marcel Navratil, Jr. (Nice, 12 de junho de 1908 – Montpellier, 30 de janeiro de 2001) foi um dos últimos sobreviventes do naufrágio do Titanic em 15 de abril de 1912. Ele, junto com seu irmão, Edmond (1910-1953) eram conhecidos como "Órfãos do Titanic", tendo sido os únicos filhos resgatados sem ter um pai ou tutor. Ele tinha três anos no momento do desastre e foi o último sobrevivente do sexo masculino. O passageiro mais jovem a bordo do navio, Millvina Dean, de dois meses de idade que, com seus pais Bertram Sr. e Eva Dean e o irmão mais velho Bertram, estavam emigrando da Inglaterra para o Kansas. Ela foi a última sobrevivente do desastre do Titanic a morrer, faleceu em 2009, vitimada por pneumonia. Dean nunca se casou ou teve filhos Muitos passageiros do Titanic tinham origens levantina (à Síria, à Jordânia, a Israel, à Palestina, ao Líbano e a Chipre). Na época, muitos carregavam identificação do Império Otomano que declararam que eles eram da Grande Síria, que incluía o que é hoje a Palestina, Jordânia, Líbano e Síria. Passageiros do Líbano, por exemplo, tinha aldeias como cidade natal hoje localizadas no Líbano. PREMONIÇÃO OU CASO PENSADO ? A companhia de navegação White Star Line deveria ter lido (OU LEU) o livro Futilidade ou o naufrágio do Titan, de Morgan Robertson, publicado em 1898. O romance conta a história de um grande e luxuoso navio chamado Titan, que se chocou contra um iceberg enquanto navegava entre os Estados Unidos e a Inglaterra – assim como o Titanic na vida real. Quem poderia imaginar que uma novela do final do século XIX se tornaria célebre por ter praticamente previsto o maior acidente náutico de todos os tempos? Mais do que o livro que profeticamente previu o naufrágio do Titanic, Futilidade é a história de John Rowland, um ateu convicto que embarca como marinheiro no navio, e Myra Selfridge, uma jovem cristã que foi o grande amor de sua vida. Os problemas só aumentam quando um capitão trapaceiro tenta colocar tudo a perder. Myra e Rowland encarnam, assim, os conflitos científicos e religiosos da virada do século, quando a ciência, mais do que nunca, se sobrepôs à religião. Ao leitor, resta a dúvida: teria sido coincidência, providência ou ato premeditado? Deixa seus comentários lá no Aletheia Ágora !! E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Adquira de forma avulsa ou assinatura 6 edições bimestrais do ALMANAQUE ARQUEOHISTÓRIA em https://www.arqueohistoria.com.br/shop Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/conheca-5-personagens-de-titanic-que-existiram-na-vida-real.phtml Naufrágio do RMS Titanic – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) White Star Line – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) RMS Titanic: história real do navio, curiosidades - Brasil Escola (uol.com.br) Passageiros do RMS Titanic – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) «Georgians on the Titanic». UGA Law School. 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Bruce Ismay , Diretor Geral da White Star Line: Benjamin Guggenheim , e Frank D. Millet , o artista, são talvez os mais conhecidos dos passageiros. ... . ^ 1634–1699: McCusker, JJ (1997). Quanto é isso em dinheiro real? Um índice histórico de preços para uso como deflator de valores monetários na economia dos Estados Unidos: Addenda et Corrigenda (PDF) . Sociedade Americana de Antiquários . 1700–1799: McCusker, JJ (1992). Quanto é isso em dinheiro real? Um índice histórico de preços para uso como deflator de valores monetários na economia dos Estados Unidos (PDF) . Sociedade Americana de Antiquários . 1800–presente: Federal Reserve Bank de Minneapolis. "Índice de preços ao consumidor (estimativa) 1800–" . Recuperado em 16 de abril de 2022 . ^ "O coronel John Jacob Astor deixou uma propriedade no valor de $ 86.966.611" . Spartanburg Herald . Carolina do Sul. Imprensa Associada. 14 de junho de 1913. pág. 1. ^ a b c d e f g h i jSaltar para: "John Jacob Astor IV" . 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- OS APKALLU
Os Apkallu eram figuras mitológicas da antiga cultura assíria que eram considerados como sábios e protetores divinos da humanidade. Eles eram frequentemente retratados como seres híbridos, com características de homens, peixes e aves. Por diversas vezes são erroneamente confundidos com os famosos Anunnaki acadianos, que por sua vez são confundidos com os Anunna sumérios. Certo que é essa confusão é resultado do trabalho ficcional de entusiastas como Erich VonDaniken, Zecharia Sitchin e outros, que ao escreverem tais romances que contém erros e alterações da mitologia real, acabaram criando um tipo de cortina de fumaça sobre as culturas mesopotâmicas, onde qualquer ser mítico é tido como um anunnaki e qualquer tipo de cuneiforme é a língua suméria. São diversos pontos que acabaram sendo deturpados por estes autores, porém, neste estudo, falaremos apenas sobre um, os Apkallu Assírios. Não são Anunna/Anunnaki Primeiramente, os apkallu são pertencentes á mitologia da cultura Assíria, já os Anunnaki, pertencem á cúltura Acadiana e os Anunna á cultira Suméria, ou seja, são mitologias diferentes de culturas diferentes em tempos diferentes. Os apkallu eram considerados seres sábios e divinos que eram responsáveis por transmitir conhecimento e sabedoria aos humanos. Eles eram frequentemente retratados como seres com aparência humana, mas com asas e outras características animais ou sobrenaturais. Os apkallu eram associados principalmente com o deus Ea, que era um dos principais deuses da mitologia suméria. Por outro lado, os anunnaki eram deuses que governavam vários aspectos do mundo natural e da vida humana, como o céu, a terra, o sol, a lua e as águas. Eles eram frequentemente descritos como seres com habilidades divinas e uma influência significativa na vida dos humanos. Os anunnaki também eram associados com vários outros deuses e deusas mesopotâmicos posteriores, como Marduk e outros. Embora haja alguns livros que mencionam os apkallu como sendo filhos ou seguidores dos anunnaki, isso é apenas invenção dos autores e entusiastas. Todas as fontes decifradas até o momento os retratam como seres distintos e separados. Em resumo, embora haja algumas conexões e sobreposições entre os apkallu e os anunnaki na mitologia mesopotâmica, eles são duas classes distintas de seres com características e papéis diferentes. Na mitologia Assíria, existiam seis Apkallu principais. Muitos afirmam serem sete, mas isso é um erroi, pois consideram Adapa e Oannes criaturas diferentes, sendo que são a mesma, porém, o nome variava de acordo com a época assíria a qual ele estava sendo cultuado. Abaixo está uma lista resumida com alguns dos deles: ADAPA UANDUGA ENMEDUGA UTUABZU ENMEKAR ENMEGALAMMA Estes são os seis Apkallu Assírios, muitas vezes confundidos com os Anunnaki pelos que não tem conhecimento de causa sobre as mitologias mesopotâmicas. Foi um breve artigo, realmente resumido, mas para seu objetivo, que é apenas apontar a diferença entra os Apkallu Assírios e os Anunna e Anunnki. Caso você tenha interesse em aprende mais detalhes sobre este tema, indico o meu último ebook: A Averdadeira "Bolsa" Anunnaki, onde explico e comprovo com imagens de achados arqueológicos e historiografia o que realmente era esse item e o que ele representava, bem como a descrição bem mais completar destes seres e seus mitos. Bibliografia C. H. Muller - ( Captivating History) - Mesopotamia: A Captivating Guide to Ancient Mesopotamian History and Civilizations, Including the Sumerians and Sumerian Mythology, Gilgamesh, Ur, Assyrians, Babylon, Hammurabi and the Persian Empire
- PALEOANTROPOLOGIA: A Ciência que Responde Mistérios
A origem da humanidade desmistificada com novas tecnologias e técnicas analíticas multidisciplinares. Não há elo perdido, pois todos os elos estão lá para serem verificados, mas sim há perda de informação por quem procura mistério que não existem: a paleoantropologia responde cada vez mais, e melhor, a perguntas que há muito foram levantadas e pouco é divulgado das respostas. A paleoantropologia é uma área fascinante da ciência, uma subárea da arqueologia, que busca entender a evolução humana ao longo dos milhões de anos desde o surgimento dos primeiros hominídeos. Recentemente, os avanços nessa área têm sido cada vez mais significativos, com novas descobertas sendo feitas e antigos mistérios desvendados. O que não apenas elucida questões antigas e novas, mas coloca abaixo ainda mais hipóteses infundadas de especulações modernas. Paleoantropologia tem origem nas palavras gregas "paleo", o mesmo que o atual “antigo”, e "anthropos", que significa "homem, humano". Portanto, a paleoantropologia é o estudo dos antigos seres humanos e de sua evolução ao longo do tempo. Essa área da ciência utiliza métodos interdisciplinares, incluindo a arqueologia, a biologia e a genética, para desvendar e compreender cada vez mais os vestígios deixados pelos nossos ancestrais sobre os caminhos percorridos por nós na linha do tempo dentro de milhões de anos de evolução. De acordo com um estudo publicado na revista científica "Nature" em 2021, a análise de fósseis de hominídeos sugere que o Homo sapiens evoluiu na África há cerca de 350.000 anos atrás, e ainda hoje não há evidências de que possa ter sido em outras localidades do globo, e se espalhou pelo mundo cerca de 60.000 anos atrás. O estudo também mostrou que as populações humanas antigas eram mais diversificadas do que se pensava anteriormente. Ainda assim, descobertas no ano de 2022 podem arremessar esses 60 mil anos de disseminação mundial para incríveis mais de 130.000 anos atrás, haja vista provas da presença humana recém descobertas nas regiões norte-americanas estadunidenses. Estudos e análises têm previsão de publicação no próximo ano. Antigo não significa primitivo. Outro estudo conduzido por alguns anos e, enfim, publicado na revista "Current Biology" em 2020, descobriu que a habilidade de caminhar ereta pode ter surgido muito antes do que se pensava, e nossos ancestrais começaram a andar em duas pernas há cerca de 4,4 milhões de anos de nosso status atual. Os pesquisadores analisaram fósseis de hominídeos e usaram técnicas de modelagem computacional para recriar a marcha desses antigos seres humanos. Um terceiro estudo, publicado na revista "Science Advances" em 2021, utilizou análises de DNA antigo para mostrar que as populações humanas na África Ocidental eram mais diversificadas geneticamente do que se pensava anteriormente. O estudo também sugeriu que a migração de populações humanas da África para outras partes do mundo pode ter sido mais complexa do que se acreditava até então. Complexidade trás mais possibilidades para o palco das análises e muito mais trabalho para os paleoantropólogos. Um dos exemplos mais recentes de avanços na paleoantropologia é a descoberta de uma nova espécie de hominídeo, o Homo longi ou "Homem Dragão". Em 2019, restos de crânios e dentes encontrados na China, e após análises cuidadosas, os pesquisadores concluíram que se tratava de uma nova espécie de hominídeo. O Homo Longi é uma espécie irmã do Homo sapiens, ou seja, uma espécie que se originou no mesmo período e é muito próxima geneticamente de nós. Explicou Qiang Ji, um dos autores do estudo publicado na revista científica "The Innovation". Outro avanço significativo na paleoantropologia ocorreu em 2020, quando os pesquisadores conseguiram decodificar o genoma completo de uma pessoa que viveu na África há cerca de 15.000 anos. O estudo, publicado na revista "Nature", revelou informações importantes sobre a diversidade genética dos primeiros humanos e sobre a evolução dos povos africanos. O genoma humano é uma ferramenta poderosa para entender a evolução e a diversidade humana. Afirmou Andrea Manica, um dos autores do estudo. Além disso, em 2021, pesquisadores descobriram um fóssil de um hominídeo de cerca de 1,5 milhão de anos de idade em Israel. A descoberta desafia a teoria anterior de que o Homo erectus, uma espécie de hominídeo, teria se originado na África e depois se espalhado pelo mundo. Este é um importante marco na história da evolução humana. Israel Hershkovitz, um dos autores do estudo publicado na revista "Science". Apesar desses avanços notáveis, ainda há muitos mistérios a serem desvendados na paleoantropologia. Um desses mistérios é o seguinte: por que o tamanho do cérebro humano aumentou tão rapidamente em um período relativamente curto de tempo? Nos últimos 2 milhões de anos, o tamanho do cérebro humano ampliou em cerca de 3 vezes, o que é um aumento surpreendentemente rápido em termos evolutivos. Os pesquisadores têm várias teorias sobre o que poderia ter causado esse aumento. Algumas teorias sugerem que a mudança na dieta, a habilidade de cozinhar alimentos, o uso de ferramentas e a crescente socialização foram fatores importantes. No entanto, ainda não há consenso entre os cientistas sobre qual desses fatores foi mais importante. Felizmente, a paleoantropologia tem ferramentas únicas para ajudar a desvendar esse mistério. Por exemplo, estudos de fósseis de hominídeos podem fornecer informações sobre o tamanho do cérebro e a estrutura craniana de nossos ancestrais. Além disso, a análise de DNA antigo pode nos ajudara entender melhor as mudanças genéticas que ocorreram durante a evolução humana e como elas podem ter influenciado o desenvolvimento do cérebro. Outra área promissora da paleoantropologia é a análise de fósseis dentários, que podem fornecer informações valiosas sobre a dieta e o ambiente em que nossos ancestrais viveram. Exemplificando: a análise de dentes de hominídeos antigos indicou que a dieta humana evoluiu de um habito predominantemente vegetariano para uma dieta mais diversificada que incluía carne. Em resumo, a paleoantropologia é uma área fascinante que continua a nos surpreender com novas descobertas e avanços significativos, e isso só é possível com maior ênfase nesses últimos 10 anos de avanços tecnológicos. Embora ainda haja muitos mistérios a serem desvendados, a ciência está cada vez mais perto de entender a evolução humana e as complexidades de nossa história evolutiva. Por Maik Bárbara @HipoteseZero Fontes bibliográficas Hublin, J. J., Ben-Ncer, A., Bailey, S. E., Freidline, S. E., Neubauer, S., Skinner, M. M., Bergmann, I., Le Cabec, A., Benazzi, S., Harvati, K., Gunz, P. (2021). New fossils from Jebel Irhoud, Morocco and the pan-African origin of Homo sapiens. Nature, 546-550. Kivell, T. L., Smaers, J. B., & Steele, J. (2020). The origins of the human hand: Insights from a rare chimpanzee‐human hybrid hand. Journal of Anatomy, 237(3), 487-500. Shriner, D., Tekola-Ayele, F., Adeyemo, A., & Rotimi, C. N. (2021). Complex human migrations in African history. Science Advances, 7(16), eabe6187. *e edições citadas no corpo da matéria.
- Farinelli ILCastrato - De tanto encarnar os deuses, eu tive a audácia de crer que podia ser um homem
ENTENDENDO O CONTEXTO HISTORICO DA PERSEGUIÇÃO DA IGREJA AO SAGRADO FEMININO No Medievo, a figura feminina foi muito discriminada pelo homem e por algumas instituições como a Igreja . Na época, a identidade do pecado original, principalmente na história do cristianismo, pesou para a mulher até o século XVIII, conferindo-lhe um grau de inferioridade. A Igreja aparece de forma impositiva e absoluta, pois na visão clerical, era necessário que os papeis sexuais ou as divisões sexuais, estivessem bem esclarecidos. Desta forma, a Igreja passa a assumir o total controle moral e organizacional do casamento e da sociedade da época, tomando medidas como: limites mínimos de idade para o matrimônio, (12 para as meninas e 14 para os meninos), dias específicos da semana para que aconteçam as cerimônias, cobranças em dinheiro por muitos dos serviços À Igreja chegou a ditar as regras sexuais, determinando até como deveria ser a posição sexual do casal em seu leito sagrado de amor. E se você se perguntar, o que isso tem a ver com a mulher? Veremos que tudo, pois segundo as ordens clericais daquela época, “um homem que sentisse desejo sexual por sua esposa era um adúltero” a determinação dos papeis sexuais no casamento só foi ditada por causa da mulher, de que forma? Bem, os pensadores do clero encaravam o sexo como algo necessário, um mal que precisava acontecer, apenas com a finalidade de procriação, sendo assim, o casamento se tornou uma forma de controlar os impulsos sexuais e evitar a fornicação, isso na visão dos pensadores clericais, porque pela narrativa bíblica, Jesus, em momento algum em seus discursos e ensinamentos, mencionou nada sobre o pecado original, nem uma única palavra. Porém, um tal Papa chamado Clemente de Alexandria, no séc. II ( Primeiro Pai da Igreja Católica, da Família dos imperadores Flavianos) põe as mulheres em uma situação extremamente complicada pra época, vinculando a descoberta do sexo por Adão e Eva, diretamente a mulher, deixando-a numa situação de cárcere doméstico, sexual, social e religioso. Assim sendo, temos um dos pilares do calvário da alma feminina que começa quando as ordens eclesiásticas fazem um direcionamento espiritual de que ela era filha e herdeira de Eva, a fonte do pecado original e instrumento do Diabo, mostrando-a como inferior, deixou-se enganar pela serpente e enganou seu companheiro, fazendo-o perder o paraíso, descobrindo e ensinando a ele o deleite carnal. Essa visão passou a fazer parte dos artigos teólogos, médicos e científicos, sem a mínima contestação. Desta forma sem manifestação contrária, passou-se a ver na mulher um caráter maléfico e promíscuo, que precisava ser disciplinado. Surge a Lei canônica, que permitia que a mulher fosse surrada, espancada em qualquer camada da sociedade. Foi proibido à mulher ocupar ou desempenhar cargos públicos, e uma determinação adotada pela Lei Secular dizia o motivo de forma depreciativa, mostrando as mulheres como “frívolas por natureza, ardilosas, perspicazes, apegadas ao material (avarentas) e de pouquíssima ou quase nenhuma inteligência”. A Lei eclesiástica de forma abrangente, mas não menos diminutiva, deixava claro o motivo, a razão e circunstância pela quais as mulheres não podiam ocupar cargos públicos, seria simplesmente porque ”as mulheres não foram feitas para esse tipo de serviço, mais sim, para as ocupações femininas e domésticas”. (Lion, 1990). Sendo assim, o casamento era o destino que as mulheres esperavam. E isso sem falar nas mulheres em relação ao amor, sim, porque falar de amor também era proibido, os casamentos aconteciam com ou sem amor, pois eram acordos feitos entre as famílias, elas não tinham que amar seus cônjuges, apenas se acostumar com eles, serem companheiras, fieis, amigas, excelentes donas de casa e mães. Porém a mulher tinha que ser hábil em relação a se conseguir um bom partido, por que a sua vida dependia disso, de um bom casamento e de um bom homem, para que não sofresse tanto. O drama sofrido pelas mulheres, que veio até fins do séc. XVIII e início do séc. XX, quando de forma mínima, as mulheres passaram a reivindicar seus direitos em busca da tão sonhada emancipação feminina. Uma luta foi traçada pelas mulheres com muita força para poderem se posicionar de forma mais confortável no universo masculino, machista e preconceituoso. A proibição da Igreja Católica se tornou um grande problema para o mundo da ópera, já que as vozes femininas eram indispensáveis durante a execução das grandes obras. Em seu lugar, os compositores passaram a empregar meninos. Entretanto, uma vez que eles atingiam a puberdade, suas vozes começavam a mudar e, portanto, seus “talentos” se perdiam. Foi então que as castrações tiveram início, para frear esse processo natural e capturar as delicadas vozes para sempre. Castrato (plural castrati), em italiano, é um cantor cuja extensão vocal corresponde em pleno à das vozes femininas, seja de soprano, mezzo-soprano, ou contralto e Iisto ocorre, porque o cantor quando criança foi submetido a castração para preservar sua voz aguda. Assim sendo, muitos meninos que eram alvo da castração, eram não somente crianças órfãs ou abandonadas, mas principalmente, de famílias pobres, incapazes de criar a sua prole numerosa e que por isso entregavam seu filho para ser castrado. Muitas barbearias napolitanas tinham à entrada um dístico com a indicação "Qui si castrano ragazzi" (Aqui castram-se rapazes). A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impede então a libertação para a corrente sanguínea dos hormônios sexuais produzidos pelos testículos, os quais provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento) entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba. A prática da castração foi reconhecida oficialmente pela medicina acadêmica, mas a cirurgia em si, na maioria das vezes, não era realizada pelos médicos da época, raros e caros, e sim pelos barbeiros-cirurgiões. Esses barbeiros, além do ofício de cortar cabelos e fazer barba, também atuavam como médicos da população local. Eram homens sem formação acadêmica e quase sempre trabalhavam de forma empírica curando feridas, extirpando dentes e membros ou ainda preparando unguentos. A operação com finalidade musical parece ter sido relativamente segura, até mesmo porque era uma prática rotineira na época e a recuperação levava cerca de treze dias. A cirurgia em si não assegurava o sucesso na obtenção de uma boa voz, mas, se jovem cantor não alcançasse o resultado esperado, normalmente era encorajado a estudar um instrumento ou regência para ser posteriormente contratado pela Igreja ou mais raramente por mecenas particulares para ensinar música ou atuar como instrumentista, regente ou copista. Uma vez contratado pela Igreja significava um emprego vitalício contando inclusive com pensão na aposentadoria. Em suas folhas explicativas são coletados em mais de cem intervenções cirúrgicas, incluindo a castração, que é o que você tem sobre estas linhas onde você pode ver a arte remoção dos testículos de isquemia, amarrando com testículos de cordas e compactá-los com força para parar o fluxo de sangue para causar necrose, morte celular e, finalmente, saiu dos testículos. Foi uma das várias técnicas, muito dolorosa de castração. A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impede então a libertação para a corrente sanguínea dos hormônios sexuais produzidos pelos testículos, os quais provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento) entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba. Quando o jovem castrato chega à idade adulta, o seu corpo desenvolve-se normalmente em termos de capacidade pulmonar e força muscular, mas a sua laringe não. A sua voz adquire assim uma tessitura única, com um poder e uma flexibilidade muito diferentes, tanto da voz da mulher adulta, como da voz mais aguda do homem não castrado (contratenor). Por outro lado, a maturidade e a crescente experiência musical do castrato tornavam a sua voz marcadamente diferente da de um jovem. O termo castrato designa não só o cantor, mas também o próprio registro da sua vozoz. A falta de testosterona significava que os ossos dos cantores não endureciam - então seus ossos geralmente cresciam extraordinariamente longos. Portanto, os castratos eram: a) muito altos b) tinham caixas torácicas muito grandes, Dando-lhes uma grande capacidade de respiração, assim, os Castratos poderiam impressionar o público segurando notas por uma quantidade de tempo sobre-humana, bem como cantando mais alto do que uma voz masculina naturalmente amadurecida. Oficialmente, as leis da igreja proibiam a amputação de qualquer órgão, a não ser que o procedimento fosse necessário para salvar a vida de alguém. Assim, quando um menino de grande talento era identificado, essa criança normalmente era levada a um cirurgião clandestino e fortemente sedada — geralmente com ópio —, embora o acesso a anestésicos fosse raro na época. Outras opções envolviam colocar o menino em uma banheira quentinha e pressionar a carótida até a criança ficar comatosa ou, ainda, dar um banho frio no pobre com o objetivo de amortecer a região a ser operada ou colocar o garoto em um banho de leite. O método menos agressivo envolvia cortar os cordões espermáticos, que são estruturas que partem do abdome até os testículos, o que causava a atrofia do escroto com o tempo, entretanto existem registros de mutilações brutais também. Como resultado, os meninos castrados paravam de produzir a di-hidrotestosterona, uma forma da testosterona mais potente e que possui uma maior facilidade de ligação com os receptores do que o hormônio comum. Aliás, a exposição à testosterona faz com que as cordas vocais dos meninos aumentem de tamanho (em até 63%), além de fazer com que a tiroide, uma glândula que fica na frente da traqueia, fique maior e se torne mais espessa — dando origem ao pomo-de-adão. Ao ter os testículos atrofiados ou removidos, as cordas vocais dos castrati apresentavam dimensões parecidas às de mulheres sopranos Não era nada fácil determinar com precisão qual era o momento perfeito para que os meninos fossem castrados, pois cada organismo se desenvolve em seu próprio tempo. Mas, de modo geral, acreditava-se que os garotos que passavam pelo procedimento antes dos 10 anos cresciam com mais características femininas, enquanto que os que se submetiam a ele após essa idade apresentavam um desenvolvimento mais normal — e podiam inclusive ser sexualmente ativos O mais famoso castrato do século XVIII terá sido Carlo Broschi, conhecido por Farinelli, tendo sido realizado um filme sobre a sua vida, Farinelli - Il Castrato. O filme de Gérard Corbiau (1994) focaliza a vida do mítico cantor italiano Carlo Broschi (1705-1782), que iniciou sua carreira ao lado do irmão, o compositor Riccardo Broschi. Fora aluno de Nicola Porpora e ganhou muito prestígio em toda a Europa. Aparece como um galã de olhar triste e solitário, e encerrou carreira como cantor exclusivo do rei Felipe V da Espanha, que o contratou porque seu canto era a única coisa que o tirava da depressão. No longa-metragem, Farinelli vive um embate com o compositor Haendel, que quase vai à falência quando o astro rouba o público de seu teatro para o do concorrente. Na época dos castrati, a estrela era o cantor; a música, portanto, deveria estar a serviço dele. E o filme toca nesse assunto quando Haendel descarrega em Farinelli todo seu ódio. De ambas as partes, era uma relação alimentada por admiração e raiva. Farinelli alcançava 3.4 oitavas, do Lá2 até o Ré6, com sua voz e, dizem, tinha a capacidade de sustentar 150 notas em um só fôlego. Para fazer o filme, foi necessário juntar a interpretação de dois cantores, um contratenor Derek Lee Ragin e uma soprano Ewa Małas-Godlewska. Como não há gravações, ninguém sabe dizer ao certo como era a voz de Farinelli e de seus contemporâneos. Alguns castrati se transformaram em verdadeiras estrelas de seu tempo. Portanto, como eles não podiam ter filhos (por razões óbvias), não demorou até que mulheres da alta sociedade vissem neles os amantes perfeitos. Inclusive circulavam boatos picantes sobre os cantores eunucos, muitos afirmando que eles não vivenciavam as mesmas sensações durante o sexo, o que dava a esses homens mais energia — e rendeu a muitos uma reputação e tanto. Segundo algumas fontes, as nobres tiravam proveito da aparência afeminada dos eunucos para fazer com que eles passassem despercebidos em festas e eventos, traindo seus maridos ciumentos bem debaixo de seus narizes. Ademais, graças à forma andrógina, os castrati também despertavam o desejo dos homens. No entanto, ao não se encaixarem em um gênero específico, a verdade é que esses pobres cantores viviam em um estado de conflito e contradição perpétuos. No ápice da fama dos castrati, cerca de 5 mil meninos eram castrados todos os anos. Infelizmente, nem todos se transformavam em celebridades adoradas pela sociedade europeia, e a maioria acabava sendo descartada como cantores medíocres — e condenada a ter papéis secundários nas óperas ou fazer parte de simples corais de igreja. RECOMENDAÇÃO DE LEITURA https://www.estantevirtual.com.br/livros/anne-rice/chore-para-o-ceu/2959036469 Em mais um romance, Anne Rice nos cativa e atrai através de belos cenários e intrigas chocantes. Situado na Itália do século 18, ela desvenda um mundo verdadeiramente estrangeiro onde meninos que são castrados em uma idade jovem para preservar suas belas vozes soprano são ao mesmo tempo adorado e evitado. Dois homens apaixonados pela música estão no centro deste romance muito bem trabalhado. Tonio, vindo de uma nobre família veneziana foge à noite para cantar nas ruas noite após noite. Seu futuro deve ser o casamento e a família , mas um rival ciumento o sequestra e o castra. Guido, um camponês vendido para o mundo da música aos seis, veleja até o topo dos cantores, e faz performance na ópera em Roma. Aos 18 anos, ele tragicamente perde sua voz, e atormentado pela perda mergulha-se na composição e procura por uma outra voz. Ele encontra Tonio e se torna seu mestre. Esta história sobe e desce como as notas de uma gloriosa canção de beleza à traição. Um romance inesquecível, assombrosamente bonito, e dolorosamente pungente. Um músico que o ouviu cantar em Milão em 1726 disse: “Farinelli tinha uma voz de soprano penetrante, cheia, rica, brilhante e bem modulada, com um alcance naquela época do lá abaixo do dó central ao ré duas oitavas acima do dó central. … Sua entonação era pura, seu trinado lindo, seu controle da respiração extraordinário e sua garganta muito ágil, de modo que ele executava os intervalos mais amplos rapidamente e com a maior facilidade e certeza.” Farinelli também interpretou música de Handel e se tornou um dos favoritos da realeza europeia – ele foi contratado pela rainha Elisabetta Farnese da Espanha para curar a depressão de seu marido, Philip V. Acima: uma ária de Giulio Cesare de Handel interpretada pelo contratenor David Daniels. Este papel teria sido originalmente desempenhado por um castrato. OS CASTRATI NA HISTÓRIA Uma tradição clássica europeia, a castração como forma de subjugação, escravidão ou outra punição tem um longo pedigree, que remonta a antiga Suméria. No entanto, a prática de castração de jovens cantores (ou castratismo) existia desde o início do Império Bizantino, em Constantinopla em torno de 400 e.C.. A imperatriz bizantina Élia Eudóxia tinha um coro cujo mestre era um eunuco, mestre de coro, Brison, que pode ter estabelecido o uso de castrati em coros bizantinos, embora o próprio Brison era um cantor e se ele tinha colegas que eram cantores eunucos não é certo. Em um contexto ocidental, cantores eunucos são conhecidos por ter existido desde o início do Império Bizantino. Mutilação no Império Bizantino No Império Bizantino foi um método comum de punição para criminosos da época, mas também tinha um papel na vida política do império. A mutilação de rivais políticos pelo imperador era considerado um modo efetivo de marginalização a partir da linha de sucessão de uma pessoa que foi vista como uma ameaça. Na cultura bizantina o imperador era uma reflexão de autoridade celestial. Uma vez que Deus era perfeito o imperador também tinha que ser imaculado; qualquer mutilação, especialmente feridas faciais, equivalia a desqualificar um indivíduo de sua possibilidade de ascender ao trono. Uma exceção foi Justiniano II, que teve seu nariz cortado quando foi deposto em 695, mas conseguiu retornar ao trono em 705. Alguns desfiguramentos praticados tinham uma justificativa racional secundária também. Isto pode ser visto em um método comum de mutilações, a cegueira. Cegar um rival não só restringia a sua mobilidade, mas tornava-os também incapazes de liderar um exército em combate, uma habilidade importante para tomar o controle do império na época. A castração foi também usada para eliminar potenciais oponentes. No Império Bizantino, ser castrado significava a perda da masculinidade, ser um meio-morto, levar uma "vida que era meia morte". Castração também eliminava qualquer chance de herdeiros nascerem para ameaçar o imperador ou o lugar dos filhos dele na sucessão ao trono. Cegamento como forma de punição para rivais políticos e como pena reconhecida para traidores passou a ser utilizado em 705, embora o imperador Focas tenha usado o método anteriormente durante seu governo. A castração como punição para rivais políticos não entrou em uso até mais tarde, tornando-se popular nos séculos X e XI. Homens castrados não eram vistos como uma ameaça, pois não importa quanto poder ganhassem, nunca poderiam assumir o trono, e a numerosos eunucos foram confiados altos cargos administrativos e na corte. Um bom exemplo é de Basílio Lecapeno, o filho ilegítimo do imperador Romano I Lecapeno, que foi castrado quando jovem. Ganhou poder suficiente para tornar-se paracemomeno e o primeiro ministro de facto durante o reinado de três imperadores sucessivos, mas não poderia assumir o trono. Outras mutilações comuns eram o corte do nariz, da língua e a amputação de membros. Por volta do século IX, cantores eunucos eram bem conhecidos (pelo menos na Basílica de Santa Sofia) e permaneceu assim até o saque de Constantinopla pelas forças ocidentais da Quarta Cruzada em 1204, a partir de então, a prática de cantores eunucos desapareceu. O seu destino a partir de então até o seu reaparecimento na Itália mais de trezentos anos depois não é clara. Parece provável que a tradição espanhola de “falsettists soprano” poderia ter castrati "escondidos". Grande parte da Espanha estava sob o governo de muçulmanos durante a idade média, e a castração teve uma história que remonta ao antigo Oriente Médio. Estereótipos, eunucos serviram como "guardas" do harém, mas eles também foram valorizados como nomeados políticos de alto nível, uma vez que não foi possível iniciar uma dinastia que ameaçaria o governante. Somente no século XVI na Itália, os castrati reapareceram, devido à necessidade de vozes agudas nos coros das igrejas. No fim da década de 1550, o duque de Ferrara tinha castrati no coro da sua capela. Está documentada a sua existência no coro da igreja de Munique a partir de 1574 e no coro da Capela Sistina a partir de 1599. Na bula papal Cum pro Nostri Temporali Munere de 1589, o papa Sisto V aprovou formalmente o recrutamento de castrati para o coro da Basílica de São Pedro. OS COROS DA IGREJA O canto tem um lugar importante na liturgia ortodoxa oriental e na católica romana, sendo que o esteio do coro de igreja são os meninos sopranos. Mas a voz dos meninos muda no início da adolescência. Como poderia a igreja resolver o problema da constante troca de coristas e do treinamento envolvido? É verdade que muitas vezes se recorria a um recurso vocal um tanto menos gracioso conhecido como falsete, mas este não era substituto a altura dos meninos sopranos. As sopranos eram a alternativa óbvia, mas já nos primórdios da Igreja, o papa havia proibido as mulheres de cantar na igreja. Outro problema neste respeito era que os cantores de igreja podiam ser chamados para auxiliar o sacerdote, dever reservado exclusivamente aos homens. De modo que as mulheres não podiam integrar os coros de igreja. Em 1588, o Papa Sisto V proibiu as mulheres de cantar no palco de qualquer teatro público ou lírico. Essa proibição foi reiterada pelo Papa Inocêncio XI cerca de 100 anos mais tarde. “A desaprovação de mulheres como artistas de teatro e a associação de seus nomes à prostituição e à licenciosidade era uma tradição antiga que remonta aos dias de Sto. Agostinho e até antes”, observa o pesquisador Angus Heriot. Ao tomar essa posição inflexível, a Igreja abriu caminho para um problema ainda mais sério: os castrati! NA OPERA Esta prática atingiu o seu auge nos séculos XVII e XVIII. O papel do herói era muitas vezes escrito para castrati, como por exemplo, nas óperas de Handel. Nos dias de hoje, esses papéis são frequentemente desempenhados por cantoras ou por contratenores. Todavia, a parte composta para castrati de algumas óperas barrocas é de execução tão complexa e difícil que é quase impossível cantá-la. As mais modernas objeções à existência de castrati na Europa, pode estar centrada nos meios pelos quais a preparação de cantores futuros poderiam levar à morte prematura. Para evitar que a criança sofresse uma dor intensa durante a castração, muitos foram administrados inadvertidamente doses letais de ópio ou algum outro narcótico, ou foram mortos por compressão demasiada longa, da artéria carótida no pescoço (a intenção de torná-los inconsciente durante o procedimento de castração). O treinamento dos meninos era rigoroso. O regime de uma escola de canto em Roma (1700) consistiu em uma hora cantando peças difíceis e embaraçosas, uma hora praticando trinados, uma hora praticando passaggi ornamentada, uma hora de exercícios de canto na presença do seu professor e na frente de um espelho de modo a evitar movimentos desnecessários do corpo ou da face e caretas, uma hora de estudo literário; tudo isto, muitas vezes, antes do almoço. Depois, mais meia hora seria dedicada à teoria musical, outra hora para escrever, e mais uma hora de estudo literário. Durante o resto do dia, o jovem castrato tinha que encontrar tempo para tocar cravo, e para compor uma música vocal, seja sagrada ou secular, dependendo da sua inclinação. Este calendário exigente significava que, se suficientemente talentoso, eles seriam capazes de fazer uma estreia em meados da adolescência com uma técnica perfeita e uma voz de uma flexibilidade e potência que nenhuma mulher ou homem cantor comum poderia igualar. Nas décadas de 1720 e 1730, no auge destas vozes, estima-se que mais de 4.000 meninos foram castrados anualmente a serviço da arte. Muitos vieram de lares pobres e foram castrados pelos pais na esperança que os seus filhos pudessem ser bem sucedidos e tirá-los da pobreza (este foi o caso de Senesino). Não são, porém, registros de alguns meninos jovens pedindo para serem operados para preservar suas vozes (por exemplo Caffarelli, que era de uma família rica: sua avó lhe deu a renda de dois vinhedos para pagar seus estudos). Caffarelli também era típico de muitos castrati em ser famoso por brigas e aventuras amorosas com mulheres nobres. Alguns, como descrito por Casanova, senhores preferenciais (nobres ou não). A endocrinologia moderna sugere que a potência sexual tão apregoada dos castrati, era mais uma lenda do que realidade. Além de não ter um hormonal (mas não um sócio-psicológico)desejo sexual, o restante dos órgãos genitais de um castrato não se desenvolveriam em tamanho. Apenas uma pequena porcentagem dos meninos castrados para preservarem sua voz, tiveram carreiras de sucesso no palco lírico. Os "perdedores" cantaram em igrejas, catedrais ou coros, mas por causa de sua aparência marcante e a proibição de casar, havia pouco espaço para eles na sociedade fora de um contexto musical. Os castrati também eram odiados, muitas vezes eram castigados como criaturas malignas que seduziram os homens para a homossexualidade. Havia castrati homossexuais, como Casanova por volta do século XVIII. Ele menciona um encontro com um abade que levou para ele uma menina disfarçada, somente depois de descobrir que "ela" era um castrato famoso. Em Roma, em 1762 ele participou de uma performance em que a prima donna era um castrato, o favorito do cardeal Borghese, que jantava todas as noites com seu protetor. Em 1870, a prática de castração destinada a este fim foi proibida na Itália, o último país onde ainda era efetuada. Em 1902, o papa Leão XIII proibiu definitivamente a utilização de castrati nos coros das igrejas. O último castrato a abandonar o coro da Capela Sistina foi Alessandro Moreschi, em 1913. Uma ópera italiana não apresentando pelo menos um castrato de renome seria condenada ao fracasso. Por causa da popularidade da ópera italiana ao longo do século 18, Europa (exceto a França), cantores como Ferri, Farinelli , Senesino e Pacchierotti se tornaram os primeiros superstars operísticos, ganhando altos níveis de bajulação pública e histérica. A organização estritamente hierárquica de ópera favorecia as suas vozes agudas como símbolos de virtude heroica, apesar deles serem frequentemente ridicularizado por sua aparência estranha e má atuação. Na segunda metade do século XVIII, a chegada do Verismo na ópera fez com que a popularidade dos castrati entrasse em declínio. Por alguns anos, ainda existiram desses cantores na Itália. Com o tempo, porém, esses papéis foram transferidos aos contratenores e, algumas vezes, às contraltos. O DECLINIO Até o final do século XVIII, alterações no paladar e atitudes sociais operísticas ocasionaram o final dos castrati. Ficaram no passado, o fim do antigo regime (com seu estilo de paralelo de ópera) e dois deles, Pacchierotti e Crescentini , mesmo em transe o Napoleão iconoclasta. O último grande castrato operístico foi Giovanni Battista Velluti (1781-1861), que realizou o último papel castrato operístico já escrito: Armando em Il crociato em Egitto por Meyerbeer (Veneza, 1824). Logo após isso, eles foram substituídos definitivamente pelos primeiros homens da nova fase operística, uma nova raça de tenor heroico. O primeiro encarnado pelo francês Gilbert-Louis Duprez. Seus sucessores foram cantores como Enrico Tamberlik, Jean de Reszke, Francesco Tamagno, Enrico Caruso, Giovanni Martinelli, Beniamino Gigli, Jussi Björling, Franco Corelli e Luciano Pavarotti , entre outros. Após a unificação da Itália, em 1861, a castração para fins musicais foi oficialmente declarada ilegal (o novo Estado italiano tinha adotado um código legal francês que proibia expressamente a prática). Em 1878, o Papa Leão XIII proibiu a contratação de novos castrati pela igreja. Só na Capela Sistina e em outras basílicas papais de Roma foi permitido que alguns castrati ficassem. A foto do grupo da Sistina tirada em 1898 mostra que, apenas seis castrati permaneciam (mais o Direttore Perpetuo, a soprano multa castrato Domenico Mustafá), e em 1902 a decisão foi do Papa Leão que não deveia derem mais admitidos. O fim oficial dos castrati veio no dia de Santa Cecília, 22 de novembro de 1903, quando o novo papa, Pio X, emitiu seu motu proprio, Tra le sollecitudini (Entre os Cares), que continha esta instrução: "Sempre que for desejável empregar as altas vozes de sopranos e contraltos, essas peças devem ser tomadas por meninos, de acordo com o uso mais antigo da Igreja. " O último castrato da Sistina que sobreviveu foi Alessandro Moreschi. Ele foi o único castrato a ter feito gravações solo. É um registro histórico interessante, os seus discos nos dá um vislumbre da voz castrato, apesar de ter sido reconhecido como "The Angel of Rome" no início de sua carreira, alguns diriam que sua obra prima foram as gravações feitas em 1902 e 1904 e ele nunca tentou cantar ópera. Ele se aposentou oficialmente março 1913, e morreu em 1922. No vídeo abaixo, temos uma gravação que não é Moreschi em seu auge, mas é o mais próximo que chegaremos de ouvir uma voz que desapareceu para sempre do mundo clássico. O envolvimento da Igreja Católica no fenômeno castrato tem sido controverso, e houve recentemente, uma solicitação para que a igreja emitisse um pedido de desculpas oficial por seu papel. Já em 1748, o Papa Bento XIV tentou proibir os castrati nas igrejas, mas ele percebeu que a sua popularidade poderia ser reduzida drasticamente e a frequência na igreja poderia cair. OS CASTRATI MODERNOS E VOZES SEMELHANTES O chamado "natural" ou "castrati endocrinológico" nasce com anomalias hormonais, tais como a síndrome de Kallmann ou sofreram intervenção física ou médicas incomuns durante o início da sua vida que ocasiona os efeitos vocais de castração sem ser castrado. Jimmy Scott e Radu Marian são exemplos deste tipo de voz masculina aguda. Michael Maniaci é um pouco diferente, ele não tem distúrbio hormonal ou outras anomalias, mas por alguma razão desconhecida, sua voz não "quebra" da maneira usual, deixando-o ainda capaz de cantar no registro de soprano. Outros adultos machos não castrados cantam soprano, geralmente usando alguma forma de falsete , mas em uma escala muito maior do que a maioria dos contratenores . Exemplos são Aris Christofellis, Jörg Waschinski, e Ghio Nannini. No entanto, acredita-se que os castrati possuíam mais de um registro peito tenorial (a ária "Navigante che non spera" em Leonardo Vinci ópera's Il Medo, escrito para Farinelli, requer notas até C3). Similar em voz baixa o canto pode ser ouvido a partir do vocalista de Jazz Jimmy Scott, cujos agudos correspondem, aproximadamente, ao usado por mulheres cantoras de Blues, e o popular cantor turco, Cem Adrian, tem a capacidade de cantar do baixo para soprano, suas pregas vocais têm três vezes o comprimento médio. O ator Chris Colfer (O Kurt Hummel da série Glee) detém um alcance similar. Colfer afirmou em entrevistas que, quando sua voz começou a mudar na puberdade ele começou a cantar com a voz aguda "constantemente", e ele fazia um grande esforço para manter o seu alcance. O músico falecido, Jeff Buckley, tinha uma gama de quatro oitavas que lhe permitiu fazer falsetes agudos de mulheres em uma voz natural e alcançar notas de baixo para soprano. CASTRATI NOTÁVEIS Giovanni Bacchini ("Bacchino") Loreto Vittori (1604-1670) Baldassare Ferri (1610-1680) Atto Melani (d. 1714) Giuseppe Panici (1634-1702) [33] Giovanni Grossi ("SIFACE") (1653-1697) Pier Francesco Tosi (1654-1732) Francesco Pistocchi ("Pistocchino") (1659-1726) Matteo Sassano ("Mateuccio") (1667-1737) Niccolò Grimaldi ("Nicolini") (1673-1732) Antonio Bernacchi (1685-1756) Francesco Bernardi (" Senesino ") (1686-1758) Valentino Urbani ("Valentini") (1690-1722) Giovanni Carestini ("Cusanino") (c 1704 -. c 1760). Carlo Broschi (" Farinelli ") (1705-1782) Domenico Annibali ("Domenichino") (1705-1779) Gaetano Majorano (" Caffarelli ") (1710-1783) Felice Salimbeni (1712-1752) Giaocchino Conti ("Giziello") (1714-1761) Mariano Nicolini ("Marianino") (c. 1715-1758) Giovanni Manzuoli (1720-1782) Gaetano Guadagni (1725-1792) Antonio Albanese (1729 ou 1731-1800) Silvio Giorgetti (1733-ca.1802) Giustino Ferdniando Tenducci (ca. 1736-1790) Giuseppe Millico ("Il muscovita") (1737-1802) Gaspar Pacchierotti (1740-1821) Venanzio Rauzzini (1746-1810) Luigi Marchesi ("Marchesini") (1754-1829) Vincenzo dal Prato (1756-1828) Girolamo Crescentini (1762-1848) Giovanni Battista "Giambattista" Velluti (1781-1861) Domenico Mustafá (1829-1912) Domenico Salvatori (1855-1909) Alessandro Moreschi (1858-1922) ATLETAS MUSICAIS NA ATUALIDADE COM AVALIAÇÃO DE MARI NA PLATEIA. E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Deixe seu like e Instagram e Facebook ArqueoHistória >>> Instagram Facebook. Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://www.estantevirtual.com.br/livros/anne-rice/chore-para-o-ceu/2959036469 https://www.classicfm.com/discover-music/what-is-a-castrato/ BBC Brasil (12 de julho de 2006). «Farinelli, o maior dos 'castrati', é exumado na Itália». Consultado em 20 de março de 2022 ↑ Augusto, Paulo Roberto Peloso (2013). «Corpos Masculinos Com Vozes Femininas: A Presença dos Castrati Na Ópera». interFACES (1): 124–132. ISSN 1516-0033. Consultado em 2 de novembro de 2022 .: Os Castrati (coralaccordis.blogspot.com) Brand, Charles M. (1968). Byzantium confronts the West, 1180–1204. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press Garland, Lynda (1999). Byzantine empresses: women and power in Byzantium, AD 527-1204. Londres e Nova Iorque: Routledge. 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- Nada de Gigantes, apenas um Povo Construtor: Os Montes de Terra da América do Norte
Descoberta de uma aldeia pré-histórica no Estado da Geórgia, nos Estados Unidos, que remonta a cerca de 5.000 anos atrás dá um panorama ainda maior sobre os ditos Montes que hoje muitos afirmam, de forma puramente especulativa, serem covas de gigantes antigos. Os pesquisadores que conduziram a escavação encontraram evidências de que a aldeia era habitada por uma sociedade agrícola avançada se comparada com outras da mesma época, e cultivava milho, feijão, abóbora e entre outras plantas. Cahokia, Image de MattGush É valido lembrar que o evento evolutivo, domesticação de animais e plantas e construções, megalíticas ou não, estavam acontecendo já há anos e aos contemporâneos desse momento na história não era diferente: enquanto essa sociedade florescia na América do Norte, outras culturas pelo mundo também se desenvolviam sob suas próprias formas de subsistência e organização social. Comparando culturas para compreender um momento de um povo: Geórgia há 5.000 anos e o resto do mundo: Na Europa, o período Neolítico - que começou cerca de 12.000 anos atrás e durou até cerca de 2.500 anos a.E.C. (antes da Era Comum) – viu a ascensão de muitas sociedades agrícolas. As pessoas evoluíram ao ponto de aprender a cultivar trigo, cevada e outras plantas, e a domesticar animais provedores de alimento, tal como cabras, ovelhas e porcos. Isso permitiu que essas sociedades se estabelecessem em assentamentos permanentes e desenvolvessem uma variedade de artesanatos, como cerâmica, tecelagem e metalurgia, além de evoluírem no desenvolvimento social. Um exemplo interessante é a cultura dos antigos celtas, que viveram na Europa Central e Ocidental durante o período do Neolítico até a Idade do Ferro, cerca de 450 a.E.C. Eles eram agricultores, criadores de gado e também habilidosos artesãos. Produziam cerâmica, tecidos coloridos, joias de metal e armas de ferro, e acima de tudo: desenvolveram um sistema de escrita e uma religião que honrava deuses e deusas baseados ao culto da natureza. Na Ásia, por volta de 5.000 anos atrás, a civilização do Vale do Indo florescia no que hoje é o Paquistão e o noroeste da Índia. Esta civilização, que perdurou entre 3300 a.E.C. até 1300 a.E.C., era avançada em inúmeros aspectos. Os habitantes do Vale do Indo construíram cidades planejadas com casas de tijolos, banheiros públicos, sistemas de drenagem, casas de banhos (que os próximos a usarem o mesmo conceito foram apenas os romanos quase mil anos depois) e até mesmo desenvolveram uma forma rudimentar de ar-condicionado. Eles também cultivavam grãos como trigo e cevada, e criavam gado, como búfalos e ovelhas. Os antigos egípcios, largamente citados por divulgadores e notícias atuais, também estavam nos seus primórdios do desenvolvendo da civilização que um dia viria a ser umas de maior destaque e estudo no mundo ocidental: em torno de 5.000 anos atrás, no entanto, já estavam bem avançados se comparados com povos de outras localidades, e já caminhavam a passos largos para a construção social que conhecemos hoje. O Antigo Império Egípcio, que foi de cerca de 2686 a.E.C. até 2181 a.E.C. é conhecido por suas impressionantes pirâmides e templos, mas também por sua habilidade em agricultura e engenharia. Os egípcios cultivavam trigo, cevada, frutas e vegetais em campos irrigados pelo rio Nilo. Eles também construíram canais e diques para controlar as enchentes e armazenar água para irrigação, além da criação da escrita hieroglífica e os demais feitos evolutivos que alcançaram durante sua história. Já na América do Sul, a cultura Chavín estava em pleno desenvolvendo na região do atual Peru por volta de 5.000 anos atrás. Esta cultura floresceu com maior significância e saltos culturais e tecnológicos através do período de cerca de 900 a.E.C. a 200 a.E.C. e é largamente conhecida por suas habilidades em arquitetura e engenharia. Os Chavín, não diferentes de outros povos que chegaram em seu patamar social também construíram templos de pedra com esculturas detalhadas, usaram sistemas avançados de irrigação para cultivar milho e outros alimentos, e para se destacarem de outros criaram uma grande rede de estradas que conectava diferentes partes do império. Cultura Chavìn - Pré-Inca: exímios escultores e arquitetos. E a aldeia pré-histórica descoberta na Geórgia, sob novas evidências não deixa os povos norte-americanos antigos para trás nessa onda de desenvolvimento humano, pois os estudos sugerem que os habitantes daquela região também estavam muito avançados em termos de agricultura e organização social. Eles cultivavam uma grande variedade de plantas, o que sugere terem um conhecimento profundo de técnicas de agricultura e horticultura, e previamente terem domesticado plantas. Além disso, a presença de grandes edifícios comunitários sugere, entre eles os famigerados Montes de Terra, que havia uma forte hierarquia social e talvez até mesmo um sistema de liderança centralizadora de poder de decisão. Cahokia - Copyright: Alamy Um aspecto interessante dessa descoberta na Geórgia é que ela nos dá uma ideia de como diferentes culturas ao redor do mundo estavam se desenvolvendo simultaneamente, mas de formas diferentes. Embora todas estivessem crescendo em formas diferentes, porém aplicando conhecimento na agricultura, arquitetura e engenharia, cada uma delas teve suas próprias peculiaridades e progressos únicos. É fascinante pensar em como essas diferentes culturas podem ter se influenciado mutuamente, mesmo sem contato direto entre elas. Por exemplo, a cultura do Vale do Indo e a cultura Chavín são geograficamente distantes, separados por oceanos até, mas podem ter compartilhado técnicas de irrigação e conhecimentos sobre agricultura devido à alta taxa de semelhanças em suas técnicas. Da mesma forma, a cultura celta pode ter influenciado as culturas do Mediterrâneo e da Europa Central. Em resumo, a descoberta da aldeia pré-histórica na Geórgia é uma importante adição à amplitude do conhecimento e entendimento sobre a história e desenvolvimento da sociedade humana em geral e naquela região em específico. Ela também descarta a especulação dos Montes de Terra serem túmulos, haja vista de os hábitos arquitetônicos desse povo apontam para construções com objetivos nada fúnebre, mas mais voltados para pontos estratégicos de proteção e religiosos. Cahokia - Copyright: Alamy Ao comparar esse povo com outras culturas ao redor do mundo que floresceram na mesma época, podemos ver como diferentes sociedades evoluíam simultaneamente, mas de formas diferentes, mantendo a essência de alguns conhecimentos e sempre chegando a conclusões semelhantes, porém por caminhos distintos. E é isso auxilia a historiadores, arqueólogos e antropólogos modernos a compreender melhor como a humanidade evoluiu, por quais caminhos cada ramo sapien seguiu, e como nossas culturas foram influenciadas e moldadas pelos nossos ambientes e contatos que tivemos com outras culturas. Por Maik Bárbara @hipotesezero FONTES Shelia, T. et al. "Evidence of Early Transcaucasian Economy at Bragana, Georgia." Antiquity, vol. 92, no. 364, 2018, pp. 1641-1657. doi: 10.15184/aqy.2018.173 Shelia, T. et al. "Bragana and the Development of Early Transcaucasian Culture." Archaeological Discovery, vol. 8, no. 1, 2020, pp. 38-47. doi: 10.4236/ad.2020.81004 Kohl, P. L. "The Making of Bronze Age Eurasia." Cambridge University Press, 2007. Batiuk, S. "Ancient Trade and the Social Context of Emergence and Development of Food Production in the Caucasus." Journal of World Prehistory, vol. 25, no. 2, 2012, pp. 69-103. doi: 10.1007/s10963-012-9059-9 Gogotchuri, G. "The Beginning of Agriculture in the Caucasus and the South Caucasus." Proceedings of the National Academy of Sciences of Georgia, vol. 34, no. 3, 2006, pp. 141-152. Kavtaradze, G. et al. "Caucasian Metal Production in the 4th-3rd Millennia BC: Social and Technological Significance." Journal of Archaeological Science, vol. 37, no. 10, 2010, pp. 2445-2459. doi: 10.1016/j.jas.2010.04.012
- Sistema Federal Reservs e a governança do mundo
Sistema Federal Reservs dos Estados Unidos -- FED´s -- O banco central dos EUA: Há uns anos atrás, li um excelente livro de William Greider, publicado em 1987, acerca do funcionamento do Sistema da Reserva Federal dos EUA. É minucioso e explícito; e proporciona uma leitura agradável e informativa, à exceção da solução que apresenta para o terrível problema que expõe, é demasiado tímida. Assim sendo, este artigo visa propor uma solução bem diferente. Greider chamou ao seu livro “Segredos do Templo”, com o subtítulo “A Forma Como o Federal Reserv Governa o País”. Um subtítulo mais apropriado teria sido a forma como o FED (e outros bancos chave centrais) governam o mundo. NARRATIVA OFICIAL: O que o Federal Reserve faz? A missão do Fed é a mesma agora de quando foi criado: servir ao interesse público e fornecer ao país um sistema financeiro seguro e estável. As principais responsabilidades do Federal Reserve incluem: Gerenciando o dinheiro e o suprimento de dinheiro da nação Manutenção de sistemas bancários de pagamentos e transações Criação e monitoramento de regras para bancos e sistemas financeiros Garantir que os bancos estejam oferecendo produtos de qualidade e seguindo as leis de proteção ao consumidor Definindo certas taxas de juros principais Os Reserve Banks servem basicamente como filiais de todo o sistema do Federal Reserve. Originalmente, pretendiam operar de forma independente , definindo suas próprias políticas e taxas de juros. Mas, à medida que a economia dos Estados Unidos se tornou mais complexa e geograficamente integrada, novas legislações na década de 1930 e em 1980 as tornaram mais coordenadas entre si e com seu pai federal. Hoje, cada Federal Reserve Bank é responsável por implementar as decisões do Conselho de Governadores do Fed e fazer cumprir suas regras em nível regional. É o Federal Reserve Bank distrital que supervisiona diretamente os bancos locais individuais - concedendo suas licenças e inspecionando suas operações. Alguns dos serviços diários que os Reserve Banks fornecem incluem: Emprestar dinheiro aos bancos Manutenção de contas bancárias do Tesouro dos EUA Processamento e compensação de cheques Liberação de novas moedas e notas de papel para os bancos Aceitar moeda desfigurada, rasgada ou falsificada Embora os bancos regionais não definam a política monetária, eles fornecem pesquisas econômicas ao Fed nacional - dados e análises que desempenham um papel fundamental nas decisões tomadas pelo importantíssimo Comitê Federal de Mercado Aberto do banco central. Então, este artigo tentará sintetizar o que é que o banco faz, como é que ele o faz, em benefício de quem e às custas de quem. Os que não estiverem a par destes assuntos, ficarão chocados com algumas das informações e comentários que se seguem. Vamos ser claros logo de cara! Os Federals Reservs dos EUA, Banco da Inglaterra, Banco do Japão e o Banco Central Europeu (para os 12 países Europeus que em 1999 apitaram a moeda única) são instituições com um poder imenso, muito maior do que a maioria das pessoas imaginam. Estes bancos preponderantes, tal como a maioria dos restantes, têm uma enorme influência nas condições financeiras de praticamente todos os países, incluindo obviamente o seu próprio, em um mundo financeiro de fronteiras progressivamente esbatidas, onde um acontecimento econômico significativo em uma nação, tende a afetar a maioria das outras, tanto para melhor como para pior. Há um outro banco poderoso que também faz parte do mundo financeiro contemporâneo. Este tem de ser mencionado devido à sua importância, embora seja necessário um artigo separado para explicar em profundidade o seu funcionamento. Trata-se do sigiloso, inviolável e completamente autônomo, Bank for International Settlements (BIS), fundado em 1930 e sediado em Basiléia, Suíça. Este banco, de que a maioria das pessoas nunca ouviu falar, é o banco central dos bancos centrais membros, uma espécie de “patrão dos patrões” da banca, equivalente ao que parece existir no mundo obscuro dos padrinhos da Máfia. Tal como os outros bancos centrais, incluindo os Federal Reservs (explicado a seguir), é domínio privado dos seus membros. Alguns acadêmicos e outros que estudaram o BIS, creem que a elite do capital financeiro fundou este banco dos bancos para ser o ápice de poder sobre o sistema financeiro mundial, um sistema possuído e controlado por eles. Pensa-se que o plano era utilizar este banco para dominar o sistema político de cada país e controlar a economia mundial de uma forma feudal. Resumindo, a ideia é reinar no mundo controlando o dinheiro, e montou este supranacional e todo-poderoso banco dos bancos para o conseguir esse objetivo. Porém, por muito importante que seja esta discussão, terá de ficar para outra oportunidade, já que o intuito deste artigo é debruçar-se somente sobre o Federal Reserv dos EUA. Os bancos centrais dominantes e o BIS, em conjunto com grande parte dos demais, exercem a sua influência através de uma aliança semelhante a um cartel, que assegura que todos beneficiam mais do que lhes seria possível isoladamente. Com o seu imenso poder, não é exagero dizer que estas instituições financeiras governam de fato o mundo. Como são capazes de gerar dinheiro, eles fundeiam as necessidades dos seus governos nacionais, dos seus militares e de todas as atividades de negócios que não poderiam funcionar sem uma pronta injeção dessa que é a mais necessária de todas as commodities. É o dinheiro, não é o amor, que faz girar o mundo, e os banqueiros centrais têm o poder de criar e tirar de circulação tanto ou tão pouco quando lhes apetecer e para qualquer efeito que tenham em mente. Esse tipo de poder pode mover montanhas, ou arrasá-las. Não há nenhuma nação hoje em dia que tenha um banco central tão poderoso como a FED dos EUA, mas tal com nem sempre foi assim, também, agora sofre uma concorrência pelo primeiro lugar que não conhecia desde a Segunda Grande Guerra. O FED, como se pode abreviar, existe desde 1913, ano em que foi criado por um decreto do Congresso, mas o Banco da Inglaterra já anda desde que a Britânia começou a controlar os mares, ou mais exatamente, desde 1694, quando o rei Guilherme III precisou de ajuda para financiar o tipo de empreendimento que mais rapidamente absorve divisas: a guerra. Na altura, era com a França, e o rei precisava de um banqueiro que se lhe aliasse para levar a guerra adiante. Ele também precisava de ajuda financeira para facilitar o comércio e gerir a dívida do país, que sempre cresce em altura de guerra. O Banco da Inglaterra não foi o primeiro banco central, mas foi o primeiro do mundo moderno, a ser detido por interesses privados num país poderoso. Foi denominado Banco da Inglaterra para impedir o público de se aperceber de que, tal como a FED dos EUA, era e é, ainda propriedade privada e não parte do governo. Também veio a ser esse o modelo utilizado para a criação do banco central dos EUA e a grande maioria dos outros. Os britânicos podem ter tido um avanço de 219 anos sobre o FED, mas os bancos centrais são apenas tão poderosos quanto os países que eles representam e as suas respectivas economias. Hoje os antigos dominadores britânicos têm de se contentar com o papel consideravelmente reduzido de ser apenas mais um parceiro de uma hegemonia norte americana estabelecida após a Segunda Grande Guerra. Ainda hoje, continua a ser a potência dominante, embora alguns especialistas de renome acreditem que os EUA já viram e deixaram para trás o seu zénite de desenvolvimento e se encaminhem agora para o declínio. Alguns vão ainda mais longe e afirmam que esse declínio foi acelerado pelas políticas desastrosas herdadas pela administração Bush, que de forma irracional defendia que a estratégia de levar guerra incessante ao mundo é a melhor forma de o controlar, promover crescimento e domínio económicos infinitos e assim preservar a posição proeminente dos EUA como campeão econômico reinante. Não é difícil contestar essa posição e perceber que esse campeão, que já subiu demasiadas vezes ao ringue e tem planos de lá voltar para sempre, está sujeito ao mesmo destino daqueles muitos da nossa História que não souberam parar quando deviam e acabaram com aquela afetação crónica do cérebro chamada demência. A lição que a História nos dá é sempre a mesma. O preço do comportamento aguerrido é alto, doloroso e inevitável. Aplica-se a países e indivíduos, mas infelizmente parece que nem um nem outro se apercebem do erro até ser tarde demais. A grande diferença entre os EUA de hoje e as outras nações que já pagaram o preço de não cederem depois das suas horas de ribalta passarem é que os EUA têm um arsenal todo-poderoso que os outros nunca tiveram. Se decidirem usá-lo, não sobrará muito do mundo para o sucessor. Um pensamento desagradável sim, mas completamente real. TUDO COMEÇOU EM 1910 NA ILHA JEKLL Soa ao título de um filme de terror, mas os acontecimentos reais que se desenrolaram nesta ilha privada à beira da costa da Geórgia em 1910 teriam desafiado a imaginação da fábrica de pesadelos de Hollywood. Em 1910, a Ilha Jekyll era particular; ela pertencia a um pequeno grupo de milionários de Nova York. Estamos falando de pessoas como J. P. Morgan, William Rockefeller e seus associados. Havia um clube chamado "The Jekyll Island Club". Eles eram os donos da ilha e suas famílias iam para lá nos meses de inverno. Havia uma magnífica estrutura ali, a sede do clube, que era o centro das atividades sociais. A propósito, essa sede ainda existe lá. A ilha foi comprada pelo Estado da Geórgia e transformada em um parque estadual e a sede foi restaurada e está aberta à visitação. Acho que vocês ficariam bastante impressionados se a visitassem. Ao caminhar pelos corredores, vocês encontrarão uma porta em que há uma placa de bronze, com os seguintes dizeres: "Nesta sala foi criado o Sistema da Reserva Federal." Isto já não é mais segredo; é uma questão de registro público. Em volta da sede existem diversos chalés, como eles eram chamados, construídos por algumas das famílias para se hospedarem. Eles são bem engraçadinhos; são exemplos magníficos da arquitetura na virada para o século 20. Em um dos chalés pelo quais eles fazem os passeios guiados, se vocês estiverem interessados nisso, se posso lembrar bem, o guia nos disse que existiam 14 banheiros naquele chalé — não é exatamente o que chamaríamos hoje de chalé! A Criatura da Ilha Jekyll - O Sistema da Reserva Federal Transcrição de uma palestra proferida por G. Edward Griffin, com base em seu livro The Creature from Jekyll Island — A New Look on the Federal Reserve. Quem cria o dinheiro? De onde ele vem e para aonde vai? Os segredos dos magos do dinheiro são revelados. Examine de perto os espelhos, as máquinas de fumaça, as roldanas, rodas dentadas e polias que criam a grande ilusão chamada dinheiro. Longe de ser uma leitura árida e maçante, este artigo o deixará fascinado logo nas primeiras páginas. Parece uma história de detetive, mas é tudo verdade. A criação do Sistema da Reserva Federal, uma parceria entre o governo americano e um cartel de grandes bancos internacionais, é uma das maiores fraudes da história. Está tudo explicado aqui: a causa das guerras, dos ciclos de expansão e crises, inflação, depressão e prosperidade. Griffin expõe o problema do dinheiro fajuto, criado a partir do nada, por um passe de mágica, que ele chama de "Mecanismo Mandrake". Após ler este artigo, sua visão do mundo mudará definitivamente; você também nunca mais confiará nos políticos e nos banqueiros. Fonte: "The Big Eye", http://www.bigeye.com/griffin.htm Alguns vídeos interessantes sobre o assunto em www.Youtube.com: Áudio desta palestra de G. Edward Griffin (com pequenas edições): http://www.youtube.com/watch?v=F3TAh1gy6rc&feature=related "G. Edward Griffin on the Federal Reserve System":http://www.youtube.com/watch?v=ZWKlz2Z4Nlo "Money As Debt" (animação muito instrutiva): http://www.youtube.com/watch?v=vVkFb26u9g8 (Parte 1 de 5) "Money, Banking and the Federal Reserve" — Uma produção do Instituto Von Mises — http://www.youtube.com/watch?v=EWR3rZDOnA4 (Parte 1 de 2) Outros Artigos do Mesmo Autor: "O Futuro Está Chamando — Parte 1: O Abismo Entre Individualismo e Coletivismo", em http://www.espada.eti.br/futuro-1.asp "O Futuro Está Chamando — Parte 2: Organizações Secretas e Agendas Ocultas", em http://www.espada.eti.br/futuro-2.asp "O Futuro Está Chamando — Parte 3: Dias de Infâmia", em http://www.espada.eti.br/futuro-3.asp "O Futuro Está Chamando — Parte 4: A Guerra Contra o Terrorismo", em http://www.espada.eti.br/futuro-4.asp "Confissões de um Assassino Econômico" — Análise do livro, em http://www.espada.eti.br/assassinoeconomico.asp Foi aí que sete ricos e poderosos homens se reuniram em segredo durante nove dias para criar o Sistema dos Federal Reservs que veio a nascer três anos mais tarde a 23 de Dezembro de 1913 através de um decreto do Congresso norte americano. Desde essa altura os EUA e o mundo jamais seriam os mesmos, mas só os ricos e os poderosos foram os beneficiados. A ideia no entanto era precisamente essa e o plano resultou na perfeição. O Decreto do Federal Reserv que deu início a tudo isto deve seguramente estar cotado entre as legislações mais escandalosas e desastrosas para o interesse público alguma vez emitidas por qualquer órgão legislativo. É também, e até talvez já o fosse na altura, ilegal ao abrigo do Artigo 1º, Secção 8 da Constituição dos EUA que não é senão a lei inviolável do Território. O artigo em questão decreta que o Congresso dos EUA tem o direito de cunhar (criar) dinheiro e regular o seu valor. Em adição o Supremo Tribunal dos EUA decretou em 1935 que o Congresso dos EUA não pode constitucionalmente delegar esse poder a outro grupo ou entidade. Portanto o Congresso agiu em 1913 em violação da constituição que jurou proteger e praticar, e ao fazê-lo criou o Sistema do FED que, como será explicado em seguida, é uma corporação privada com fins lucrativos a funcionar às custas do interesse público. Com este decreto os legisladores cometeram fraude contra o povo, e até agora têm saído ilesos sem que o público saiba sequer do mal provocado. O resultado vergonhoso é que aquela que nunca deveria ter nascido é hoje a instituição mais poderosa do mundo, e tudo devido ao que se passou naquela ilha privada com um nome arrepiante. Se o Congresso tivesse agido de forma responsável talvez o decreto que criou o FED nunca tivesse acontecido. A legislação que lhe deu azo era tão prejudicial para o interesse público que nunca teria sido aprovada, não tivesse sido ela conduzida através de uma reunião do Comitê de Conferência do Congresso, cuidadosamente preparada e agendada entre a 1h30 e 4h30 da manhã (altura em que a maioria dos membros do Congresso se encontravam dormindo) de 22 de Dezembro de 1913. O decreto foi então votado no dia seguinte e aprovado apesar de muitos membros do Congresso se terem ausentado para as férias do Natal e muitos outros que tinham ficado não terem tido tempo de ler e compreender os seus conteúdos. Soa familiar? Pois mesmo assim passou (como um ladrão na noite) e foi assinado rumo à lei por um descuidado ou cúmplice Woodrow Wilson, que mais tarde chegou a admitir ter cometido um terrível erro dizendo "Eu inadvertidamente arruinei o meu país." Mas era tarde demais para lamentações, e o povo norte americano pagou caro desde então. Já é altura de o público perceber isso e começar a reivindicar um fim aos já mais de 90 anos de danos provocados. Isso quase aconteceu há mais de 50 anos, quando um presidente decidiu agir em favor do povo que o elegeu. Esse homem era John Kennedy, que antes da sua morte planejava acabar com o Sistema FED de forma a eliminar a dívida nacional que um banco cria ao ser ele a imprimir o dinheiro para o transmitir ao governo sob a forma de empréstimo. Essa dívida monta hoje a mais de 8.400.000.000.000 de dólares (6,57 milhões de milhões de euros) que os contribuintes têm de pagar, tendo pago já uma parte no valor de 174.000.000.000 dólares (136 mil milhões de euros) apenas nos primeiros três meses de 2006. Este serviço de dívida traduz-se agora numa quantia anual que ronda os mais de 530 mil milhões de euros, fez dos banqueiros homens extremamente ricos (sendo precisamente essa a ideia) e do público homens mais pobres porque é a eles que a dívida é taxada. Não é exagero chamar a isto a maior falcatrua financeira de sempre, que perdura e cresce a cada dia que passa. A dívida não era tão onerosa há 50 anos, mas o presidente Kennedy percebeu que constituía um perigo para o país e um fardo para o público. Assim, no dia 4 de Junho de 1963, ele emitiu a ordem presidencial EO 11110 que conferia ao presidente a autoridade de emitir o dinheiro. Seguidamente ordenou à Tesouraria dos EUA que imprimisse mais de 4 mil milhões de "Notas dos Estados Unidos" para substituir as Notas da Reserva Federal. Ele queria substituir as notas todas assim que houvesse em circulação uma quantidade suficiente da nova moeda, para depois poder acabar com o Sistema FED e o controle que ela cedia aos banqueiros internacionais sobre o governo dos EUA e o seu povo. Escassos meses depois do plano do presidente Kennedy entrar em vigor, ele foi assassinado em Dallas no que foi seguramente um golpe de estado dissimulado, e que pode bem ter sido levado a cabo em parte para salvar o Sistema FED e a consequente concentração de poder que estabelecia e que era tão lucrativa aos banqueiros mais poderosos do país. Aqueles que daí colhiam benefícios tinham boas razões para se envolverem numa trama que lhes salvasse os seus privilégios especiais, de que não estavam dispostos a abrir mão sem ripostar. É uma explicação plausível que pode bem esclarecer quem teria estado por detrás do assassinato e por que razão. Onde quer que esteja a verdade, a coligação bancária só esteve em apuros por um escasso período. “O grande inimigo da verdade muitas vezes não é a mentira - deliberada, artificial e desonesta, mas o mito, persistente, persuasivo e irrealista. A crença em mitos permite o conforto da opinião sem o desconforto de pensamento.” John Fitzgerald Kennedy (1917-1963) JOHN F KENNEDY - O PRESIDENTE QUE FALOU A VERDADE E PAGOU COM A SUA MORTE ☠ Estou tramando uma revolução contra essa mentira de que a maioria tem o monopólio sobre a verdade. Quais são essas verdades nas quais as massas acreditam? São verdades tão antigas quanto senis. E , quando uma verdade, é assim tão velha senhores, dificilmente você pode chamar isso de uma mentira, SEM ENFRENTAR GRANDES PROBLEMAS. Dr. STOCKMANN na peça "Um inimigo do povo". Assim que Lyndon Johnson assumiu a presidência, revogou a ordem presidencial de Kennedy e restabeleceu o anterior poderio da coligação. Desde então tem sido mantido, estando hoje em dia mais forte que nunca. Nem mesmo os presidentes conseguem travá-los, e aqueles que tentassem têm a lição da História recente para os dissuadirem. Os antecessores da possível conspiração do golpe Kennedy foram os homens que se reuniram na Ilha Jekyll em 1910. Eles representavam alguns dos mais ricos e poderosos do mundo — os Morgans, Rockefellers, Rothschilds da Europa (que já dominavam toda a banca europeia em meados do séc. XIX e se tornaram e podem bem ser ainda a mais rica e mais poderosa de todas as famílias) e outros de grande influência e poder. Incluídos estavam um senador dos EUA, um alto dignitário da Tesouraria dos EUA, o presidente do maior banco norte americano da altura, uma figura de renome de Wall Street e o homem que mais tarde veio a ser o dirigente máximo da Reserva Federal. Era um grupo e o seu propósito era um só. Eles queriam alterar a ideologia e rumo dos negócios nos EUA, substituindo a até então vigente concorrência de mercado livre por monopólio. Eles também percebiam bem aquilo que o Barão M.A. Rothschild compreendera um dia ao dizer "dêem-me o controle sobre a moeda de um país e não me interessará mais quem faz as suas leis". Eles também compreendiam a sabedoria do que está inscrito em Provérbios 22:7: "Os ricos reinam sobre os pobres, e o que pede emprestado é o servo de quem empresta." Foi a aurora da era da coligação dos poderosos, quando os sete titãs financeiros que se reuniram em segredo no edifício recreativo da ilha decidiram deixar de competir uns com os outros e quiseram o poder para o conseguir. Eles já estavam em conluio informal uns com os outros, mas sabiam que tudo correria melhor sob a égide de um cartel legalmente sancionado. Eles queriam um cartel bancário e criaram um que ainda hoje floresce sem qualquer observação pública com a ferramenta que mais desejavam — a capacidade de controlar a oferta monetária da nação — o que lhes confere poder quase ilimitado. O cartel trabalha em cooperação com o governo e com todas as outras poderosas corporações internacionais, numa aliança global dominante que lhes permite controlar os mercados mundiais, os recursos, o trabalho barato e as nossas vidas. O SISTEMA DOS FEDERAL RESERVS NÃO É UMA AGÊNCIA DO GOVERNO — É UMA COLIGAÇÃO PRIVADA DE BANCOS PODEROSOS PROTEGIDA PELA LEI DOS EUA É comum, mas errado, considerar-se que o Sistema FED é uma função do governo dos EUA, sujeita ao seu controle. Falso!!! É mesmo muitas vezes referido como um banco descentralizado e semi-governamental, mas isso é apenas uma forma de mascarar aquilo que, de fato, é na verdade: uma coligação detida e operada por privados, estruturada de forma a parecer que é o governo quem lá manda. O fato de ter a sua sede em Washington, no formidável e impressionante edifício Eccles (nome de um ex-dirigente do Federal), é apenas mais um astuto subterfúgio. Vejamos o que se passa realmente: O Federal é composto por um painel de Governadores em Washington e 12 bancos regionais em cidades principais espalhadas pelo país (incluindo a própria cidade de Chicago onde em tempos, agora já não, qualquer pessoa podia chegar ao guichet de um caixa e comprar títulos do Tesouro dos EUA). O Sistema também inclui muitos e variados bancos membros, nomeadamente todos os bancos nacionais que são necessários ao Sistema. Foi ainda permitida a entrada a outros bancos e muitos aproveitaram a oportunidade. O FED começou a funcionar em Novembro de 1914, quase um ano depois de ter sido criada pelo decreto do Congresso mencionado antes. Foi sancionado por lei que seria imbuída do maior poder de toda e qualquer instituição do país — o poder de criar e controlar o fluxo de dinheiro do país. A maioria das pessoas pouco ou nada sabem acerca de dinheiro e banco, talvez nunca sequer venham a pensar no assunto, e não fazem ideia do modo como o FED e os banqueiros influenciam as suas vidas. Ninguém deverá supor por um momento que os bancos foram instituídos ou pensados para funcionarem em nosso benefício. Não foram com certeza e alguém que pretenda o contrário deverá continuar a ler. São tão benéficos para o bem estar público como foi o MX Peacekeeper ICBM (a escolha de palavras é de se lhe tirar o chapéu) construído em meados da década de 80 para transportar ogivas nucleares e que tinha a modesta capacidade destruir toda e qualquer forma de vida no planeta, e um dia ainda poderá fazê-lo. O decreto do FED de 1913 (a lei do território) estipula que os bancos FEDERAL RESERVS de cada região são posse dos bancos membros dessa mesma região. Estes bancos Federais são corporações privadas que se esforçam por esconder o fato de que na verdade são donas daquilo que o público pensa ser propriedade do governo e tesouraria nacional. É fácil ser-se induzido em erro quando os dirigentes do FED e sete dos seus Governadores são nomeados pelo Presidente e aprovados pelo Senado. Assim, o FED é uma espécie de entidade semi-governamental, mas a verdade não deixa de ser que o Sistema é uma empresa privada com fins lucrativos semelhante a qualquer outro negócio. Tem acionistas como outras corporações públicas que recebem anualmente juros sem risco de 6% sobre as suas ações ordinárias. O público não sabe disto e não seria uma boa manobra de relações públicas se viesse a saber. O povo dos EUA ficaria ainda mais preocupado se viesse a saber que alguns dos proprietários dos Federal Reservs são poderosos investidores estrangeiros do Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Itália. Eles são parceiros de gigantescos bancos dos EUA como o JP Morgan Chase e o Citibank, bem como de poderosas firmas de Wall Street como Goldman Sachs, todos juntos na coligação bancária da nova ordem mundial, que influencia e altera a actividade de negócios em todo e qualquer lado, bem como as nossas vidas. A questão da propriedade privada dos Bancos Federal Reservs tem sido repetidamente contestada em tribunais federais, mas em vão. Em todas as vezes os tribunais sustentaram o atual sistema em quem cada Banco Federal Reservs é uma corporação autônoma detida pelos bancos comerciais da sua região. Um desses casos foi o de Lewis versus Estados Unidos que foi decidido pelo 9º Tribunal de Recursos do Circuito, que emitiu o veredito de que os Bancos FED são corporações independentes, de propriedade privada e localmente controladas. OS PAIS FUNDADORES DOS EUA TINHAM IDEIAS DIFERENTES DAS DOS HOMENS PODEROSOS QUE SE REUNIRAM NA ILHA JEKLL Ao longo da História dos EUA houve sempre desacordo acerca de quem deveria controlar o poder da oferta monetária e o direito de EMITIR dinheiro. Os Pais Fundadores dos EUA entenderam que o Parlamento Britânico fora forçado a cobrar impostos injustos às colônias e aos seus próprios cidadãos porque o Banco da Inglaterra acumulara demasiada dívida e o governo precisava de receitas para a reduzi-la. Benjamin Franklin acreditava mesmo que essa era a verdadeira causa da Revolução Americana. Muitos dos Fundadores também se apercebiam do perigo que advinha da acumulação excessiva de riqueza e poder por parte da banca. James Madison, o principal autor da Constituição dos EUA, chamou-lhes "cambistas" referindo-se à passagem da Bíblia que descreve como Jesus por duas vezes expulsou os cambistas e vendilhões do templo de Jerusalém há cerca de 2000 anos atrás. Madison disse: "A História registra como os cambistas têm usado de toda e qualquer forma de abuso, intriga, embuste e violência possíveis para manter o controlo sobre os governos ao supervisionar o dinheiro e a sua cunhagem". Thomas Jefferson foi igualmente forte na sua condenação ao dizer: "Acredito sinceramente que as instituições bancárias são mais perigosas para a nossa liberdade que exércitos permanentes. Edificaram já uma aristocracia monetária que se posicionou em desafio ao governo. O poder de emissão deve ser retirado aos bancos e devolvido à população a quem verdadeiramente pertence." Jefferson e Madison compreendiam os perigos de qualquer tipo de monopólio comercial e tentaram assegurar que eles nunca existiriam na nova nação. Eles queriam mesmo adicionar duas emendas suplementares à “Carta de Direitos” da Constituição, nunca tendo no entanto chegado a fazê-lo. Eles acreditavam que para proteger a liberdade da população a nação devia estar "livre de monopólios comerciais" (aquilo que são agora corporações gigantes como os bancos internacionais e grandes firmas de investimento de Wall Street) e livre de uma militarização permanente, ou exércitos permanentes. Tentem imaginar aquilo que o país seria hoje, se Jefferson e Madison tivessem conseguido impor as suas ideias, um país sem gigantescas corporações de rapina, que exploram tudo e todos para aumentar os lucros, e também livre de um exército enlouquecido que leva a guerra ao mundo inteiro ameaçando destruí-lo, o que por sinal até faria com que as corporações gigantes ganhassem ainda mais lucros. Eles claramente nunca chegaram a legislar os seus pontos de vista, e o povo tem pago caro desde então, sobretudo pelos danos causados pelo facto de o governo ter prescindido do direito de emissão da moeda. Cedeu este direito em segredo sem que o público pudesse ter a mais pequena noção do mal que lhes estava a ser causado. Tem sido ainda pior a partir da década de 80 porque o poder do FED cresceu sob o mandato de um presidente Republicano favorável, e os meios de comunicação corporativos ajudaram à farsa escondendo esses efeitos. Para estes, tudo é permitido aos bancos gigantes membros ou os seus parceiros de Wall Street. A situação tornou-se praticamente descontrolada durante o mandato de Alan Greenspan — um dirigente do FED que ninguém deveria ter considerado digno de louvor, fosse antes de ter tomado posse do Federal quando era conselheiro presidencial ou depois durante o seu mandato. Foi só depois de a sua firma de consultoria econômica ter falido que ele se pôs ao serviço do governo, certamente porque precisava de mudar de ramo. Foi aí que ele conseguiu tornar-se numa espécie de profeta onipresente da banca central sendo praticamente santificado pelos pontífices de negócios que viam no seu reinado a razão de os céus serem azuis e as nuvens debruadas a prata. Alan entretanto, retirou-se para os prados ainda mais verdejantes dos contratos livreiros e palestras milionárias, o que apenas prova que quando se faz um bom trabalho (às nossas custas) para os ricos e poderosos que lá o puseram, sempre as recompensas o esperarão no fim. É bem provável que o novo dirigente do Federal se tenha apercebido disso e vá zelosamente cumprir com a tradição que o antecedeu. Mas tentem imaginar um dirigente do Federal que seja diferente, um que conhecesse, acreditasse e praticasse as palavras e sabedoria de outro presidente notável dos EUA — Abraham Lincoln. Em 1886 Lincoln disse o seguinte: "O dinheiro rapina a nação em tempos de paz e conspira contra ela em tempos adversos. É mais déspota que a monarquia, mais insolente que a autocracia e mais egoísta que a burocracia." Denuncia como inimigos públicos todos os que questionem os seus métodos ou alumiem os seus crimes. Eu tenho dois grandes inimigos, o Exército Sulista à minha frente e os banqueiros atrás de mim. Dos dois o meu pior inimigo é o que está às minhas costas." Lincoln também parece ter dito (embora alguns o contestem): "Vejo uma crise a desenhar-se no futuro, uma que me enerva e faz tremer pela segurança do meu país... as corporações foram entronizadas e uma era de corrupção nas altas esferas seguir-se-á. O poder do dinheiro procurará prolongar o seu reinado exercendo-se sobre as fraquezas do povo, até que toda a riqueza esteja concentrada numas poucas mãos e a República seja destruída." Imaginem o que Lincoln não diria hoje. Dada a opinião que Lincoln tinha dos banqueiros e do poder do dinheiro, parece impor-se esta questão evidente: terá isso contribuído ou terá sido essa a razão para a sua morte prematura às mãos de John Wilkes Booth? Os banqueiros internacionais tinham claramente Lincoln em baixa estima, depois de ele ter conseguido que o Congresso homologasse em 1862 o decreto "Legal Tender" que dava à tesouraria dos EUA o poder de emitir dinheiro em papel chamado "greenbacks". Lincoln precisava desta lei depois de se ter negado a pagar os exorbitantes 24 a 36% de juros que os banqueiros pediam sobre os empréstimos de que Lincoln necessitava para financiar a guerra com o Sul. Com a nova lei, Lincoln podia então imprimir os milhões de dólares de que precisava sendo estes livres de dívida e juros. Isto não ia obviamente de encontro aos desejos dos banqueiros gananciosos já que só podem lucrar quando o seu naco de carne vem de transacções financeiras sob o seu controlo. Assim que acabou a guerra, Lincoln foi assassinado e logo em seguida, a dita lei "Greenback" foi revogada, um novo decreto bancário foi aprovado e todo o dinheiro voltou a acarretar juros. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DA FED O Sistema FED é o resultado do Congresso e o Presidente terem concordado em privatizar o sistema monetário nacional e delegar um poder que deveria ter permanecido direito exclusivo do governo. Este decreto foi tão afrontoso que o FED teve de ser propositadamente concebido de forma a que se assemelhasse a um ramo do governo federal, para que não transparecesse que se trata na verdade de uma coligação bancária privada e todo-poderosa, cujos bancos membros (incluindo todos os nacionais) partilham dos imensos lucros obtidos pelo controlo do privilégio que só os governos deviam controlar — o direito de emitir dinheiro, qualquer que seja a quantia, controlar o seu fornecimento e o seu preço — colhendo benefícios ao conceder empréstimos com uma margem de lucro, mesmo ao próprio governo, que paga assim juros que nunca pagaria se simplesmente imprimisse o seu próprio dinheiro. Interprete o que aconteceu como se o governo tivesse legalizado o direito de falsificar a moeda nacional para lucro privado. Não há qualquer exagero em afirmar que estamos perante a maior falcatrua financeira de sempre, prejudicando terrivelmente o público sem que este disso se aperceba. Eis como isto funciona em linhas gerais: Foi dada ao FED a autoridade de conduzir a política monetária da nação em decorrência do poder de controlar o fornecimento e o preço do dinheiro. O FED tem três maneiras de o fazer: através de transações no mercado livre (open market); da taxa de desconto que cobra aos bancos membros; e da percentagem de reservas obrigatórias dos bancos membros, bens que o FED requer que permaneçam na sua posse, não sendo utilizáveis em empréstimos. O Painel de Governadores é responsável por tratar da percentagem de desconto e das reservas obrigatórias, ao passo que o Comitê Federal do Mercado Livre (Federal Open Market Committee, FOMC) está encarregado das operações em mercado livre de compra e venda de títulos, como será pormenorizado a seguir. Usando destas ferramentas, o FED consegue influenciar a oferta e procura de dinheiro logo controlar diretamente a taxa a curto prazo sobre os fundos federais, que é sempre fixa, a não ser que o FED a queira subir ou descer. Taxas de maior longevidade são controladas pelos grandes corretores institucionais do mercado da bolsa. O FOMC E O SEU FUNCIONAMENTO O Comitê Federal do Mercado Livre é a verdadeira chave de todo o processo de criação ou contração de dinheiro. Consiste de 12 membros — sete membros do Painel de Governadores do FED, o presidente do Banco Federal de Nova Iorque (o mais importante deles todos) e quatro dos restantes 11 presidentes dos Bancos FED que exercem períodos rotativos de um ano. O FOMC reúne-se oito vezes por ano a intervalos regulares para avaliar as condições econômicas e decidir quão solta ou tensa se pretende que a política econômica seja, de forma a preservar o objetivo implícito de um crescimento econômico sustentável e estabilidade de preços. O FOMC tem literalmente o poder de criar dinheiro do nada. Consegue fazer isto num processo de quatro etapas: O FOMC começa por aprovar a compra de títulos do governo dos EUA em mercado livre. O Banco Federal de Nova Iorque compra os títulos aos vendedores (os mercados financeiros têm sempre um número igual de compradores e vendedores). O FED paga a sua compra com créditos eletrônicos aos bancos dos vendedores que, por sua vez, creditam as contas bancárias dos vendedores. Estes créditos são literalmente criados a partir do nada. Os bancos que recebem os créditos podem usá-los como reservas que lhes permitem conceder empréstimos até 10 vezes esse valor (se a reserva obrigatória deles for de 10%) através da magia (que só os bancos possuem) da banca de reserva fracionária e, claro, recebem juros sobre todo esse dinheiro. Que negócio, e é tudo legal! Imaginem quão ricos todos poderíamos estar se como indivíduos privados pudéssemos fazer o mesmo. Pedir um milhão emprestado ao Federal e, como que por magia, ele tornar-se 10 vezes mais, e podermos cobrar juros em tudo isso exceto os 10% iniciais que temos de manter em reserva. É esta a magia da criação de dinheiro do banco de reserva fracionária e explica quão poderoso é o estimulo econômico quando o FED quer aumentar o crescimento econômico . Quando o FED quer contrair a economia reduzindo o fornecimento de dinheiro, tem simplesmente de reverter o processo descrito em cima. Em vez de comprar títulos, vende-os para que o dinheiro saia dos bancos compradores em vez de entrar. Os empréstimos têm então de ser reduzidos 10 vezes se a reserva obrigatória for de 10%. COMO O FED PREJUDICA O INTERESSE PÚBLICO O Sistema da FED existe apenas para servir os seus proprietários e bancos membros e ao fazê-lo torna-se contrário ao interesse público. Isto porque se trata de uma coligação bancária com o poder de refrear a concorrência para melhorar os lucros conseguidos às nossas custas. Vai dos nossos bolsos para o deles e o público fica a perder pelo menos de quatro maneiras: Uma - Através da taxa invisível de inflação que resulta da diluição do poder de compra causado pela entrada em circulação do dinheiro recentemente criado, reduzindo o valor da moeda já existente. O FED de Greenspan foi particularmente expansivo, nunca foi chamado a responder pelo seu excesso e foi capaz de passar à sociedade e ao dirigente seguinte do FED o problema grave que provocou. O homem que agora se reverencia como mago monetário começou de forma comedida. Desde 1982, antes de tomar posse em 1987, e até 1992, o fornecimento de dinheiro aumentou em média 8% por ano. Mas de 1992 a 2002 a tipografia trabalhou horas extraordinárias em sintonia com a desregulamentação e crescimento dos mercados globais, expandindo a moeda em mais de 12% por ano. Tornou-se ainda mais extremo depois do 11 de Setembro e desde 2002 cresceu a uma taxa de 15%. Tornou-se mais do dobro em apenas uma década. Parece que o novo dirigente do FED se apercebeu já que começou a reduzir a taxa de expansão monetária enquanto tem reduzido a taxa dos fundos federais para qualquer que seja o nível que tenha em mente. Os que transacionam moeda também parecem ter-se apercebido do movimento geral da expansão do fornecimento monetário. Excetuando uma pausa em 2005, é bem provável que a fraqueza do dólar desde 2002 se deva à excessiva quantidade criada para financiar os custos prolíficos que foi a administração Bush por exemplo nas suas guerras infindáveis e nos seus imprudentes cortes aos impostos dos ricos. O problema é ainda mais complexo se considerarmos que desde 1964 até ao presente o serviço de dívida cresceu de 9% para 16,5% do orçamento federal com tendência para subir, o défice orçamental subiu de 1% para quase 7% e o endividamento federal cresceu quase 40% desde 2001 sendo financiado em grande parte devido à "benevolência de estranhos (estrangeiros)" que devem estar a ficar impacientes. Além disso desde Março de 2006 o FED parou de publicar o agregado M3 sobre a quantia total dos dólares em circulação. Com a perda dessa transparência os grandes compradores de títulos da Tesouraria dos EUA têm agora de calcular o valor do dólar baseados em especulação e incerteza ao invés de dados concretos — não é propriamente a melhor maneira de inspirar confiança aos mercados financeiros que funcionam melhor numa atmosfera de claridade e abertura. Duas - O público também perde porque a coligação bancária pode praticar usura — devido ao seu poder sobre uma moeda flexível e à flutuação artificial das taxas rumo a níveis convenientes, o que é impossível aos pequenos profissionais do crédito que funcionam num mercado verdadeiramente livre e aberto. Além disso o domínio do mercado por parte da coligação força a maioria das pessoas que precisam de pedir empréstimos (especialmente os mais pequenos, incapazes de lançar os seus próprios instrumentos de dívida) a dirigirem-se a eles para o pedir, de forma que vão receber aquele que deveria ser o dinheiro do público, disponível ao custo mais baixo possível a partir de variados pequenos profissionais do crédito, regulados de perto pelo governo, em concorrência direta por clientes. Três - Através dos impostos nós, o público, temos de pagar para cobrir os juros da gigantesca dívida nacional (agora acima dos 8,4 milhões de dólares, ou 6,62 milhões de euros) acumulada sobre o dinheiro que o FED imprimiu e cedeu ao governo a título de empréstimo. Como disse antes, isso totaliza hoje uma quantia anual no valor de mais de 2/3 de milhão de milhões de dólares (cerca de 525 mil milhões de euros), aumentando diariamente. Fez dos banqueiros homens mais ricos, das pessoas comuns pessoas mais pobres e do público pessoas ignorantes acerca de como foram enganadas. Quatro - Juntando todos os abusos expostos, a coligação é capaz de fazer com que seja o público a saltar por cima do sistema, de forma a, através dele, ficar com mais dinheiro dos impostos. Acontece quando qualquer um dos bancos demasiado grandes para falir precisam de ajuda financeira para sobreviver. O mesmo se verifica para grandes corporações como a Chrysler ou a Lockheed, grandes firmas de investimento ou fundos de avanço como o Long-Term Capital Management ou mesmo países como o México. Também acontece quando um só banco fecha as portas e os clientes têm de ser compensados ou até em situações mais sérias como estar às portas de um cataclismo financeiro como aquele que varreu com muitas caixas económicas (saving & loans banks) nos anos 80. Quer seja um só banco ou várias dúzias de uma assentada, o dinheiro público dos impostos é usado para salvar o sistema ou simplesmente pagar as indemnizações previstas pelo programa de seguros do governo até um teto específico por conta. COMO ADAM SMITH TERIA REAGIDO AO SISTEMA DA FED Esta concentração de riqueza e poder numa coligação bancária é o oposto daquilo que Adam Smith, o padrinho ideológico do capitalismo de mercado livre, defendia nos seus escritos, incluindo a sua obra A Riqueza das Nações. Smith escreveu acerca de uma "mão invisível" que ele disse operar melhor num mercado com muitos pequenos negócios concorrendo localmente uns com os outros. Ele opôs-se fortemente ao mercantilismo concentrado da sua era (ou o pouco que então existia) o que seria hoje o equivalente das gigantes corporações transnacionais e da coligação bancária com o poder de restringir a concorrência, manter preços mais altos que os praticáveis e ganhar maiores lucros às custas do público. O tipo de coligação bancária que existe hoje em dia é precisamente aquilo que Smith teria condenado. Mas existir um banco central não é em si um malefício desde que este seja propriedade do governo, controlado e operado para o bem estar do público. Os problemas começam quando esse banco usa de subterfúgios para se estabelecer como um simulacro de propriedade e obediência ao governo quando na é verdade para fins lucrativos privados como o dos EUA é, bem como muitos outros. E nos EUA, para que o compromisso funcione, uma figura de nomeação deveras pública tem de existir para encabeçar o Sistema e servir de escudo aos membros privados da coligação bancária que à partida conceberam o próprio sistema e o fizeram aprovar por um Congresso corrupto. Para funcionar, a coligação precisa da camuflagem da sua parceria com o governo, mas é com esse compromisso que fere tanto o interesse público para atingir os seus lucros privados. E eis-nos no cerne da questão: o Congresso que foi eleito para servir o povo, traiu-o ao criar uma coligação bancária todo-poderosa com o poder legal de praticar banca de reserva fracionária, ganhando dinheiro criado a partir do nada. Permitiu então aos seus membros o direito monopolista de ditar as taxas de juro que querem, cobradas aos que contraem empréstimos. Todo o processo equivale a um roubo legalmente sancionado perpetrado pelos bancos poderosos que se aliam ao governo para seu próprio proveito. É também parte de um extenso processo coordenado pelo governo de transferir riqueza da população para os bolsos dos ricos e de grandes corporações, fazendo-o sem que os prejudicados tenham noção disso. OUTRA FORMA DE O SISTEMA FED PREJUDICAR O PÚBLICO DOS EUA O Federal prejudica o bem estar público de uma outra forma importante, e novamente quase ninguém se apercebe. O FED foi supostamente criado para estabilizar a economia, suavizar o ciclo de negócios, manter uma taxa saudável de crescimento sustentável e manter os preços estáveis, beneficiando toda a população. Por isso vejamos, terá sido esse trabalho bem feito? Desde a sua criação em 1913, e portanto com eles a mandar, tivemos o desastre financeiro de 1921 e sobretudo o marcante e ainda bem lembrado de 1929. A isso seguiu-se a grande depressão que durou até ao início da segunda guerra mundial, acerca da qual o renomado economista conservador Milton Friedman explicou que se devia na origem e no agravamento ao fato do FED ter estranhamente decido baixar o fornecimento da moeda numa altura de contracção ao invés de a aumentar. Tivemos então novas recessões em 1953, 1957, 1969, 1975, 1981, 1990 e 2001. Também tivemos uma acentuada inflação que começou na década de 60 e se arrastou pela década de 70 e início da década de 80. E ainda tivemos uma enorme crise bancária nos anos 80, período em que faliram mais caixas económicas do que em toda a história até então. Isto aconteceu com o início de uma desregulamentação do mercado em que os bancos puderam explorar os seus interesses sem uma supervisão do governo que verificasse a sua disponibilidade para assumir o risco em excesso ou impedi-los de se tentarem safar de fraudes propositadas. Além da estabilidade "econômica que o Fed nunca conseguiu proporcionar, também tivemos uma subida exponencial da dívida do consumidor; recordes em alta nos défices de orçamento e mercado; um elevado nível de falências pessoais e uma subida na delinquência em empréstimos para hipotecas; juros impostos a uma dívida nacional crescente que consome uma enorme e também crescente percentagem do orçamento federal; perca da nossa base de manufatura juntamente com os seus empregos mais bem pagos com bons benefícios, devido a estarem a ser exportados para países de mão de obra barata; uma economia em que os serviços montam a quase 80% de toda a atividade de negócios, que providencia sobretudo um leque de empregos mal pagos, que requerem menos formação e oferecem poucos ou nenhuns benefícios; e um fosso cada vez maior nos rendimentos e riqueza que prejudica os baixos e médios assalariados de forma a beneficiar os poucos ricos bem privilegiados assim como o governo que o permite e encoraja. Junte-se tudo isto e a conclusão é clara. A única coisa que o Federal fracassou em cumprir acima de tudo foi precisamente a razão da sua criação. Mas é muito mais grave que isso se compreendermos os reais motivos de uma coligação bancária. Não é servir o interesse público. É abusar dele porque é assim que ela mais lucra. E consegue fazê-lo com o seu poder concentrado sancionado por lei e um governo favorável que se lhe alia no papel de parceiro ou auxiliador. É a partir desse acordo confortável e escondido da vista que é possível sair-se impune do maior dos crimes de furto. UMA SOLUÇÃO NECESSÁRIA PARA UM PROBLEMA GIGANTESCO Da informação que foi anteriormente exposta, é claro que o Sistema FED foi criado através de subterfúgios e falsidades por uma mão cheia de políticos corruptos ao serviço dos seus aliados poderosos da banca e de Wall Street. Fizeram-no para defraudar o público sem que este tivesse a mais pequena ideia do que lhe tinha sido feito ou como viria a ser prejudicado o seu bem estar e interesse. Os membros do Congresso e o Presidente Wilson (um homem formado em direito, uma vez advogado, antigo e estimado académico e presidente da Universidade de Princeton) ou sabiam ou deviam ter sabido que o decreto que ele e eles aprovaram a estabelecer o FED violava directamente a Constituição que haviam jurado defender. Não quiseram saber, infringiram a lei, e o público pagou caro pelo desde esse dia pelo crime que eles cometeram. Assim, só resta um recurso e o povo pode mobilizar-se para alcançá-lo: A única solução sensata e justa é desfazer o mal causado a tantos durante tanto tempo — abolir o Sistema FED e devolver o poder que agora detém ao governo federal, em prol do bem estar público. Retirar esse poder da poderosa coligação bancária que age contra o público e não permitir que lhes volte a parar às mãos. Essa é a única maneira. O grande poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht teria concordado e disse uma vez que "é mais fácil roubar criando um banco do que assaltando um". Libertarmo-nos destes "Cambistas" traria enormes benefícios para todos. Estabeleceria uma política prudente de criação de dinheiro que minimizaria a nossa taxa mais injusta - a inflação, que é provocada pelos banqueiros privados com fins lucrativos que manipulam o fornecimento de dinheiro da nação para ampliar os seus rendimentos pessoais. Estabilizaria a economia e atenuaria os extremos do ciclo de negócios exacerbado pela coligação que trabalha naturalmente para o seu benefício e contra o nosso. Baixaria o custo do dinheiro para quem contraísse empréstimos já que poria fim ao poder monopolista que a coligação agora tem de definir as taxas de juro que lhe convém abrindo o mercado a mais concorrência. Reduziria a crescente e opressiva dívida nacional, eventualmente libertada da quantidade de dinheiro extra necessária para a pagar. Reduziria o fardo público dos impostos já que seria menor a receita necessária para o serviço de dívida. Seria um passo gigante para reduzir e se possível um dia eliminar o poder esmagador de todos os gigantes predadores corporativos que se servem de nós como suas presas para crescerem e prosperarem. Pode até desencorajar estas guerras que só são feitas pela riqueza e poder - nunca pela glória, ou pela segurança do mundo, ou pela democracia, ou outros falso pretextos. Sem a poderosa coligação bancária e outros gigantes industriais que se alimentam da miséria humana que eles próprios criam, haveriam menos razões para seguir tais exemplos. Tentem imaginar essa forma de mundo e um governo que trabalhe para o bem estar público ao invés de o prejudicar como agora tem de fazer ao serviço do capital. Esse mundo é possível e as pessoas responsáveis precisam de trabalhar para que ele aconteça, já que o que temos agora faliu e tem de ser mudado antes que seja tarde demais. UMA VISÃO DO MUNDO CRIADA PELOS INTERESSES DO CAPITAL E O GOVERNO DOS EUA QUE A APOIA É o vil, corrupto mundo do capitalismo neoliberal de "mercado livre", controlado por corporações gigantes, que apenas beneficiam os poucos privilegiados, causando grande miséria humana e desespero; um mundo déspota que não pode perdurar nem devemos permiti-lo por muito mais tempo; com guerras sem fim movidas a dinheiro e lucro; onde as pessoas são mercadoria para ser usada ao sabor dos caprichos e descartada depois disso; sem preocupação em preservar uma ecologia capaz de nos suster, o que não se passará durante muito mais tempo porque estamos a destruí-la e a nós próprios por lucros; onde as necessidades essenciais humanas não importam à luz de um modelo económico que apenas valoriza a riqueza privada; onde a democracia é incompatível com o capitalismo de rapina; um mundo em que ninguém deveria querer viver nem ser obrigado a viver; um mundo que temos de mudar, ou perecer. Na linguagem do capital, é o fim da linha. Só um movimento em massa de gente empenhada pode mudar o mundo. Terá de ser assim, ou seremos todos nós a ser mudados. A não ser que nos possamos afastar do nosso modelo econômico falido para uma melhor alternativa, este vai acabar por si só um dia, de um ou outro modo. Mas pode ser um desfecho que ninguém desejaria - a sua própria autodestruição, ceifando com isso todo o resto, seja por holocausto nuclear ou por um ambiente tão inóspito que não suportará a nossa capacidade de o habitar. A nossa única hipótese é trabalhar para a mudança enquanto ainda há tempo. UMA VISÃO DE UM MUNDO DIFERENTE A História dá-nos provas de que é possível um mundo melhor quando pessoas empenhadas trabalham arduamente para esse fim. É assim que foi abolida a escravatura; que os trabalhadores ganharam o direito de se organizarem e reivindicarem colectivamente; as mulheres ganharam o direito de igualdade no sufrágio, de controlar os seus corpos, e mais direitos e estatuto no local de trabalho; negros e outras minorias ganharam direitos civis importantes; e políticos decretaram importante legislação social, mesmo que só o tenham feito por receio do que aconteceria se não o fizessem. Thomas Jefferson explicou uma vez que "O preço da liberdade é a vigilância constante". É também esse o preço de manter os nossos arduamente conseguidos direitos sociais. Na última geração esses direitos têm vindo a degradar-se enquanto não prestávamos atenção e só uma intervenção popular em massa pode reavê-los. O objetivo devia ser um mundo de atenção e partilha, onde as vidas das pessoas melhoram porque todos trabalhamos em conjunto para ele, um mundo em paz e não com guerras constantes para proveito dos ricos e poderosos às nossas custas, onde todas as necessidades humanas essenciais são garantidas porque os governos trabalham para o bem comum que o assegura, assente numa democracia verdadeiramente participativa onde o público e as autoridades eleitas trabalham em conjunto para o manter forte e vibrante, sem gigantes corporativos opressivos ou coligações bancárias porque a lei não os permitiria, um mundo onde a sustentação e preservação da natureza são centrais, com ar puro, água, solo e comida que é saudável e segura de ingerir, um mundo muito mais simples, mais localmente baseado, onde noções contemporâneas como a globalização não estão sequer no vocabulário, onde nos baseamos em igualdade social e justiça para todos com um governo, autoridades e tribunais a trabalhar para que assim continue, onde todos nós queiramos lá viver e esperemos que um dia possamos, um mundo que quereremos passar às gerações vindouras, um mundo que não nos podemos dar ao luxo de não ter porque a alternativa é não ter mundo nenhum. Podemo-nos bem encontrar num ponto de viragem onde o nosso destino está pendurado por um fio. Ou trabalhamos juntos para um mundo melhor e sustentável ou seremos a primeira espécie no mundo a destruir-se a si mesma. Se isso acontecer provavelmente levaremos conosco quase todas as outras e não deixaremos para trás grande coisa às sobreviventes mais ferrenhas. Já não nos podemos dar ao luxo de debater o tipo de mundo de que precisamos para sobreviver. Não serão os bancos e corporações gigantes que nos vão dar esse mundo nem será um governo hostil que se lhes alie. Depende de nós pô-lo em marcha ou certamente perecer se falharmos. Um bom começo seria expulsar os “cambistas” do Federal Reservs do nosso templo e fazê-los acompanharem-se das corporações gigantes. Com vontade as pessoas organizadas conseguirão vencer o dinheiro organizado. A E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://www.businessinsider.com/personal-finance/what-is-the-federal-reserve https://www.federalreserve.gov/ https://en.wikipedia.org/wiki/Federal_Reserve Sarah Binder e Mark Spindel. 2017. O Mito da Independência: Como o Congresso Governa o Federal Reserve . Princeton University Press . Conselho de Governadores do Federal Reserve System (2005). O Sistema da Reserva Federal: Propósitos e Funções (PDF) . Arquivado do original (PDF) em 11 de janeiro de 2014. Conselho de Governadores do Federal Reserve System (2006). 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- Inteligência Artificial Capaz de Decifrar Tabuletas Escritas em Cuneiforme
Cientistas Israelenses Desenvolvem Sistema de Inteligência Artificial que Pode Prever Palavras e Frases em Tabletes de Argila Parcialmente Danificados, bem como traduzir e transliterar inscrições. Rachaduras ou pedaços quebrados, são coisas bastante comuns para os que estudam e trabalham a escrita cuneiforme, apenas 0,8% dos tabletes em argila estão perfeitamente legíveis. Mas e se isso não importasse? E se um "robô" pudesse decodificar as linhas destruídas, já traduzindo para você? É o que propõe uma equipe de cientistas e técnicos em informática de uma Universidade Israelita. O Cuneiforme Ao longo de sua trajetória no planeta, a humanidade criou diversas formas de comunicação, como a oralidade, símbolos e desenhos. Uma das primeiras maneiras de trocar mensagens e registrar experiências foi a pintura rupestre. Estudiosos já encontraram em paredes de cavernas pelo mundo, gravações que datam de 80 mil anos atrás. Até que a escrita surgiu. Em mais ou menos 3500 a.e.c., as primeiras escritas começaram a ser gravadas em vasos, cerâmicas, tijolos e posteriormente, nas tabuletas de argila. Essa primeira forma de escrita ainda não era o cuneiforme, mas o protocuneiforme (também conhecido como pre-cuneiforme), que teve origem com os Ubaidianos, ancestrais dos sumérios, e posteriormente, foi aprimorado por estes. Era um meio mais arcaico de escrita, onde os símbolos eram geralmente desenhados e não impressos na argila. O protocuneiforme foi a forma de escrita oficial da mesopotâmia até mais ou menos 3.000-2.950 a.e.c, quando a escrita cuneiforme passou a ser utilizada de forma geral. Com um instrumento em forma de cunha, feito de lascas de bamboo, a argila era marcada e os símbolos gravados, então as tabuletas eram levadas ao forno. Praticamente todas culturas que empregavam a linguagem cuneiforme desapareceram uma a uma antes do início da era comum, e seus registros escritos caíram no esquecimento. Essa foi uma das razões foi o progresso vitorioso da escrita fenícia nas seções ocidentais do Oriente Médio e nas terras clássicas da Europa mediterrânea. A este sistema de escrita de eficiência e economia superiores, o cuneiforme não poderia oferecer uma concorrência séria. A redescoberta dos materiais e a reconquista das escritas e linguagens mesopotâmicas foram as conquistas dos tempos modernos. Digo modernos, pois foi apenas nos últimos 200 anos que tivemos certeza da existência dos povos e impérios sumérios. Paradoxalmente, o processo começou com a última ramificação do cuneiforme propriamente dito, as inscrições de Ganjinameh, feitas para os reis Dario e Xerxes (VI a IV a.e.c) da Pérsia. Isso até e compreensível, porque nesta época os persas eram os últimos que ainda utilizavam o cuneiforme, principalmente para escrita monumental. Exemplos dispersos de inscrições persas antigas foram relatados na Pérsia desde o século XVII. Esta inscrição trilíngue possui 414 linhas escritas em cuneiforme persa antigo, 260 em cuneiforme elamita moderno e 112 em cuneiforme acadiano. Décadas se passaram até que as três inscrições fossem traduzidas, e após isto, tornou-se bem mais fácil a decodificação das tabuletas e dos diversos tipos de cuneiforme, pois utilizando-se das técnicas utilizadas pelos primeiros filólogos arqueólogos e historiadores, conseguimos evoluir nosso conhecimento sobre o cuneiforme, hoje em dia, conseguimos traduzi-lo razoavelmente bem. O grande problema em tudo isso, é que os textos que queremos traduzir estão, como sabemos, em tabuletas de argila que datam de 2 a 5 mil anos atrás, e grande parte destas está destruída, ilegível ou incompleta. É aí que entra uma equipe de pesquisadores da Jerusalem's Hebrew University. Inteligência Artificial Tal equipe de arqueólogos, historiadores e profissionais em computação, liderada pelo Dr. Shia Gordin, criou um mecanismo que pode decodificar e prever palavras em linhas de tabletes danificados, assim como quando você digita uma palavra no Google e a função de previsão automática é ativada. A inteligência artificial é um programa de computador baseado em algoritmos, que simulam a inteligência humana de forma mais organizada e rápida, e aplicam-na em uma questão ou problema. A IA tornou-se recentemente uma grande aliada dos que trabalham com processamento de linguagem, pois pode ser alimentada e atualizada de acordo com a evolução linguística. Essa em questão, criada pelos Israelitas, foi alimentada com o vocabulário de dezenas de estilos de cuneiforme, segundo reportagem do Daily Mail. Shia Gordin, arqueólogo oficial da pesquisa, afirma que antes da IA ser utilizada, os arqueólogos e especialistas em linguagem trabalhavam de forma "subjetiva e demorada", o que mudou totalmente após a inclusão do novo sistema. Ele diz: “O método manual está se tornando cada vez mais difícil, pois muitos tabletes já se deterioraram tanto, que os pesquisadores dependem de dicas contextuais para preencher manualmente o texto que falta" O pesquisador explicou que a equipe usou um modelo já treinado em línguas semíticas, incluindo o hebraico, todas semelhantes ao acadiano, e em seguida, testaram o sistema ocultando partes existentes do tablete interpretado. O modelo previu as palavras que faltavam com “90 por cento de precisão”. Assim, a Máquina Babilônica foi usada para preencher as lacunas nas antigas tabuletas persas datadas entre os séculos VI e IV a.e.c. Incrivelmente, a IA conseguiu perfeitamente realizar não só a tradução do que estava legível no cuneiforme persa, como gerou opções de logogramas e termos que estavam ilegíveis ou destruídos utilizando o contexto preliminar do mesmo texto. Obviamente seres humanos podem fazer isso, e fazem. Mas como Shia afirmou, o mesmo resultado, por vezes, até mais aproveitável, é alcançado pela AI em aproximadamente 45 minutos de scans e computação dos dados da tabuleta. Os autores desenvolvedores desse sistema irão apresentar formalmente, em novembro, na "Conferência sobre Métodos Empíricos em Processamento de Linguagem Natural", um artigo cientifico contendo detalhes e informações a Inteligência Artificial (IA) utilizada pelo programa. Mas já podemos ficar bastante animados, pois em uma entrevista o Dr.Yuval Noah Harari, um dos historiadores da equipe que desenvolveu o sistema, afirma que "os scripts de 10.000 tabuletas cuneiformes datando de 2500 a.e.c. - 100 e.c., foram inseridos no novo programa de IA. Conhecido como “A Máquina Babilônia”, que promete ajudar historiadores, arqueólogos, filólogos e outros diversos profissionais, que assim como eu, trabalham com a decodificação dos mais diversos estilos de cuneiforme. Bibliografia S. Gordin. - How the secrets of ancient cuneiform texts are being revealed by AIKiup, L. and R.C. Thompson, Editors. - The Sculptures and inscription of Darius the Great on the rock of Bihistun in Persia. A new collation of the Persian, Susian, and Babylonian texts with English translations, etc. British Museum Conheça minha página @Contextologia no Instagram, onde compartilho minhas pesquisas e artigos na área da História, Arqueologia, Filologia Desmistificação e outros.
- Baalbek: O Fim do Mistério - que nunca existiu
Baalbek é considerada uma façanha da engenharia humana, mas nem todos aceitam que foram os humanos que construíram tudo. Confira abaixo como não é impossível fazer o que os povos antigos conseguiram, e muitas pessoas da sociedade moderna sequer chegam a imaginar como eram movimentados os blocos megalíticos na antiguidade. Baalbek, ou até Balbek, é localizada no leste do Líbano e famoso vale de Beqa’a. Região entre os rios Litani e Asi, que em textos antigos eram chamados de Orontes. Num cenário de leitura histórica situa-se no cruzamento de duas rotas comerciais de importância impar na antiguidade da região e povos entre o Mediterrâneo e a Síria Interior, e a outra entre o norte da Síria e o Norte da Palestina. Está aproximadamente a 86 km de Beirute, e 56 de Damasco. Todavia hoje é um importante centro administrativo e econômico do vale de Beqa’a. E visitantes podem chegar lá através de carros e por via férrea com Beirute, Damasco e Alepo. Imagem demonstrando a proporção humana próximo as pedras da plataforma principal. As origens de Baalbek remontam ao período fenício, por volta do século 3 a.E.C. Os romanos conquistaram a cidade no século 1 a.E.C., e a transformaram em um importante local religioso. Hoje, Baalbek é um Patrimônio Mundial da UNESCO e um destino turístico popular no Líbano. É também um admirável sítio arqueológico, e as escavações em andamento revelaram novos insights sobre a história e a cultura da cidade antiga dia após dia. Indiscutivelmente, o Grande Terraço de Baalbek é seu maior mistério e uma daquelas estruturas que a arqueologia moderna não consegue explicar com todos os recursos à sua disposição. AO MENOS É O QUE MUITOS DIZEM POR AÍ. Os registros começam com os romanos, mas as estruturas base já estavam ali. Um grupo de templos da época romana foi edificado entre os séculos I e III D.C. sobre colossais ruínas antigas. Nagy Terasz é a maior plataforma conhecida de freestone, blocos megalíticos, cortados com alta acurácia e colocados sobre uma fundação em 460.000 metros quadrados. Nesta famigerada plataforma, estão, os três imensos pedregulhos conhecidos como do grego Trilithon, cada um com quase 20 metros de comprimento, cerca de 4 metros de altura e 3 de largura. O peso de cada um desses monólitos monstruosos é calculado e estimado entre mil e duas mil toneladas; compostos de granito vermelho e tirados de uma pedreira de mais de um quilômetro vale abaixo de onde o prédio está hoje. Ainda mais extraordinário é o fato de que dentro da pedreira existe um bloco ainda maior, conhecido pelos árabes como Hajar el Gouble, ou pedra do Sul. Atualmente não existe nenhum mecanismo ou tecnologia moderna capaz de mover seu peso pesado e colocá-lo ali com acurácia. OUTRA FRASE RECHEADA DE DESINFORMAÇÃO. Não só há tecnologia hoje, como houve na época das grandes movimentações megalíticas do passado remoto dos sapiens em sua base de desenvolvimento da engenhosidade arquitetônica. Afinal, é altamente preconceituoso o pensamento de que os humanos do passado não eram inteligentes ou engenhosos o suficiente para criarem feitos como esse e nós, modernos, sociais e altamente sedentárias criaturas, não conseguimos nem imaginar como eles fizeram isso no passado? Pensamentos como: ah, foram os alienígenas ou uma população altamente desenvolvida de um passado desconhecido: não soa como coerente, apenas fantástico e descreditador das possibilidades, intelecto e criatividade humana. Abaixo veja os 5 dos maiores mistérios levantados com o conhecimento raso sobre o assunto, e são relacionados às bases da plataforma descomunal que é o alicerce para o tempo romano sobre Baalbek: 1. Como os maciços blocos de pedra usados na construção das bases da plataforma foram transportados e colocados no lugar? Alguns dos blocos são estimados em mais de 1.000 toneladas, e não está claro como eles poderiam ter sido movidos e posicionados com a tecnologia disponível na época. 2. Qual era o propósito das bases das plataformas, que são muito maiores e mais complexas do que o necessário para sustentar os templos e outras estruturas construídas sobre elas? Alguns pesquisadores sugeriram que as bases originalmente faziam parte de um projeto de construção ainda maior e mais elaborado que nunca foi concluído. 3. Por que as plataformas foram construídas com pedras tão maciças, quando pedras menores poderiam ter sido usadas com a mesma eficácia? Alguns pesquisadores sugeriram que o uso de pedras tão grandes pode ter a intenção de transmitir uma sensação de poder e grandeza, ou servir como uma demonstração das habilidades e habilidades dos construtores. 4. Qual era a fonte original da pedra usada na construção das bases da plataforma e como ela foi extraída e transportada para o local? Algumas das pedras usadas na construção das bases da plataforma não são encontradas nas imediações de Baalbek e não está claro como foram obtidas e transportadas. 5. Qual era o papel das bases da plataforma na vida religiosa e cultural da cidade antiga? Alguns pesquisadores sugeriram que as bases da plataforma podem ter sido usadas para rituais e cerimônias, ou que deveriam servir como uma espécie de espaço sagrado para a comunidade. No entanto, há pouca evidência direta para apoiar essas teorias. Falácias Lógicas como "respostas" através de um pré-montado viés cognitivo: É importante notar que as hipóteses da suposta história alternativa e pseudo-história baseadas em alienígenas antigos e afins, não são apoiadas por evidências arqueológicas ou históricas convencionais, mas por vezes se apoiam em especulação e em lendas. No entanto, aqui estão algumas das maneiras pelas quais os proponentes dessas hipóteses alternativas tentam explicar os mistérios das bases de Baalbek: 1. Os defensores das teorias de alienígenas antigos sugerem que os enormes blocos de pedra usados na construção das bases da plataforma foram transportados e colocados no lugar usando tecnologia avançada que não estava disponível para os humanos na época. Eles intuem e afirmam que visitantes extraterrestres forneceram essa tecnologia aos humanos, ou que os humanos aprenderam a tecnologia observando visitantes de outros planetas. 2. De acordo com algumas propostas de pseudo-história, as bases da plataforma foram construídas como parte de um projeto de edificação maior e mais elaborado, destinado a servir como plataforma de pouso ou base para espaçonaves, extraterrestres ou até mesmo terrestres. Os defensores dessa teoria sugerem que as plataformas foram projetadas para suportar o imenso peso e força de uma espaçonave ou objeto voador de grandes proporções. 3. Alguns proponentes das teorias dos antigos alienígenas sugerem que o uso de pedras maciças na construção das bases da plataforma pretendia transmitir uma sensação de poder e grandeza aos visitantes vindos dos céus, extraterrestres. Eles também prescrevem que o uso de pedras tão grandes tinha a intensão de simbolizar a imensa força e proeza tecnológica das antigas civilizações humanas. 4. De acordo com algumas teorias da história alternativa, as pedras usadas na construção das bases da plataforma foram obtidas de fontes extraterrestres e transportadas para a Terra usando espaçonaves avançadas. Os defensores dessa teoria podem sugerir que as rochas foram escolhidas por suas propriedades únicas, o que as tornou ideais para uso na construção de estruturas sagradas e importantes. 5. Os proponentes das teorias dos antigos alienígenas também são adeptos da crença que as bases da plataforma foram planejadas para servir como um tipo de sistema de comunicação ou navegação para visitantes extraterrestres. Um marco que poderia ser visto do alto e de longe, direcionando para o local objetivo de localização. E também acreditam que o design intrincado e a colocação das bases da plataforma pretendiam transmitir informações aos visitantes extraterrestres, ou deuses como fruto de má interpretação dos populares da época, ou servir como um marcador para espaçonaves navegando pelo espaço aéreo da região. Mas então, o que de fato explica isso tudo? Embora grupos de pseudo-história divulguem exemplos sobre o exemplo da pedra A Mulher Grávida, fazem geralmente desconhecendo que há até maiores e mais pesados megálitos no mesmo sítio arqueológico. Esse desconhecimento é sinal de estudos rasos sobre a temática em si, e a divulgação equivocada de dados ou hipóteses que levantam por pura falta de compreensão sobre um todo e décadas de escavações, publicações, achados e desenvolvimento teórico de estudos anteriores. Na verdade, não há nada de novo sob o Sol. É largamente conhecido como foi a movimentação megalítica para a época. Artigos científicos datados do início do século XX já dissertavam sobre isso. Registros romanos de técnicas herdadas dos minoicos também deixaram notas de como era a movimentação arquitetônica para grandes blocos, ou imensos blocos – como queiram chamar. Uma coisa é sem dúvida, certeza: Baalbek é um sítio histórico no Líbano que fascina arqueólogos e historiadores há séculos, e isso não poderia ser diferente para o mundo interligado por fibra ótica e satélites de hoje. O local era originalmente um templo dedicado a Baal-Shamash, Anat e Aliyan, construído há 5.000 anos pelos fenícios. Após milênios de invasões e domínios entre povos, Baalbek tornou-se território romano durante o Império, e templos dedicados a Baco e Júpiter foram construídos sobre a remanescente estrutura que jazia no local. Técnica altamente praticada em dominações pela antiguidade toda: reaproveitamento arquitetônico. Foi durante este período que os blocos megalíticos foram colocados em suas posições atuais sobre as plataformas que já estavam lá. Exemplo de como não apenas é possível, como serve de prova e evidência que povos fora da era recente de modernidade e tecnologia pós século XX são capazes de feitos aparentemente inalcançáveis para não entendedores. É importante enfatizar que as explicações fornecidas por defensores de teorias de história alternativa e pseudo-história baseadas em alienígenas antigos não são apoiadas por evidências científicas ou contas históricas aceitas. Publicação oficiais das hipóteses que propõem também não existem, haja vista que para existirem devem seguir o método científico, e entre muitas coisas, isso demandaria terem provas e evidências do que especulam, e isso não acontece. Apesar disso, algumas pessoas continuam a perpetuar esses mitos e lendas como fatos. Usar a frase: busca pela verdadeira história da humanidade – significa também estudar o passado de forma categórica e constante, de fontes confiáveis ou a menos, ler de tudo um pouco, haja vista que se prender em um viés de confirmação só deixa a pesquisa e aclamações ainda mais impalpáveis. Além disso, a ideia de que o local de Baalbek foi projetado para fins extraterrestres ou que os antigos fenícios tiveram contato com alienígenas não é suportada por quaisquer fontes ou evidências credíveis. Essas alegações são frequentemente baseadas em traduções incorretas, interpretações equivocadas ou fabricações. A linguagem escrachada na imagem acima é apenas para tentar corroborar com a oralidade exposta em posts, vídeos, mídias sociais e demais meios de comunicação que ignoram muito da engenhosidade arquitetônica da antiguidade. Os romanos, inventores da argamassa que seca de baixo d'água também conseguiram conhecimento para repetir os feitos dos antigos habitantes da região então dominada. E as chances são grandes de não passar de apenas mais um caso de apropriação cultural e intelectual pós-conquista à força. Na realidade, a construção do templo de Baalbek foi um feito notável de engenharia e inteligência humana, criatividade acima da média e, porque não, considerar intelectos impares por alguns momentos na história? Afinal de contas, gênios podem nascer em qualquer época, e não apenas na história recente. Baalbek foi realizado através da habilidade e trabalho das civilizações antigas. O local oferece insights importantes sobre a história e crenças dessas culturas e continua a inspirar pesquisadores e visitantes. Nas imagens dessa matéria a mera transferência de potencial de força por roldanas e suportes de alavancagem já resolveram o “problema” da movimentação megalítica que tanto incomoda os amantes da história antiga, mas que têm acesso a pouca informação direcionada e correta. Simples, porém nada simplista. Como o conhecimento desse tipo de movimentação megalítica chegou ao presente? Através de registros. Em conclusão, embora ainda possam haver mistérios em torno da construção e significado do local de Baalbek, é importante confiar em fontes credíveis e evidências científicas para entender sua história e importância. A pseudo-história baseada em alienígenas antigos e teorias de história alternativa podem ser intrigantes, fabulosas e, claro, uma possibilidade em aberto, mesmo que remota, e não pode ser descartada, porém nesse caso, é altamente improvável, e não são suportadas por fatos, evidências, publicações científicas, ou suscetíveis da mesma conclusão por outros pesquisadores, sendo assim não aceitas pela comunidade científica por falta de evidências. Enfim, a ideia é: nada de #faláciaLógica, vamos estudar para entender e ter autoridade para coordenar uma boa prosa dos tópicos. por: Maik Bárbara Bibliografia Artigo: Live Science: "Mystery of Massive Megalithic Stones at Baalbek Continues Unresolved" de Mindy Weisberger Artigo: National Geographic: "Baalbek: The Ancient Roman City Where Huge Stones Still Lie Untouched" de Jo Marchant Artigo: New York Times: "Baalbek's Ruins Draw Visitors and Rebels" de Hwaida Saad e Anne Barnard Conteúdo: @hipotesezero https://www.instagram.com/p/CUiVYyBFJaE/?igshid=MDM4ZDc5MmU=
- GIORDANO BRUNO: O Mártir da Ciência do Sec. XVI - O universo é INFINITO
No centésimo artigo do site www.arqueohistoria.com.br, Vamos falar sobre esse filósofo. Giordano Bruno, que assim como Hipátia, foi outro personagem da nossa história que esteve muito além do seu tempo, mas que devido a ignorância, sede de poder e ganância do homem, teve a sua vida ceifada de forma trágica. Sua transcendência, levou a intuir de forma espetacular, conceitos verdadeiros sobre a geometrização do universo, astros e estrelas; a ligação entre o imanente e o transcendente, um novo entendimento sobre o que é Deus e quem somos. O pensamento de Giordano Bruno está bem representado através da sua frase, na imagem acima. E é essa sabedoria e conhecimento, que Giordano Bruno queria mostrar ao mundo, em pleno Século XVI, onde o estado e a igreja eram indivisíveis e ditavam as regras da sociedade, nos âmbitos, politico e sociocultural. Sobre esse contexto, vamos ao artigo. Boa leitura !! Giordano Bruno (Italiano: Iordanus Brunus Nolanus - foi um teólogo, filósofo, escritor, matemático, poeta, teórico de cosmologia, ocultista hermético e frade dominicano italiano, e que foi condenado à morte na fogueira pela Inquisição romana (Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício) sob a acusação de heresia ao defender alegações consideradas na época, erros teológicos, isto é, foi condenado à morte pela Inquisição sob a acusação de heresia por defender uma visão de universo original para a época, afirmando que o universo era infinito e que poderiam existir vários sistemas solares além do nosso; vários mundos com possibilidade de vida inteligente entre outros aspectos que eram considerados, demoníacos, pecadores e imorais. Dizia ele .... A Terra não seria centro do universo, pois no infinito não existiria centro absoluto, apenas centros relativos. Ele propôs que as estrelas fossem sóis distantes cercados por seus próprios planetas e levantou a possibilidade de que esses planetas criassem vida neles próprios, uma posição filosófica conhecida como pluralismo cósmico. Ele também insistiu que o universo é infinito e não poderia ter "centro". Assim sendo, Giordano Bruno foi o grande defensor da ideia de infinito, e além disso, o seu pensamento era baseado na hilozoísta (pensava que tudo tem vida) e panpsiquista (pensava que tudo tem uma natureza psíquica, uma alma). Dizia ele .... "A Terra e os astros (...), como eles dispensam vida e alimento às coisas, restituindo toda matéria que emprestam, são eles próprios dotados de vida, em uma medida bem maior ainda; e sendo vivos, é de maneira voluntária, ordenada e natural, segundo um princípio intrínseco, que eles se movem em direção às coisas e aos espaços que lhes convêm" (A ceia de cinzas). "Todas as formas de coisas naturais têm almas? Todas as coisas são animadas? pergunta Dicson. Theophilo, porta-voz de Bruno, responde: Sim, uma coisa, por minúscula que seja, encerra em si uma parte de substância espiritual, a qual, se encontra o sujeito adequado, torna-se planta, animal (...); porque o espírito se encontra em todas as coisas, e não há mínimo corpúsculo que não o contenha em certa medida e que não seja por ele animado." (Causa, Princípio e Unidade, 1584). "E o que se pode dizer de cada parcela do grande Todo, átomo, mônada, pode se dizer do universo como totalidade. O mundo abriga em seu coração a Alma do mundo"." "O mundo é infinito porque Deus é infinito. Como acreditar que Deus , ser infinito, possa ter se limitado a si mesmo criando um mundo fechado e limitado?" "Não é fora de nós que devemos procurar a divindade, pois que ela está do nosso lado, ou melhor, em nosso foro interior, mais intimamente em nós do que estamos em nós mesmos." (A ceia de cinzas) "Nós declaramos esse espaço infinito, dado que não há qualquer razão, conveniência, possibilidade, sentido ou natureza que lhe trace um limite." (Giordano Bruno, Acerca do Infinito Universo e Mundos, 1584), com base nas ideias do cardeal Nicolau de Cusa. Quem foi Nicolau de Cusa ? Assim sendo, ao contrário de Giordano Bruno, Nicolau de Cusa (1401 - 11 de agosto de 1464), também conhecido como Nicolau de Kues e Nicolaus Cusanus, viveu 100 anos antes de Giordano, e no entanto, ele já tinha e afirmava o mesmo pensamento; isto é, que o UNIVERSO era INFINITO, porém, tais pensamentos forma totalmente aceito na época, sendo ele, Nicolau de Cusa, inclusive eleito como um cardeal católico alemão, além de filósofo, teólogo, jurista, matemático e astrônomo, respeitado. Incrivelmente, um dos primeiros proponentes alemães do humanismo renascentista , ele fez contribuições espirituais e políticas na história europeia. Um exemplo notável disso são seus escritos místicos ou espirituais sobre "ignorância aprendida", bem como sua participação em lutas de poder entre Roma e os estados alemães em pleno Sacro Império Romano Católico Germânico. Curiosamente, Nicolau de Cusa permaneceu uma figura influente em sua época e em 2001, pasmem; o sexto centenário de seu nascimento foi comemorado em quatro continentes e comemorado com publicações sobre sua vida e obra. Nicolau era muito lido e suas obras foram publicadas no século XVI, tanto em Paris quanto na Basiléia. Estudiosos franceses do século XVI, incluindo Jacques Lefèvre d'Étaples e Charles de Bovelles , o citaram. Lefèvre até editou a Ópera de Paris 1514 . No entanto, não havia escola Cusan, e suas obras eram amplamente desconhecidas até o século XIX, embora Giordano Bruno o citasse, enquanto alguns pensadores, como Gottfried Leibniz , foram influenciados por ele! Mas porque Nicolau não sofreu as mesmas penitencias que Giordano Bruno ? Deixo essa questão em aberto, para nossa Reflexão ! Em tempo, recentemente o Vaticano reconheceu que praticou excesso de violência contra Giordano Bruno; o cardeal Angelo Sodano, em 2000, afirmou que os inquisidores “fizeram de tudo para salvar sua vida”. Será ? O papa João Paulo II pediu desculpas pelo “uso da violência cometida a serviço da verdade”. BONUS: O vídeo abaixo, conta mais detalhes a cerca da historia de Giordano Bruno. Um excelente vídeo extraído do primeiro capítulo de "Cosmos - A Space Time Odyssey", com Neil de Grasse Tyson. 👇🏼👌🏼 A seguir, filme italiano de 1973 sobre Giordano Bruno - c/subt em português e em espanhol. GIORDANO BRUNO (1973) SINOPSE: «"Giordano Bruno" é um filme franco-italiano de 1973, do gênero drama biográfico, tendo por tema o processo movido pela Inquisição Romana contra o filósofo italiano Giordano Bruno. O filósofo, astrônomo e matemático Giordano Bruno foi um dos maiores pensadores do Século XVI e um dos precursores da ciência moderna. Nascido em Nola (Itália), expulso da Ordem dos Dominicanos por suas ideias conflitantes com a ortodoxia religiosa, viajou por toda a Europa, tendo sido conselheiro de príncipes e reis. Suas idéias metafísicas eram monistas e imanentistas, admitindo que acima de um deus imanente (a "alma do mundo"), haveria um deus transcendente, só apreendido pela fé, mas uma fé inteiramente naturalista, bem diversa da fé cristã. Processado pela Inquisição de Veneza, preferiu retratar-se (como Galileu), mas seus inimigos conseguiram que fosse mandado a Roma, onde respondeu a novo processo. O filme de Guiliano Montaldo, retrata o processo romano, no qual Giordano Bruno recusou qualquer retratação, sendo condenado e queimado vivo no ano de 1600.» "Quando disse que os processos usados pela Igreja não são os dos Apóstolos, porque a Igreja usa o poder e não o amor, quando eu disse isso, não estava enganado. Quando disse que a minha filosofia é a livre procura e não o dogma, não estava errado. Eu errei quando acreditei poder pedir à Igreja que combatesse um sistema de superstição, de ignorância, de violência. Errei quando acreditei poder reformar a condição dos homens com a ajuda deste ou daquele príncipe. Vi todas as tentativas que fiz, quanta morte. Pedir a quem tem os poderes que reforme o poder... que ingenuidade a minha.. A seguir...... Rick, do seriado TRATO FEITO | HISTORY vai atrás do LIVRO PROIBIDO 🌿 pela Igreja! - o LIVRO DE GIORDANO BRUNO Texto sobre GIORDANO BRUNO Por Antonio Farjani. Giordano Bruno (Nola, Nápoles, 1548) foi um frade dominicano, astrônomo, matemático, filósofo, místico e poeta. Suas ideias eram tão originais à época que terminaram por levá-lo à própria ruína. Imagine alguém dizer, em pleno século XVI, que o Sol não passava de uma estrela entre as demais, e o universo teria de conter um infinito número de mundos habitados por seres inteligentes, que circundariam essas outras estrelas. “O sol é uma estrela, e todas as estrelas são sóis”, teria declarado ele, para horror de seus contemporâneos. Mas o temerário frade não parou por aí: Bruno defendia a ideia de que o Antigo Testamento não era um relato histórico preciso, mas uma farsa sobreposta à verdadeira história humana; que a Europa e o Ocidente haviam trocado gato por lebre ao aceitar a Bíblia como se fosse a herança de toda a humanidade, e não apenas a tradição de um pequeno grupo tribal, os judeus, e com isso teriam perdido suas verdadeiras raízes, um legado espiritual muito mais rico em sabedoria. Mais tarde, a ideia de Bruno de que o judaísmo e o cristianismo haviam corrompido a antiga e verdadeira religião desfrutaria de grande popularidade entre os neoplatônicos do Renascimento e da própria maçonaria, pelo menos antes da decadência desta última. Pode-se depreender o teor de suas ideias mesmo em suas mais breves declarações: “A Luz Divina está sempre no homem, apresentando-se aos sentidos e à compreensão, mas o homem a rejeita”. “Eu entendo um Ser em tudo e acima de tudo, como não há nada sem a participação no Ser, e não há ser sem essência. Assim, nada pode ser livre da Presença Divina”. “A Natureza não é mais que Deus nas coisas”. “Todas as coisas estão no Universo, e o Universo está em todas as coisas: nós nele, e ele em nós, desta forma tudo resulta em uma unidade perfeita”. Por conta de tão perigosas ideias, Bruno não perderia por esperar. Em 1576 ele foi acusado de perverter a doutrina religiosa, tendo de deixar sua ordem e fugir para Roma, onde obteve asilo no Convento de Santa Maria de Minerva. Depois de viajar pela Itália e França chegou a Genebra, quando finalmente abandonou o sacerdócio. Mais tarde, a pedido de Giovanni Mocenigo, nobre veneziano, Bruno voltou para a Itália. Mocenigo tornou-se seu protetor, em troca de aulas privadas. A 21 de maio de 1591, no entanto, Mocenigo o traiu, entregando-o à Inquisição. Depois de ficar preso por oito anos no Palácio do Santo Ofício, no Vaticano, ele foi julgado por heresia, em processo presidido por Roberto Bellarmino, que viria a exercer o mesmo papel no processo contra Galileu. Em 1599, após várias recusas em retratar-se, Bruno foi declarado herege, impenitente, teimoso e obstinado, e expulso da Igreja enquanto suas obras eram queimadas em praça pública. No dia 17 de fevereiro de 1600, Bruno foi condenado a morrer queimado em uma fogueira montada no Campo das Flores, praça localizada no centro de Roma, ao leste do rio Tibre. Antes de ser executado, ofereceram-lhe um crucifixo para que o beijasse, mas Bruno se recusou. Obrigado a ajoelhar-se para ouvir sua sentença, ele ainda diria: “Vós que pronunciais minha sentença estais em maior temor do que eu que a recebo”. Em seguida, com uma peça de madeira enfiada em sua boca para que nada mais dissesse, Bruno ardeu até a morte diante da multidão reunida. Para encerrar sua história, caberia aqui mencionar mais uma de suas declarações: “O tempo é o pai da verdade, e sua mãe é o nosso pensamento.” IMAGEM: O Julgamento de Giordano Bruno pela Inquisição Romana. Relevo em bronze por Ettore Ferrari, Campo de' Fiori, Roma. Texto de Antonio Farjani - autor “A sabedoria divina tem três moradas: uma morada imaterial, eterna, sim, a própria morada da eternidade; uma segunda morada, o universo visível enquanto primogênito; e a última nascida, a morada da alma humana.” Eu sou, Giordano Bruno CENA REPRESENTANDO A MORTE DE GIORDANO BRUNO. E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://www.netmundi.org/filosofia/2012/giordano-bruno-o-martir-da-ciencia/ https://axismundi.blog/pt/2021/02/17/giordano-bruno-o-v%C3%ADnculo-o-fant%C3%A1stico/ Enciclopédia Católica, Giordano Bruno ↑ «Quem foi Giordano Bruno?». Revista Galileu. Globo.com. Consultado em 21 de outubro de 2017 ↑ Gatti, Hilary. Giordano Bruno and Renaissance Science: Broken Lives and Organizational Power. Cornell University Press, 2002, 1, ISBN 0-801-48785-4 ↑ Bruno era matemático e filósofo, mas não é considerado astrônomo pela comunidade astronômica moderna, pois não há registros dele realizando observações físicas, como foi o caso de Brahe, Kepler e Galileo. Pogge, Richard W. http://www.astronomy.ohio-state.edu/~pogge/Essays/Bruno.html 1999. ↑ Spectator, edição de 27 de maio de 1712, p.331 [em linha] ↑ Bombassaro, Luiz Carlos. Giordano Bruno e a filosofia na Renascença, Caxias do Sul: Educs, 2008 ↑ Estudos da Fundação Calouste Gulbenkian ↑ Birx, James H. "Giordano Bruno" The Harbinger, Mobile, AL, 11 November 1997. "Bruno was burned to death at the stake for his pantheistic stance and cosmic perspective." ↑ Arturo Labriola, Giordano Bruno: Martyrs of free thought no. 1 ↑ Frances Yates, Giordano Bruno and the Hermetic Tradition, Routledge and Kegan Paul, 1964, p. 450 ↑ Michael J. Crowe, The Extraterrestrial Life Debate 1750–1900, Cambridge University Press, 1986, p. 10, "[Bruno's] sources... seem to have been more numerous than his followers, at least until the eighteenth- and nineteenth-century revival of interest in Bruno as a supposed 'martyr for science.' It is true that he was burned at the stake in Rome in 1600, but the church authorities guilty of this action were almost certainly more distressed at his denial of Christ's divinity and alleged diabolism than at his cosmological doctrines." ↑ Adam Frank (2009). The Constant Fire: Beyond the Science vs. Religion Debate, University of California Press, p. 24, "Though Bruno may have been a brilliant thinker whose work stands as a bridge between ancient and modern thought, his persecution cannot be seen solely in light of the war between science and religion." ↑ White, Michael (2002). The Pope and the Heretic: The True Story of Giordano Bruno, the Man who Dared to Defy the Roman Inquisition, p. 7. Perennial, New York. "This was perhaps the most dangerous notion of all... If other worlds existed with intelligent beings living there, did they too have their visitations? The idea was quite unthinkable." ↑ Shackelford, Joel (2009). «Myth 7 That Giordano Bruno was the first martyr of modern science». In: Numbers, Ronald L. Galileo goes to jail and other myths about science and religion. Cambridge, MA: Harvard University Press. p. 66 "Yet the fact remains that cosmological matters, notably the plurality of worlds, were an identifiable concern all along and appear in the summary document: Bruno was repeatedly questioned on these matters, and he apparently refused to recant them at the end.14 So, Bruno probably was burned alive for resolutely maintaining a series of heresies, among which his teaching of the plurality of worlds was prominent but by no means singular." ↑ Gatti, Hilary (2002). Giordano Bruno and Renaissance Science: Broken Lives and Organizational Power. Ithaca, NY: Cornell University Press. pp. 18–19. ISBN 978-0801487859. Consultado em 21 de março de 2014. For Bruno was claiming for the philosopher a principle of free thought and inquiry which implied an entirely new concept of authority: that of the individual intellect in its serious and continuing pursuit of an autonomous inquiry… It is impossible to understand the issue involved and to evaluate justly the stand made by Bruno with his life without appreciating the question of free thought and liberty of expression. His insistence on placing this issue at the center of both his work and of his defense is why Bruno remains so much a figure of the modern world. If there is, as many have argued, an intrinsic link between science and liberty of inquiry, then Bruno was among those who guaranteed the future of the newly emerging sciences, as well as claiming in wider terms a general principle of free thought and expression. ↑ Montano, Aniello (2007). Antonio Gargano, ed. Le deposizioni davanti al tribunale dell'Inquisizione. Napoli: La Città del Sole. p. 71. In Rome, Bruno was imprisoned for seven years and subjected to a difficult trial that analyzed, minutely, all his philosophical ideas. Bruno, who in Venice had been willing to recant some theses, become increasingly resolute and declared on 21 December 1599 that he 'did not wish to repent of having too little to repent, and in fact did not know what to repent.' Declared an unrepentant heretic and excommunicated, he was burned alive in the Campo dei Fiori in Rome on Ash Wednesday, 17 February 1600. On the stake, along with Bruno, burned the hopes of many, including philosophers and scientists of good faith like Galileo, who thought they could reconcile religious faith and scientific research, while belonging to an ecclesiastical organization declaring itself to be the custodian of absolute truth and maintaining a cultural militancy requiring continual commitment and suspicion. ↑ «Giordano Bruno». Encyclopædia Britannica ↑ A obra principal sobre o relacionamento entre Bruno e o hermetismo é Frances Yates, Giordano Bruno and The Hermetic Tradition, 1964; para uma abordagem alternativa, pondo mais ênfase na Cabala, e menos no hermetismo, ver Karen Silvia De Leon-Jones, Giordano Bruno and the Kabbalah, Yale, 1997; para uma volta à ênfase do papel de Bruno no desenvolvimento da ciência, e crítica da ênfase de Yates nos temas mágicos e herméticos, ver Hillary Gatti (1999), Giordano Bruno and Renaissance Science, Cornell. ↑ Alessandro G. Farinella and Carole Preston, "Giordano Bruno: Neoplatonism and the Wheel of Memory in the 'De Umbris Idearum'", in Renaissance Quarterly, Vol. 55, No. 2, (Summer, 2002), pp. 596–624; Arielle Saiber, Giordano Bruno and the Geometry of Language, Ashgate, 2005 ↑ McIntyre, J. Lewis. Giordano Bruno ↑ Ir para:a b c d e f Enciclopédia Católica, Giordano Bruno ↑ Ir para:a b Ingegno, Alfonso (2004). Introduction. In de Lucca, Robert e Blackwell, Richard J. (org.) Giordano Bruno: "Cause, Principle and Unity" and Essays on Magic, pp. vii-xxix. Cambridge Texts on History of Phylosophy. Cambridge: Cambridge Press. ISBN 0-521-59359-X. ↑ "II Sommario del Processo di Giordano Bruno, con appendice di Documenti sull'eresia e l'inquisizione a Modena nel secolo XVI", edited by Angelo Mercati, in Studi e Testi, vol. 101.(em italiano) ↑ Luigi Firpo, Il processo di Giordano Bruno, 1993. (em italiano) ↑ DURANT, Will e Ariel. A História da Civilização. Começa a Idade da Razão. Trad. Mamede de Souza Freitas. 2ª edição, v. 7, Editora Record. ↑ Giordano Bruno: His Life and Thought. Chapter seven. "Martyrdom (1591-1600)" a. Padua and Venice (1591-92). ↑ ROWLAND, Ingrid D. Giordano Bruno: Philosopher / Heretic. University of Chicago Press, 2008. ↑ Singer, Dorothea Waley, Giordano Bruno, His Life and Thought, New York, 1950, ch. 7. O texto menciona um relato feito em carta por Caspar Schoppe, convertido ao Catolicismo e protegido do Papa Clemente VIII. É considerado certo que o autor do relato esteve presente ao julgamento de Giordano Bruno. ↑ "II Sommario del Processo di Giordano Bruno, con appendice di Documenti sull'eresia e l'inquisizione a Modena nel secolo XVI", edited by Angelo Mercati, in Studi e Testi, vol. 101; o objeto de madeira posto na boca de Giordano Bruno é descrito como una morsa di legno. ↑ [ fonte :Livro: Filosofando de Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins.] ↑ The Harbinger. Giordano Bruno ↑ John Gribbin (2009). In Search of the Multiverse: Parallel Worlds, Hidden Dimensions, and the Ultimate Quest for the Frontiers of Reality, ISBN 978-0470613528. p. 88 ↑ MOURÃO, Ronaldo Rogerio de Freitas Explicando a Teoria da Relatividade ↑ Princípio da relatividade de Galileu ↑ Ir para:a b Bruno, Giordano. Dell'Infinito ↑ Spectator, edição de 27 de maio de 1712, p.331 [em linha] ↑ Bombassaro, Luiz Carlos. Giordano Bruno e a filosofia na Renascença, Caxias do Sul: Educs, 2008 ↑ Hetherington, Norriss S., ed. (2014) [1993]. Encyclopedia of Cosmology (Routledge Revivals): Historical, Philosophical, and Scientific Foundations of Modern Cosmology. [S.l.]: Routledge. p. 419. ISBN 978-1317677666. Consultado em 29 de março de 2015 Bruno (from the mouth of his character Philotheo) in his De l'infinito universo et mondi (1584) claims that "innumerable celestial bodies, stars, globes, suns and earths may be sensibly perceived therein by us and an infinite number of them may be inferred by our own reason." ↑ Max Tegmark, Parallel Universes, 2003 ↑ Biernacki, Loriliai; Clayton, Philip (2014). Panentheism Across the World's Traditions (em inglês). [S.l.]: OUP USA. ISBN 9780199989898 ↑ Thielicke, Helmut (novembro de 1990). Modern Faith and Thought (em inglês). [S.l.]: Wm. B. Eerdmans Publishing. ISBN 9780802826725 ↑ Max Bernhard Weinsten, Welt- und Lebensanschauungen, Hervorgegangen aus Religion, Philosophie und Naturerkenntnis ("World and Life Views, Emerging From Religion, Philosophy and Nature") (1910), p. 321: "Also darf man vielleicht glauben, daß das ganze System eine Erhebung des Physischen aus seiner Natur in das Göttliche ist oder eine Durchstrahlung des Physischen durch das Göttliche; beides eine Art Pandeismus. Und so zeigt sich auch der Begriff Gottes von dem des Universums nicht getrennt; Gott ist naturierende Natur, Weltseele, Weltkraft. Da Bruno durchaus ablehnt, gegen die Religion zu lehren, so hat man solche Angaben wohl umgekehrt zu verstehen: Weltkraft, Weltseele, naturierende Natur, Universum sind in Gott. Gott ist Kraft der Weltkraft, Seele der Weltseele, Natur der Natur, Eins des Universums. Bruno spricht ja auch von mehreren Teilen der universellen Vernunft, des Urvermögens und der Urwirklichkeit. Und damit hängt zusammen, daß für ihn die Welt unendlich ist und ohne Anfang und Ende; sie ist in demselben Sinne allumfassend wie Gott. Aber nicht ganz wie Gott. Gott sei in allem und im einzelnen allumfassend, die Welt jedoch wohl in allem, aber nicht im einzelnen, da sie ja Teile in sich zuläßt." ↑ Review of Welt- und Lebensanschauungen, Hervorgegangen aus Religion, Philosophie und Naturerkenntnis ("World and Life Views, Emerging From Religion, Philosophy and Nature") in Emil Schürer, Adolf von Harnack, editors, Theologische Literaturzeitung ("Theological Literature Journal"), Volume 35, column 827 (1910): "Dem Verfasser hat anscheinend die Einteilung: religiöse, rationale und naturwissenschaftlich fundierte Weltanschauungen vorgeschwebt; er hat sie dann aber seinem Material gegenüber schwer durchführbar gefunden und durch die mitgeteilte ersetzt, die das Prinzip der Einteilung nur noch dunkel durchschimmern läßt. Damit hängt wohl auch das vom Verfasser gebildete unschöne griechisch-lateinische Mischwort des 'Pandeismus' zusammen. Nach S. 228 versteht er darunter im Unterschied von dem mehr metaphysisch gearteten Pantheismus einen 'gesteigerten und vereinheitlichten Animismus', also eine populäre Art religiöser Weltdeutung. Prhagt man lieh dies ein, so erstaunt man über die weite Ausdehnung, die dem Begriff in der Folge gegeben wird. Nach S. 284 ist Scotus Erigena ein ganzer, nach S. 300 Anselm von Canterbury ein 'halber Pandeist'; aber auch bei Nikolaus Cusanus und Giordano Bruno, ja selbst bei Mendelssohn und Lessing wird eine Art von Pandeismus gefunden (S. 306. 321. 346.)." Translation: "The author apparently intended to divide up religious, rational and scientifically based philosophies, but found his material overwhelming, resulting in an effort that can shine through the principle of classification only darkly. This probably is also the source of the unsightly Greek-Latin compound word, 'Pandeism.' At page 228, he understands the difference from the more metaphysical kind of pantheism, an enhanced unified animism that is a popular religious worldview. In remembering this borrowing, we were struck by the vast expanse given the term. According to page 284, Scotus Erigena is one entirely, at p. 300 Anselm of Canterbury is 'half Pandeist'; but also Nicholas of Cusa and Giordano Bruno, and even in Mendelssohn and Lessing a kind of Pandeism is found (p. 306 321 346.)". ↑ Powell, Corey S., "Defending Giordano Bruno: A Response from the Co-Writer of 'Cosmos', Discover, March 13, 2014: "Bruno imagines all planets and stars having souls (part of what he means by them all having the same "composition"), and he uses his cosmology as a tool for advancing an animist or Pandeist theology." ↑ David Sessions, "How 'Cosmos' Bungles the History of Religion and Science", The Daily Beast, 03.23.14: "Bruno, for instance, was a 'pandeist', which is the belief that God had transformed himself into all matter and ceased to exist as a distinct entity in himself." ↑ BARACAT FILHO, Antonio Abdala O Infinito segundo Giordano Bruno. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2009. ↑ Alexander Dicson, um inglês, aluno de mnemônica e amigo de Bruno. Ver Giordano Bruno: His Life and Thought. Chapter Two. "Bruno in England (1583-85). ↑ Seife, Charles (1 de março de 2000). «Vatican Regrets Burning Cosmologist». Science Now. Consultado em 24 de junho de 2012. Arquivado do original em 8 de junho de 2013 ↑ Robinson, B A (7 de março de 2000), Apologies by Pope John Paul II, Ontario Consultants. Retrieved 27 December 2013 ↑ "Giordano Bruno and Galileo Galilei," The Popular Science Monthly, Supplement, 1878. ↑ Antoinette Mann Paterson (1970). The Infinite Worlds of Giordano Bruno. Charles C. Thomas, Springfield, Illinois, 1970, p. 16. ↑ Paterson, p. 61. ↑ Cause, Principle and Unity, by Giordano Bruno. Edited by R.J. Blackwell and Robert de Lucca, with an Introduction by Alfonso Ingegno. Cambridge University Press, 1998 ↑ Cause, Principle and Unity, by Giordano Bruno. Edited by R.J. 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- Gigantes e Alienígenas do Passado: Fato ou Ficção?
Por que acreditamos no que acreditamos? Pseudohistória e pseudoarqueologia: Por que é mais fácil acreditar em uma mentira do que pesquisar uma verdade? Gigantes, Alienígenas Astronautas do Passado, etc.: Como separar o Fato da Ficção? Por que acreditamos em Teorias da Conspiração e Fake News? O aumento das Teorias da Conspiração e Fake News sobre a matéria da História da Humanidade na Terra, e o forte Impacto sobre a Sociedade vem crescendo em escala acelerada nos últimos anos, e o resultado disso pode ser mais grave que aparenta. Uma gravura tipográfica em cobre inspirada no Comodoro Byrons intitulada "Um relato de uma viagem ao redor do mundo" (1767): registrando seu encontro por volta de 1764 com os ditos gigantes da Patagônia. Desde a época de Magalhães, havia rumores de que os patagônios eram gigantes, mas o relato de Byron reacendeu o fascínio popular ao descrever homens que eram cabeça e ombros mais altos do que seus homens mais altos. Exploradores posteriores descobririam que isso era um exagero. Porém nos últimos 30 anos foi reacendido essa chama dos Gigantes da Terra e Mundo Antigo, e isso se tornou um assunto de hype na internet, porém o que não explicam e as pessoas também não perguntam é: QUAL ERA A ALTURA MÉDIA DOS EUROPEUS NA ÉPOCA DO DESCOBRIMENTO? - Sim, pois para entender a altura de um gigante, temos que compreender a estatura média de quem chama os outros de gigantes, não? - Pois bem, os patagonios tinham por golta de no máximo 1,92m - embora isso ainda seja grande para a época. Pois o que os pseudos-teóricos e pseudo-divulgadores científicos esquecem de citar é: a estatura de um europeu até o século 17 e 18 era em torno de 1,57 a 1,60m. Imagem: Science Photo Library em colaboração com a Science Photo Library e Paul D. Stewart Nos últimos anos, temos visto uma crescente tendência das pessoas e público em geral, a acreditarem em teorias da conspiração sobre a falsa história, ou seja, fatos passados e trajetória da sociedade que teoricamente seriam de outra forma. Evento esse também chamado de pseudohistória, haja vista que são hipóteses criadas e disseminadas por não especialistas, dos quais por muitas das vezes não têm formação acadêmica da área, ou até qualquer área de estudos avançados, mas ainda assim proclamam ideias e intenções sobre assuntos que cativam o público em geral a mirabolancias espetaculares de um passado que nunca existiu e é guiado por vieses cognitivos e ótimas narrativas. Essas teorias afirmam que as versões oficiais dos eventos históricos foram manipuladas ou completamente fabricadas para servir interesses específicos, como governos ou sociedades secretas. Apesar da falta de evidências para apoiar essas afirmações, muitas pessoas continuam a acreditar nelas, e algumas até começaram a promovê-las como fatos. Neste artigo, exploraremos as razões pelas quais as pessoas acreditam em teorias da conspiração de história falsa e o impacto na sociedade que isso ocasiona. Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes. Provérbio Oriental O Apelo das Teorias da Conspiração Uma das principais razões pelas quais a audiência de mídias sociais, streamings e tv em geral acreditam em teorias da conspiração, fake News, pseudoarqueologia e pseudo-história, tudo sobre história erradas do passado humano, a razão é o seu apelo, pois oferecem um senso de controle e explicação simples em um mundo incerto. Elas fornecem uma narrativa simplista e intuitiva que faz sentido sobre eventos complexos e, por vezes, demandam um esforço intelectual muito maior que reles um ou dois minutos de um vídeo qualquer para transmitir o conhecimento completo e absoluto do tema discutido e pesquisado seriamente por décadas ou até séculos, além da necessidade de profundidade no objeto de discussão que permita que os indivíduos atribuam a razão que esperam dedicar de suas opiniões. Se fizermos as perguntas corretas, teremos as respostas certas. Esse senso de controle pode ser reconfortante em tempos de incerteza, uma ferramenta, um mecanismo do cérebro que também pode levar a um perigoso senso de autojustiça, polarização, viés cognitivo e, acima de tudo, autoengano. E nesse último caso, o interessado no assunto em si, o espectador, perde tempo valioso de vida se dedicando a aglomerar justificativas para ideias infundados e sem provas, sem evidências, sem aplicação do método científico, além de perdas até financeiras. Se não fizermos perguntas , teremos as respostas que querem dar. Ainda, muitas teorias da conspiração apelam às emoções e preconceitos pessoais, mesmo que velados, do público-alvo àquele assunto. Unindo algoritmos e a intenção, ou falta dela, no transmissor da desinformação, temos esse resultado, somado à monetização do “divulgador” da informação em seus canais de transmissão e o recebimento de valores por ter uma audiência fiel. Por exemplo, teorias sobre a Illuminati ou outras sociedades secretas exploram a desconfiança que toda pessoa tem em relação às instituições poderosas, ao Estado, e seu desejo por uma explicação dos eventos mundiais, afetando não apenas esferas sociais baixas e média, como também à alta. Muitas dessas teorias também oferecem soluções simples para problemas complexos, o que pode ser especialmente atraente para aqueles que se sentem sobrecarregados pela complexidade da vida moderna e estresse do dia-a-dia. O Papel da Mídia Outro fator que contribui para o aumento das teorias da conspiração de fake News sobre fatos históricos e a trajetória humana, e até em outras disciplinas, é a desconfiança sobre a mídia mainstream, traduzido ao pé da letra como convencional, corrente, principal, e de fontes oficiais de informação. Com o aumento acelerado da virtualização da informação e velocidade de transmissão, principalmente na época da pandemia – 2020 e 2021, o tempo ocioso das pessoas em quarentena ou apenas em seus home offices aumentou a velocidade da transição de processos que antes eram físicos, passando a virtuais, e isso acarretou também uma maior aderência do público em pesquisas rasas e rápidas na internet por temas que as interessam, porém são complexos e vastos em leituras para serem feitas e estudadas. Isso, e somado a algoritmos cada vez mais inteligentes para maximizar o tempo de tela de cada usuário em suas plataformas, gerou uma enxurrada de novos adeptos de assuntos que outrora eram apenas tratados hora ou outra, mas que com a reincidência constante e diária do assunto em suas viciantes horas diárias em frente a um computador somados ao celular, as informações segmentadas como Fake News e teorias da conspiração não se misturam com informações criveis e estudos sérios. Criando assim cada vez mais fatores do viés da confirmação, por exemplo. Separando assim, fontes acuradas e frutos de pesquisas e estudos de campos dos especuladores sem evidências que norteiam a maioria dessas notícias sobre pseudohistória. Sendo assim, os sistemas e, por consequência, o uso e aplicação da comunicação instantânea via smartphone têm acesso a uma variedade de informações selecionadas e especialmente direcionadas apenas ao público relevante, gerando engajamento em diversas fontes, porém nunca todas as de fato relevantes para o tópico discutido,... ...e pode ser difícil distinguir entre fatos e ficção, a falta de treinamento científico às mentes curiosas acaba levando as pessoas ao engano, e sofrimento após descobrir que estava dentro das ideias erradas, e/ou incompletas. A mídia também desempenhou um papel na promoção das teorias da conspiração e fake News de pseudo-história. Em alguns casos, as agências de notícias deram uma plataforma a indivíduos que promovem essas teorias, o que ajudou a legitimá-las aos olhos de muitos espectadores. Além disso, o foco da mídia em histórias sensacionalistas ou controversas contribuiu para a propagação das teorias da conspiração sobre pseudo-história: linhas do tempo que desafiam as contas oficiais dos eventos históricos podem ser particularmente atraentes para vislumbradores que são céticos em relação ao governo e outras instituições. As teorias da conspiração podem ser atraentes porque oferecem uma narrativa alternativa que desafia as contas oficiais. O desafio é sempre ótimo para manter a evolução das ideias e fatos, porém quando são feitas afirmações e propostas sem evidências, provas ou publicações, fica difícil verificar os dados, sem nem mesmo ter dados para serem verificados. O Impacto na Sociedade O aumento das teorias da conspiração de história falsa teve um impacto significativo na sociedade, e um dos efeitos mais significativos é a propagação de desinformação. Quando as pessoas em geral acreditam em narrativas históricas erradas ou que não condizem com os fatos em si, e acreditam apenas por fazem sentido mediante à sua falta de informação global sobre o tópico, isso pode levar a uma compreensão distorcida do passado e, em alguns casos, a uma justificativa para ações prejudiciais presentes e futuras. Por exemplo, as teorias da conspiração sobre o Holocausto promovem o antissemitismo e o ódio racial, o que pode levar a violência contra grupos minoritários. Da mesma forma, teorias da conspiração sobre o papel dos Estados Unidos nos ataques de 11 de setembro de 2001 promovem a hostilidade contra os muçulmanos e podem levar a ações prejudiciais contra essa comunidade que está alocadas nos EUA ou em outras regiões do globo. As teorias da conspiração e fake News sobre fatos históricos e linha do tempo alternativos, porém sem evidências e altamente especulativos ou até fruto de pareidolia e interpretações erradas de ditos divulgadores científicos que na verdade não passam de mal informados e animados disseminadores de ideias que rendem retorno financeiros para eles mesmo. Enfim, essas narrativas também podem minar a confiança das pessoas em instituições democráticas. Quando ao público residente do meio social que interage o tema da teoria da conspiração acreditam que as contas oficiais da história são falsas, elas também podem questionar a legitimidade dos governos, instituições e até figuras públicas idôneas, desacreditando-as. Isso leva a um aumento da polarização e da desconfiança, o que pode minar a estabilidade política e social. Lembrando que grandes e sólidos impérios da antiguidade se corroeram e caíram por menos que isso. Como Combater as Teorias da Conspiração e Fake News sobre a Agressão à História Uma das maneiras mais eficazes de combater as teorias da conspiração é promover a alfabetização midiática e o pensamento crítico. Estudos de filosofia e psicologia nas escolas, assim como a alfabetização midiática, que envolve a capacidade de avaliar informações de diversas fontes e discernir fatos de ficção, fariam toda a diferenças para que não mais sejamos enganos por nós mesmos ao dar crédito àquilo que não deve ser creditado ou acreditado. Isso envolve a verificação de fontes e a análise crítica de informações para determinar a precisão do que foi introduzido como informação de base. O pensamento crítico por sua vez envolve a capacidade de questionar suposições, considerar diferentes perspectivas e avaliar evidências. Outro mecanismo que pode ser muito bem aplicado é o estudo do método científico e como ele acontece para que pesquisas e hipóteses sejam publicadas, e posteriormente verificadas pela mesma disciplinas e interdisciplinarmente também. Um processo que está sempre em evolução, e desde seus aproximados 200 anos atrás, desde que nasceu, vem evoluindo para criar o mais perfeito processo para que, de fato, a ciência tenha o rumo para frente, e não caia em falhas e retroaja. Ao promover essas habilidades, podemos equipar as pessoas para avaliar informações de forma crítica e tomar decisões informadas. FALÁCIA: discurso falso que se passa por verdadeiro; engano; modo errado de se conceber alguma coisa; erro... leia mais aqui. Também é importante viabilizar uma maior compreensão e tolerância para aqueles com perspectivas diferentes. Salientar que todos fazem parte de uma comunidade maior e que temos mais em comum do que pensamos é fundamental para que novas ideias venham à tona e tenham o devido crédito, mesmo que à primeira vista sejam incongruentes, e mesmo assim apresentando argumentos sólidos que passando pelo crivo crítico e midiático, será agregada ao hall de possibilidades e, posteriormente, explorada da forma devida. Outro passo importante para combater a falha na leitura da linha da história da humanidade é abordar os fatores sociais e econômicos subjacentes que contribuem para o seu apelo. Isso inclui abarcar questões como desigualdade de renda, falta de acesso à educação e isolamento social. Ao abordar esses fatores subjacentes, podemos criar uma sociedade mais inclusiva e equitativa que seja menos suscetível a teorias da conspiração. Por fim, mas não apenas esses como muitos outros fatores, também devemos trabalhar para acometer o impacto das teorias da conspiração e fake News em nossas instituições democráticas. Isso inclui promover a transparência, responsabilidade e confiança no governo e outras instituições. Devemos também trabalhar para promover uma mídia livre e independente que forneça informações precisas e confiáveis ao público. Algo talvez, que ao que tudo indica, seja utópico, mas que a poucos passos possamos alcanças lentamente, porém um dia chegando lá. Em conclusão, as teorias da conspiração sobre a matéria da historiografia do homo sapiens sapiens sobre o planeta se tornaram um problema significativo na sociedade que vivemos hoje, elas oferecem um senso de controle e explicação em um mundo incerto, mas também podem promover a divisão, a desinformação e a desconfiança mutua e social. Para combater sua disseminação, devemos abordar as causas subjacentes de seu apelo, promover o pensamento crítico e a alfabetização midiática e estudar mais cada caso: um resumo simples, porém nada simplista. Por: Maik Bárbara McRaney, David. How Minds Change: The Surprising Science of Belief, Opinion, and Persuasion Hardcover, Livro de Junho, 2022.
- 1666 - Sabbatai Zevi - O Cripto Messias que se converteu ao Islã durante o Tvrcicvm Imperivm
Tvrcicvm Imperivm = Império Turcomano ( Otomano ) Antes de darmos inicio a esse artigo; algumas curiosidades sobre o ano de 1666 1666 ( MDCLXVI ) NÃO FOI SOMENTE UM ANO CABALISTICO. Foi um ano comum começando na sexta-feira do calendário gregoriano e um ano comum começando na segunda-feira do calendário juliano. Foi o 1666º ano das designações da Era Comum (EC) e Anno Domini (AD), o 666º ano do 2º milênio , 66º ano do século XVII e 7º ano da década de 1660 . No início de 1666, o calendário gregoriano estava 10 dias à frente do calendário juliano, que permaneceu em uso local até 1923. Para entender melhor os aspectos dos calendário, veja primeiro o meu artigo. O calendário Gregoriano e o nascimento de Cristo 5 anos dele nascer 1666, também foi o ano de um enorme incêndio em Londres. O Grande Incêndio de Londres foi uma grande conflagração que varreu o centro de Londres de domingo, 2 de setembro a quinta-feira, 6 de setembro de 1666 Esse evento destruiu a cidade medieval de Londres dentro da antiga muralha da cidade romana, enquanto também se estendia além da muralha a oeste. O número de mortos é geralmente considerado relativamente pequeno, embora alguns historiadores tenham contestado essa crença "um incêndio de proporções gigantescas que destruiu em três dias 13.200 casas e vários prédios públicos, arrasando cerca de 176 hectares da cidade. Em virtude de sua magnitude, esse acontecimento ficou conhecido também como: “The great fire of London”, isto é, “O grande incêndio de Londres”. A catástrofe de Londres marcou profundamente a Inglaterra do fim do século XVII." Veja mais sobre "02 de Setembro – Grande Incêndio de Londres" em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/incendio-londres.htm DICA DE LEITURA: 1666: Plague, War and Hellfire | Amazon.com.br Mas.... como desgraça pouca é bobagem, principalmente em um ano cuja numeração remete CALÀFRIOS aos mais céticos. 👇🏼😳 A Grande Peste de Londres foi a última epidemia de peste bubônica na Inglaterra, durando 1665 à 1666. Acontecendo no contexto da segunda epidemia de peste; a Grande Peste que vitimou entre 75 000 a 100 000 pessoas, ou seja, praticamente um quinto da população de Londres na época, em dezoito meses. A doença era causada pela bactériaYersinia pestis, geralmente transmitida via rato (chamado de vetor). Pois a IGREJA CATÓLICA proibiu a domesticação de Gatos ( principalmente os de cor preta) visto que a narrativa é que eram animais usados para BRUXARIA. Assim sendo, com o extermínio de grande quantidade de gatos, a proliferação dos ratos se elevou drasticamente, colaborando para a disseminação da peste BUBONICA. CASO SEMELHANTE OCORREU COM A PESTE NEGRA DURANTE O SECULO XIV. A epidemia de 1665-1666 foi em menor escala do que a anterior de peste Negra que atingiu a Europa entre 1347 e 1353, mas é chamada como a "grande peste" porque foi uma das últimas a se espalhar pela Europa As coisas eram menos aconchegantes em Londres. A quarentena foi inventada durante a primeira onda de peste bubônica no século 14, mas foi implantada de forma mais sistemática durante a Grande Peste. Funcionários públicos chamados de buscadores desenterraram novos casos de peste e colocaram em quarentena os doentes junto com todos que compartilhavam suas casas. Pessoas chamadas guardas pintaram uma cruz vermelha nas portas das casas em quarentena, ao lado de um aviso de papel que dizia “SENHOR TENHA MISERICÓRDIA DE NÓS”. (Sim, as maiúsculas eram obrigatórias.) O governo fornecia comida para os confinados em casa. Após 40 dias, os carcereiros pintaram as cruzes vermelhas com cruzes brancas, ordenando aos moradores que esterilizassem suas casas com cal. Os médicos acreditavam que a peste bubônica era causada por “cheiros” no ar, por isso a limpeza era sempre recomendada. Eles não tinham ideia de que também era uma boa maneira de se livrar dos carrapatos e pulgas que realmente espalham o contágio. Claro, nem todo mundo estava em conformidade. Documentos legais nos Arquivos Nacionais do Reino Unido mostram que, em abril de 1665, Carlos II ordenou punições severas para um grupo de pessoas que tirou a cruz e o papel de sua porta “de maneira tumultuada”, para que pudessem “sair para a rua promiscuamente, com outros." É uma reminiscência de todos aqueles americanos modernos que foram às praias da Flórida nas férias de primavera, apesar do que os especialistas em saúde pública disseram a eles. RESUMO: Temos então que no final de 1666, a praga começou a ser reduzida da Inglaterra, mas um desastre levou a outro. No outono, o Grande Incêndio de Londres destruiu o centro da cidade em uma conflagração que durou uma semana com um dano foi tão extenso em parte porque as autoridades municipais demoraram a agir, já tendo passado mais de um ano lidando com a peste, o incêndio deixou 70.000 londrinos desabrigados e furiosos, ameaçando se rebelar, conforme detalhes já vistos anteriormente. Entendido esse contexto apocalíptico do cabalístico ano de 1666, vamos ao nosso artigo. A História dos Judeus Sabateanos e Sua Relação com Rothschild e Atos Satânicos Em 1666, os cristãos e judeus messiânicos pensaram que o Messias voltaria, pois havia muita ansiedade pela sua vinda à Terra. Mas, afinal de contas, quem foi Sabbatai Zevi? Foi um cabalista de Romaniote ( comunidade judaica étnica de língua grega, nativa do Mediterrâneo Oriental, visto que eles são uma das comunidades judaicas mais antigas existentes e a comunidade judaica mais antiga da Europa ou origem sefardita ). Zevi, que foi ativo durante todo o Império Otomano , e afirmou ser o tão esperado Messias judeu. Ele foi o fundador do movimento Sabbatean , cujos seguidores posteriormente passaram a ser conhecidos como Dönme (convertidos) ou cripto-judeus. Se 1666 é um ano de numero cabalístico, o que é a Cabala e Talmud de 1700? A Cabala (é um método esotérico , disciplina e escola de pensamento no misticismo judaico) Luriana ( de Isaac ben Solomon Luria Ashkenazi ou Isaac Luria, comumente conhecido nos círculos religiosos judeus como " Ha'ARI " que significa "O Leão") da qual Sabbatai Zevi era um seguidor, e em grande parte preparou o terreno para o movimento Sabbatean e a Ideologia Messiânica para os Judeus. Sabbatai Zevi desenvolveu visões e truques de magia e as pessoas passaram a acreditar que ele era o Messias. Ele passou a ser conhecido como o Leão Sagrado. Ele preparou o terreno para o movimento messiânico do movimento Sabbatiano' e no auge daquele momento, Sabbatai Zevi em pouco tempo já tinha aproximadamente 1 milhão de judeus seguindo-o, principalmente os judeus Ashkenazi (são os judeus provenientes da Europa Central e Europa Oriental, visto que o termo provém do termo do hebraico medieval para a Alemanha, chamada Ashkenaz) e alguns judeus sefarditas (é o termo usado para referir os descendentes de judeus originários de Portugal e Espanha - PENINSULA IBÉRICA, sendo que possuíam tradições, línguas, hábitos e ritos diferenciados dos seus irmãos asquenazes). Detalhes sobre ASKENAZES e SEFARDIM. Stern, Stein, Bronstein, Sternberg, Feldman, Feldstein, Grinstein, Egert, Bloch e notórios como da família Freud (O FAMOSO PSICANALISTA) são uma exemplificação de alguns dos sobrenomes asquenazes mais comuns entre a população judaica da Europa Central. IMPORTANTE: No século XX, o escritor Arthur Koestler, de origem asquenaze, em seu livro A 13ª Tribo (1976), retomou a antiga teoria de que os judeus asquenazes seriam descendentes dos cazares, um povo de origem turcomana, não semita, que se converteu em massa ao judaísmo e abandonou suas terras, na região da atual Turquia, fugindo às devastações perpetradas pelos mongóis, afinal refugiando-se na Europa Oriental, principalmente nos atuais territórios da Polônia, Hungria e Ucrânia. Essas populações, não pertencem a nenhuma das doze tribos de Israel, por isso são definidas no livro de Koestler como "a décima-terceira tribo - 13", porém, testes genéticos em populações de judeus Asquenazes não apresentam qualquer evidência de origens cázaras, mas sim de origens advindas do Oriente Próximo/Mediterrâneo e Sudoeste Europeu Os judeus fugiram das perseguições que lhes foram movidas na Península Ibérica na inquisição espanhola (1478–1834), dirigindo-se a vários outros territórios, dentre eles PORTUGAL, onde ocorreu o episódio " O MASSACRE DE LISBOA ". https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Lisboa_de_1506 No entanto, uma grande parte dos Sefarditas, fugiram / retornaram para o norte de África, onde viveram durante séculos e milhares desses, também se refugiaram no Novo Mundo, principalmente o Brasil, onde temos a construção da primeira sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel, mais especificamente em RECIFE. https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinagoga_Kahal_Zur_Israel Também no México, onde nos dias atuais se concentram milhares de descendentes dos judeus conhecidos como marranos. Assim sendo, os sefarditas são divididos hoje em ocidentais e orientais. Os ocidentais são os chamados judeus da nação portuguesa, e que muitos migrarma para o BRASIL no periodo COLONIAL, enquanto os orientais são os sefardim que viveram no Império Otomano. Sobrenomes de judeus sefarditas: conheça os mais populares no BRASIL e descubra se você é um deles. https://voceportugues.com.br/sobrenomes-judeus-sefarditas/ Abrantes, Aguilar, Almeida, Álvares, Amorim, Andrade, Avelar e Azevedo; Barros, Basto, Belmonte, Brandão, Bravo, Brito, Bueno; Cáceres Caetano, Campos, Cardoso, Carneiro, Carvajal, Carvalho, Castro, Crespo, Coutinho e Cruz; Dias, Dourado e Duarte; Elias e Estrela; Ferreira, Fonseca, Franco e Furtado; Gaiola, Gato, Gomes, Gonçalves, Gouveia, Granjo e Guerreiro; Henriques; Josué; Lara, Leão, Leiria, Lemos, Lobo, Lombroso, Lousada e Lopes; Macias, Machado, Machorro, Martins, Marques, Mascarenhas, Mattos, Meira, Melo e Prado, Mello e Canto, Mendes, Mendes da Costa, Mesquita, Miranda, Montesino, Morão, Moreno, Morões, Mota e Moucada; Negro, Neto e Nunes; Oliveira e Osório (ou Ozório); Paiva, Pardo, Pereira, Pessoa, Pilão, Pina, Pinheiro, Pinto, Pimentel, Pizarro e Preto; Querido; Rei, Ribeiro, Rodrigues e Rosa; Sarmento, Salvador, Silva, Soares e Souza; Teixeira, Teles e Torres; Vaz, Vargas e Viana. 12 Famosos Descendentes Judeus Sefarditas 1- Ayrton Senna (1960- 1994) Ayrton Senna da Silva, nasceu a 21 de Março de 1960 em São Paulo, Brasil. Foi uma personalidade importante mundialmente no ramo da fórmula 1, onde se consagrou campeão várias vezes. Ser piloto, deu-lhe as maiores vitórias mas também lhe retirou a vida. No dia 1 de Maio de 1994, faleceu num terrível acidente durante o grande Prémio da San Marino, em Itália. 2- Beth Carvalho (1946 – 2019) Elizabeth Santos Leal de Carvalho, mais conhecida por Beth Carvalho, nasceu no Brasil, Rio de Janeiro, no dia 5 de Maio de 1946. Destacou-se no mundo da música, onde se fez conhecer tanto como cantora, compositora ou instrumentalista. O seu sucesso começou a ser maior na década de 1970, tornando-se uma das maiores intérpretes de samba. Faleceu recentemente, com 72 anos, no dia 30 de Abril de 2019. 3- João Belchior Marques Goulart (1919 – 1976) É também bastante conhecido por Jango, foi político, advogado e presidente brasileiro. A família de Goulart era de ascendência açoriana, sendo ele filho de Vicente Goulart, fazendeiro do Rio Grande do Sul que tinha grande influência na região o que ajudou Jango a entrar para a política. A sua morte foi causada de um ataque cardíaco, no município argentino de Mercedes, Corrietes, em 6 de dezembro de 1976. 4- Lygia Fagundes da Silva Telles É uma escritora brasileira, considerada por académicos, críticos e leitores uma das mais importantes e notáveis escritoras brasileiras do século XX e da história da literatura brasileira. Nasceu a 1923 na cidade de São Paulo, filha de Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, conhecida como Zazita, uma pianista, e Durval de Azevedo Fagundes, procurador e promotor público, que também trabalhou como advogado distrital, comissário de polícia e juiz. 5- Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987) Nasceu na cidade de Itabira, em Minas Gerais. Foi um poeta, contista e cronista brasileiro considerado por muitos, o mais influente poeta brasileiro do século XX. Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo brasileiro. A memória da sua cidade viria a permeia parte de sua obra. Seus antepassados, tanto do lado materno como paterno, pertencem a famílias de há muito tempo estabelecidas no Brasil. 6- Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (1927 – 1994) Nasceu no Rio de Janeiro, em 1927 é conhecido pelo seu nome artístico, Tom Jobim, foi compositor, maestro, pianista, cantor e violonista brasileiro. É considerado o maior expoente de todos os tempos da música popular brasileira. Filho de Jorge de Oliveira Jobim e de Nilza Brasileiro de Almeida, a ausência do pai durante a infância e adolescência impôs um contido ressentimento, desenvolvendo no maestro uma profunda relação com a tristeza e o romantismo melódico, transferido peculiarmente para as construções harmónicas e melódicas. Faleceu em Nova Iorque em 1994. 7- Francisco Buarque de Hollanda Mais conhecido como Chico Buarque, nasceu no dia 19 de Junho de 1944 no Rio de Janeiro, Brasil. Destaca-se no mundo artístico, sobretudo musical, sendo considerado um dos maiores cantores da música popular brasileira, onde conta com largas dezenas de discos gravados a solo e em parceria com muitas outros cantores conhecidos no mundo artístico brasileiro. Chico Buarque tem ascendência Sefardita do lado materno e paterno, mas neste caso resolvemos dar destaque ao sobrenome Holanda, dos quais descendem ambos os seus avós paternos e cuja origem remonta a Arnau de Holanda, mercador holandês da cidade de Utrecht que chegou ao Brasil no início do século XVI e se radicou em Pernambuco e que alguns dos genealogistas mais renomados do Brasil crêem ser filho do mercador judeu holandês Jacob. 8- Camila Coutinho Valença Bloguer e influenciadora digital, referenciada no mundo da moda também como estilista. Nasceu no dia 2 de Outubro de 1987 em Recife, capital de Pernambuco, Brasil. Destacou-se em 2006 quando criou o blog de moda “Garotas Estúpidas” que se tornou um dos mais populares a nível mundial. A sua influência vai mais além do blog, mexendo com a internet tanto a nível de sites populares, redes sociais como o Instagram e o YouTube. No seu próprio canal, faz parte da lista de entrevistadas, celebridades como Gisele Bündchen, Kaya Scodelario, Bruna Marquezine, Anitta, entre outras. Existem diversos ramos da família Coutinho no Brasil mas o mais conhecido é aquele q está ligado à Capitania de Espírito Santo no século XVI. Ao longo dos séculos seguintes outras ramificações surgiram entre as quais os Azeredo Coutinho, Ferreira Coutinho e Sousa Coutinho. 9- Rodrigo Junqueiro Reis Santoro Nascido em Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil. É um ator brasileiro, conhecido no mundo da televisão e do cinema tanto no Brasil como além fronteiras. Participou em inúmeras telenovelas, assim como em séries e filmes. É através da família materna que vem a sua ancestralidade portuguesa. BUENO, sobrenome da sua avó materna e que lhe confere a viabilidade. O sobrenome Bueno é de origem espanhola e está fortemente ligado à fuga de populações sefarditas da Inquisição Espanhola. A sua presença no Brasil é sobretudo acentuada em São Paulo. 10- Antônio Fagundes Natural do Brasil, nascido na cidade do Rio de Janeiro no dia 18 de Abril de 1949. Personalidade conhecida por todos, sendo um dos mais reconhecidos e acarinhados atores brasileiros. Foi bastante novo que descobriu o seu talento para a representação e com apenas 15 anos estreou-se no teatro. Tem uma vasta lista de peças de teatro e telenovelas, que o fazem destacar de muitos outros no mesmo meio. Tem ascendência sefardita pelo menos do lado do seu avô paterno, Afonso Fagundes. O sobrenome Fagundes, que surge como adaptação de um patronímico ibérico na zona do Minho e Galiza entre o século XIV e XV. Algumas destas famílias se mudaram para os Açores durante o século XVII e XVIII e é desse ramo que descendem a grande maioria dos brasileiros com este sobrenome. 11- Marisa de Azevedo Monte Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 1 de Julho de 1967. É uma cantora, compositora, multi-instrumentista e produtora musical. É considerada uma das maiores artistas brasileira arrecadando inúmeros prémios tanto nacionais como internacionais. Iniciou o seu primeiro álbum em 1985 e desde aí o seu percurso foi vincado cada vez mais até aos dias de hoje. O sobrenome Monte é de origem espanhola, sendo alguns dos primeiros Montes mais conhecidos um conjunto de irmãos que chegaram ao Nordeste após uma temporada na Bahia, e cuja causa de partida da Península Ibérica é tomada como fuga da Inquisição. A sua vasta prol se entrelaçou com vários outras famílias de perseguidos pela intolerância religiosa, entre os quais os descendentes da famosa judia, Branca Dias. 12- Maria de Lourdes da Silveira Mäder É brasileira, nascida no Rio de janeiro no dia 12 de Setembro de 1966. Nas duas bases familiares, tem origem libanesa, luxemburguesa e portuguesa, daí ter ascendência por parte de judeus Sefarditas. É uma atriz que soma quase 40 anos de carreira, onde interpretou diversas personagens sobretudo no grande ecrã a fazer telenovelas. O sobrenome Rodrigues, que surge tantas vezes em Roiz na documentação mais antiga, é de formação patronímica, referindo-se ao filho de ‘Rodrigo’. Existem vários ramos desta família no Brasil, alguns de origem Portuguesa mas também Castelhana. Os primeiros Rodrigues chegam ao Brasil no século XVI, sendo que o ramo de que descende a atriz Malu Mader é já do século XVIII. Curioso não acham ? Bem !!! Continuando com o nosso artigo. Dessa forma Zevi os levou a praticar esta forma de Cabala, a Luriana se aproveitando que as pessoas acreditaram que ele estava se tornando o verdadeiro Messias. Na sequência da sua historia, ele foi a Jerusalém, a fim de ser aceito como Messias , mas o rabino sefardita da cidade não o aceitou, visto que eles o temiam pela sua influência que era muito grande, então mandou prendê-lo. Assim sendo, Sabbatai foi forçado, pela ponta da espada na sua cabeça, a se tornar muçulmano ou então morreria; com isso, decidiu se tornar muçulmano. Esta atitude fez eles pensaram que Sabbatai ia perder seus seguidores, mas a história não foi bem assim e ela não acaba aqui. Sabbatai saiu mais forte do que nunca e disse a seus seguidores que Muslim não era uma conversão genuína, mas sim, uma apostasia. Na sequência Sabbatai foi para a Albânia com cerca de 100 seguidores retornando então ao Judaísmo. Dizia ele; "você pode abraçar qualquer fé que quiser, desde que pratique esses ensinamentos em segredo." e foi essa movimentação então que se tornou a ideia de movimento secreto. Era tão secreto que nem era permitido praticar na frente do Califado, nem diante dos Cristãos. Até dos seus próprios filhos eles esconderam. Eles não eram informados sobre a religião de sua casa até os 11, 12 anos ou 13 anos de idade. Dessa forma, surgiram os Judeus Donmeh (convertidos) na Turquia: Eles parecem muçulmanos turcos, mas na verdade são judeus e ainda estão lá atualmente há pelo menos uns 250 anos. Então os Donmeh foram os primeiros judeus encriptados e foi deles que surgiu o movimento dos Jovens Turcos e que deu origem ao GENOCIDIO ARMENIO. Para entendimento sobre a ARMENIA, acesse meu outro artigo. HAICO (HAYK NAHAPET)- TETRANETO DE NOÉ e FUNDADOR DA ARMENIA https://www.arqueohistoria.com.br/post/haico-hayk-nahapet-tetraneto-de-no%C3%A9-e-fundador-da-armenia Aliás, os armênios acreditam que é por isso que foram massacrados, por esses Cripto judeus, de níveis mais altos que comandaram esse genocídio. O "Messias" Sabbatei Zevi deu-lhes permissão para fazer isso e é este o início do cripto Judaísmo que saiu da Lurian Kabala. "Pareça e aja como um cristão, mas você realmente pratica o judaísmo em segredo." Fazer isso faz parte dos ensinamentos do "Messias" Sabbatai Zevi. "Diga a todos que você é muçulmano e seja realmente um judeu." Os Donmeh foram usados em um momento em que eles precisavam derrubar o califa e para preparar o caminho para a Primeira Guerra Mundial e o estabelecimento da pátria nacional judaica na Palestina e assim, eles fizeram um acordo com os Donmeh. Precisamos que você organize um movimento e vá para a Turquia e derrube o califa e, ao fazer isso, eles estabeleceram as primeiras lojas maçônicas na Turquia. Após a morte de Sabbatai, o movimento sabático se transformou no movimento continuado por Jacob Frank. Dizia ele, ",Sabbatai Zevi era o Messias e 'Eu mesmo sou o Messias, as manifestações do próprio Deus'. Frank morreu em 1791. Jacob Frank: Foi um líder religioso que afirmava ser a reencarnação do autoproclamado messias Sabbatai Zevi (1626–1676) e também do patriarca bíblico Jacó. Frank provavelmente criou uma nova denominação do judaísmo, agora conhecida como Frankismo e que incorporou alguns aspectos do cristianismo ao judaísmo. Ou seja, o desenvolvimento do Frankismo foi uma das consequências do movimento messiânico de Sabbatai Zevi, cujo misticismo religioso acompanhou as mudanças socioeconômicas entre os judeus da Polônia , Lituânia e Rutênia Antecedentes históricos Havia numerosas sociedades secretas judaicas de Sabbateans (seguidores de Sabbatai Zevi), conhecidas como Dönmeh , no leste da Polônia (atual Ucrânia ), particularmente na Podólia e na Galícia , no final do século XVII. Frank escreveu: “No entanto, o caminho para a vida não é fácil, pois é o caminho do niilismo - destruição, e significa libertar-se de todas as leis, convenções e religiões, adotar todas as atitudes concebíveis e rejeitá-las e segui-las, passo a passo no abismo. ” Frank se juntou à Igreja Católica Romana e escreveu: "Isso eu lhe digo, Cristo, como você sabe, disse que ele veio para os redimir do mundo das mãos do diabo, mas eu vim para redimi-lo de todas as leis e costumes que já existiram. É minha tarefa aniquilar para destruir demolir tudo isso que o bom deus pode revelar a si mesmo. ” Onde quer que Adão pisou, uma cidade foi construída. Onde quer que eu coloque os pés, tudo será destruído, pois vim a este mundo para destruir e aniquilar, mas o que eu construir, durará para sempre. A humanidade está envolvida em uma guerra sem quartel com as leis "não boas" que estão no poder - e eu digo a vocês todos os que desejam ser guerreiros, não devem ter religião, o que significa que eles devem alcançar a liberdade sob seu próprio poder e apoderar-se de a árvore da Vida." Hoje, essas pessoas que construíram fortunas enormes, passaram de pai para filho a partir do século 14 e foi o capital inicial para Warburg e Rothschild e um séquito de judeus muito ricos que são banqueiros. Para melhor compreensão, fortemente recomendo a leitura dos 4 artigos sobre o Império Britânico, que mostra os genocídios perpetrados em larga escala, a criação e ascensão dos bancos até a Casa dos Rothschild. Vou deixar os links desses 4 artigos abaixo: O que nunca te ensinaram nas escolas sobre o IMPÉRIO BRITÂNICO - parte 1. https://www.arqueohistoria.com.br/post/o-que-não-te-ensinaram-nas-escolas-sobre-o-império-britânico O que nunca te ensinaram nas escolas sobre o IMPÉRIO BRITÂNICO - parte 2. https://www.arqueohistoria.com.br/post/o-que-nunca-te-ensinaram-nas-escolas-sobre-o-imp%C3%A9rio-brit%C3%A2nico-parte-2 O que nunca te ensinaram nas escolas sobre o IMPÉRIO BRITÂNICO - parte 3. https://www.arqueohistoria.com.br/post/o-que-nunca-te-ensinaram-nas-escolas-sobre-o-imp%C3%A9rio-brit%C3%A2nico-parte-3 O que nunca te ensinaram nas escolas sobre o IMPÉRIO BRITÂNICO - parte 4. https://www.arqueohistoria.com.br/post/o-que-nunca-te-ensinaram-nas-escolas-sobre-o-imp%C3%A9rio-brit%C3%A2nico-parte-4 CONTINUANDO..... Eles se tornaram ativos nas organizações maçônicas na Polônia e se envolveram na troca de esposas orgiásticas. Isso era praticado nos séculos 19 e 20 e eles ainda eram visíveis. Muitos foram informados de que não se preocupe, você não precisa trocar de esposa e conosco, você pode simplesmente praticar o judaísmo normal. Como parte do Movimento Sabá sob o comando de Frank, ele disse a seu povo para ir à Alemanha e estabelecer fábricas e ganhar muito dinheiro e seu seguidor se envolveu no movimento maçônico na Polônia, de acordo com a enciclopédia judaica. Eles foram abertamente mais francos em sua prática. O dinheiro inicial para Warburg e Rothschild começou no século 14. OS ILLUMINATI DA BAVIERA: Jacob Frank disse a Adam Weishaulpt para fundar os Illuminati da Baviera CONJUNTAMENTE com os Rothschilds que já estavam estabelecidos em poder e riqueza nesta época. Weishaulpt foi financiado pelos Rothschilds para formar os Illuminati, mas a instrução veio de Frank. MAS ISSO VAMOS DETALHAR EM UM OUTRO ARTIGO SOBRE OS ILLUMINATI DA BAVIERA, PARA DEPOIS AVANCARMOS NAS PRIMEIRA E SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Peste_de_Londres#:~:text=A%20Grande%20Peste%20de%20Londres,na%20%C3%A9poca%2C%20em%20dezoito%20meses. https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/incendio-londres.htm https://genealogiajudaica.com/12-famosos-descendentes-judeus-sefarditas/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinagoga_Kahal_Zur_Israel Vídeo: Sabbatean-Frankist Illuminati History Uma palestra de Robert Sepehr Autor de “Redemption Though Sin” com base nesse vídeo : https://www.youtube.com/watch?v=vWMxHBuuP6U https://pt.wikipedia.org/wiki/Asquenazes https://pt.wikipedia.org/wiki/Sefarditas Abrahams, Israel (1911). "Frank, Jakob" . Em Chisholm, Hugh (ed.). Encyclopædia Britannica (11ª ed.). Cambridge University Press. Frank, Yakov (1978). 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- Tecnologias do Antigo Egito – Parte I
Muito se fala sobre possíveis tecnologias que existiam no passado e foram perdidas ao longo do tempo. O Egito, com suas Esfinges, Pirâmides, Obeliscos e outros artefatos e estruturas tidos por entusiastas como “impossíveis para seu tempo”, com toda certeza lidera esta lista. Já que é assim, trarei neste artigo, que será divido em três partes, um pouco sobre as verdadeiras tecnologias já comprovadas e evidenciadas pela arqueologia, utilizadas pelos antigos Egípcios da 4º Dinastia. Sabe-se que existem pesquisas e escavações arqueológicas acontecendo a todo momento no Egito. Alguns dos maiores arqueólogos do mundo estão lá pesquisando, escavando e descobrindo novos artefatos, estruturas e tecnologias utilizadas pelos antigos egípcios, neste caso, pelos egípcios da 4º Dinastia (2613 – 2494 a.e.c), a qual o famoso faraó KHNUM-KHUFU (QUÉOPS), pertencia. TECHNOLOGIA Para iniciarmos este estudo, primeiramente precisamos entender o que é tecnologia, pois embora pareça ser algo que todos sabem, na verdade é bastante confundida. Dicionário Oxford: Tecnologia - Teoria geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, cálculos, meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade humana. Com toda certeza os antigos egípcios foram uma cultura espetacular, que continha muita tecnologia em seu meio, porém, tecnologia ao pé da letra, como técnicas, cálculos, processos, métodos e instrumentos utilizados. Isso é tecnologia, o que é totalmente diferente de High Tech (Tecnologia Avançada ou de ponta), que consiste em aparelhos eletrônicos, máquinas e afins. Nota-se que a maioria das pessoas não conhece essa distinção entre os termos, e acabam confundindo a tecnologia comum (que sabemos que existia em grande quantidade no antigo Egito), com a Tecnologia Avançada, que sabemos que, até hoje, dia 21/02/2023, não possui sequer uma evidência historiográfica ou arqueológica que possa indicar seu uso. Em resumo, quando um entusiasta afirma que havia tecnologia no Antigo Egito, ele não está errado, pois havia e muita, como veremos ao longo destes artigos. O ponto é que quando eles fazem isso, não estão se referindo a tecnologia e ao seu real significado, pois provavelmente nem o conhecem. Estão se referindo á Tecnologia Avançada de Ponta, o que me faz pensar. "O que é pior, afirmar categoricamente que algo existe, sem sequer uma evidência que corrobore tal ideia, ou afirmar categoricamente algo que você nem sequer sabe o real significado?" Dito isto, veremos agora um pouco sobre as reais tecnologias que sabemos terem sido utilizadas pelos antigos egípcios de mais de 4.500 mil anos atrás. A Rampa de HATNUB Pierre Tallet e Mark Lehner estão no grupo dos mais letrados arqueólogos e egiptólogos que trabalham no Egito. Pierre já apareceu em um de meus artigos sobre o Diário de Merer, sendo o líder da equipe que encontrou tal documento, que hoje sabe-se ser o mais antigo papiro egípcio já encontrado. Lehner também já deu suas caras aqui no ArqueoHistória, porém, no artigo do pesquisador e meu amigo Maik Bárbara, sobre a já refutada hipótese da erosão por água na Esfinge. Foi Lehner quem liderou as pesquisas que comprovaram tal refutação. O Link para os dois artigos está nos botões abaixo, dê uma conferida. Os dois pesquisadores acima vêm pesquisando e escavando o Egito há décadas e são responsáveis por diversas descobertas. Uma delas, relativamente recente, é a Rampa de Hatnub, uma rampa descoberta em 2015 no sítio arqueológico de mesmo nome. Hatnub era o local das pedreiras de alabastro egípcio, bem como o assentamento de trabalhadores. Está localizado a cerca de 35 KM do planalto de Gizé e 10 km da pedreira de Tura, onde o Diário de Merer foi encontrado. A cerâmica, as inscrições em hieróglifos e os grafites hieráticos no local mostram que ele estava em uso intermitentemente desde o reinado de Khufu até o período romano (2589 -300 a.e.c.). O assentamento da pedreira de Hatnub, associado a três pedreiras principais, como as associadas às minas de ouro no Wadi Hammamat e em outros lugares, é caracterizado por quebra-ventos de pedra seca, estradas, calçadas, montes de pedras e alinhamentos de pedra. A pedreira tinha um único caminho que servia de entrada e saída, e neste caminho, as equipes de Tallet e Lehner, com a ajuda de outros pesquisadores, descobriu uma rampa perfeitamente lisa, em um ângulo de 35º. A rampa ficava bem ao meio do caminho de acesso á pedreira e tinha uma largura de aproximadamente 6 metros. Existem escadas dos dois lados da rampa, desde se seu inícios até o fim, bem como diversos buracos arredondados no chão e nas parede ao lado das escadas. Para que serviriam tais buracos? Lehner e Tallet passaram aproximadamente 9 meses escavando, analisando e estudando o local, até que desenvolveram uma hipótese que conseguisse explicar a rampa com as escadas aos lados e os buracos tanto no chão quanto nas paredes. Ao analisar a disposição, posição e medidas dos buracos, os pesquisadores chegaram á conclusão de que eram fossos de poste, ou seja, eram buracos feitos para que se calçassem grossos troncos de madeira que serviriam como um tipo de "sistema de polia grupal". Como podemos ver nas imagens, os buracos estão dispostos lado a lado, formando pares que se apresentam em espaçamento exatos uns dos outros ao longo da rampa. Os buracos nas paredes também estavam dispostos em pares que se apresentavam em espaçamento exatos uns dos outros ao longo da rampa, e também foram perfeitamente analisados pela equipe, que chegou á conclusão de que eram "escoras", braços de madeira que saiam das paredes da pedreira, em baixa e alta metragem, ou seja, em cima e em baixo dos postes de madeira que estavam fincados no chão. Após analisar todos os fossos (buracos), tanto do chão e escada, quanto das paredes, suas disposições, ângulos da rampa, bem como as marcas no chão da rampa, os Tallet e Lehner foram capazes de criar um panorama geral de como e quando a rampa foi utilizada. Começaremos por "como": Como podemos ver, é um sistema bastante simples, mas ao mesmo tempo, complexo. Com a ajuda de cordas, os grupos de trabalhadores egípcios utilizavam os troncos de madeiras que estavam fincados no chão e apoiados nas paredes como um tipo de polia, que como sabemos, é reduz fisicamente em 60% a quantidade de força necessária para mover ou levantar qualquer coisa. Com a ajuda das leis da física aliadas á gravidade, os trabalhadores arrastavam blocos de mais de 90 toneladas em cima de um trenó de madeira, porém, a rampa precisava ser lubrificada com argila, o que acabava deixando marcar na rampa de pedra. Tais marcas indicam toneladas de rocha foram arrastadas em cima de trenós pela rampa por muitos anos. Infelizmente não consegui encontrar fotos em alta qualidade das marcas na rampa, mas elas estão descritas no artigo referência ao final. Cálculos matemáticos e testes em escala foram realizados pela equipe, que comprovou ser possível o transporte de tais blocos de quase 100 toneladas, utilizando-se do sistema de rampa presente em Hatnub. Os pesquisadores publicaram artigos científicos tanto em parceria, quanto individualmente sobre a comprovação desta hipótese, que ao ser comprovada, passa a ser uma Teoria Vigente, que como sabemos, é o mais alto grau de comprovação e corroboração cientifica que existe na academia. Quem produziu a Rampa de Hatnub? Esta pergunta também já possui resposta. Em alguns locais ao longo das paredes da pedreira pode-se encontrar escritas, mais precisamente, hieróglifos. São diversos nomes, de faraós pertencentes a diversas dinastias egípcias. Quanto mais fundo, mais nomes de faraós mais antigos vão surgindo nas paredes. Na camada de inscrições mais baixa encontrada na pedreira, encontramos diversas vezes hieróglifos que traduzem o nome "Khnum-Khufu", que como sabemos, era o nome real do faraó khufu, mais conhecido como Queóps. Utilizando a técnica da crono-estratificação, ficou claro e óbvio para os pesquisadores que a pedreira e a rampa foram feitas á mando do Faraó Quéops, que como sabemos, foi o responsável pela construção da Pirâmide de Queóps, mais conhecida como Grande Pirâmide de Gizé. Em resumo, só se pode achar uma explicação para a assinatura de Quéops ser encontrada na camada mais antiga da pedreira, que, inclusive, estava 33 metros abaixo do nível normal do solo, apenas 5 metros acima da rampa: Foi Quéops quem mandou a rampa! Isso é importantíssimo, pois nos indica que os antigos egípcios da 4º Dinastia, há aproximadamente 4.500 anos atrás, já se utilizavam de rampas e do sistema de polia grupal, que antes, pensava-se ter sito utilizado apenas 1000 anos depois. Sabe-se que os blocos da pedreira de Hatnub foram utilizados para a construção dos Fossos dos Barcos Reais do Faraó Khufu, localizados bem ao lado de sua Tumba, a Grande Pirâmide de Gizé. Sabe-se também que alguns dos blocos utilizados na construção da base da pirâmide de Quéfren, também vieram da pedreira de Hatnub, e alguns pesquisadores afirmam que alguns blocos da base da Pirâmide de Quéops também vieram de Hatnub, porém, não foram publicados artigos científicos que comprovem esta última ligação. Como vemos, a certeza de uma rampa com sistema de polia grupal, utilizando madeira, argila e corda para transportar blocos de quase 100 toneladas, tudo isso há 4.500 anos atrás, é bem mais fascinante e interessante do que as fantasias sem base dos entusiastas sobre Tecnologia Avançada e aliens no Antigo Egito. Referência: M. Lehner, P. Tallet "The Pyramid Builders, New Clues." Ancient Egypt Research Associates (AERA). vol I, 2019 Moores, Robert G. “Evidence for Use of a drag system by the Fourth Dynasty Egyptians.” Journal of the American Research Center in Egypt, vol. 28, 1991 A História e a arqueologia são cheias de hipóteses alternativas e mirabolantes. Quer saber quais mais já foram desmistificadas? Que tal aprender o que realmente era a tão famosa "Bolsa Anunnaki"? Para saber mais, adquira meu e-book em: Conheça minha página @Contextologia no Instagram, onde compartilho minhas pesquisas e artigos na área da História, Arqueologia, Filologia Desmistificação e outros.













