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  • Hassan-i Sabbah - O velho da montanha de Alamut-A Ordem do Assassinos e a conexão com os Cruzados #1

    Fundada por Hasan-e-Sabbah no final do século XI, os Hashshashins criaram medo e pavor ao assassinar agentes, e membros dos impérios em todo o Oriente Médio e "emprestou" uma palavra ao idioma inglês: Assassins Não é nenhum pouco extraordinário afirmar que Hassan-I Sabbah é uma das figuras muçulmanas mais mitificadas do imaginário popular ocidental, tendo até mesmo uma franquia bilionária de jogos – Assassin’s Creed – baseada no seu movimento político e religioso. Entendendo o contexto: Em termos gerais, retratar fielmente a vida e obra de Hassan-I Sabbah é historiograficamente uma tarefa complicada: com exceção de um escrito geralmente criado como a sua própria autobiografia, todas as demais fontes à respeito de Hassan ou de seu movimento foram todas redigidas por inimigos ou por observadores externos alimentados por lendas de época ou por uma compreensão limitada dos fidā’i. Dito isto, podemos reconstruir muito de sua vida a partir da suposta autobiografia e por uma leitura crítica das demais fontes. Como a nossa narrativa está intrinsecamente ligada aos conflitos teológicos da religião islâmica, acaba sendo primordial, antes de qualquer coisa, explicar claramente estas distinções e divisões. A mais primeva e fundamental de todas é a separação de um islamismo unificado em dois ramos opostos: Vamos entender: 👇🏼 Os sunitas, que acreditavam que a sucessão de Muhammad por Abu Bakr em 632 foi correta. Os xiitas, que consideravam o primo e genro do profeta, Ali, como herdeiro legítimo, ou ‘Imã’, do Califado, mas que foi usurpado de seu direito por três vezes antes de finalmente tornar-se califa de fato. Os conflitos subsequentes a esta desavença política terminaram com a vitória dos sunitas e o estabelecimento do Califado Omíada como a autoridade central do Império Islâmico, relegando a facção perdedora ao ostracismo e a formas variadas de perturbação. O golpe de Estado com participação xiita que viria a depor os omíadas em 750, estabelecendo a dinastia dos abássida manteve o Califado islâmico como um império sunita. Por conta destes desfechos, os xiitas viriam se identificar como um movimento anti-poder central, gerando toda uma série de problemas como assassinatos de califas sunitas e perseguições sunitas a xiitas. E se originalmente as divisões e subdivisões islâmicas giravam em torno de causas essencialmente políticas, cada ala oriunda dessas desavenças logo desenvolveria suas próprias particularidades teológicas, tornando o que a política separou em algo que a fé não permitiria mais unir. Os xiitas eventualmente se fragmentariam, e da mesma forma como ocorrera na primeira separação, suas causas também seriam essencialmente políticas. Durante o segundo reinado da dinastia abássida um impasse havia tomado a comunidade xiita: seu imã Jafar al-Sadiq havia apontado seu primogênito Ismail – ou Ismael – como seu sucessor divinamente inspirado (uma prática xiita conhecida como “nass”); a morte de Ismail em 762, porém, criou um problema sucessório que seria posteriormente agravado pela morte do próprio Jafar. A crise sucessória deu gênese a seis grupos xiitas: dois dos quais passaram a ser conhecidos como Ismaelitas pela sua defesa de que Ismail era o sucessor legítimo, apesar de sua morte; essa sucessão, então, deveria ser transmitida aos seus descendentes. Os demais quatro grupos, que apoiavam Musa – o irmão mais novo de Ismail – para sucessão ficaram conhecidos como duodecimanos, devido a crença na existência de doze imãs; atualmente, o Estado Iraniano e 80% da comunidade xiita são adeptos da vertente duodecimana. Apesar de desaparecerem dos registros históricos bem precocemente, o ismaelismo experimentou um renascimento em meados do século IX, quando seus líderes se espalharam pelo mundo islâmico durante a fase de decadência do Califado Abássida. Entre os Estados xiitas que emergiram às custas do Império Islâmico e unificado dos abássidas, o mais importante deles foi o Califado Fatímida, estabelecido no Norte da África e eventualmente na riquíssima província egípcia, logo se tornando o Estado Muçulmano mais poderoso de seu tempo e colocando a supremacia sunita em cheque. Os Fatímidas, adeptos e promotores do Xiismo Ismaelita, tornaram-se um império decadente durante a segunda metade do século XI. Na esfera externa, a islamização dos guerreiros pagãos das estepes deu origem ao Grande Império Turco Seljuque, um Estado expansionista sunita com claras rivalidades ao xiismo, denunciado por estes novos sunitas como hereges. Quem foi Hassan-I Sabbah: Oriundo da Pérsia, mas de etnia árabe, Hasan bin Ali bin Muhammad bin Ja'far bin al-Husayn bin Muhammad bin al-Sabbah al-Himyari, ou simplesmente Hassan-I Sabbah, nasceu por volta de 1050 dentro de uma família muçulmana xiita. Criado dentro de um seio duodecimano e com uma vasta formação intelectual, mística e teológica desde tenra idade, Hassan manteve um profundo desprezo pela doutrina dos xiitas ismaelitas, os quais identificou como verdadeiros heréticos. A mudança de convicção se daria nos seus 17 anos de idade, quando estabeleceu contato com um missionário ismaelita e foi convencido da legitimidade do secto. Profundamente transformado pela nova crença, Hassan declarou lealdade ao califa al-Mustansir no distante Egito, eventualmente percorrendo um grande caminho até o Egito, em 1078, e se estabelecendo por lá. Apesar de sua proeminência, Hassan acabou atraindo a hostilidade de conspiradores na corte do Cairo, por sua lealdade declarada à facção de Nizar. Graças a isto, Hassan foi jogado na prisão, e talvez tivesse o mesmo destino de martírio do príncipe Nizar se, durante seu cárcere, o minarete da sua prisão não tivesse colapsado; atemorizados pelo o que aparentava ser um mau presságio, as mesmas autoridades que prenderam Hassan decidiram, ao invés disso, soltá-lo e bani-lo. Após sobreviver a um naufrágio e escapar das perseguições de agentes do Império Seljuque, Hassan desenvolveu uma comprometimento ainda mais intenso pela sua causa religiosa. Atuando como espião dentro do Império Seljuque: Apesar do risco envolvido e com uma ordem de prisão emitida pela corte seljuque, Hassan passou os próximos 9 anos de sua vida viajando pelo império seljuque e pregando o xiismo ismaelita nizari, ganhando não apenas seguidores, mas formando também uma força militar. Nesta época, o Império Turco Seljúcida tornou-se um transtorno tanto para os xiitas, que eram perseguidos, sobre-taxados e perturbados de diversas formas pelo Estado sunita, quanto para artesãos e para os indivíduos de classes mais baixas, insatisfeitos com as políticas imperiais e com os altos impostos. O Império Seljuque (Seljucida): Serie: AlpArslan Büyük Selçuklu --- O Despertar, o Grande Seljuk, Alparslan”🏹▫️ SINOPSE: A série, que tem como foco a vida de Alparslan, o segundo líder do Estado Seljuk, intitulada "O Conquistador de Malazgirt" Clique na imagem ACIMA para acessar o canal no Telegram e assistir a série! TRAILLER: SERIE: Uyanış: Büyük Selçuklu -- Uma jornada épica de amor, segredo e luta ... A esquerda: Melikşah - Filho de Alparslan e terceiro Sultão do Império Seljuque A direita: Seu filho "oculto", Sencer, que após a morte do seu pai, Melikşah, assumiu parte do Império Seljuque, sendo que após a sua morte, o Império Seljuque entrou em crise politica e terminou. Clique na imagem para acessar o canal no Telegram e assistir a série! SINOPSE: Melikşah subiu ao trono após a morte do governante seljúcida Sultan Alparslan, que abriu as portas da Anatólia para os turcos. No mesmo dia, ele recebeu a notícia de que havia perdido seu amado filho Kıpçak Başulu durante o parto. Devido à hostilidade Kipchak-Seljuk, o bebê recém-nascido representa um perigo para a continuidade do estado. Embora esta situação seja muito difícil para Melikşah, ele o entregou a Nizamülmülk para que ele não visse e perguntasse novamente. O sultão Melikşah maximiza o poder do estado seljúcida, que recebeu do sultão Alparslan. No entanto, à medida que o Seljuk cresce, seus inimigos aumentam tanto dentro quanto fora do estado. Sencer, que cresceu com o lema de que seu destino foi escrito como um com o estado desde seu nascimento e que seu único objetivo seria servir ao estado até sua morte, Sencer se torna um herói idealista com anos de educação e esses heroísmos fazem dele o sacrifício do Sultão Melikşah. Sencer, um dos homens mais confiáveis de Nizamülmülk, está pronto para realizar todas as tarefas difíceis. Enquanto Melikşah e Sencer lutam contra vários perigos, seus maiores apoiadores serão estadistas competentes como Nizamülmülk, acadêmicos como Gazali, cientistas como Ömer Hayyam e pessoas iluminadas como Yusuf Hamedani. Por outro lado, o nobre nobre Terken da dinastia Karakhanid quer dominar o estado com o poder de ser filha de Melikşah. Mas, em face de suas ambições, será Seferiye, a mãe de Melikşah, que é o chefe do estado, Gevher, que é filha de Tapar, filho de Melikşah, e a nobre filha turcomana Elçin, que mudará o equilíbrio com sua chegada ao palácio. Jurou demolir os seljúcidas, Hasan Sabbah, as intrigas perigosas de Terken, que queria dominar o estado, e o amor tempestuoso que Sencer viverá com Turna, que está em uma luta implacável no meio de todos. TRAILLER: EXCLUSIVO: CENA DE HASSAN SABBAH EM AÇÃO COM A FACA SICCA, ORIGINADA DOS SICARIS - DOS ZELOTES DA EPOCA DE JESUS CRISTO. Hassan Sabbah e a obsessão pelo Castelo de Alamut: Planejando uma revolta com uma quantidade limitada de recursos e sem praticamente nenhum enclave defensivo a seu favor, Hassan colocou seus olhos na fortaleza de Alamut (“O Ninho da Águia”), uma imponente estrutura defensiva edificada sobre uma montanha. Graças às suas campanhas de nove anos no Irã, Sabbah reuniu muitos apoiadores. A princípio, Malik-Shah, imperador do Império Seljúcida, escreveu uma carta de advertência a Sabbah. Quando Malik-Shah não pôde ser suprimido, Sabbah enviou suas forças armadas contra ele. Matando muitos oficiais do governo da Dinastia Seljuk e Abássida, incluindo Nizam al-Mulk e, presumivelmente, Malik-Shah, Sabbah não deixou a carta sem resposta. Ele ocupou algumas fortalezas, incluindo o Castelo Alamut. Sabbah acreditava que a realidade por trás de toda a existência poderia ser adquirida cumprindo as regras do Imam. Portanto, aprender as ciências era proibido. Ele disse: "Quanto mais perto se está de 'Zahir' [o mundo da forma], menos se pode entender o 'Batin' [significado oculto]." Seu princípio principal era eliminar todas as pessoas contra o Batiniyyah. Sabbah foi instruído a drogar seus soldados com haxixe, conduzi-los a um paraíso porque isso os causava alucinações. Atribuindo ordens de homicídio como uma tarefa religiosa, os soldados de Sabbah foram usados ​​como assassinos. Este grupo de assassinos foi chamado de "Hashshashins". Nas línguas européias, o termo "assassino", usado para descrever um assassino, origina-se das forças militares de Sabbah. Imagem simulada do Castelo de Alamut cravada na Rocha de Alamut, com as ruínas da fortaleza em seu cume. Localizada na província iraniana de Qazvin, próximo do mar cáspio, seus escombros ainda são um importante ponto turístico na região. Mas Alamut nunca havia sido tomada antes, ela era um enclave poderoso demais para cair pela simples pressão de exércitos, algo que Hassan sequer tinha em posse no momento. Sem a capacidade militar para fazê-lo, Hassan optou por uma estratégia mais sútil, que não envolvia cercos ou muito menos derramamento de sangue. Sob um disfarce, Hassan apareceu na região como um mero professor chamado Dehkhoda, estabelecendo-se numa vila localizada no sopé da montanha. Eventualmente, seus apoiadores também migrariam para o vilarejo e alguns deles até viriam a integrar a própria guarnição da fortaleza. Uma vez seguro de sua posição, Hassan fez seu caminho até a própria fortaleza, ganhando a confiança e a lealdade dos soldados que a guarneciam e dos próprios oficiais. Conta o relato de que quando a corte seljuque despachou ordens ao soberano do castelo para prender qualquer pessoa de alguma forma relacionada aos ismaelitas, a guarnição de Alamut estava quase inteiramente composta de novos soldados e servos. Na ocasião, Hassan revelou sua identidade ao alcaide da fortaleza, que imediatamente ordenou que seus soldados o prendessem, eventualmente descobrindo os homens eram seguidores fiéis do próprio Hassan. O castelo de Alamut agora tinha um novo soberano. Hassan permitiu que o alcaide de Alamut pudesse deixar a fortaleza livremente, sendo inclusive compensado monetariamente com 3.000 dinares de ouro como pagamento pela fortaleza, pago por um oficial seljuque disfarçado de nome Rais Muzaffar. Uma vez assegurada, Hassan tratou de ampliar as defesas da fortaleza, sua capacidade de estoque de alimentos e até fertilizou as terras nos arredores do enclave, permitindo angariar recursos para cercos prolongados em qualquer ocasião. Além das utilidades bélicas, Alamut criou uma fantástica biblioteca rica em teologia ismaelita nizari, astronomia, misticismo e ciência. Não demoraria muito para o local se tornar ponto de destino de diversos eruditos e sábios dos arredores, criando uma corte de intelectuais dentro do coração de uma seita religiosa militante. Apesar de não ser mais uma sociedade secreta de religiosos totalmente obedientes às ordens do Velho da Montanha, apelido do qual Hassan seria conhecido por seus inimigos e por observadores estrangeiros, este novo Estado Nizari era desprovido de exércitos para expandir seu domínio por terras contínuas. Alamut, é claro, era facilmente defendida dos ataques seljúcidas, inimigos declarados dos xiitas e, agora, arqui-inimigos da seita nizari de Hassan-I Sabbah. O Velho da Montanha optou por abordagens de expansão condicionadas à sua própria realidade: como seu movimento não poderia expandir seu Estado por guerras e cercos bem-sucedidos, os nizari optaram por dominar fortalezas-chaves espalhadas em pontos estratégicos. Para compensar sua deficiência militar, os homens de Hassan se especializaram em estratégias de infiltração, disfarce e assassinato, contornando a ameaça de grandes exércitos e de Estados hostis através da eliminação de generais, vizires e monarcas. Eventualmente, a coleção de fortalezas nizari espalhadas pela Síria e Pérsia se tornaria uma das mais temidas facções do Oriente Médio: o Estado dos Assassinos. A palavra “assassino” em si, na forma como se concebe no Ocidente, é justamente uma ocidentalização do termo árabe Hashashin, que significaria “fumante de haxixe” ou, em termos mais informais e descompromissados, maconheiro. A ideia de que os matadores religiosos do Estado Nizari consumiam entorpecentes, seja na hora de executar suas missões ou para rituais religiosos, hoje é vista pela historiografia como, na melhor das hipóteses, duvidosa, e na pior, simples difamação. Apesar disso, o termo se tornou popular e acabou marcando os fedayeen de Hassan-I Sabbah com um legado que até hoje lega ao ocidente a palavra “assassino” como sinônimo de matador. CONTINUA NA SEGUNDA E ÚLTIMA PARTE DESSE ARTIGO. E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Deixe seu like e Instagram e Facebook ArqueoHistória >>> Instagram Facebook. Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://www.sinergijakarta.com/lifestyle/pr-4873620268/al-hasyasyiin-pasukan-elite-hasan-i-sabbah-momok-bagi-dunia-islam-pada-zamannya https://en.wikipedia.org/wiki/Hasan-i_Sabbah http://o-animal-politico.blogspot.com/2015/02/hassan-ibn-sabbah-e-ordem-dos-assassinos.html?m=1 https://www.dailysabah.com/feature/2014/03/31/murders-for-a-false-paradise https://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Selj%C3%BAcida https://es.wikipedia.org/wiki/Dinast%C3%ADa_sely%C3%BAcida Daftary 2007, p. 313. ^ Frischauer, Willi (1970). "Capítulo II". Os Aga Khans . A cabeça de Bodley. pág. 40. ISBN 0-370-01304-2. ^Salte para:a b Lewis, Bernard (1967),The Assassins: a Radical Sect of Islam, pp 38-65, Oxford University Press ^ Chisholm, Hugh (1911). "Ḥasan-e Ṣabbāḥ" . 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Seu pai, um xiita doze anos, veio de Kufa, no Iraque, e dizem que ser de origem iemenita - mais fantasiosamente, um descendente dos antigos reis himiaritas do sul da Arábia. ^ Daftary 2007 , pág. 313: Seu pai, 'Ali b. Mohamed b. Ja'far b. al-Husayn b. Mohamed b. al-Sabbah al-Himyari, um árabe kufan que reivindicava origens yamani, havia migrado do Sawad de Kufa para a cidade tradicionalmente xiita de Qumm, na Pérsia. ^ Lewis, Bernard (1967). Os Assassinos: Uma Seita Radical no Islã . Imprensa da Universidade de Oxford. ^ Nizam al-Mulk Tusi , pg. 420, nota de rodapé nº 3 ^ EG Brown História Literária da Pérsia , vol. 1, pág. 201. ^Salte para:a b Daftary, Farhad,The Isma'ilis, pp. 310–11. ^Salte para:a b Daftary 2007, p. 316. ^ Daftary 2007 , pág. 317. ^ Daftary 2007 , pp. 318–324. ^ Aziz, Abualy A. "Uma Breve História do Ismailismo. Prefácio" . amaana.org . Acesso em 8 de janeiro de 2018 . ^ "Sinopse do episódio" . O ismaelita. Publicações islâmicas limitadas. 24 de julho de 2008 . 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  • O Mistério dos Hititas Bíblicos

    Para as gerações de arqueólogos e historiadores dos séculos XIX e XX, não havia muito mistério sobre os Hititas, que teriam surgido no Crescente Fértil e progressivamente se deslocado para o oeste a fim expandir seu império. Mas será que essa narrativa está correta? Segundo a história convencional, os Hititas foram um povo indo-europeu que se estabeleceu na região da Anatólia (atual Turquia), provavelmente entre 2150-2000 a.e.c. A partir de 1700 a.e.c., eles formaram um grande império na região, tão grande, que chegou a rivalizar com o Império Egípcio, que era a maior potência militar da região, na época. A Civilização Hitita exerceu sua hegemonia até aproximadamente 1200 a.e.c., quando foram conquistados pelos assírios. Um ponto interessante a se lembrar é que já conhecíamos os Hititas antes mesmo de qualquer descoberta arqueológica em relação a eles. A Bíblia os cita em Gn. 10:1, 6, 15., quando lemos que Hete era filho de Canaã, que era filho que Cam, que era filho de Noé, sendo assim, segundo o texto bíblico, eles eram os descendentes do bisneto de Noé, consequentemente, de Noé. Mas saindo da historiografia e indo para a história material, o que temos sobre eles? As primeiras evidências arqueológicas de sua existência foram localizadas ainda no século XIX, quando o arqueólogo alemão Hugo Winckler descobriu mais de 10 mil tábuas escritas em cuneiforme hitita, nas ruínas da cidade de Lassar. As tábuas encontradas por Winckler registravam informações importantes da história dos hititas e de suas transações comerciais. O conhecimento sobre o conteúdo dessas placas só foi possível através do trabalho do linguista checo Bedrich Hrozny, que em 1916, conseguiu decifrar a maior parte dos textos hititas e identificou a língua como sendo de origem indo-europeia. O trabalho de Hrozny pôde ser realizado graças à tradução do texto hitita “nu nin-da-an ez-za-te-ni, vatar-ma E-ku-te-ni”, que significa “você comerá pão, você beberá água”. A partir disso, ampliou-se a compreensão dos historiadores sobre a trajetória da civilização formada pelos hititas. O que pode estar errado? Primeiramente, precisamos ter em mente que a história/historiografia não é estática. Não é algo que sempre foi como está, e não será algo que permanecerá como está hoje. Com o passar dos anos e avanço das pesquisas, da tecnologia e, inclusive, dos próprios historiadores e arqueólogos, novos fatos vão aparecendo e resolvendo algumas questões antigas, de modo que aos poucos, a história vai ganhando forma e cor. Acontece que, nem sempre os novos fatos descobertos nos ajudam a elucidar uma teoria provável e plausível, como é o caso dos Hititas, onde hoje em dia, temos mais dúvidas de sua verdadeira origem e até identidade, do que tinham os arqueólogos que os estudaram no início do século passado. Antes os pesquisadores erroneamente confundiram os Hititas bíblicos com o povo egípcio do império Kheta, descrito em manuscritos que contém algumas similaridades com os textos bíblicos. Com o passar dos anos, novas descobertas sobre o povo Kheta acabaram por eliminar essa confusão, foi quando surgiram novas evidências de um antigo povo que dominou a região da Anatólia, na época referida, os Hatitas (ou Hatianos), habitantes do império Hatti, que tinha como capital a cidade de Hattušša (Hatusha). As referências a Hatti, começaram a aparecer em textos cuneiformes assírios, onde situavam-na entre Síria e Palestina. Sabendo disso, os pesquisadores foram além dos textos cuneiformes assírios e procuraram relacionar os hititas do registro bíblico com um império que tinha a sua capital na Ásia Menor, muito ao norte e ao oeste da terra de Canaã, chamado de Hushika, mas a teoria não se sustentou. Sendo assim, o Hatitas foram tidos por muitos anos como sendo os Hititas que conhecemos hoje, porém, com o avançar das pesquisas, confirmou-se que os Hatitas não eram os verdadeiros Hititas, mas sim, foram conquistados por um novo povo de origem Indo-Europeia, e o povo em questão, se instalou no território Hatita, mantendo o nome da capital Hatusha. Em Bogazkoy (antiga Hatusha), foram descobertas muitas tabuletas, e ao analisar tais textos, os linguistas identificaram uma língua escrita em um cuneiforme um pouco diferente dos cuneiformes conhecidos até então, porém, por falta de evidências, nada mais podia ser afirmado. Mais alguns anos se passaram, quando em 1918, foram descobertas as ruínas da cidade de Neša (Nesha) (também conhecida como Kanesha), na província de Kayseri, Turquia, foi quando os pesquisadores finalmente puderam dar um nome para a língua em questão, que passou a ser chamada de “Nešili”, que na língua significa “língua de Neša”. Um antigo povo estava sendo redescoberto, com evidências textuais, arquitetônicas e culturais. Com o avançar das escavações, os pesquisadores puderam elucidar um pouco sobre esse povo, que chamaram de Neshitas (Nešitas), por conta do nome de maior cidade, Nesha. Os Neshitas Mas o que esse povo tem a ver com os Hititas, foco deste artigo? Bom, mais do que você imagina. Após mais de 100 anos de pesquisas e discussões entre historiadores, arqueólogos, antropólogos e outros, hoje em dia, temos algumas informações importantíssimas sobre esse povo. Os Neshitas eram a peça que faltava no quebra-cabeças, agora, os pesquisadores sabiam qual povo tinha invadido e conquistado o império Hatita, trazendo consigo uma língua nova, que também era escrita em cuneiforme, porém, com características diferentes dos outros cuneiformes conhecidos até então. Em outras palavras, a maioria dos entusiastas ou pesquisadores menos atualizados, quando se referem aos Hititas, na verdade, estão falando do povo Neshita, que conquistou os Hatitas e foram e são chamados de Hititas até hoje. Os Hititas Bíblicos são na verdade os Neshitas? Como já dito, os textos bíblicos afirmam que os Hititas são descendentes de Hete, bisneto de Noé, consequentemente, descendentes do próprio Noé. Levando isso em consideração, podemos supor duas hipóteses. A primeira, que os descendentes de Noé eram os Hatitas, que foram erradicados e extintos pelos Neshitas. A segunda, que os Hititas bíblicos, na verdade são os Neshitas, que se miscigenaram com o que sobrou do Hatitas. No final das contas, não há tanto mistério. Sabemos agora, as duas únicas opções para quem poderiam ser os Hititas Bíblicos, correto? Errado, na verdade, há uma terceira hipótese, que precisa ser analisada. Na bíblia, quando é dito para os israelitas sobre a Terra Prometida, lemos que a terra dos descendentes de Hete está inclusa neste território. Da mesma maneira, em diversos outros trechos dos textos bíblicos percebemos que os Hititas são descritos várias vezes como vivendo em, ou perto de Canaã, entre a época de Abraão (1850 a.e.c e 1500 a.e.c) e a época de Esdras, após o retorno dos judeus do exílio babilônico, por volta de 450 a.e.c. No livro de Josué 1:4, quando o deus diz a Josué "Desde o deserto do Líbano até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus (hititas), e até o grande mar para o poente do sol , será a sua fronteira", esta "terra dos hititas" na fronteira de Canaã é vista estendendo-se entre o Líbano e o Eufrates, por isso, sabemos que o local em questão não ficava na Anatólia. Da mesma maneira, na era do rei Salomão, o território dos hititas é descrito como sendo próximos a Síria. Sendo assim, os Hatitas ou Neshitas, jamais poderiam ser os Hititas bíblicos, tendo em vista que seus domínios se deram no território da Anatólia, que como vemos, não está nem um pouco próximo de Canaã. Então quem são os Hititas Bíblicos? Este é o verdadeiro mistério. Temos um povo com o mesmo nome, mas que sabemos que não corresponde nem em território, nem em língua com os Hititas descritos na bíblia, ou seja, os Hititas que conhecemos hoje, são um povo totalmente diferente dos Hititas citados na bíblia. O que a história e a arqueologia oficial dizem em relação a isso? Como sempre, as opiniões são divididas. · Para a grande maioria dos pesquisadores modernos, os Hititas bíblicos sequer existiram, e foram apenas um povo qualquer, utilizado como “bode expiatório” pelos hebreus, para dar veracidade aos trechos fictícios da bíblia, e teriam recebido esse nome, em homenagem ao personagem mitológico Hete, bisneto de Noé. · Para outros, os Hititas bíblicos existiram, porém, seus vestígios, ruínas de cidades e outros vestígios arqueológicos ainda não foram descobertos, mas estão lá, em algum lugar da região em questão, esperando para serem escavados e finalmente virem à tona. · Para outros, os dois povos existiram, e foram erroneamente confundidos como sendo o mesmo povo, porém, de época, território e linguagem completamente diferente. Concluímos que: Não podemos negar que hoje em dia, os Hititas que conhecemos são na verdade os Neshitas, que dominaram os Hatitas, e devido á confusões geradas pelos textos bíblicos e até historiadores e arqueólogos do passado, os conhecemos como Hititas, nome pelo qual nunca foram chamados, em um território que nunca estiveram. Bibliografia Grandes Civilizações Desaparecidas - Conrad, P. Os Hititas e as Antigas Civilizações Anatolianas. Editora: FERNI. The Kingdom of the Hittites (New Edition) – Bryce, T. Editora: OXFORD Já ouviu falar da tão famosa "Bolsa" Anunnaki? Quer saber o que ela realmente era e representava? Para saber mais, adquira meu e-book em: Conheça minha página @Contextologia no Instagram, onde compartilho minhas pesquisas e artigos na área da História, Arqueologia, Filologia e outros.

  • BIOSSISTEMAS SUBTERRÂNEOS - PARTE 2

    UNDERWORLD – O INFERNO NO CENTRO DA TERRA O PLANETA TERRA QUE NINGUÉM CONHECE, DOS MITOS DO SUBMUNDO AO REAL SUBSOLO: A CONFUSÃO ENTRE INFERNO E SUBTERRÂNEO Peneirar a história e possíveis fatos presentes entre eventos dentro das projeções do imaginário cultural e inventivo de antepassados com forte pensamento religioso divinizador, para então seguir caminhos de exploração possível e conseguir provas das hipóteses mais loucas e, prováveis, reais que possam ter sido distorcidas com o decorrer dos séculos. Eis aí o desafio. Retomando a partir da primeira parte dessa matéria. Se ainda não a viu, acompanhe clicando aqui. O SUBMUNDO EGÍPCIO A antiga religião Egípcia tem origem da mesma forma que a maioria: culto ao desconhecido, veneração pelo poder alheio e superior aos humanos tribais primitivos. E no caso das raízes do deus Anúbis, não seria diferente. Os nômades do deserto tinham duas premissas para atravessas os longos caminhos sobre as areias escaldantes: seguir o sol como direcionador de sua trilha e jornadas diurnas e ter acesso à água. É presumido por diversos pesquisadores e de áreas diferentes desde a antropologia, passando pela arqueologia e indo até a teologia que a culto ao chacal tenha partido dessa necessidade primitiva do viajante do deserto. Anubis: O condutor dos espíritos pelos caminhos do submundo no pós-vida Egípicio. Antes de se localizar pelo sol e seguir sua jornada, o viajante deveria rastrear água, a fim de não perecer antes de chegar ao seu destino final. Uma tarefa um tanto desafiante nesse tipo de ambiente. Todavia, uma das formas mais eficientes para alcançar esse objetivo era observar e seguir os chacais. Chacal é um termo referência para três espécies caninas, sendo uma delas o Chacal Dourado, o qual tem várias táticas extremamente eficazes de sobrevivência evoluídas para os desertos. Uma das características comportamentais desses incríveis animais do deserto é o chamado vocálico característico que segue avisando aos outros animais da matilha sobre uma forte tempestade de areias que está por chegar, o que pode alertar minutos, ou até segundos preciosos antes a um viajante, que irá se precaver e não ser açoitado de surpresa por ventos carregados com areia e detritos que chegam violentos e de repente a mais de 70km por hora. Mas acima de tudo, os chacais têm um fator de sobrevivência importantíssima para os humanos que os observam: uma das formas mais eficazes de encontrar água no deserto através do faro aguçados e milênios de evolução para se especializar nessa técnica, e é exatamente o que mais interessa ao viajante antigo do deserto, que os seguem até que encontrassem água para se aliviar da sede. Por esse motivo, esses animais eram vistos como criaturas que levavam à vida, condutor das pessoas pelos caminhos árduos até a fonte da vida, a água. Centenas, se não milhares de anos se passaram de evolução humana, e o que no início foi um modo de sobrevivência, evoluiu junto com a cultura de um povo, sobrepujando-se e sendo adaptado em forma de culto religioso. O conceito então subiu um degrau, e não mais o animal era foco de adoração, mas uma deidade em pessoa, meio-homem meio-chacal, transportando e transformando o poder e divindade do condutor à fonte de vida, água, para o condutor das almas pós-morte pelo submundo, até o ponto do julgamento final feito por Osíris e, finalmente começarem a viver de fato. Sim, o conceito de morte como compreendemos não existia para os antigos egípcios até certo momento da história, sendo então a morte uma mera passagem para a vida pós-morte, onde realmente a vida começaria. Lembrando que Anúbis troca por vezes durante o império Egípcio de conotação, origem exata e função religiosa. Todavia, durante seus quase 3.000 anos de adoração, ele sempre representou a condução à vida, fosse ela qual fosse. Em síntese, a depender da dinastia faraônica que cultuava Anúbis, momento na linha do tempo da antiguidade ou até a região do Baixo ou Alto Egito, essa é uma das versões mais abrangentes do culto a Anúbis. Fato é, os Egípcios também dedicaram sua literatura em parte, e grande parte, ao submundo (ou seria subterrâneo?). Onde por vezes as traduções dos cartuchos de escrita hieroglífica diziam submundo, mas sobre rastreamento de radares e sismografia, em estudos mais recentes, 2019 e 2020, constatou-se que nem sempre a palavra submundo se referia ao mundo dos mortos, como sendo uma outra dimensão, mas sim ao subsolo, ao subterrâneo. A diretora, documentarista e pesquisadora Carmen Boulter, durante o ano de 2019 e 2020 executou teste e varredura no Egito, que envolvem autorizações especiais governamentais, radares de penetração de solo via sismografia e escaneamento de alta definição feito por satélites. Tecnologias que unidas sob a supervisão de ótimos profissionais têm a capacidade de atingir até 6km de profundidade, e o mais revolucionário: têm a capacidade de ir além de camadas, ou seja, detectando diferente densidade de materiais, rochosos ou não, atravessando a camada mais maciça ao atingi-la. Sendo assim capazes de encontrar o que arqueólogos levariam décadas escavando e talvez nem chegassem a tamanha descoberta. Boulter constatou que em um jogo de linguística, o descrito pelos visitantes intercambiários filósofos gregos da antiguidade sobre os segredos da humanidade estarem guardados sob a pata da Esfinge, poderia ser algo mais abrangente, tal como sob a esfinge, de uma forma generalista, o que a fez chegar a investigar o subterrâneo do Planalto de Gizé e fazer varreduras melhores em áreas menos vigiadas pelo forte protecionismo religioso do país e do governo egípcio, fazendo-a chegar até a pirâmide de Hawara. Local esse onde aconteceu uma descoberta que ela guarda quase toda a informação para seu próximo documentário, mas que liberou alguns elementos e imagens. Pirâmide de Hawara, a pirâmide de Amenemhat III 1860 aEC., fica em uma das cidades mais antigas, senão a mais antiga, do Egito, Fayoum. Foi escavada pela primeira vez pelo egiptólogo Karl Richard Lepsius em 1843. Famosa pirâmide que guardaria um dos grandes segredos daquela região, o Mistério do Labirinto de Hawara, descrito por filósofos intercambiários no antigo Egito e pela recém polêmica do achado do tal labirinto, ela foi foco de atenção anos atrás, mas já não está mais em evidencia. O labirinto, no enquanto, não está em grande profundidade, mas sim, praticamente à altura do solo, e não mais superficialmente subterrâneo como já foi um dia. Já como Carmen constata, bem abaixo da pirâmide foi encontrado uma camada de tuneis e câmaras de simetria construtiva com ângulos retos que estão a aproximados 20 metros de profundidade, vejam na imagem com o destaque em azul. Todavia, o mais interessante é um conjunto de tuneis e câmaras localizados mais abaixo ainda, a incríveis 40 metros de profundidade. Curiosamente, escaneando todo o perímetro constatou-se que o nível 1 (azul na imagem de destaque acima) não tem ligação de forma alguma com o nível 2 (destaque em vermelho nas imagens). Concluindo-se, que os conjuntos foram utilizados em momentos diferentes da história daquela região, ou os acessos para o nível mais inferior foram eximiamente obstruídos, de forma a não deixarem rastros de emendas, uma vez que não foi possível encontrar passagens de acesso entre um e outro. No total são 63 câmaras e várias delas têm proporções maiores que uma piscina olímpica - 50 X 25 X 3,05 metros. Dr. Carmen Boulter, professora acadêmica na Universidade de Calgary no Canada, na Divisão de Pós-graduação em Pesquisa Educacionais. Também é escritora, diretora documentarista, produtora e pesquisadora em assuntos voltados para incógnitas históricas. Hawara foi apenas um pequeno pedaço da superfície que teve o privilégio de tamanho investimento de tempo, expertise, tecnologia e dinheiro na procura por respostas arqueológicas nas profundezes do solo rochoso esculpido, e ainda assim surpreende nos resultados. Uma construção 40 metros abaixo do solo é algo descomunal até para a arquitetura moderna, e sem ligação com o nível superior, 20 metros acima. Lembrando apenas que na arqueologia, quando se refere a leitura de substratos e datação: quanto mais profundo, mais antigo. O que caberia muito bem no tópico, pois uma diferença de substrato de 20 metros em um terreno rochoso não é para qualquer sítio arqueológico ou civilização, isso pode significar milênios de diferença entre a construção e uso de um nível mais profundo em relação ao outro. Sim, é então que percebemos que durante as narrativas egípcias antigas, o submundo poderia estar até mais próximo que outra dimensão, mas sim sendo níveis abaixo. Tal como descrito em estudo sobre os tuneis e passagens subterrâneos do planalto de Gizé, as câmaras sob a Esfinge, a própria Tumba de Osíris penetrando três andares chão abaixo, entre outros. Estariam, então, as traduções dos cartuchos que citavam o submundo se referindo mesmo ao mundo dimensional dos mortos por onde Anúbis caminhava e Osíris se recolheu depois de 80 anos de reinado faraônico, ou seria esse submundo um local subterrâneo onde pessoas tidas erroneamente como deuses por adoradores com mentes mais primitivas, se resguardavam em níveis inferiores chão adentro? Estaria apenas o Egito com esse equívoco interpretativo, ou veríamos isso em outros locais do mundo e em outras culturas e tempos diferentes? A resposta é sim, há centenas. Enfim, essas foram constatações levemente penetrantes no subsolo. Estruturas feitas pelo homo sapiens, ou assim esperamos. Mas e quanto às estruturas naturais, que chegam a dezenas de quilômetros de profundidade sem distinção de certo ou errado, poder ou não poderem existir, apenas estão lá. Elas desafiam o que conhecemos até o momento e apenas existem e estão lá. Seríamos, nós dos dias atuais, os primeiros descobridores desses absurdos locais subterrâneos, ou como colonizadores europeus ao chegar nas Américas, estamos por descobrir que ao atingir esferas geológicas mais profundas podem existir por lá muito mais que nossos mitos contavam? O que esses lugares guardam para a surpresa dos céticos e dos estudiosos que buscam respostas? . . . NA PARTE 3 dessa matéria exploraremos os sistemas subterrâneos naturais que podem ter dado origem a mitos e lendas dos mais famosos que temos até hoje, porém sob uma análise do método ciêntífico. Em breve. Autor: Maik Bárbara

  • O que nunca te ensinaram nas escolas sobre o IMPÉRIO BRITÂNICO - parte 2.

    Os bancos como instrumento de dominação e poder. Para entender melhor esse artigo, leia primeiramente a parte 1.👇🏼 https://www.arqueohistoria.com.br/post/o-que-não-te-ensinaram-nas-escolas-sobre-o-império-britânico Uma imersão na origem sobre os Bancos - Como os cavaleiros templários 'criaram' os bancos. Quase escondido, afastado da agitação chocante de Londres ao lado do Strand, você pode se deparar com uma igreja que foi construída pelos Cavaleiros Templários. Como todas as igrejas templárias, é redonda – modelada na Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém, local tradicional da morte, sepultura e ressurreição de Cristo. A Ordem do Templo, ou Cavaleiros Templários, era uma poderosa irmandade medieval pan-europeia de monges guerreiros cuja história, incluindo seus mitos e lendas associados, ressoou ao longo dos séculos. E esta era a igreja dos Templários dentro de sua sede em Londres, um local de ritual e também de adoração. Outrora, estaria no meio de seu complexo, junto com suas áreas residenciais, recreativas, administrativas e de treinamento militar. Mas a Temple Church não tem apenas uma importância arquitetônica, histórica e religiosa. Ela também foi o primeiro banco de Londres Os cavaleiros templários eram monges guerreiros. Era uma ordem religiosa, com uma hierarquia inspirada na teologia e uma missão declarada – além de um código de ética -, mas também um exército armado e dedicado à “guerra santa”. Os templários dedicaram-se inteiramente à defesa de peregrinos cristãos a caminho de Jerusalém. A cidade tinha sido capturada na primeira Cruzada em 1099, e ondas de peregrinos começaram a chegar, viajando milhares de quilómetros pela Europa. Esses peregrinos precisavam, de alguma forma, pagar meses de comida, transporte e acomodação para todos eles, sem terem de carregar grandes somas de dinheiro consigo – já que isso os tornaria alvo fácil para ladrões. Afortunadamente, os Templários tinham uma solução. Um peregrino podia deixar o seu dinheiro na Temple Church em Londres e depois recebê-lo de volta em Jerusalém. Em vez de carregar o dinheiro até lá, ele só precisaria de levar uma carta com o crédito. Os Cavaleiros do Templo eram a Western Union (conhecida empresa que faz transferência de dinheiro entre países) das Cruzadas. Não se sabe exatamente como é que os Templários faziam este sistema funcionar, nem como se protegiam contra fraudes. Havia um código secreto para verificar o documento e a identidade do viajante? Os Cavaleiros do Templo fizeram muito mais do que apenas transferir dinheiro por longas distâncias. No seu livro Money Changes Everything (“Dinheiro muda tudo”, em tradução livre), William Goetzmann diz que eles ofereciam uma série de serviços financeiros reconhecidamente avançados para a época. Se alguém quisesse comprar uma ilha na costa oeste de França – como o rei Henrique III da Inglaterra fez nos anos 1200 com a ilha de Oleron, a noroeste de Bordeaux -, os Templários poderiam ajudar a fechar o negócio. Henrique III pagou 200 libras por ano durante cinco anos aos Templários em Londres, e quando os seus homens tomaram a posse da ilha, os Templários zelaram para que o vendedor recebesse todo o seu dinheiro. Ainda nos anos 1200, as Joias da Coroa foram mantidas no Templo como uma forma de segurança para um empréstimo – com os Templários atuando como uma espécie de casa de penhores. Os Cavaleiros do Templo não foram o banco da Europa para sempre, claro. A Ordem perdeu a sua razão de existir depois de os cristãos europeus perderem completamente o controle de Jerusalém em 1244, e os Templários terem sido dissolvidos por completo em 1312. Os bancos e a origem do dinheiro em cédula Em Florença - Itália, bem no final do século 14 para o século 15, era proibido, emprestar dinheiro e cobrar juros, no entanto, através de algumas manobras tais como troca de moedas que incluíam, influencias nos meios politico e religiosos, houve uma família construiu um império que durou quase um século. A história dos italianos Médici que fundaram uma das bases dos modernos bancos e, de quebra, viraram patronos de gente como Leonardo da Vinci Leonardo da Vinci é um artista e engenheiro que não acredita na existência de Deus. Eles criaram um dos primeiros bancos do mundo e, através do empréstimo de dinheiro a juros, adquiriram riqueza e poder. Como dissemos anteriormente, sabendo-se que a Igreja Católica condenava a usura, os Médicis utilizaram ferramentas diplomáticas, militares e até mesmo metafísicas de forma a conseguirem prosperar e assegurar o seu estatuto. Um relato brilhante sobre os bastidores dos negócios dos mecenas, sobre as origens do setor financeiro moderno e a sua delicada relação com a arte, a religião e o poder. A sede do Banco dos Medici em Florença era na via Porta Rossa, próxima a igreja Orsanmichele, onde hoje existe o Mercato Nuovo, onde tem o famoso Javali. Entorno ao Mercato Nuovo, tinham cerca de 70 bancos. Naquela época, um Banco, era literalmente uma espécie de balcão, uma mesa, alguma coisa onde era possível escrever, fazer contas e que dividisse duas pessoas em uma transação. Em cima do “balcão”, coberto por um pano verde, tinha o grande livro onde eram contabilizadas as operações. A Arte do Cambio, ou seja, a guilda dos banqueiros, estabelecia que todas as as transações deveriam ser registradas. Os banqueiros sempre tinham os dedos sujos de tinta. As transações deveriam ser tratadas com o cliente em pessoa e registradas na sua presença, em números romanos, ordenadas em colunas, assim era mais difícil serem alteradas. Após serem registradas, as operações eram lidas em voz alta. Se um banqueiro, inscrito na Arte do Cambio for pego em flagrante destruindo ou falsificando os registros, era expulso da corporação sem direito a recursos e assim não poderia mais exercer a profissão. Nem todos os bancos pertenciam a mesma categoria. Um pedaço de tecido vermelho no alto da porta, indicava uma agência de penhor. O Banco dos Medici era considerado grande, internacional. E como funcionava? Uma pessoa se apresentava no balcão verde da sede de Florença, por exemplo. Com todas as probabilidades era um mercante e era digno de crédito. Ele necessita de 1.000 florins. Qual o motivo de emprestar dinheiro, se não é possível cobrar juros, pois a prática era proibida pela igreja? Não é um amigo…não é um parente! O ganho está exatamente na operação de cambio. O mercante pegará o empréstimo com o Banco Medici em florins e restituirá, por exemplo o débito em esterlinas, em Londres. Neste momento é preenchido uma nota cambial onde diz que o comerciante receberá 1.000 florins e que pagará no dia tal a fulano de tal, 40 esterlinas, para cada florin, ou seja, 40.000 esterlinas. O tempo de pagamento do débito era ligado ao tempo de viagem de uma sede para outra. Para Londres, por exemplo, eram necessários 90 dias de viagem. O Banco Medici tinha uma estrutura semelhante a um “Grupo de empresas” moderno. Na verdade, o grupo era composto por várias empresas, cada uma juridicamente independente, mas todas sob o controle efetivo da família dominante. Na época da expansão e esplendor máximo do Banco, alcançados sob a gestão de Cosimo de ‘Medici (1389 – 1464), filho do fundador, o “Grupo” incluía o “Banco” de Florença, as filiais fora da cidade, (na Itália e no exterior) e três “oficinas” que operava dentro das muralhas da cidade, duas das quais dedicadas à produção de tecidos de lã e uma especializada em seda. Os diretores das filiais eram, na regra geral, membros jovens que, no entanto, não tinham os mesmos direitos que os membros “seniores” da família Medici. A primeira expansão do Banco foi facilitada, sobretudo, por estreitas relações com o papado; posteriormente, os Medici também se tornaram banqueiros dos reis da Inglaterra, dos duques da Borgonha, dos reis da França e de muitos outros príncipes e soberanos italianos. Os compromissos políticos, que absorveram a família Medici, não permitiram uma gestão direta e completa dos negócios, exceto através da colaboração de administradores de confiança, entre os quais se destacou a figura do chamado “ministro”, o principal gestor que tinha a tarefa de supervisionar e coordenar o trabalho dos “diretores” das filiais, revisar as demonstrações financeiras enviadas anualmente à sede e chamar a atenção da família Medici para os negócios mais importantes. Um dos “diretores geral” mais influentes da história do Banco Medici foi Francesco Sassetti, ministro de 1470 a 1490, sob o governo de Lorenzo de ‘Medici (o Magnífico, 1449 – 1492). Nesse período, alguns fatores contribuíram para o declínio progressivo do Banco: os erros gerenciais de Sassetti, que não conseguia coordenar de forma correta os diretores das filiais, a má atitude de Lorenzo il Magnifico em relação aos negócios, as difíceis relações com a Cúria Papal devido a inimizade entre Lorenzo e o Papa Sisto IV. Nesse contexto, o Banco dos Pazzi, também florentino, substituiu o Banco Medici, como banqueiro do Papa. A família Pazzi ordenou (1478) a famosa conspiração contra os Médici, que levou à morte de Giuliano, irmão e parceiro de Lorenzo. Embora após a morte do papa Sisto IV (1484), os Médici tenham recuperado a posição de banqueiro do papa, sua posição agora estava comprometida e seu poder em declínio. Em 1494, dois anos após a morte de Lorenzo e a chegada do Carlos VIII, o governo Medici foi derrubado em Florença e a crise do Banco Medici se transformou em falência. No entanto, o Banco operou por mais de um século, uma duração indubitavelmente excepcional em um momento em que as empresas bancárias resistiram muito menos. Ferdinando II, teve a difícil missão, de fechar definitivamente, o banco da família, no século XVII. Um contexto atual. O Papa Francisco afirmou em entrevista divulgada neste domingo (18) que o processo judicial que condenou à prisão o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é um "caso paradigmático", principalmente porque começou baseado em "fake news" e por não dar a "impressão de que foi decente". "Finalmente a justiça foi feita no Brasil, Lula que foi vítima das fake news e do extremismo, trouxe de volta o amor à nação." E em mensagem de Natal o pontífice também pregou que devemos parar de gastar tanto dinheiro e guardar um pouco para enviar para o Zelensky para que tenhamos paz e democracia. Aos 47 minutos da gravação o diácono revela o valor que Lula tem no banco do Vaticano: 249.000.000,00 de Euros, o que equivalem a R$ 1.302.270.000,00 (1,3 bilhões de Reais) SINOPSE & INFO Na Florença do início do século XV, Cosimo de Medici (Richard Madden) acaba de assumir o Banco de Medici após seu pai Giovanni (Dustin Hoffman) ser misteriosamente envenenado. Sendo o próximo da dinastia, esse jovem logo percebe que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Para Assistir, clique aqui: 👉🏼 https://t.me/+PmUimR3ebsRhMDM5 Conforme a economia europeia se desenvolvia, os banqueiros passaram a aceitar depósitos monetários. Como uma comprovação de que as pessoas tinham reservas com os bancos, eram emitidos certificados conhecidos como goldsmith ‘s notes. Para que os valores depositados fossem resgatados, bastava apresentar o certificado e sacar integralmente ou parte do valor guardado. Com o passar do tempo, esses certificados passaram a ser aceitos como meio de pagamento, já que eram mais seguros, fáceis e leves de carregar do que o ouro físico. Foi assim que surgiram as primeiras cédulas de dinheiro. Ou seja, inicialmente as notas eram lastreadas em ouro, não eram como hoje em dia, emitidas e controladas pelos governos. Fiquem ligados..... Na parte 3 desse artigo, iremos entender: Como os Bancos Germânicos migraram para Inglaterra e para os mais diversos paises do Mundo; a influencia da Família mais rica e poderosa do mundo na corte Britânica e nos Federal Reservs - FED´s. Eles são: Os Rothschild e os Goldsmith. As irmãs Jemima Khan GoldSmith e a Princesa Diana Goldsmith !!!! Não percam a PARTE 3 --- Está IMPERDIVEL !!!! E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Deixe seu like e Instagram e Facebook ArqueoHistória >>> Instagram Facebook. Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://en.wikipedia.org/wiki/Temple_Church https://investidorsardinha.r7.com/aprender/origem-dos-bancos-historia/ https://www.freemason.pt/incrivel-historia-cavaleiros-templarios-inventaram-bancos/ https://www.latoscanadileonardo.it/en/places/metropolitan-city-of-florence/municipality-of-florence/the-garden-of-lorenzo-de-medici-at-san-marco.html https://www.newsletter.co.uk/news/medici-netflix-role-for-greenisland-actor-131649

  • BIOSSISTEMAS SUBTERRÂNEOS - PARTE 1

    UNDERWORLD – O INFERNO NO CENTRO DA TERRA O PLANETA QUE NINGUÉM CONHECE, DOS MITOS DO SUBMUNDO AO REAL SUBSOLO: A CONFUSÃO ENTRE INFERNO E SUBTERRÂNEO A raça Humana intriga em seus mecanismos mentais ao criar mitos para explicar o desconhecido à sua volta. Mas quanto o passado é analisado com a perspectiva e tecnologia do presente, enxergamos que muito das lendas podem ter sua origem em fatos, e com o Inferno não seria diferente. POR ONDE TUDO COMEÇA? A criação de mitos e arquétipos da psique humana chegam a patamares exímios em se tratando de criatividade, porém quando os mitos começam a fazer sentido segundo novos achados e provas arqueológicas e/ou através de pesquisas recentes de rastreamento por varredura de radares de sismografia, satélite ou LiDAR (Light Detection & Ranging, em tradução interpretativa: Detecção e Alcance de Luz - tecnologia óptica de varredura e detecção de densidades variáveis de materiais). Então a história muda de figura. Percebemos que a narrativa das línguas mortas há milhares de anos esquecidas e decaídas do uso popular, foram talvez mal traduzidas ou interpretadas, e ao se referirem ao “submundo”, na verdade estariam falando sobre o “subsolo”. Exemplo de aplicação da tecnologia de LiDAR: a imagem da descoberta de 2021 na Guatemala de uma cidade inteira escondida sobre sedimentos e a densa mata floresta, possível de ser mapeada apenas após a explusão da vegetação e detritos com o uso do sobrevoo e varedura, e posteriomente o mapeamento por densidade, gerando assim um mapa tridimensional. Por vezes alguns dos mais fantásticos e fantasiosos contos de folclore se provaram verdade. Por vezes pesquisadores contemporâneos ou meros divulgadores científicos, não totalmente preparados, atribuem a distorção da realidade transformando-a em mito, tudo devido à necessidade da mente humana de divinizar o desconhecido ao seu redor, ou até conferem isso aos nossos antepassados e sua imaginação fértil, ou até que foram lendas fruto da criação em ritos executados sob o efeito de alucinógenos. Todavia, de tempos em tempos a humanidade falha desastrosamente em sua autoanálise. A história como é narrada sempre parte de algum pressuposto e de achados arqueológicos, o método científico impera. A partir daí são criadas hipóteses que após comprovações e juntadas a outras, se tornam teorias, então logo depois da aceitação dessas teses, que nem sempre acontece em um primeiro momento, vem o status da teoria ser tomada como certa, até que se prove o contrário. Infelizmente, provar o contrário fica cada vez mais difícil, como Ernst Friedrich Schumacher mesmo parafraseou em seu livro Small is Beautiful: A Study of Economics As If People Mattered - O Negócio é Ser Pequeno, título da publicação no Brasil – porém, já na forma de tradução literal ficaria mais assertivo no seu significado, sendo: Pequeno e Belo: Um Estudo de Economia Como se as Pessoas Importassem: Qualquer tolo inteligente consegue fazer coisas maiores e mais complexas. É necessário um toque de gênio – e muita coragem – para ir na direção oposta. Estudar e se impor em uma nova teoria e revisionismo histórico, ou seja, uma nova vertente narrativa da linha histórica atual, é um desafio enorme, pois a amnésia coletiva social leva a um patamar de establishment passivo - establishment se traduz por: ordem ideológica, econômica e política que constitui uma sociedade. O que coloca a história do mundo, o passado da humanidade, à mercê de ideologias religiosas e credos correntes, geopolítica e até brigas territoriais. Porém não é uma missão impossível. A ciência está abarrotada de pesquisadores de mentes abertas aptos a colher evidências e acalentar novas teorias, colocando-as à prova e comprovando sua veracidade, haja vista ser essa a metodologia analítica correta. De qualquer forma, a pesquisa investigativa pode ser feita por muitos, sempre dentro da razão do método científico, e as pegadas do passado estão ainda visíveis e rastreáveis, com um pouco de percepção, investimento e tempo, e coragem com genialidade, podemos reavaliar o passado e seus segredos a ponto de compreender as origens dos mitos. Hoje, no mundo existem diversas crenças religiosas, as quais se divide principalmente em três grandes grupos/religiões, todas de descendência abraâmica monoteístas, sendo elas: Islamismo, Judaísmo e Cristianismo. E nelas o conceito de uma dimensão de perdição e penitência, um submundo das trevas, ou apenas o Inferno, é muito bem conhecido e explanado. Todavia, o conceito em si pode ser bem mais que mera alegoria, assim como o mesmo conceito em outros povos do mundo que existem ou já existiram possuem seus próprias mitos dessa mesma região, apenas com pequenas diferenças e nuanças. E essa matéria propõe a explorar não apenas o mundo infernal das religiões abraâmicas, mas a raiz desse mito em um cenário ainda mais amplo em tempo e espaço. MITOLOGIA DO MITO Para entender a ciência por trás da análise do mito, primeiro deve-se compreender o que é o mito. Algo que no campo do estudo da visão sobre o mundo dos mortos das culturas antigas se faz necessário. Há diversidade e, ao mesmo tempo, semelhança, dentro do conceito do “lugar para onde as pessoas vão depois da morte”, e embora pareçam ser coisas diferentes, por vezes olhamos de forma analítica para dentro da mente humana primitiva e vemos: o tão cultuado Submundo nos textos antigos, ritos religiosos e até novas línguas, além das descobertas plausíveis a serem decifradas mediante aos seus artefatos deixados para a posteridade. Não seria razoável abordar o tópico de submundo se não fosse citado o Inferno, o local idealizado pelas religiões abraâmicas que tem idade calculada por volta de 1.700 anos de idade, ou seja, cerca de 300 anos dEC (depois da Era Comum – datação que fora de termos laicos acadêmicos é chamada de: dC – Depois de Cristo). Segundo a mitologia católica, o Inferno seria o local para onde os espíritos malignos e pecadores das pessoas vão após a morte e julgamento. Um local de sofrimento eterno, onde são molestados pela entidade que um dia foi o mais lindo e habilidoso arcanjo do reino dos céus, Samael, ou chamado pelo nome que mais é conhecido Lúcifer. Na filologia, Inferno é uma palavra de origem luso-portuguesa evoluída como versão latina do latim infērnum, o que não apenas é um substantivo masculino nominador do local de suplício dos espíritos condenados às penas eternas, segundo a visão religiosas, mas também em sua raiz significa “as profundezas - da Terra” e/ou “mundo inferior”. Também era usada como palavra que arremetia a locais de desordem e confusão, atormentador, e é por esse motivo que a compreensão, ideia e conotação religiosa que conhecemos hoje arremete à possível localidade desse local de perdimento, sendo sob um localidade física e palpável, e sob a superfície do planeta, nas profundezas de onde habitam as pessoas vivas. Interessante como a etimologia da palavra Lúcifer também mostra algumas dissonâncias entre o que é hoje e o que já foi um dia, uma vez que ela é a junção de duas palavras também originárias do latim, Lux, significando Luz, e Fero, o mesmo que Carregar, ou melhor exposto, Aquele que Carrega a Luz. Nome interessante para um arcanjo do bem. Essa variante do nome vem da versão bíblica da Vulgata, sendo a tradução latina do livro sagrado católico feita por São Jerônimo, que viveu entre 340 e 420 dEC. A Estrela da Manhã, Vênus, ao nível do oceano Pacífico. A dententora do maior brilho no céu. Como os movimentos de Vênus parecem ser descontínuos (desaparece devido à sua proximidade com o Sol, por muitos dias seguidos, e depois reaparece no outro horizonte), algumas culturas não reconheceram Vênus como entidade única; ao invés disso, assumiram que eram duas estrelas separadas em cada horizonte: a estrela da manhã e a estrela da tarde. No entanto, um selo cilíndrico do período Jemdet Nasr indica que os antigos sumérios já sabiam que as estrelas da manhã e da tarde eram o mesmo objeto celeste. Os sumérios associavam o planeta à deusa Inanna, conhecida como Ishtar pelos acadianos e babilônios posteriores. Ela tinha um papel duplo como deusa do amor e da guerra, representando assim uma divindade que presidia o nascimento e a morte. Já na variante que influenciou largamente a Europa nos séculos seguintes, a versão da Bíblia do Rei Jaime ou Jaime VI, 1566 a 1625, que reinou simultaneamente a Escócia, Inglaterra e Irlanda devido à União das Coroas, Lúcifer é citado e traduzido como “a brilhante Estrela da Manhã”. É valido relembrar aqui que no passado o planeta Vênus era tomado por esse nome: a Estrela da Manhã, uma vez que em certas partes do planeta e em determinadas épocas do ano, o planeta se torna visível a olho nu nos primeiros momentos do dia. Como arqueoastronomos afirmam: a Estrela da Manhã era o indicador possível para eventos na Terra, tal como momentos religiosos, decisões agrícolas, etc. Sim, ainda segundo o livro bíblico na versão que temos acesso hoje, o mito diz que Samael ele foi expulso do Reino dos Céus por ter se rebelado contra a figura de Deus onipresente e onisciente que a religião prega nos dias atuais. Não apenas ele, mas 1/3 de toda a população de anjos que o apoiou em suas ideias de revolução foram exilados. Após ser derrotado junto com seus seguidores, e ocorrer a expulsão, foi condenado a residir na região tida como Inferno, e largamente conhecida e entendida hoje pela população mundial. Interessante como essa fração da ideologia religiosa é semelhante com o envio do poderoso Hades para seu reino no Submundo dos Mortos na mitologia grega, bem mais antiga que a cristão, porém que coexistiram durante o domínio do Império Romano da região. Uma nota relevante a se observar é a própria origem na língua luso portuguesa. O português falado em Portugal, evoluiu do latim vulgar, uma versão do latim falada por soldados, indivíduos das cidades capturadas, sitiadas e integradas, e pelo baixo escalão das tropas romanas durante o gigantesco domínio do Império Romano, que durou de 27 aEC até 476 dEC, e cobriu imensas regiões da Europa, Ásia e África. Nessa versão do latim, muitas palavras sofriam mudanças não só na pronuncia, mas também em sua conotação principal, isso segundo a língua da população dominada na região. Ritos religiosos também eram agregados com a própria religião romana, tudo para que não houvesse conflito ideológico religioso ao dominar e estatizar novo comando sobre aquela cidade dominada e sua população, uma estratégia que funcionou muito bem durante séculos. E que por fim criou novas línguas e variações que vemos espalhadas pela Europa. Tais variações ajudam a rastrear origens dos mitos religiosos, assim como ainda a palavra Inferno e seu conceito raiz. Afresco do século XVI representando o Primeiro Concílio de Niceia. Teoricamente, os textos sagrados que fazem parte da Bíblia foram juntados e canonizados durante o concilio de Niceia, em Bitínia (uma antiga região do noroeste da Ásia Menor, chamada de Anatólia, sendo a moderna Turquia) pelo Imperador Romano Constantino I em 325 dEC. Constantino reuniu os responsáveis pela juntada dos textos e decisão do que ficaria ou não no livro sagrado, porém não há evidências hoje que ele tenha participado diretamente como o processo. Nesse primeiro concílio foi julgado quais textos seriam evangelizadores, e os que não seriam. Os escritos não aceitos foram denominados como apócrifos, os textos que não seriam interessantes fazer parte do cânone bíblico, assim nascendo a primeira versão do livro sagrado cristão. É fato e bom lembrar que existiram inúmeros concílios após esse nos séculos que se seguiram, e mais textos foram cortados e agregados da juntada original, sem falar das múltiplas traduções e novas interpretações feitas durante os 1.700 anos de viagem temporal que a Bíblia fez até chegar nos dias atuais. Isso é relevante levantar, pois como visto, o termo Inferno, do latino infernum, que significa “as profundezes, mundo inferior”, na versão hebraica, deriva de outra palavra, que não foi considerada nos concílios, pois a variante já era outra. A variante vem do termo grego Hades, significa: sepultura, que deriva do hebraico Sheol, ou Xeol e por vezes Seol, palavra compreendida originalmente como “região dos mortos” ou até “mundo dos mortos”, “dimensão dos mortos”, é um termo usado em sua época de forma genérica, que não distingue religião, credo ou origem, seria algo para qualquer indivíduo do mundo que já foi vivo um dia. O Novo Testamento bíblico se lido em grego, é encontrado a palavra Hades se referindo a Inferno, e sheol sendo um tipo de morte temporária, pois segundo o credo da religião cristão e versículos do livro do apocalipse: após a morte o indivíduo irá aguardar o dia do juízo final, onde as almas se levantarão dos túmulos com seus corpos materiais e terão seu julgamento feito; se foram boas pessoas merecerão o reino dos céus, se foram mal, então serão aniquilados (uma leitura pensando nos paralelos com o fluxo pós-morte egípcio de certos momentos da antiguidade é mera especulação sobre reciclagem mitológica). Ao menos, essa é a versão em um dos Apocalipses. Na bíblia, hoje, há apenas uma versão do apocalipse, mas nos concílios outros foram removidos e tidos como apócrifos. Lembrando aqui que os textos seriam cartas, transcrições das palavras pregadas e reflexões dos apóstolos, e feitos por escribas que ouviram as histórias de outros populares e nenhum deles sequer tiveram contato com os ditos anos de vida da deidade Jesus, haja vista que os primeiros textos datas de 70 dEC. Sendo assim, alguns bispos e outras entidades de poder da Igreja julgaram e votaram, durante os concílios, que alguns apóstolos estavam errados em suas narrativas sobre o apocalipse e não os colocaram na bíblia. MAS ONDE MORA A RELEVÂNCIA COM O MITO DO SUBMUNDO, DO MUNDO INFERIOR? A ideia de submundo, como podemos observar na palavra Hades, originado da mitologia religiosa grega também carrega o mesmo significado, O Reino de Hades, O Submundo ou O Mundo Inferior, onde há um governante descido ou exilado do Divino Monte Olimpo pelo Deus Regente e Poderoso, Zeus. Esse líder, Hades, é conhecido como o Deus do Submundo. Lá é para onde as almas condenadas são levadas para a aflição eterna sob as mãos de Hades e seus demônios. Dentro do Reino de Hades ainda tinha um local com as cavernas e grutas mais profundas e cantos mais terríveis, a pior perdição para as almas julgadas pelas paixões humanas e malignas, o Tártaro – do latim tartarus, tártaro do mongol, e tartarus, além do grego tártaris. E o mais importante é que nas lendas gregas esse reino era um lugar palpável, onde indivíduos vivos poderiam ir, como forma de um grande feito, podendo ser executado apenas por deuses ou semideuses. Fato esse que se assemelha muito com a mitologia religiosa da região mesopotâmica difundida entre sumérios, acadianos e neobabilônicos. Em ênfase aos mais antigos, fica a cargo da reciclagem mitológica se encaixar como um reflexo sobre as mesmas narrativas dos textos, cantigas e poemas sumérios e acadianos sobre suas deidades e as aventuras para descerem até sua versão de Mundos dos Mortos, no Subterrâneo da superfície onde habitavam, ou seja, nossa superfície. É importante ressaltar que para os nórdicos também existia um lugar de perdição pós morte comandado por um dos três filhos de Loki, o Deus irmão de Thor. Ou melhor, uma filha, a Deusa da Morte, Hel, e por vezes chamada de Hella (sim a Marvel Studios deturbou bastante a história de Hella). Em seus domínios, o Helheim, traduzindo para Reino de Hel. Esse também era considerado uma morada de perdição das almas que morrem com desonra e são torturados por seus habitantes, mas acima de tudo, uma localidade palpável, tangível e passiva de ir e vir se caso o indivíduo estiver vivo, tudo dependendo das capacidades do herói do mito. A semelhança fonética entre o nome Hel, do Reino de Helheim é clamada pela filologia como sendo uma mera coincidência com o som da palavra em inglês que significa Inferno: Hell. Já abrangendo os habitantes desses reinos e, principalmente, do conceito de Inferno segundo as religiões abraâmicas: Demônio em português Brasil, vem de demónio (europeu), e deriva do grego, daimon, que chegou ao português pelo latim vulgar daemonium. Para a mitologia cristão seria a palavra que determina o opositor ao bem do Criador Supremo, já no contexto judaico e islâmico (as outras duas das três grandes religiões abraâmicas) a conotação é outra, pois demônios se tratam de seres imperfeitos criados no 6º dia da criação das coisas por Deus, e que na língua local dessas religiões são mais conhecidos como jinn, ou em tradução literal: gênio. Jinns são seres da religião islâmica e mulçumana que pertencem ao mundo intermediário entre o conceito de Céus e a Terra, angelical e humano, sendo criaturas sobrenaturais e dotadas de alguns poderes diversos, mas a grande diferença é que são ligados não apenas ao mal, como na religião cristã, mas também ao bem. Podendo serem agentes de ambos os lados a depender de sua natureza. Portanto, as etimologias das palavras têm mais a nos ensinar que apenas os seus significados distorcidos que transitaram de milénios atrás até os dias de hoje. Porém a compreensão do mito não reside apenas nas palavras, mas nas origens, a cultura do povo que o criou, seu momento evolutivo, a cultura que a rodeava, os povos que dominaram uns aos outros e suas cargas culturais miscigenadas, além de muito mais. Como pode ser observado, as três grandes religiões abraâmicas têm origens iguais, de Abraão, um homem nascido, crescido, educado, ensinado, que absorveu a cultura local e imigrou da cidade de Ur, umas das três grandes e mais importantes cidade-estado da Acádia, que antes disso era o império Sumério até se miscigenar. E há muito mais na origem na ideia de submundo vindo dos sumérios que podemos imaginar. No livro, The Sumerians: Their History, Culture and Character, ou em tradução literal: Os Sumérios: Sua História, Cultura e Caracteres/Escrita, o autor, Noah Kremer, lista diversas semelhanças entre o Velho Testamento que vão muito além do fato de Abraão ser da cidade de Ur. Apenas do autor, Noah Kramer, ser polêmico e, por vezes, demonstrar um forte viés cognitivo sobre suas conclusão, fato é que as ideias empregadas nesse livro sagrado cruzando traduções antigas de placas de argila preservados pelo tempo e com textos com mais de 2000 anos aEC, traça uma linha abraâmica recente quanto à criação do universo sobre algo milênios mais antigo de conteúdo sumério do descritivo bíblico sobre esse fato. Assim como delineia semelhanças absurdas da criação do Homem, passando pelo mito do dilúvio na Epopéia de Gilgamesh, ou mesmo a disputa e história de assassinato entre os irmãos rivais: Caim e Abel; cita a narrativa da Torre de Babel, possivelmente passada na cidade paleolítica de Jericó, fundada 9000 anos antes da Era Comum, uma cidade palestina, situada na Cisjordânia com mais de 11.000 anos de idade. E cria paralelismos míticos religiosos entre esses povos da mesma região que chegam a semelhanças fenomenais. Jericó, a primeira cidade conhecida a adotar a estratégia de murros de proteção, fundada há aproximados 11.000 anos. E por fim, a mistura das línguas, a ideia de “anjo da guarda” que também vem da mitologia suméria e/ou acadiana. O conceito de retaliação divina em forma de catástrofe, frequente na Bíblia, também faz partes das histórias divinas da região babilônica, tradições religiosas que perduraram e têm pelo menos 3.000 anos a mais que os textos bíblicos. Algo que Abraão, aparentemente, absorveu como traço cultural de sua cidade natal. Enfim, não por último e muito menos, o menos importante, a morte e mundo inferior. Devemos lembrar que a bíblia, por exemplo, foi escrita em diversos dialetos da época, ao menos antes de ser juntada em um único livro, sem falar dos textos de Moisés, que formam o Velho Testamento, e centenas de anos mais antigos. O Sheol hebraico bíblico, assim como o Reino de Hades grego, são oriundos de uma mesma descendência, o Kur sumério. O Kur é tido como a última morada escura e terrível dos mortos. Compreendido como um mundo palpável e existente abaixo da superfície. Ele era apresentado dessa forma por se tratar de um lugar onde deuses poderiam ir e vir, com certas dificuldades, mas ainda assim, poderiam. Era um local palpável que poderiam até levar súditos consigo se caso desejassem. Por vezes traduzido como “subterrâneo” e não “submundo” a partir das tabuas com registro em cuneiforme e palavras originais do povo da época. Irwin Finkel, filologista e assiriologo, crador do Museu Britânico e autor do livro The First Ghosts, em tradução literal: Os Primeiros Fantasmas - uma explanação sobre as milhares de tabuas sumérias, acadianas e de demais periodos da região babilônica que narram a concepção cultural dos povos da época sobre esse tema tão interessante. A conotação de submundo como uma dimensão subalterna ao mal e à dimensão do bem, é uma confusão normal ao termo subterrâneo, já que em várias línguas os termos, a palavra empregada para ambos os significados era a mesma. Em vários documentos literários escritos em cuneiforme decifrados por especialistas, tal como Irwin Finkel (filologista e assiriologista, curador do British Museum – Livro: The First Ghosts, 2021), das milhares de placas de argila encontradas até hoje, várias narrativas mostram que alguns dos mitos perduraram até os dias de Abraão e os conceitos foram passados para frente através de ensinamentos religiosos, e por consequência seus ensinamentos, e chegaram até os dias atuais. Para compreender melhor o mito, devemos compreender suas origens. O conceito do como seria e o que significaria Kur para os Sumérios é impregnada em paralelos do que foi trazido à luz da atualidade pelos textos bíblicos. Numa citação direta de um texto sumérios, Kur seria “o lamentável lar de antigos reis e príncipes”, “a ressurreição das sombras dos mortos”. Em outro momento da mitologia suméria e/ou acadiana, expõe o paralelo do aprisionamento em Kur, do então deus da fertilidade e pastor Dumuzi, o que em hebraico/bíblico tem seu equivalente usado sob o nome de Tammuz, aquele por quem as mulheres de Jerusalém lamentavam com fervor até os dias do profeta Ezequiel. Os habitantes da região da suméria ainda tiveram textos narrando com desbravadas de heróis e deuses indo até o submundo, fisicamente, tal como podemos observar o mesmo teor na mitológicos grega também. Exemplo disso é Inanna, a deusa suméria associada ao amor, ao erotismo, fertilidade e fecundidade, reciclada mitologicamente por diversos povos, tal como Astarte pelos gregos, e mais tarde popularmente conhecida como Afrodite, e o nome seguia mudando conforme o povo que a venerava: Ashratum para os babilônicos, na mitologia mesopotâmica em geral já seria Ishhara, Irnini, Astarteia e Astoreth. Já para Canaã: Asherah, Ashtaroth ou Ashtoreth seria a deusa do amor, das plantas e da fertilidade, com associação aos oceanos e à Lua. Há uma narrativa cuneiforme que fala da sua jornada ao submundo para visitar sua irmã, Ereshkigal. Interessante, é que para os povos antigos, a ideia de transição dos seres tidos como deuses entre a superfície da Terra até o submundo era algo palpável, físico, pois os ditos deuses eram mortais, morriam, e por sua vez, iam em jornadas para o submundo por motivos múltiplos, mesmo assim, o ápice da narração era sempre o retorno e suas conquistas. Típica narrativa arquetípica do mito do herói ou uma reminiscência de algo palpável? E se esse submundo imaterial e dimensionalmente inalcançável pelos vivos, fosse apenas uma tradução indevida em certos momentos do que realmente a palavra em foco queria transmitir: SUBTERRÂNEO. Em certos momentos SUBMUNDO poderia ser apenas isso mesmo: o subsolo, e Anúbis no Egito poderia saber muito bem disso. Continua na próxima parte da matéria... aguardem a PARTE 2.

  • Misteriosa Estrutura Feita de Ossos de Mais de 60 Mamutes Data de 25.000 Anos

    Um exemplo impressionante da arquitetura utilizada na Era do Gelo foi descoberto na na Rússia: uma enorme estrutura circular construída com os ossos de pelo menos 60 mamutes Lanudos. Datando de pelo menos 25.000 anos, a estrutura é pelo menos 13 mil anos mais antiga que Göbekli Tepe. Tal estrutura foi descoberta em uma estepe florestal próxima a Kostenki, a 400 km de Moscow - Rússia, e hoje em dia ocupa o primeiro lugar dos assentamentos paleolíticos mais antigos oficialmente registrados. “Claramente, muito tempo e esforço foram gastos na construção dessa estrutura, por isso era obviamente importante para as pessoas que a construíram por algum motivo”, diz Alexander Pryor, arqueólogo da Universidade de Exeter (Reino Unido). Ele é o principal autor de um novo estudo publicado em 2020 na revista Antiquity, descrevendo a descoberta em Kostenki, um lugar onde muitos sítios paleolíticos importantes estão agrupados ao redor do rio Don, o maior rio da região. Não se sabe ao certo qual era o propósito da estrutura, porém, seus antigos construtores deixaram algumas pistas, como restos de carvão e comida, incluindo vegetais. Vários poços contendo ossos de mamute constituem um círculo ósseo e podem sugerir armazenamento de alimentos. “Você obviamente obtém muita carne de um mamute, então a ideia de que havia atividades de processamento e armazenamento de alimentos acontecendo no local é algo que queremos investigar mais. As pessoas também especularam muito sobre um provável elemento ritualístico, mas para comprovar isso, precisamos de mais pistas concretas”, acrescenta Pryor. Construções de ossos de mamute são bastante conhecidas pelos arqueólogos, estruturas semelhantes foram encontradas em toda a Europa Oriental, embora em escala muito menor, com apenas alguns poucos metros de diâmetro. Esses locais, incluindo outros encontrados em Kostenki durante os anos 1950 e 1960, datam entre 16.000 e 22.000 anos. Os pesquisadores geralmente os consideram habitações que ajudaram seus construtores a lidar com temperaturas gélidas próximas ao ponto mais baixo da última Era do Gelo. A nova estrutura (descoberta pela primeira vez em Kostenki em 2014, mas catalogada em 2020), porém, é 3.000 anos mais velha, datando de 25.000 anos atrás e possui diferença das outras já citadas. Pat Shipman, antropólogo da Penn State University, que também participou da pesquisa, disse: “Estou completamente intrigado porque esses achados notáveis ​​diferem significativamente dos descobertos anteriormente e podem ser estudados de forma mais cuidadosa e completa com técnicas modernas”. O tamanho da estrutura a torna excepcional entre seu tipo, e sua construção teria sido demorada e trabalhosa. Marjolein Bosch, zooarqueóloga da Universidade de Cambridge comentou: “Isto implica que foi feito para durar, talvez como um marco, um ponto de encontro, um local de importância cerimonial ou um lugar para onde voltar quando as condições se tornassem tão difíceis que o abrigo fosse necessário” Bosch não estava envolvida na pesquisa, mas visitou pessoalmente o sitio. De fato, o tamanho da estrutura a torna uma improvável casa cotidiana, pois casas de ossos de mamute já conhecidas apresentam lareiras mais definidas, geralmente contendo restos de renas, cavalos e raposas, o que sugere que as pessoas que nelas viviam, utilizavam todo e qualquer recurso animal pudessem encontrar. A estrutura de Kostenki carece dessas evidências, em sua grande parte, de restos de outros animais. São restos exclusivamente de mamutes lanosos e essa é uma das coisas interessantes sobre o local. A Estrutura de Kostenki é a primeira de seu tipo a fornecer evidências de que seus ocupantes queimavam madeira dentro de estruturas mesmo antes de possuir a técnica de construção de lareiras artificiais. “É a primeira vez que alguém encontra grandes pedaços de carvão dentro de uma dessas estruturas, que não estejam cercados por pedras e blocos de argila. Isso também mostra que havia árvores naquele local, um dos pedaços de carvão media aproximadamente 3 metros, mesmo queimado.” disse Pryor. As larguras dos anéis das árvores no carvão são estreitas, sugerindo que as árvores, mesmo sendo enormes, provavelmente lutaram para sobreviver naquela paisagem. Estudos anteriores sugeriram que, mesmo nas estepes áridas da Idade do Gelo, as árvores coníferas teriam sobrevivido em florestas que se estendiam ao longo das margens dos rios, como as próximas a Kostenki, um enorme atrativo para as pessoas que procuram sobreviver. Tais árvores eram cortadas e utilizadas em fogueiras que forneciam calor e luz, comida grelhada, assada, carne seca para armazenamento e resinas processadas para produção de utensílios e ferramentas. Se os autores estiverem corretos em sua suposição, o local teria sido utilizado para armazenamento de alimentos e secagem de carne. Há maneiras de testar essa hipótese, encontrar gotas de gordura no chão, por exemplo, poderia mostrar que a carne foi seca nas chamas. O espantoso número de mais de 60 ossadas de mamutes levanta a questão: De onde vieram todos eles? Os cientistas não têm certeza se os animais foram caçados, retirados de locais de mortes em massa ou alguma combinação dos dois. Pat Shipman, da Penn State University, já citado anteriormente, disse: “A topografia do local o torna um lugar onde repetidamente, manadas de mamutes estavam passando e poderiam ser mortos ou até terem morrido naturalmente, como na travessia de um rio. Não consigo imaginar como essas pessoas poderiam matar 60 mamutes de uma vez, porque os proboscídeos (a ordem de mamíferos à qual pertencem tanto os mamutes quanto os elefantes vivos) não costuma passar de 40, também são inteligentes e percebem se quando membros de sua manada estão sendo atacados mesmo com modernas armas silenciosas.” Estudos posteriores dos ossos de mamute poderão fornecer mais pistas sobre sua origem. A certeza é de que eles foram transportados antes que os carnívoros tivessem a chance de comer e limpar os ossos, pois não foram encontradas marcas de dentes e partes de ossos roídas, como normalmente acontece em carcaças que foram devoradas por predadores. Isso implica que os construtores tiveram acesso antecipado aos restos do mamute, sendo os caçando, sendo encontrando suas carcaças logo após sua morte, mas ainda não há certeza sobre tal método. Por isso, Shipman acrescenta: “Quero saber se os ossos foram processados ​​ou transportados em carne, ou até se estamos olhando para esqueletos inteiros ou partes de carcaças empilhadas para uso futuro. Mover um mamute morto não deve ter sido fácil, mesmo que estivesse em grande parte descarnado.” Independentemente de como as ossadas de mamutes chegaram lá, sua presença com toda certeza foi crucial para os humanos que viviam na área. Lioudmila Lakovleva, Arqueologa Senior do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica e Arqueológica, publicou este ano um estudo demonstrando que o assentamento completo mostra vários cômodos de ossos de mamute, paredes, recintos, fossos, áreas de trabalho, áreas de despejo e áreas de abate. Ainda não se sabe muito sobre o local, como sabemos, uma pesquisa histórica e arqueológica leva anos, na maioria das vezes décadas, no intuito de quando for publicada, preencher todos os critérios de validação e testes necessários. Certo é que Kostenki foi um foco para o assentamento humano durante a última era glacial. Há evidências de que havia fontes naturais de água doce na área que permaneceram líquidas durante milênios, pode ser que essa água tenha atraído animais, incluindo mamutes, que por sua vez, atraíram humanos para o mesmo local. Pryor termina seu estudo dizendo: “Este projeto está nos dando uma visão real de como nossos ancestrais humanos se adaptaram às mudanças climáticas, às partes mais duras do último ciclo glacial e se adaptaram para usar os materiais que tinham ao seu redor”, disse ele. “É realmente uma história de sobrevivência diante da adversidade.” Bibliografia e Referências N.D. Praslov, Olsa Soffer - From Kostenki to Clovis: Upper Paleolithic―Paleo-Indian Adaptations (Interdisciplinary Contributions to Archaeology) https://www.heritagedaily.com/2020/03/archaeologists-discover-giant-ice-age-mammoth-bone-structure/126482 https://www.ancient-origins.net/news-history-archaeology/mammoth-bone-structure-0013425 https://www.archaeology.org/news/8531-200318-russia-mammoth-bones Já ouviu falar da tão famosa "Bolsa" Anunnaki? Quer saber o que ela realmente era e representava? Para saber mais, adquira meu e-book em: Conheça minha página @Contextologia no Instagram, onde compartilho minhas pesquisas e artigos na área da História, Arqueologia, Filologia e outros.

  • Agostinho de Hipona, de Delinquente a Santo e a Bíblia Católica de Mil Anos

    Aurelius Augustinus Hipponensis, conhecido como Santo Agostinho de Hipona, foi o patrono da ordem religiosa agostiniana e um dos responsáveis pela concepção do pensamento cristão medieval e da filosofia patrística. O famoso autor das Confissões, maior filósofo do cristianismo, teve um passado de sexo e bebedeiras antes de se converter e escrever suas obras Foi também bispo, escritor, teólogo, filósofo, além, de ter testemunhado acontecimentos históricos de primeira ordem, tal como o fim da antiguidade clássica e a invasão de Roma pelos visigodos. Ordem religiosa agostiniana É considerado ‘Santo’ tanto pela Igreja Católica quanto pela Anglicana, e até mesmo para os protestantes e evangélicos, é referência na história eclesiástica com seus escritos e ditos. Foi canonizado e transformado em 'Doutor da Igreja', um título honorífico e extremamente raro, concebido pela Igreja Católica (apenas 35 Doutores). Na época, Agostinho era um verdadeiro Don Juan, perambulando pelas ruas embriagado e praticando atos indecentes aos olhos do cristianismo. “Eu me esbanjava e ardia nas minhas fornicações”, declarou em suas Confissões, com seu jeito debochado de escrever. “[...] menos afeito ao casamento que escravo da paixão, eu fui ao encontro de outra mulher; não era, certamente, para me casar, mas para alimentar a doença da minha alma e fazê-la perdurar, sob o olhar atento do hábito, e isso até a chegada da esposa”, comentou, sobre sua vida amorosa. Seu passado pecaminoso e alcoolizado fez do Agostinho cristão uma figura particular, que não pode ser compreendida com um olhar clichê do cristianismo pudico: é com o bispo de Hipona que se desenvolveu a doutrina de contenção da sexualidade que conhecemos hoje. Aos 33 anos, o então mulherengo se converteu ao cristianismo e acabou com sua vida de promiscuidade que ele mesmo usa como exemplificação nas suas teses sobre a fé. Começou a se aproximar no Maniqueísmo, uma doutrina pautada na força da razão, e foi, por dois anos, seguidor do profeta persa Mani, que juntava os Evangelhos com ocultismo. Na época, Agostinho era um verdadeiro Don Juan, perambulando pelas ruas embriagado e praticando atos indecentes aos olhos do cristianismo. “Eu me esbanjava e ardia nas minhas fornicações”, declarou em suas Confissões, com seu jeito debochado de escrever. “[...] menos afeito ao casamento que escravo da paixão, eu fui ao encontro de outra mulher; não era, certamente, para me casar, mas para alimentar a doença da minha alma e fazê-la perdurar, sob o olhar atento do hábito, e isso até a chegada da esposa”, comentou, sobre sua vida amorosa. Nascido em Tagaste, no dia 13 de novembro de 354 (atual Souk-Ahras, Argélia - atualmente, um país MUÇULMANO) está localizada a 90 km do Mediterrâneo, próximo a Hipona, na época eram províncias romanas do norte da África. Hipona (em latim: Hippo Regius) era a atual cidade de Annaba, na Argélia. Provavelmente fundada pelos Fenícios, passou para o domínio romano incluída na província da Numídia. Foi uma importante guarnição militar costeira e a partir do século III foi sede de episcopado, tendo entre os seus Bispos Santo Agostinho, que residiu e faleceu em Hipona. Havia na cidade diversos monumentos e várias basílicas e intensa vida comercial, religiosa e militar; Aurelius Augustinus era descendente de berberes por parte de pai e mãe, contudo essa última se convertera ao catolicismo, enquanto o pai permaneceu pagão. NOTA: Os berberes (que chamam a si próprios Imazighen, que significa "homens livres" ou "homens nobres"; singular Amazigh referem-se ao conjunto de povos do Norte de África que falam línguas berberes, da família de línguas afro-asiáticas Etimologia Na origem, o termo "bárbaro" — do latim barbarus, derivado do grego antigo βάρβαρος, bárbaros ("estrangeiro") — era uma palavra utilizada pelos gregos para designar os outros povos, aqueles cuja língua lhes era incompreensível, ou seja, os não gregos. A palavra bárbaros não tinha, originalmente, nuance pejorativa, significando simplesmente "não grego", sendo aplicado a toda pessoa cuja língua não era compreendida pelos gregos ou a alguém que se exprimisse por onomatopeias ("bar-bar"), segundo a percepção dos gregos. A palavra berbere parece ter surgido após o fim do Império Romano, mas o seu uso no período precedente não é admitido por todos os historiadores da Antiguidade. CURIOSIDADE: Zinédine Yazid Zidane - em árabe, زين الدين يزيد زيدان (Marselha, 23 de junho de 1972), mais conhecido como Zinedine Zidane, é um ex-futebolista e técnico francês de origem argelina. Atualmente está sem clube. Como jogador, foi um meio-campista clássico e é considerado um dos maiores de todos os tempos. É um BÉRBERE!! A infância e a adolescência de agostinho A infância de Agostinho parecia ser feliz em casa e menos feliz na escola. Não havia nada sobre isso que desse indicação da grandeza que se acumularia para Agostinho em sua idade adulta. A infância de Agostinho é conhecida apenas pelo que ele escolheu revelar nas memórias altamente seletivas que fazem parte de suas Confissões. Ele se retratou como uma criança bastante comum. De sua descrição em seu "ficando pálido de inveja" (Confissões 1, 7), quando ele viu um irmão mamando no peito de sua mãe, parece que ele era o mais velho da prole de seus pais, Patrício ( Patricius Aurelius) e Mônica (Santa Mônica). Em sua infância, Agostinho teria tido contato com o donatismo, uma heresia que mais tarde, como líder da igreja e autor cristão, lutou fortemente. Sabe-se por seus escritos que Agostinho tinha primos que eram donatistas. Eram filhos e filhas de um irmão ou irmã de Mônica. O bispo de Hipona, Agostinho, fez campanhas contra esta crença e foi principalmente graças aos seus esforços que a seita foi extinta. A controvérsia tem início em dois escândalos monásticos. Por volta de 422 d.C., Agostinho se envolveu numa espécie de escândalo com um bispo chamado Antonino e posteriormente com Januário de Benevento. A discussão parece ter sido causada porque Agostinho achava que a chamada "caridade monástica" pudesse semear a discórdia, dividir e fazer com que se aproveitasse da Igreja. Ele chegou a fazer campanhas contra o donatismo. Com a ocupação vândala do norte de África, o donatismo voltou a ter, aí, alguma preponderância, o que continuou a acontecer depois da reconquista bizantina destes territórios por Justiniano. Desconhece-se quanto tempo persistiu depois da conquista muçulmana. Mônica instruiu Agostinho na religião cristã e ensinou-o a orar. Quando criança, um sal abençoado era colocado em sua língua. Assim, tornou-se formalmente catecúmeno, isto é, foi inscrito no processo de preparação batismal. Uma vez, ainda em idade escolar, ele ficou perigosamente doente. Ele desejava o batismo e sua mãe preparou tudo para a cerimônia. Então, de repente, ele melhorou e seu batismo foi adiado. Seu batismo foi adiado para que ele não manchasse sua inocência batismal caindo em pecado antes de atingir a maturidade (que é exatamente o que aconteceu). Este foi um exemplo da prática daquela época de adiar o batismo por medo de que o destinatário caísse em pecado antes de perceber plenamente a grande importância do Sacramento. Como bispo em seus últimos anos, Agostinho denunciou esse costume de adiar o Batismo como sendo muito mal aconselhado. Ele pregou fortemente contra isso. Seus pais, classificavam a educação como uma prioridade, mas às vezes eram financeiramente tensos em obter para ele uma base bastante boa na literatura latina e nos rudimentos do grego - um assunto pelo qual ele não gostava e resistia a aprender, possivelmente por causa de um professor desse assunto que era cruel com ele. Em seus escritos posteriores, ele contrastou a dificuldade e o desgosto que tinha em aprender grego na tensão e no sadismo da sala de aula com alegria e facilidade com que aprendeu latim em casa com sua mãe e suas enfermeiras Ele comentou que "aprendemos melhor em um espírito livre de curiosidade do que sob medo e compulsão". [Confissões 1, 14] Na escola local de Thagaste, Agostinho recebeu os espancamentos e chicotadas que pareciam ser um método rotineiro de instrução do professor. Em seus escritos, Agostinho se acusa de muitas vezes estudar por constrangimento, não obedecer a seus pais e mestres, não escrever, ler ou cuidar de suas lições tanto quanto era exigido dele. E isso ele fez não por falta de inteligência ou memória, mas por amor ao jogo. Essa situação também levou a outra de suas mais célebres frases posteriores: "Que pessoa, se lhe fosse oferecida uma escolha entre a extinção imediata e a revivência de sua infância, não escolheria imediatamente a primeira?!" Os pais de Agostinho A mãe, Mônica, nasceu no ano 332 em Thagaste que é dado como seu local de nascimento, e isso é baseado menos em evidências históricas e mais na presunção de que ela foi criada no distrito onde mais tarde se casou. Durante sua infância, os cristãos estavam apenas emergindo do período em que mantinham sua religião em segredo por medo de perseguição. Tem havido especulações entre os historiadores sobre se Mônica pode ter começado a vida como uma cristã cismática dentro do donatismo Esta possibilidade é levantada porque Thagaste só se tornou progressivamente anti-donatista durante os anos 348-361, quando Monica tinha entre dezesseis e vinte e nove anos. Sabe-se através dos escritos de Agostinho que alguns de seus parentes eram donatistas (e Agostinho tinha primos que eram donatistas). Casou-se aos 22 anos com Patricius Aurelius (40 anos), um decurion que trabalhou na administração romana local, vereador e coletor de impostos. Embora pertencesse à classe influente da sociedade local, Patrício vivia em circunstâncias financeiras difíceis. Agostinho disse que seu pai possuía apenas uma pequena quantidade de terra. Seus vinhedos eram trabalhados por escravos, e Agostinho tinha um escravo (chamado pedagogo) que o levava para a escola. Patrício parece não ter tido nada de notável, nem na capacidade mental, nem no caráter. Ele era uma pessoa animada e sensual, e que facilmente se irritava. Ele estava inteiramente ocupado com suas preocupações diárias. Ele foi hostil à igreja cristã até o fim de sua vida, mas devido aos esforços de Mônica, Patrício morreu como cristão batizado. O casal ocupava razoável posição social, mas apesar disso Mônica não era feliz no casamento, pois sofria com a infidelidade do marido. Por isso começou a atingir o ideal cristão de boa esposa e mãe, já que nunca criou discórdia embora sofresse. Quando tinha cerca de vinte e dois anos de idade, Mônica casou -se com Patrício, de 40 anos e um dos magistrados da cidade de Tagast. Patrício não seguia nenhuma religião, pois ele também era violento e de vida solta. Patrício, o pai de Agostinho, era um homem cujas qualidades mais sombrias testaram duramente sua esposa e seu filho mais velho. Ele veio de uma boa família e podia ser generoso às vezes. Após o casamento, Mônica dividiu a casa com a sogra. Esta era uma fonte constante de atrito. Patrício não mudou com o casamento. Ele continuou a ser violento e não foi fiel aos seus votos de casamento. Patrício era verbalmente abusivo com Mônica, e também não escondia particularmente que ele quebrou seus votos matrimoniais. Eles tiveram pelo menos três filhos. Aurélio Agostinho - para dar a Agostinho seu nome completo - tinha (pelo menos) um irmão, que se chamava Navígio. Havia uma irmã cujo nome Agostinho nunca incluiu em seus volumosos escritos. (Sem qualquer fundamento histórico, o nome Perpétua tem sido muitas vezes atribuído a ela por uma questão de conveniência literária). Quando uma viúva mais tarde em sua vida, a irmã de Agostinho liderou uma comunidade cristã de mulheres, provavelmente com alguma orientação de Agostinho. Agostinho era o primogênito e era muito inteligente. Seus, estavam determinados a proporcionar um futuro seguro a ele e com a idade de doze anos, Agostinho foi enviado a Madaura por quatro anos para começar seu estudo de retórica. No ano 370, quando tinha dezesseis anos, Agostinho teve que voltar para casa por um ano, enquanto Patrício economizou dinheiro para o terceiro e último estágio da educação de Agostinho e neste mesmo ano, em 370, sem educação formal, levou Agostinho a atos de dissipação e aventura sexual. Estes são relatados no Livro Dois das Confissões. Durante este tempo instável na vida do jovem Agostinho. Quando Patrício morreu, vidas de Patrício e Agostinho, se sobrepuseram por dezesseis anos. Agostinho observou em suas Confissões que seu pai ficou encantado quando, nos banhos públicos, notou que Agostinho havia desenvolvido o corpo de um adulto. De acordo com historiadores que estudaram essa cultura e época, o entusiasmo de Patrício típico de sua classe e posição na vida no norte da África. O historiador Rousselle escreveu: "O aparecimento de pelos pubianos e suas primeiras ejaculações foram motivo de celebração para toda a família, particularmente para o pai... Quando ele veio para tomar uma esposa, seu pai teria que dar garantias à sua família de que seu filho era biologicamente capaz de se tornar um pai. Nessas primeiras manifestações de maturidade sexual, o jovem seria objeto de renovadas atenções". (Rouselle, Porneia, 59) Por sua paciência e orações, Mônica, sua esposa, tinha sido capaz de ter seu marido e sua mãe se tornarem cristãos pouco antes de Patrício morrer. Durante anos depois, Patrício recebeu de seu filho, Agostinho, um desprezo frio. Isso foi por causa de sua infidelidade em seu casamento com Mônica, e também por não dar a Agostinho a orientação necessária e o senso de disciplina durante sua turbulenta adolescência. Possivelmente como consequência disso, Agostinho procurou ao longo de sua vida por pais substitutos em seus guias masculinos mais antigos. Os sentimentos negativos em Agostinho por seu falecido pai tornaram-se mais gentis ao longo de um período de anos. No momento em que escreveu o Livro Nove das Confissões, ele havia suavizado muito sua atitude. Lá, ele pede a seus leitores que ambos os seus pais sejam lembrados em oração com "santo afeto". Para ser justo com Patrício, no entanto, é importante propor que o extraordinário dom do afeto e da amizade dentro de Agostinho foi, em parte, um legado do sociável Patrício. Apesar dessa relação insatisfatória com seu pai, ou talvez precisamente por causa disso, Agostinho era excepcionalmente próximo de sua mãe, Mônica, e ela dele. Ela foi uma grande influência sobre Agostinho. A adolescência de agostinho A adolescência pode ser um momento difícil para qualquer pessoa. Agostinho não foi exceção. Ele tinha uma concubina e um filho ilegítimo, mas na época romana a história de Agostinho era muito mais moderada do que em muitas outras biografias. Mesmo assim, da adolescência aos trinta e dois anos de idade, Agostinho frequentemente se perdia na batalha contra suas paixões sexuais. Sua luta com o sexo começou em Thagaste, sua cidade natal. Mais tarde, ele escreveu que foi com a idade de dezesseis anos que "a paixão me tomou conta e eu me entreguei inteiramente ao sexo". Aos dezesseis anos, ele tinha voltado para casa da escola nas proximidades de Madaura. Infelizmente ele tinha muito tempo em suas mãos. Ele esperou por um ano enquanto Patrício, seu pai, tentava arrecadar dinheiro para enviá-lo para o estágio final da educação em Cartago. Ambos os seus pais estavam cientes de que ele estava "se debatendo no mar escaldante de ... imoralidade sexual", mas cada um respondeu de forma diferente. Agostinho observou em suas Confissões que seu pai ficou encantado quando, nos banhos públicos, notou que Agostinho havia desenvolvido o corpo de um adulto. Assim foi que seu pai, que ele mesmo quebrou os votos de seu casamento, se divertiu com os interesses sexuais de seu filho. A perspectiva de netos atraía Patrício, independentemente de os filhos serem ou não legítimos. Mônica, a mãe de Agostinho, enfrentou um problema. Ela não sugeriu casamento para reprimir os incêndios sexuais. No entanto, ela temia que um casamento apressado dificultasse as oportunidades de carreira de seu talentoso filho. Ao mesmo tempo, no entanto, ela o alertou seriamente sobre sua falta de restrição sexual. Quando ela lhe disse: "acima de tudo, não seduza nenhuma mulher que seja esposa", Agostinho riu de seu conselho. Como um estudante de dezoito anos de idade em Cartago, Agostinho formou um relacionamento sexual com uma mulher, e eles se tornaram pais de um filho que chamaram de Adeodato. Por mais que retoricamente Agostinho em suas Confissões se retratasse como um libertino, ele era fiel a essa mulher em um relacionamento de fato que durou uma dúzia de anos. O relacionamento foi finalmente quebrado com bastante relutância para que Agostinho pudesse começar a se aproximar de alguém de sua própria posição social para que ele pudesse se casar. Agostinho foi pai por dezoito anos. No ano 371, com a idade de dezessete anos, Agostinho saiu de casa em Tagaste mais uma vez para estudar em Cartago. Ele também entrou em um relacionamento estável com uma mulher que ele passou a amar muito, mas cujo nome não sabemos. No ano 372, sua concubina sem nome lhe deu um filho, Adeodatus, que em latim significa "dado por Deus". Eles viveram em Cartago até o ano 374, quando retornaram a Thagaste, o local de nascimento de Agostinho. Lá ele começou uma pequena escola que ensinava gramática. Eles voltaram para Cartago em 376, onde Agostinho agora se sentia confiante o suficiente para abrir uma escola mais formal de retórica. Ele persistiu lá por oito anos, enquanto Adeodato se aproximava da adolescência. Em 383, a jovem família mudou-se para Roma, para se reunir com alguns amigos norte-africanos, incluindo Alípio, amigo de toda a vida de Agostinho. Em 384 mudaram-se para Milão. Mônica se juntou a eles em Milão em 385. Ela arranjou para Agostinho um casamento com uma mulher de uma classe social apropriada. Agostinho relutantemente aceitou o plano como um meio de avançar em sua carreira. Para Agostinho, isso significava que ele tinha que mandar embora seu fiel parceiro de quatorze anos, que era a mãe de Adeodato. Essa separação foi emocionalmente dolorosa para ambos. A mulher voltou para o norte da África, e Adeodato permaneceu em Milão com seu pai e com Mônica, sua avó. Adeodato estava, portanto, em Milão no momento da conversão de Agostinho em 386. De fato, pai e filho se prepararam para o batismo juntos e foram batizados, junto com Alípio, na Páscoa de 387 pelo Bispo de Milão, Santo Ambrósio. Em 387, Adeodato estava presente com Agostinho e Mônica na cidade portuária de Óstia, aguardando um navio de volta ao norte da África. Ele testemunhou a morte de sua avó. Agostinho escreveu que Adeodato tinha que ser consolado depois. A viagem de volta ao norte da África foi adiada e pai e filho passaram mais de um ano em Roma. Adeodato acompanhou Agostinho de volta ao Tamesado, onde Agostinho vendeu a propriedade da família e começou uma comunidade cristã leiga. Os primeiros escritos de Agostinho deste período cobriram seus diálogos com seu filho. Como um pai orgulhoso, Agostinho escreveu que Adeodato era intelectualmente avançado para uma pessoa de apenas dezessete anos de idade. No ano 390, Adeodato morreu antes de completar dezoito anos. Ele tinha sido objeto da terna solidão de seu pai. Dentro de um período de três anos, Agostinho havia perdido sua amada mãe e seu filho através da morte. Agostinho sempre se lembrava com carinho de seu filho, que ele acreditava superar muitas pessoas educadas: "O brilho que ele evidenciou me encheu de admiração", e acrescentou: "Lembro-me dele sem ansiedade, não tenho nada a temer sobre qualquer coisa em sua infância ou adolescência; na verdade, não temo nada por ele". [Confissões 9,6,14] Agostinho, o pai, mesmo na noite de sua vida, expressou pesar comoventes pela promessa não alcançada que foi interrompida pela morte prematura de Adeodato. Os pensamentos de Agostinho sobre a criança que ele admirava, gravemente presente em sua ausência, como um membro perdido, são revelados por uma frase em seu último livro, onde Cícero fala por ele: "Estas palavras de Cícero para seu filho não vêm das vísceras de cada pai, quando ele lhe diz em uma carta: "De todas as pessoas, você é o único que eu gostaria de me superar em tudo". CURIOSIDADE Aos vinte anos de idade, Agostinho pode ter visto o cometa Halley. Os astrônomos agora sabem que o que hoje é chamado de Cometa Halley apareceu no céu sobre o norte da África no ano 374. Quando Agostinho tinha vinte anos de idade, teria sido visível em Cartago de cerca de 1º de março até o final de abril de 374 (calendário juliano). Embora fosse quase impossível que Agostinho nunca tivesse notado o aparecimento de oito semanas deste cometa, ele não fez nenhuma nota específica deste cometa em seus escritos. Mesmo assim, isso não impediu vários estudiosos de refletir sobre como o aparecimento deste cometa poderia se relacionar com a decisão de Agostinho de se tornar um maniqueísta. Em suas Confissões, Agostinho afirma que um prelúdio para ele se tornar um maniqueísta foi seu desejo de sabedoria de outro mundo inspirado nele por sua leitura do Hortênsio de Cícero. De acordo com cálculos de evidências internas nas Confissões, Agostinho leu Hortensius entre novembro de 372 e novembro de 373. Ele então disse que passou algum tempo estudando as Escrituras, e somente depois de fazer isso sem satisfação ele se voltou para o maniqueísmo. Se ele leu Hortênsio em novembro de 373 e depois leu as Escrituras no decorrer dos quatro meses seguintes, sua conversão ao maniqueísmo coincidiu com o aparecimento do cometa Halley. Certamente, Agostinho ficou bastante impressionado com a preocupação dos maniqueístas com os céus. De fato, em De beata vita, ele afirmou mais tarde literalmente que se considerava ter caído no erro do maniqueísmo porque havia prestado muita atenção às estrelas dos céus: "... e confesso que por um tempo fui levado ao erro com os olhos fixos naquelas estrelas que afundam no oceano." (De beata vita, 1:4) Poderia Agostinho ter se referido especificamente ao cometa Halley? A citação acima adquire uma veracidade factual se Agostinho tivesse em mente um cometa que ele viu em 374 que desde o século XVIII é conhecido como o Cometa Halley. Concílio de Hipona O Concílio de Hipona, também conhecido como Sínodo de Hipona Regia, foi um concílio regional africano da Igreja Católica, realizado em 393, no qual foi estabelecido o Cânon bíblico. O objetivo desse concilio foi de se dar inicio a formação da Bíblia Católica Cristã. Cânone bíblico ou cânone das Escrituras é a lista de textos (ou "livros") religiosos que uma determinada comunidade aceita como sendo inspirados por Deus e autorizativos. No outono de 393, os bispos do Norte da África foram convocados à sede do episcopado, sob a liderança do bispo local, Valério, do Primaz de Cartago, Aurélio, e do então presbítero Agostinho, que assumiria o bispado três anos depois. Visando reconquistar a unidade da Igreja – que aconteceria posteriormente graças ao carisma apologético de Agostinho – Santo Aurélio de Cartago cordialmente estendeu o convite e acolheu também aos bispos donatistas que, por estarem vinculados ao Antipapa Ursino, incorriam em cisma. O fato é que mais da metade dos bispos dessa região pertencia ao movimento donatista. O Papa Sirício, embora diligente na administração da Igreja, não participou deste sínodo regional. No entanto, as deliberações finais foram expressamente submetidas a ele, nestes termos: «Ad confirmationem huius canonis, Ecclesia trans mare consultatur» («Sobre a confirmação deste cânon, se consultará a Igreja do outro lado do mar», ou seja, Roma). Sob seu pontificado e ainda sobre a confirmação da lista dos livros inspirados, foram realizados outros dois sínodos regionais, um em 394 e outro em 397. O Papa Sirício, por sua vez, deu particular atenção à observância do cânon pelo clero e pelo laicato. Caracterizado por ser concílio que definiu o cânone bíblico: contendo 71 livros ditos inspirados (73 livros, se formos separar Lamentações e Baruc de Jeremias): o antigo testamento com: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute os quatro livros dos Reis (os dois de Samuel e os dois de Reis) dois livros de Paralipômenos (os dois de Crônicas), Jó, Salmos, os cinco salomônicos, tendo Salomão como símbolo: Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico, os doze profetas menores [Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias], Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, dois livros de Esdras e os dois livros dos Macabeus; o novo testamento com: 4 Evangelhos [Mateus, Marcos, Lucas e João], 1 livro de Atos dos Apóstolos, 13 cartas paulinas [Eclesiásticas - Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses e II Tessalonicenses. Pastorais - I Timóteo, II Timóteo e Tito], 1 carta para os Hebreus, 1 e 2 de Pedro, 1, 2 e 3 de João, 1 de Tiago, 1 de Judas e o Apocalipse de João. Assim sendo, quando se pergunta: Que versão da Bíblia Agostinho usou? A resposta é ...........NENHUMA !!! Quando Agostinho citou a Sagrada Escritura, que versão da Bíblia ele usou? Embora isso soe como uma questão perfeitamente aceitável a ser colocada, a realidade é que os cristãos da era de Agostinho nunca viram o que é chamado de um único livro que hoje seria descrito como "a Bíblia". Agostinho teria uma pilha de manuscritos que continham livros separados do que iria gerar a Bíblia. Ele pode nem sempre ter tido acesso a todos os livros que iriam gerar a Bíblia simultaneamente, nem mesmo a todas as seções dentro de cada livro. Importante notar que Agostinho sabia apenas um pouco de grego e não se referia espontaneamente à Bíblia grega. Ele usou principalmente o que é chamado de Vetus Latina, a versão "Latim Antigo" dos textos bíblicos. Este é o nome usado para denotar antigas traduções latinas do texto grego, que foram usadas no mundo ocidental antes - muito lentamente - o que seria chamado de tradução da Vulgata por São Jerônimo ter precedência. Somente muito gradualmente Agostinho começou a fazer maior uso das traduções de Jerônimo do hebraico encontradas na Vulgata. As traduções do "latim antigo" eram de qualidade variável, dependendo dos Livros em questão, e apresentavam muitas leituras errôneas que o usuário nem sempre era capaz de detectar. De fato, Agostinho, em sua retratação, admitiu que várias vezes ele havia feito interpretações incorretas com base na leitura de traduções imperfeitas ou mesmo falsas. Assim sendo, a partir do Concilio de Hipona Régia, a igreja passou a efetuar vários outros concilios para ir gerando aquilo que se conhece como BIBLIA SAGRADA CRISTÃ através de escolhas entre escritos que passavam ser julgados como inspirados e os não inspirados. A lista destes escritos é denominada Cânon das Escrituras, palavra grega que significa "medida, regra". como é dito pela igreja católica. Nem todos os livros escritos entre o povo de Deus fazem parte do cânon da sagrada escritura; muitos livros se perderam com o tempo. O cânon compreende 46 livros para o Antigo Testamento (AT) e 27 para o Novo Testamento (NT). nota: Os judeus consideravam que existiam dois cânones: o breve, escrito em hebraico (palestinense), e o longo que incluía escritos em grego (alexandrino). O AT em hebraico (Cânon Breve) é formado por 39 livros e se divide em três partes: a Torah, os Profetas e os Escritos. O Cânon Alexandrino, antigo testamento que compreendia também os livros escritos em grego, está formado por 46 livros. Após mais de 1000 anos desde o Concílio de Hipona (393) e os de Cartago (397 e 419) que "reconheceram" o cânon de 27 livros para o novo testamento, passando pela chegada do Protestantismo no séc. XVI (que reacendeu antigas reflexões acerca da inspiração de tais livros), até O Concílio de Trento em 1545, é que finalmente e dogmaticamente foi definido e sacramentado, a lista dos livros do NT para a Igreja Católica e assim, feita a atual versão da Bíblia Sagrada Cristã conhecida atualmente. A Bíblia de Gutenberg A Bíblia de Gutenberg (também conhecida como Bíblia de Mazari ou Bíblia de 42 linhas) é o incunábulo (Incunábulo é um livro impresso nos primeiros tempos da imprensa com tipos móveis) impresso da tradução em latim da Bíblia, por Johann Gutenberg, em Mogúncia (atual Mainz), Alemanha. A produção da Bíblia começou em 1450, tendo Gutenberg usado uma prensa de tipos móveis. Calcula-se que tenha terminado em 1455. Essa Bíblia é considerada o incunábulo mais importante, pois marca o início da produção em massa de livros no Ocidente. Uma cópia completa desta Bíblia possui 1282 páginas (13), com texto em duas colunas; a maioria era encadernada em dois volumes. Em março de 1455, o futuro Papa Pio II escreveu que viu páginas da Bíblia expostas em Frankfurt. Não se sabe quantas cópias foram produzidas, com a carta de 1455 citando fontes que mencionam 158 ou 180 cópias, 45 em pergaminho e 135 em papel. Elas foram impressas, rubricadas e iluminadas à mão em um período de três anos. Por ter convertido o seu filho Agostinho ao cristianismo, MONICA se tornou SANTA MONICA. Por ter prestado serviços a Igreja Católica através dos trabalhos feitos no concílio de Hipona Régia, Agostinho se tornou tornou SANTO AGOSTINHO. Quantos Santos e Beatos Existem na Igreja Católica? Mais de 20 mil pessoas, entre homens e mulheres, já foram canonizados pela Igreja ao longo destes mais de dois mil anos de história A Primeira Santa da Igreja Católica foi Santa - Flávia Domitila foi uma romana da dinastia flaviana, neta do imperador Vespasiano (r. 69–79) e de Domitila, a Maior, e sobrinha dos imperadores Tito (r. 79–81) e Domiciano (r. 81–96). BONUS: TRAILER DO FILME ÁGORA --- HIPATIA DE ALEXANDRIA RETRATANDO A PERVERSIDADE, O FANATISMO E O INTERESSE POLITICO <> RELIGIOSO QUE COMECOU A SE INSTAURAR, A PARTIR DE 350 AEC (Não somente, mas principalmente) MUDANDO O CURSO DA NOSSA HISTORIA POR CAUSA DA MULHER. O filme relata a história de Hipátia, filósofa e professora em Alexandria, no Egito entre os anos 355 e 415 d.C. Única personagem feminina do filme, Hipátia ensina filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. Resultante de uma cultura iniciada com Alexandre Magno, passando depois pela dominação romana. Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo do povo hebreu e a cultura greco-romana. Hipátia tem entre seus alunos Orestes, que a ama, sem ser correspondido, e Sinésio, adepto do cristianismo. Seu escravo Davus também a ama secretamente. Hipátia não deseja casarse, dedicando-se unicamente ao estudo, à filosofia, matemática, astronomia, e sua principal preocupação, no filme, é com o movimento da terra em torno do sol. Mediante os vários enfrentamentos entre cristãos, judeus e a cultura greco-romana, os cristãos se apoderam, aos poucos, da situação, e enquanto Orestes se torna prefeito e se mantém fiel ao seu amor, o ex-escravo, Davus, após ser libertado por Hipátia, se debate entre a fé cristã e a paixão. O líder cristão Cirilo domina a cidade e encontra na ligação entre Orestes e Hipátia o ponto de fragilidade do poder romano, iniciando uma campanha de enfraquecimento da influência de Hipátia sobre o prefeito, usando as escrituras sagradas para acusá-la de ateísmo e bruxaria. Além de narrar a vida e a morte de Hipátia, o filme apresenta o crescente conflito entre cristãos e pagãos. De um lado o cristianismo vai ganhando força; do outro a religião politeísta Greco-romana, com adoração de estátuas que representavam seus numerosos deuses e que era prática condenada pelo cristianismo. O filme também revela como a mulher era vista nessa época. No cristianismo, o papel da mulher era de subordinação, mas Hipátia não permitia ser subordinada a ninguém. Por ter recusado a se converter ao cristianismo, foi acusada de ateísmo e bruxaria, julgada de forma vil e condenada á morte por apedrejamento. MAIORES DETALHES SOBRE HIPATIA DE ALEXANDRIA, ESTARÁ EM MEU PROXIMO ARTIGO... NÃO PERCAM !! E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Deixe seu like. Instagram e Facebook ArqueoHistória >>> Instagram Facebook. Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: Hipona – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Assembleianos Puritanos ®: BIOGRAFIA: Agostinho, Bispo de Hipona (2ª biografia) Hipona, a cidade marítima de Santo Agostinho | Blog Cátedra de História e Patrimônio Naval (blogcatedranaval.com) Santo Agostinho - Toda Matéria (todamateria.com.br) Agostinho de Hipona – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Berberes – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) De breaco a beato: há 1665 anos, nascia Santo Agostinho de Hipona (uol.com.br) Donatismo – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Concílio de Hipona – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Bíblia de Gutenberg – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) https://noticias.cancaonova.com/brasil/igreja-canonizou-mais-de-20-mil-santos-celebrados-hoje/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Fl%C3%A1via_Domitila «Bona, Argélia». 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  • DENISOVANOS e NEANDERTAIS: O ELO CONTINUA PERDIDO?

    Os neandertais, Homo Neanderthalensis, vagaram pela primeira vez pela Europa e Ásia ocidental há quase 430.000 anos, até seu desaparecimento a cerca de 40.000 anos atrás, apenas 5.000 anos após a chegada do homo sapiens, primeiros humanos modernos. Mas houve ainda mais humanos que foram descobertas apenas em 2012. Anatomicamente, os neandertais se adaptavam bem ao clima frio e seco do norte da Europa. Baixos e atarracados - machos em média com 139cm e fêmeas chegando a 129cm de altura, tinham cavidades torácicas largas e, narizes largos com grandes câmaras nasais. Dessa forma, o ar seco ou frio era umedecido e aquecido ao entrar no corpo, permitindo uma habitação e adaptação mais fácil em regiões de climas mais frios. Não está claro se os neandertais foram os primeiros a criar fogo, mas quase certamente o usaram. Ossos calcinados de queima excessiva durante o cozimento, lareiras a carvão, pedras manchadas de fogo e ossos de animais carbonizados e massacrados, todos foram descobertos em muitos locais de habitação neandertal conhecidos na Europa e na Ásia Ocidental. Mulher Neandertal em exposição no Natural History Museum Esse ramo da evolução homo evoluiu para ter cérebros muito maiores do que os humanos arcaicos anteriores e, em alguns casos, tinham cérebros semelhantes ou até maiores do que os humanos modernos. Essa grande capacidade craniana lhes proporcionava maior intelecto, e por consequência permitia fabricar ferramentas e objetos decorativos, fazer roupas, armas e abrigos – e como Darwin sempre disse: o mais adaptável sempre perdura. Os cérebros dos neandertais também tinham formato mais oblongo do que os cérebros redondos dos humanos modernos, com uma porção muito maior da atividade cerebral dedicada à acuidade visual e à função ocular. Anatomicamente, as órbitas oculares eram mais arredondadas do que as órbitas quadradas dos humanos modernos, e um estudo da Universidade de Oxford sobre crânios de Neandertal afirma que “os olhos grandes foram os culpados por sua extinção, pois seus cérebros foram adaptados para permitir que eles enxergassem melhor e mantivessem corpos maiores, à custa de processamento e inteligência de alto nível que não chegou a evoluir tanto quando deveria”. A evolução do cérebro neandertal abriu o caminho para a adaptação de uma cultura neandertal distinta, já que estudos de cemitérios neandertais sugerem que eles foram os primeiros a enterrar seus mortos e adornar os túmulos com flores. Com os enterros deliberados e ritualísticos, não é razoável supor que eles possam ter acreditado em uma vida após a morte, divindade ou espírito, no qual confiar seus entes queridos após a morte. Caverna de El Castillo, na Espanha. A arte rupestre é considerada uma das mais antigas do mundo, com aproximados 40.800 anos A arte, em qualquer forma, também é indicativa de uma espécie cultural. Os neandertais criaram objetos artísticos, como joias de osso, mas também podem ter sido os primeiros artistas das cavernas. As pinturas nas paredes da caverna El Castillo, na Espanha, são adornadas com estênceis de impressão manual feitos com ocre vermelho e sinais abstratos. Estudos na caverna sugerem que a arte rupestre tem 40.800 anos - tornando-a uma das artes rupestres mais antiga conhecidas e possivelmente o trabalho dos neandertais. Outras descobertas, como a Caverna de Gorham em Gibraltar, contém uma rocha esculpida que antecede a chegada dos humanos modernos, sugerindo que o Homo sapiens e os Neandertais criaram arte rupestre. A CAVERNA DE DENISOVA Em 2008, uma espécie até então desconhecida de humanos primitivos foi descoberta na Caverna Denisova, na Sibéria. Compartilhando um ancestral comum de humanos anatomicamente modernos e neandertais, o recém-descoberto Homo denisovanos (76-52kya) está mais intimamente relacionado aos neandertais que aos sapiens. Estudos genéticos em humanos modernos sugerem que os atuais habitantes da Europa e Ásia têm cerca de 1 a 2% de DNA neandertal, e como fato: os africanos subsaarianos não têm nenhum, indicando assim que o cruzamento ocorreu durante os curtos 5.000 anos de coexistência e em uma região específica do planeta. Dente encontrado na Caverna Denisova contendo restos de DNA mitocondrial. Além disso, o DNA denisovano é encontrado em grupos humanos modernos, como: aborígines australianos, fijianos, indonésios orientais, polinésios e outros grupos oceânicos, sugerindo que os denisovanos habitaram essas áreas e também se cruzaram com os humanos modernos emergentes. Fragmento do osso humanóide híbrido encontrado em 2012 na caverna Denisova. Há também evidências de um híbrido de primeira geração de acasalamento Neandertal e Denisovano. Escavações na Caverna Denisova encontraram um osso longo de uma jovem, no qual estudos do DNA mitocondrial, DNA da mãe, indicam que a falecida tinha mãe neandertal e pai denisovano. Atual entrada da Caverna Denisova. Foto de Igor Boshin Escavações e vista interna do ponto de encontro dos ossos de origem do Homem de Denenisova. Existem muitas teorias sobre o que causou o desaparecimento dos neandertais e denisovanos. Conflitos com humanos modernos certamente são uma possibilidade, já que os neandertais não conseguiram acompanhar as armas e estratégias de caça mais sofisticadas dos humanos mais adaptáveis às adversidades do mundo, evoluindo mais rápido que os demais à sua volta. Outra hipótese sugere que os humanos modernos introduziram doenças estranhas contra as quais os humanos anteriores não tinham proteção, no entanto, uma outra hipótese mais plausível se concentra no cruzamento entre as diferentes espécies de humanos, com a população humana moderna muito maior cruzando as populações menores até a extinção através de unanimidade genética de miscigenação. E uma coisa é fato: não existe história de “elo perdido” na evolução humana: apenas pouco conhecimentos dos tantos ramos da evolução humana e poucas descobertas até os dias de hoje. FONTES Slon, V. et al. Nature https://doi.org/10.1038/s41586-018-0455-x (2018) The genome of the offspring of a Neanderthal mother and a Denisovan father Krause, J. et al. Nature 464, 894–897 (2010) The complete mitochondrial DNA genome of an unknown hominin from southern Siberia Fu, Q. et al. Nature 524, 216–219 (2015) An early modern human from Romania with a recent Neanderthal ancestor Brown, S. et al. Sci. Rep. 6, 23559 (2016) Identification of a new hominin bone from Denisova Cave, Siberia using collagen fingerprinting and mitochondrial DNA analysis

  • Holocausto Circassiano: O genocídio esquecido do século XIX

    Por que um genocídio esquecido no Cáucaso é importante nos dias de hoje ? É o que iremos entender nesse artigo, mas...... O que é GENOCÍDIO? Definições jurídicas e acadêmicas. O termo foi criado pelo jurista judeu polonês Raphael Lemkin, em 1943, juntando as palavras génos (do grego γένος = família, tribo ou raça) e -caedere (do latim = matar). Raphael Lemkin, em 1943 explicando o termo "GENOCIDIO". Foi criado como um conceito específico para designar crimes que têm como objetivo a eliminação da existência física de grupos nacionais, étnicos, raciais e/ou religiosos ou, Genocídio, é a destruição sistemática de todo ou parte significativa de um grupo racial, étnico, religioso ou cultural de forma deliberada de pessoas motivada por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas e, por vezes, sociopolíticas. O objetivo final do genocídio é o extermínio de todos os indivíduos integrantes de um mesmo grupo humano específico. Existe controvérsia entre vários estudiosos, quanto ao fato de se designar ou não como genocídio, os assassinatos em massa por motivos políticos, porém, uma coisa é certa; o genocídio é um tipo de limpeza étnica. Significados jurídico e coloquial Há uma discrepância entre o significados legal e coloquial da palavra, o que dá origem a mal-entendidos e debates amargos sobre o assunto. Do ponto de vista legal, o genocídio, seja cometido em tempo de paz ou de guerra, é um crime sob o direito internacional. Tanto a Convenção para a prevenção e a repressão do crime de genocídio, de 1948, quanto o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional (TPI), em 1998, contêm uma definição idêntica: Artigo II - Na presente Convenção, entende-se por "genocídio" qualquer dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, tal como: A) Assassinato de membros do grupo. B) Dano grave à integridade física ou mental de membros do grupo; C) Submissão intencional do grupo a condições de existência que lhe ocasionem a destruição física total ou parcial; D) Medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; E) Transferência forçada de menores do grupo para outro grupo. Na linguagem comum, no entanto, o termo tem um significado diferente: Destruição metódica de um grupo étnico pela exterminação dos seus indivíduos. Muitas pessoas usam este segundo significado para qualificar como genocídio determinadas violências que, na realidade, não se encaixam na definição do crime de genocídio, conforme definido internacionalmente. O primeiro esboço da Convenção incluiu assassinatos de grupos políticos e sociais, mas estas disposições foram removidas num compromisso político e diplomático na sequência de reclamações de alguns países, incluindo a União Soviética, membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A URSS argumentou que a definição da Convenção deveria seguir a etimologia do termo e temia uma maior investigação internacional do Grande Expurgo. Outras nações temiam que a inclusão de grupos políticos e sociais na definição de genocídio pudesse provocar intervenções internacionais em suas políticas internas. Definição de genocídio no Brasil No Brasil a Lei Nº 2 889, de 1 de outubro de 1956, define o crime de genocídio e determina suas penas. É considerado crime de genocídio: Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: A) Matar membros do grupo; B) Causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; C) Submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial; D) Adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; E) Efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo; O Código Penal brasileiro em seu Art. 7º sujeita à lei brasileira o crime de genocídio se cometido no estrangeiro, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil e o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido (ou condenado) no estrangeiro. Entendido o exposto acima, vamos ao objeto desse artigo. A CIRCASSIA: Circassia ( / s ɜːr ˈ k æ ʃ ə / ; também conhecido como cherkessia em algumas fontes ; adyghe : аыыэ хэ а аыыi , romanizado : advioun ; _ _ _ _ ) foi um país e uma região histórica no norte do Cáucaso ao longo da costa nordeste do Mar Negro. (Vide mapa acima) Foi conquistado e ocupado pela Rússia durante a Guerra Russo-Circasiana (1763–1864) sendo que, 90% do povo circassiano foram exilados da região ou massacrados no genocídio circassiano. Os circassianos também dominaram o norte do rio Kuban no início da Idade Média e nos tempos antigos, mas com os ataques do Império Mongol , da Horda Dourada e do Canato da Crimeia , eles foram retirados ao sul do Kuban, da Península de Taman para a Ossétia do Norte e durante a Era Medieval , os senhores circassianos subjugaram e vassalaram os vizinhos Karachay - Balkars e Ossetians. Já o termo Circássia, também é usado como o nome coletivo dos estados circassianos estabelecidos no território circassiano. Breve história da Circássia Legal e internacionalmente, o Tratado de Belgrado de 1739 entre a Áustria e a Turquia previa o reconhecimento da independência da Circássia Oriental ( Kabarda ). Tanto o Império Russo quanto o Império Otomano o reconheceram, e as grandes potências da época testemunharam o tratado. O Congresso de Viena realizado no período entre 1814-1815 também estipulou o reconhecimento da independência da Circássia e em 1837, os líderes circassianos enviaram cartas aos países europeus solicitando o reconhecimento legal sendo que depois disso, o Reino Unido reconheceu Circássia. No entanto, durante a Guerra Russo-Circassiana, o Império Russo não reconheceu a Circássia como uma região independente e a tratou como terra russa sob ocupação rebelde, apesar de não ter controle ou propriedade sobre a região. Os generais russos se referiam aos circassianos não por seu nome étnico, mas como "montanhistas", "bandidos" e "escória da montanha". Embora a Circássia seja a pátria original do povo circassiano, hoje a maioria dos circassianos vive no exílio. Embora pouco conhecidos hoje, os circassianos já foram um povo famoso, celebrado por seu élan militar, aparência física exuberante e resistência à expansão russa. No século XIX, a “circassofilia” se espalhou da Europa para a América do Norte, onde numerosos escritores expressaram profunda admiração pelos "montanhistas" do leste do Mar Negro. Proeminentes antropólogos físicos consideraram os corpos circassianos o apogeu da forma humana. Promotores e vendedores ambulantes capitalizaram a mania, comercializando uma série de acessórios de beleza circassianos e até mesmo criando falsas “belezas circassianas” para exibir em espetáculos de circo. Embora sua terra natal montanhosa seja conhecida por sua topografia acidentada e isolada, os circassianos há muito estão bem integrados ao mundo mais amplo. A Circassia fica em frente a um grande trecho do Mar Negro, uma área que atrai mercadores e colonos do mundo grego e além desde a antiguidade até o final da Idade Média e no início dos tempos modernos, os comerciantes genoveses frequentavam a costa circassiana. Politicamente, a região é geralmente descrita como atrasada, já que os circassianos nunca criaram um estado poderoso próprio. No entanto, eles não eram estranhos à política nos níveis mais altos, tendo governado em grande parte o Império Mameluco do Egito de 1382-1517. Mesmo após sua derrota para os otomanos, os circassianos continuaram a formar grande parte da elite política do Egito e aparentemente, seu poder chegou ao fim em 1811, quando Mohammad Ali massacrou a maioria dos mamelucos. E ainda, na História circassiana , os circassianos mais tarde recuperaram importantes posições militares e administrativas egípcias. Vestígios de sua influência no norte da África permanecem até hoje. Como o poder de Kadafi estava vacilando em 2011, seus agentes procuraram os remanescentes da comunidade circassiana de Misrata, na esperança de reunir seus membros ao regime líbio. A admiração pela beleza e bravura circassiana no Ocidente foi generalizada durante o Iluminismo. Voltaire tinha como certo que os circassianos eram um povo bonito, uma característica que ele relacionou à prática de inoculação de bebês com o vírus da varíola. A BELEZA CIRCASSIANA NO SÉCULO XIX E A APROPRIAÇÃO CULTURAL DE PT BARNUM ....Os circassianos são pobres, e as suas filhas são lindas, e, na verdade, é nelas que reside principalmente o comércio. Elas fornecem com suas belezas os serralhos do sultão turco, da Persian Sophy, e de todos aqueles que são ricos o suficiente para comprar e manter tal mercadoria preciosa. Essas moças são muito honrosas e virtuosamente instruídas em como agradar e acariciar os homens, são ensinadas a fazer uma dança muito educada e feminina, e aumentam, com artifícios voluptuosos, os prazeres de seus senhores desdenhosos para quem elas são enviadas. Essas criaturas infelizes repetem as lições para suas mães, da mesma maneira como as pequenas meninas entre nós repetem seu catecismo sem entenderem uma palavra do que dizem2. (VOLTAIRE, 1697-1778, parágrafo 4)..... No século XIX, Johann Friedrich Blumenbach, o fundador da antropologia física, inventou o conceito de “raça caucasiana” em parte em referência aos circassianos. Ele avaliava que os povos do Cáucaso, particularmente os circassianos e os georgianos, representavam algo próximo da forma humana ideal, tendo “degenerado” menos que outros desde a criação. Os primeiros antropólogos procuraram, assim, elevar os europeus, ligando-os aos circassianos em uma categoria racial comum. A “ circassofilia ” no mundo de língua inglesa costuma datar da Guerra da Criméia (1853-1856), quando os britânicos se aliaram aos circassianos contra o Império Russo, mas relatos de viagens mostram que a atitude tem raízes mais profundas. A admiração pelo povo adyghe decorreu em parte do respeito geral concedido aos povos montanheses independentes que resistiram aos impérios orientais, que por sua vez estava ligado ao desdém que a maioria dos ocidentais sentia pela civilização asiática – e russa. Ainda assim, a estima concedida aos circassianos em muitas dessas obras foi muito além da norma. Considere, por exemplo, Edmund Spencer em Travels in Circassia, Krim Tatary, Etc. , (1836): Foi também a primeira vez que viu os circassianos se misturando amigavelmente com os soldados russos; e certamente um contraste mais marcante do que as duas pessoas apresentadas, tanto na aparência física quanto na expressão moral, é impossível conceber. Aquele, com formas simétricas e feições clássicas, parecia respirar estátuas da Grécia imortal; o outro, de aparência grosseira, baixo e membros grossos, parecia uma raça inferior de seres. Mas se a linha de demarcação física era ampla, a moral era ainda mais ampla. O alpinista, livre como a águia voando, andava e se movia, como se orgulhosamente consciente de sua independência, com uma destemida autoconfiança não isenta de escárnio, que ninguém, a não ser um filho da liberdade, poderia exibir em seu porte. Tanto a reputação circassiana de beleza quanto sua herança de deter o poder político fora de sua terra natal, decorrem em parte, de seu curioso nicho na economia política do Oriente Médio. Os circassianos, para sermos francos, especializaram-se em fornecer escravos de elite para os poderosos estados do mundo mediterrâneo oriental. Os mamelucos , que significam literalmente “escravos”, eram homens recrutados em servidão para servir como combatentes de elite, mas que mais tarde viraram a mesa e assumiram o controle do próprio estado, após o que continuaram a reabastecer suas próprias fileiras importando escravos de sua terra natal. Os circassianos não eram de forma alguma os únicos soldados mamelucos do mundo muçulmano, mas eram o grupo dominante no Egito por um longo período de tempo. As mulheres circassianas eram igualmente conhecidas como escravas de alto status, particularmente no Império Otomano. Muitas, é claro, não alcançaram uma posição elevada, e a opressão que poderiam experimentar era provavelmente extrema, mas muitas mulheres circassianas acabaram no harém imperial, como as Hatuns (Esposas do Sultão), em um centro de influência política real. Aqueles cujos filhos se tornaram sultões podiam exercer um poder substancial em seus próprios direitos. Além disso, as esposas circassianas de elite não se limitavam à família imperial. Como escreve Reina Lewis : “Em 1870, Sir Henry Elliot, o embaixador britânico em Istambul, percebeu como poderia ser indelicado levantar o assunto da escravidão circassiana, já que a esposa circassiana do grão-vizir havia sido escrava e as esposas também. de muitos outros oficiais importantes” . As razões para a intensa participação de Circássia no comércio de escravos são debatidas, visto que alguns escritores enfatizam a pobreza, aglomeração e profundas divisões de classe da região, que obrigaram os pobres a vender seus filhos. Outros respondem que o comércio era amplamente voluntário: “parece que as empregadas raramente eram forçadas à escravidão; em vez disso, elas mesmas optavam por entrar nesse estado por boa vontade. Eles foram atraídos por histórias de opulência e luxo nos haréns, nos quais sua beleza lendária era valorizada.” O historiador Charles King, em sua envolvente história do Mar Negro, relata um episódio em que seis escravas em um navio de transporte interceptado por um navio de guerra russo recusaram a libertação, preferindo arriscar-se nos mercados de escravos de Istambul. Quaisquer que sejam seus fatores propulsores, o comércio de escravos influenciou profundamente as relações sociais na Circássia. De acordo com o escritor britânico John Longwort (em A Year Among the Circassians [1840]), os plebeus eram frequentemente avaliados descaradamente em termos de avaliação de mercado e quando você ouve falar que eles são tão altos, ou valem tantas bolsas, você naturalmente conclui que eles são gado sendo falado. Um circassiano tem noções originais sobre o assunto: tanto os homens quanto as mulheres têm seu valor como propriedade. A bela mulher circassiana estereotipada tinha cabelos escuros luxuriantes justapostos contra a pele lisa e pálida. Como resultado, os produtos para cabelo e pele da marca circassiana passaram a ser amplamente comercializados na Europa e nos Estados Unidos. Tais conotações chegaram até à gastronomia; o prato chamado “Frango Circassiano” leva esse nome não por seu local de origem, mas por sua textura lisa e cor clara. No final dos anos 1800, as “belezas circassianas” haviam se tornado atrações de circo nos Estados Unidos; tais “performers” não eram do Cáucaso, mas sim mulheres locais de tez clara que tingiam o cabelo e depois o provocavam e penteavam em elaborados halos. Charles King novamente fornece uma visão (em The Ghosts of Freedom , pp. 138-140), observando que o próprio Phineas T. Barnum assumiu o crédito por “introduzir os circassianos na cultura popular americana”. O apelo, mostra King, era principalmente erótico, já que as chamadas Belezas Circassianas contavam para a multidão os “aguilhões e exames” que haviam experimentado “no bazar de escravos”. A origem de seu penteado é menos clara; King sugere que pode ter sido derivado dos “chapéus altos e felpudos” usados ​​pelos homens do Cáucaso, ou de uma tentativa de “africanizar” – e assim sexualizar ainda mais – esse povo caucasiano por excelência. O que está claro é que os comerciantes ocidentais de temas circassianos muitas vezes não tinham ideia do que estavam vendendo, como fica evidente no pôster francês “Koringa” reproduzido aqui. LÍNGUA CIRCASSIANA - Uma esquecida língua europeia RELIGIÕES NA CIRCÁSSIA: Judaísmo Algumas tribos circassianas escolheram o judaísmo no passado como resultado do assentamento de aproximadamente 20 mil judeus na Circássia do século VIII, juntamente com as relações estabelecidas com o turco-judaico Khazar Khaganate. Embora o judaísmo na Circássia eventualmente tenha se assimilado ao cristianismo e ao islamismo, a influência judaica na cultura e na língua circassiana permaneceu. Cristianismo É tradição da igreja primitiva que o cristianismo fez sua primeira aparição na Circássia no século I AEC por meio das viagens e pregações do apóstolo André , mas a história registrada sugere que, como resultado da influência grega e bizantina , o cristianismo espalhou-se pela Circássia entre os séculos III e V AEC. A difusão da fé católica só foi possível com a conquista latina de Constantinoplapelos cruzados e o estabelecimento do estado latino. A religião católica foi adotada pelos circassianos seguindo Farzakht, figura ilustre que muito contribuiu para a difusão desta religião em seu país. O papa enviou-lhe uma carta em 1333 agradecendo-lhe o esforço, como sinal de gratidão. Para os circassianos, a personalidade mais importante e atraente em todos os ensinamentos cristãos era a personalidade de São Jorge . Eles viram nele a personificação de todas as virtudes respeitadas no Cáucaso. Seu nome em circassiano é "Aushe-Gerge". O cristianismo na Circássia experimentou seu colapso final no século 18, quando todos os circassianos aceitaram o Islã. Os ex-padres ingressaram na nobreza circassiana e receberam o nome de "shogene" (professor) e com o tempo esse nome se tornou um sobrenome. Islã Uma pequena comunidade muçulmana na Circássia sempre existiu desde a Idade Média, mas a disseminação do Islã ocorreu depois de 1717. Pregadores sufi itinerantes e a crescente ameaça de uma invasão da Rússia ajudaram a acelerar a disseminação do Islã na Circássia. Estudiosos circassianos educados no Império Otomano impulsionaram a propagação do Islã Além de suas características físicas inatas, a postura e o porte também desempenhavam um papel importante na reputação de beleza dos circassianos. Como confirmam vários vídeos na internet, os dançarinos circassianos normalmente mantêm seus corpos de maneira surpreendentemente ereta. John Longwort notou a mesma característica na vida cotidiana enquanto peregrinava pela região no início do século XIX. Como ele escreveu sobre uma mulher local: “Ela era alta e bem, embora ligeiramente, bem torneada e se mantinha, como todos os circassianos, homens ou mulheres, muito ereta”. Como os circassianos procuram manter sua identidade e levar sua situação ao conhecimento global, os modos tradicionais de dança e vestimenta circassiana são cada vez mais cultivados e divulgados na internet. Os artistas gráficos também estão desenvolvendo temas e motivos circassianos visualmente cativantes. Em 2014, a estância russa de Sochi sediou os Jogos Olímpicos de Inverno, mas os 700,000-900,000 Circassianos vivendo na Rússia ou na diáspora estiveram tentando o seu melhor para evitar que o país sediassem seus jogos Olímpicos em paz. O povo Circassiano demanda que o governo russo reconheça o Muhajir (Genocídio Circassiano) do século 19 , onde cerca de 90 por cento da população local Circassiana foi morta ou deslocada pelo Czar Alexandre II. CITAÇÕES SOBRE O PROTESTO AO EVENTO: O problema é ainda mais grave considerando que Sochi é o local exato onde ocorreu um dos piores episódios do genocídio, como Dina Tlisova, do blog Mass Communications WHS [Comunicação de Massa WHS], relata: Outros, como os circassianos se opuseram à Olimpíada porque o lugar principal, chamado Vale Vermelho foi onde o genocídio circassiano teve lugar em 1864 e 97% dos circassianos foram mortos e deportados para o Império Otomano, Síria, Jordânia e outros países. Os túmulos de soldados mortos que foram enterrados perto do lugar são demolidos e escavados para serem substituídos por parques de diversões. Oficialmente, a Rússia não reconhece o genocídio circassiano, assim, a questão não recebe atenção suficiente. Citação original: Others, like the Circassians oppose the Olympics because the main place, called the Red Valley was where the CIrcassian Genocide took place in 1864 and 97% of the Circassians were killed and deported to the Ottoman Empire, Syria, Jordan and other countries. The graves of dead soldiers that were buried near the place are bulldozed and dug out to be replaced by amusement parks. Officially, Russia did not recognize the Circassian Genocide, thus the issue does not receive enough attention. Martim W Lewis, do blog GeoCurrents.info, acrescenta mais informações sobre o genocídio: Tendo lutado contra os circassianos por cerca de um século, os líderes da Rússia decidiram expulsar a população. Entre 80 e 90 por cento do circassianos foram forçados a sair; a maioria encontrou refúgio no Império Otomano, mas quase a metade morreu no processo. Hoje a população Circassian na Rússia se recuperou e hoje somam cerca de 900.000. Na Turquia, entre dois e quatro milhões de pessoas são de ascendência circassiana, e a comunidade circassiana na Jordânia soma cerca de 150.000. É duvidoso, porém, se a cultura circassiana pode sobreviver fora de sua terra natal no Cáucaso. Citação original: Having fought the Circassians for roughly a century, Russia’s leaders decided to expel the population. Some 80 to 90 percent of the Circassians were forced out; most found refuge in the Ottoman Empire, but nearly half died in the process. Today the Circassian population in Russia has recovered to number some 900,000. In Turkey, roughly two to four million people are of Circassian descent, and the Circassian community in Jordan numbers about 150,000. It is doubtful, however, whether Circassian culture can survive outside of the Caucasian homeland A Circássia histórica hoje está dividida entre seis regiões da Federação Russa, mas quase 90% da população circassiana agora vive fora da Rússia, de acordo com o website da organização Circassian World [Mundo Circassiano], que também nos dá mais algumas informações sobre o povo circassiano e sua diáspora, a segunda maior da Rússia. SAIBA MAIS EM >>>>> http://www.circassianworld.com/new/general/1382-circassian-dimension-2014sochi-szhemukh.html BONUS : O EXILIO CIRCASSIANO - IMAGENS REAIS AINDA SOBRE SOCHI E OS PROTESTOS Ironicamente, os primeiros Jogos de Inverno da Rússia FORAM realizados em uma das áreas mais quentes do país: a Grande Cordilheira do Cáucaso, que flanqueia Sochi, a leste, protege a região das massas de ar frio do norte enquanto retém a umidade do Mar Negro, dando à cidade um clima úmido e subtropical. Apesar de compartilhar uma latitude com Toronto, o inverno em Sochi é curto, ameno e úmido, com temperaturas médias em torno de 42F em janeiro, raramente caindo abaixo de zero, mesmo à noite. O verão se estende do início de maio a meados de outubro, com relativamente poucos dias nublados. As temperaturas médias de julho e agosto variam de 77-84F. As águas minerais da região de Sochi têm sido reverenciadas por suas propriedades de saúde, enquanto as altas montanhas circundantes oferecem alguns dos melhores esquis da Rússia, apesar do relativo calor da própria cidade. Hoje, quase metade dos residentes de Sochi estão empregados nas indústrias de saúde, lazer, esporte ou hospitalidade. CURIOSIDADE : História Inicial de Sochi Escavações arqueológicas na área de Sochi revelaram restos de neandertais e ferramentas da idade da pedra que datam de 70.000 AEC. A costa oriental do Mar Negro era conhecida pelos gregos antigos como Cólquida, onde Jasão e os Argonautas navegaram em sua busca pelo mítico Tosão de Ouro. Comerciantes gregos visitaram a área já no século VI AEC, trocando bens de luxo por escravos. Historiadores gregos e romanos notaram que a região era controlada por um agrupamento frouxo de várias tribos chamadas Heniochi, que significa "cocheiros". Em A Geografia, escrito em 100 EC, o geógrafo e filósofo grego Estrabão descreve uma tribo de temíveis invasores do mar chamados Zygii. Os historiadores de hoje sabem que os Zygii resistiram à pressão externa dos sármatas, khazares e alanos, e eram apenas nominalmente subservientes aos romanos, mantendo relativa independência até uma invasão devastadora pelos hunos em 371 EC. Foi também por volta de 400 EC que os missionários cristãos chegaram pela primeira vez da Grécia bizantina. A atividade missionária foi especialmente fervorosa sob o imperador bizantino Justiniano em meados do século VI. Os esforços bizantinos foram amplamente bem-sucedidos, pelo menos entre a classe dominante zygiiana, como pode ser atestado hoje pelas ruínas de uma catedral ortodoxa oriental do século 11 no subúrbio de Loo, em Sochi. Fortificações militares bizantinas também estão espalhadas por toda a região, indicando um alto grau de influência militar bizantina também. Durante o século 13, fontes armênias, árabes, persas e turcas começaram a usar o nome "circassiano" para se referir aos nativos do noroeste do Cáucaso, e o termo "Ubykh" para se referir especificamente aos habitantes da região de Sochi. Os termos "circassiano" e "Adyghe" - ambos citados pelo explorador Giorgio Interiano em seu diário de viagem de 1502 La vita: & sito de Zichi, chiamiti ciarcassi - ainda estão em uso hoje, embora seu uso tenha variado amplamente ao longo dos séculos seguintes. A mudança de terminologia foi indicativa da mudança de influência do mundo greco-romano-bizantino para novas potências regionais durante a Alta Idade Média. Na segunda metade do século 13, a costa do Mar Negro, conhecida como fonte de escravos desde os antigos gregos, tornou-se um centro do comércio internacional de escravos sob a direção dos genoveses, que estabeleceram várias colônias na região. Os circassianos lideravam excursões por uma ampla área geográfica para manter esse comércio e vendiam turcos, georgianos, eslavos, bálticos e outros povos como parte de seu comércio. O comércio de escravos permaneceu um eixo da atividade econômica da região até o século 19. Os mongóis lideraram invasões devastadoras da área no século 13, embora o Cáucaso permanecesse relativamente independente na época. No século 15, o noroeste do Cáucaso ficou sob influência otomana através de seu estado vizinho cliente dos tártaros da Crimeia. A capital regional genovesa Caffa foi sitiada por uma força conjunta otomano-crimeana em 1453, no mesmo ano em que Constantinopla caiu para os turcos e, no início do século 16, muitos chefes circassianos estavam nominalmente sob o domínio da Crimeia. Na primeira metade do século 17, a maioria da Circássia havia se convertido ao Islã. Os otomanos desistiram formalmente de todos os direitos sobre a costa oriental do Mar Negro no Tratado de Adrianópolis de 1829, abrindo o caminho para a expansão russa na região de Sochi. As forças russas encontraram forte resistência dos Ubykh e de outros povos circassianos, que receberam munições e outros apoios dos britânicos. Em 21 de abril de 1838, a primeira pedra do Forte Alexandria, a base militar que daria origem à moderna cidade de Sochi, foi colocada na foz do rio Sochi. No ano seguinte, foi renomeado Navaginsky - em homenagem a um distinto regimento russo - para evitar confusão com um forte de nome idêntico nas proximidades. Soldados estacionados em Navaginsky lutaram contra ataques Ubykh periódicos até a Guerra da Crimeia em 1854, quando todas as fortificações ao longo da costa leste foram estrategicamente evacuadas para o norte. Embora a guerra terminasse dois anos depois, as forças russas não recuperaram o controle da região de Sochi até 1864. Os Ubykh estavam entre as últimas pessoas a resistir ao domínio russo no norte do Cáucaso, e a vitória só foi alcançada após a derrota de 1859 do líder islâmico Imam Shamil na frente oriental. O exército russo foi então capaz de lançar uma ofensiva completa contra a resistência circassiana. Em 18 de março de 1864, uma força de cerca de 5.000 guerreiros circassianos foi derrotada no rio Godlik, nos arredores da moderna Sochi. O Forte Navaginsky foi tomado sem mais resistência no dia seguinte, e o assentamento foi renomeado - pela terceira vez - para Dakhovsky, em homenagem à aldeia natal do destacamento cossaco que entrou pela primeira vez no forte. Os combates terminaram oficialmente em 21 de maio de 1864, quando um desfile de vitória foi realizado na aldeia vizinha de Kbaada sob a supervisão do Grão-Príncipe Mikhail Nikolaevich. Depois de mais de trinta anos de combates na região de Sochi e mais de cem anos de conflito na região maior, a conquista russa do norte do Cáucaso finalmente chegou ao fim. A área de Sochi sob o domínio russo No final da guerra, no que é, sem dúvida, um dos capítulos mais sombrios da história da região, o governo russo iniciou uma campanha deliberada para esvaziar seus territórios recém-adquiridos de seus habitantes nativos. A discussão sobre a questão tornou-se politizada, e uma guerra de palavras continua sobre a natureza exata da campanha. Para alguns, foi nada menos do que genocídio, ou, no mínimo, limpeza étnica, enquanto outras fontes preferem os termos "exílio", "deportação" ou mesmo "migração". Numerosas testemunhas oculares descreveram aldeões circassianos sendo expulsos de suas casas com pouco ou nenhum aviso, muitas vezes queimando ou enterrando sua propriedade em vez de entregá-la aos russos. Outras fontes documentam a queima de aldeias inteiras e o massacre por atacado de suas populações. O Império Otomano forneceu transporte para aqueles que escolheram buscar refúgio com os otomanos. No entanto, a superlotação, a doença e a fome nos navios tiraram a vida de milhares de circassianos durante a jornada pelo Mar Negro. Aqueles que sobreviveram à viagem encontraram os otomanos em declínio mal equipados para lidar com o súbito afluxo de refugiados, e muitas vezes viviam em pobreza abjeta. As estimativas do número de vítimas variam consideravelmente; enquanto alguns chegam a vários milhões, a maioria dos historiadores concorda que cerca de 500.000-600.000 circassianos foram forçados a deixar sua terra natal na segunda metade do século 19. As consequências foram especialmente terríveis para os Ubykh, que essencialmente deixaram de existir como povo: Tevfik Esenç, o último falante de sua língua, faleceu em 1992. Esvaziando a terra de suas populações nativas, o governo russo também iniciou uma política agressiva de reassentamento eslavo. A terra foi oferecida a taxas baixas para arrendamentos de longo prazo, e os colonos foram liberados de vários impostos. Muitos dos primeiros colonos eram os mesmos soldados cossacos que haviam conquistado a terra durante a década de 1860. Embora a doença, especialmente a malária, tenha tirado a vida de muitos, a fronteira sul atraiu uma grande variedade de nacionalidades: gregos e armênios chegaram do Império Otomano e poloneses, alemães e judeus da Europa Central e Oriental. Em 1888, havia 10.000 pessoas vivendo em sessenta assentamentos ao longo da costa. Em 1878, a aldeia deserta de Kbaada foi reocupada por colonos gregos, que rebatizaram a área, em russo, Krasnaya Polyana ("Glada Vermelha"). Vinte anos depois, a aldeia tornou-se o local do pavilhão de caça pessoal da família real e do retiro de montanha. O desenvolvimento acelerou rapidamente no final do século, à medida que a construção de linhas ferroviárias e rodoviárias ligava a aldeia à Rússia europeia. Em 23 de maio de 1896, Dakhovsky recebeu seu quarto (e último) nome: Sochi, do nome Ubykh para o rio local - "Shatche", ou "Soatshe". A economia local cresceu, e com ela o assentamento que cercava o forte. Em 1898, com quase 4.000 pessoas, o posto militar avançado foi oficialmente reclassificado como um "assentamento urbano". Naquele mesmo ano, a nova cidade sediou uma comissão especial do governo composta por geólogos, hidrólogos e especialistas médicos russos que determinaram que a região era uma grande promessa como um resort costeiro e sanatório. A cidade turística recém-batizada rapidamente superou seus primórdios militares. Na véspera da revolução de 1917, mais de 70.000 pessoas viviam na região da Grande Sochi. Cerca de 13.000-14.000 pessoas viviam na cidade propriamente dita, que agora continha quatro hotéis, uma biblioteca, um teatro, uma estação de energia elétrica, o famoso complexo termal "Riviera Caucasiana", bem como várias fábricas que produziam bens como água mineral, salsicha, gelo e tijolos. Sochi dentro da URSS No final de janeiro de 1918, formaram-se conselhos operários comunistas – assim como o Exército Voluntário anticomunista. As forças do Exército Branco do general Denikin na Rússia formaram uma aliança de conveniência com as da nova República Democrática da Geórgia, que acabara de proclamar a independência da Rússia. As forças georgianas ocuparam Sochi em 6 de julho com o objetivo de garantir as ligações ferroviárias vitais ao longo da costa do Mar Negro contra os comunistas. As relações entre os aliados relutantes se deterioraram rapidamente, no entanto, e o general Denikin retomou Sochi dos georgianos em 6 de fevereiro de 1919. Em resposta, o governo de Tbilisi começou a apoiar ativamente os partidários de esquerda na região de Sochi, enfraquecendo o domínio de Denikin sobre a área. Na primavera de 1920, no final da Guerra Civil, o Exército Vermelho capturou Sochi. Na Sochi soviética, a Riviera Caucasiana foi a primeira instituição a ser nacionalizada, reabrindo como um "resort de trabalhadores" em 1921. No início dos anos vinte, cerca de 4.500 cidadãos soviéticos descansavam ou recebiam tratamento na área a cada ano. A partir de 1933, Sochi foi completamente reconstruída ao longo de linhas stalinistas: com novas rodovias e bibliotecas, enormes hotéis de concreto e sanatórios transformaram o horizonte da cidade. A cidade tornou-se uma caixa de areia para o arquiteto favorito de Stalin, Miron Merzhanov, cujos grandes projetos da década de 1930 incluíam uma frondosa residência de verão para o próprio Stalin. Na década de 1940, a cidade recebia 110.000 visitantes por ano. Sochi tornou-se um lugar de descanso para a elite, bem como para as massas, hospedando importantes figuras políticas e culturais soviéticas. O autor Nikolai Ostrovsky viveu em Sochi de 1928 a 1936 e escreveu seu clássico romance realista socialista Como o aço foi temperado enquanto se recuperava de feridas de guerra em um sanatório de Sochi. Sochi serviu como o principal hospital militar da União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. Naquela época, a cidade contava com 111 unidades de saúde. Embora os alemães tenham chegado ao Cáucaso em 1942, eles nunca foram capazes de romper e nunca chegaram a Sochi. O desenvolvimento continuou a um ritmo acelerado. Na década de 1960, a cidade recebia 500.000 visitantes por ano e a maior área de Sochi tinha mais de 100.000 habitantes, com cerca de 90% daqueles dentro dos limites da cidade. Um "plano geral" pós-Stalin para o desenvolvimento da cidade, colocado em prática em 1965, visava quadruplicar as instalações disponíveis para os visitantes durante um período de vinte anos. Este desenvolvimento ajudaria Sochi a quase quadruplicar sua população entre 1959 e 1989. No entanto, por esta altura, as restrições geográficas sobre o desenvolvimento da cidade começaram a tornar-se claras. Assim, a maioria das novas construções continuou ao longo da estreita faixa entre a costa de 145 quilômetros da área e as montanhas do Cáucaso, dando a Sochi o apelido de "a cidade mais longa do mundo". Sochi Moderna e o preço pelo crescimento e desenvolvimento O incrível crescimento de Sochi foi alcançado através de um planejamento estatal intensivo, com pouca ou nenhuma atenção dada à lucratividade. Com a perda de consideráveis subsídios estatais, Sochi experimentou um declínio considerável e caiu em desuso, embora continuasse a dominar a indústria do turismo russo ao longo da caótica década de 1990, particularmente porque outros resorts comumente usados sob a União Soviética estavam agora localizados fora da Rússia - em países como Ucrânia e Geórgia. Assim, a população manteve-se relativamente estável mesmo durante o caos econômico das décadas de 1990 e 2000, mesmo registrando algum crescimento geral. A população de Sochi em 2013 era de 368.000, tornando-se a quinta maior cidade do Mar Negro. Sua popularidade dentro da Rússia continua, com uma pesquisa do final de 2010 revelando que Sochi era o segundo destino de viagem mais popular para os russos dentro do país depois de Moscou, superando até mesmo a "segunda capital" oficial da Rússia, São Petersburgo. Uma nova era na história de Sochi começou em 4 de julho de 2007, quando a cidade foi escolhida como o local dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014. Tendo a candidatura sido pessoalmente apoiada por Vladimir Putin, o financiamento da construção maciça de acomodações, instalações desportivas e infraestruturas de transportes está agora a ser realizado pelo Estado, bem como por muitos dos maiores empresários e empresários mais ricos do país. Vladimir Potanin, chefe do poderoso conglomerado Interros, prometeu um bilhão de rublos (US$ 30,3 bilhões) para a construção do complexo da Vila Olímpica Roza Khutor, e a gigante estatal do petróleo Gazprom contribuiu não apenas com um gasoduto de 160 km para ajudar a alimentar os jogos, mas também com uma segunda vila olímpica e uma estação de esqui. Muitos desses projetos funcionarão com prejuízo, mas os "patronos" de Sochi declaram publicamente que se sentem humildes por terem a oportunidade de cumprir seu dever patriótico. Quando Putin sugeriu diante da mídia russa que uma arena de gelo de US $ 100 milhões construída pelo conglomerado metalúrgico UGMK fosse entregue ao controle federal, o CEO da empresa, Iskander Makhmudov, rapidamente obrigou. Embora a construção seja uma questão de orgulho nacional agora para a Rússia, também tem sido atormentada por controvérsias e problemas. O custo dos Jogos, por exemplo, aumentou de uma projeção de 2007 de US $ 12 bilhões para uma estimativa atual de US $ 51 bilhões, tornando os Jogos de Sochi as Olimpíadas mais caras da história. A maioria liga a inflação a níveis desenfreados de corrupção – o preço do cascalho na cidade, por exemplo, é 3-4 vezes mais caro do que a média russa, embora algum aumento seja esperado, dado que a demanda na cidade também é descontroladamente elevada e o transporte para a cidade é estrangulado pelas montanhas do Cáucaso. Um dos projetos mais controversos é a estrada de US $ 9 bilhões e 50 quilômetros que leva do centro da cidade à área alpina, onde a maioria dos eventos ocorrerá, que, foi mostrado, poderia ter sido pavimentada em ouro e ser menos cara. Os moradores da área também encontraram inúmeras razões para reclamar. Grande parte do canteiro de obras olímpico era oficialmente território subdesenvolvido. No entanto, extraoficialmente, muitas casas foram construídas lá, centenas das quais já foram demolidas. Muitos não receberam compensação. A rápida construção também levou à degradação ambiental. Os moradores da cidade também foram incomodados por uma incrível questão de construção de estradas, aumento do tráfego e o fechamento de espaços públicos para renovação. A cidade está inundada com quase 100.000 trabalhadores da construção civil trabalhando em uma cidade de 350.000 habitantes, o que resultou em aumento de preços para quase tudo e infraestrutura tensa em todos os níveis. Os moradores queixam-se do aumento da criminalidade cometida pelos trabalhadores, alguns dos quais são imigrantes ilegais. Os próprios trabalhadores, no entanto, queixaram-se de salários não pagos e abusos nas mãos das empresas de construção e até da polícia da cidade. As preocupações ambientais também são um grande problema, com a cidade tendo experimentado tudo, desde deslizamentos de terra até o aumento da poluição da água e a resultante redução drástica das populações de peixes desde o início da construção. PROTESTOS CIRCASSIANOS Vídeo Exclusivo ArqueoHistoria E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Deixe seu like. Instagram e Facebook ArqueoHistória >>> Instagram Facebook. Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://www.wikiwand.com/pt/Genoc%C3%ADdio Sochi: Capital de Verão da Rússia - GeoHistory https://www.geocurrents.info/place/russia-ukraine-and-caucasus/the-circassian-mystique-and-its-historical-roots https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.geocurrents.info%2Fplace%2Frussia-ukraine-and-caucasus%2Fthe-circassian-mystique-and-its-historical-roots&psig=AOvVaw02J9mXnE84JVD4L38P0uxB&ust=1670986348813000&source=images&cd=vfe&ved=0CBEQ3YkBahcKEwjInrqvy_X7AhUAAAAAHQAAAAAQCQ https://ichi.pro/pt/o-genocidio-do-povo-circassiano-no-seculo-19-245684088888112 https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.geocurrents.info%2Fplace%2Frussia-ukraine-and-caucasus%2Fthe-circassian-mystique-and-its-historical-roots&psig=AOvVaw02J9mXnE84JVD4L38P0uxB&ust=1670986348813000&source=images&cd=vfe&ved=0CBEQ3YkBahcKEwjInrqvy_X7AhUAAAAAHQAAAAAQCQ Sochi, a Terra do Genocídio: Comemoração Mundial do Genocídio Circassiano 15 de maio de | Revolução Global ao vivo (wordpress.com) https://www.youtube.com/watch?v=rQ-xfMVvUAA https://br.freepik.com/fotos-premium/carne-desfiada-tradicional-de-frango-circassiano-otomano-caseiro-em-molho-de-noz-regado-com-oleo-de-noz-colorido-com-paprica_27869089.htm https://en.wikipedia.org/wiki/2014_Winter_Olympics The Circassian state was a federal state consisting of four levels of government: Village council (чылэ хасэ, made up of village elders), district council (made up of representatives from 7 neighboring village councils), regional council (шъолъыр хасэ, made up from neighboring district councils), people's council (лъэпкъ зэфэс, where every council had a representative). There wasn't a central ruler until the 1800s, and in the early 1800s, the leader was symbolic in nature. A central government emerged during the mid to late 1800s. ^ "Dünyayı yıkımdan kurtaracak olan şey : Çerkes tipi hükümet sistemi". Ghuaze. 5 November 2022. ^ “Алфавитный список народов, обитающих в Российской Империи” Archived 5 February 2012 at the Wayback Machine, Демоскоп Weekly, № 187 - 188, 24 января - 6 февраля 2005 ve buradan alınma olarak: Papşu, Murat. Rusya İmparatorluğu’nda Yaşayan Halkların Alfabetik Listesinde Kafkasyalılar Archived 18 April 2013 at the Wayback Machine ^ Genel Komite, HDP (2014). "The Circassian Genocide". www.hdp.org.tr (in Turkish). Retrieved 2020-09-26. ^ Richmond, Walter (2013-04-09). The Circassian Genocide. Rutgers University Press. ISBN 978-0-8135-6069-4. ^ Geçmişten günümüze Kafkasların trajedisi: uluslararası konferans, 21 Mayıs 2005 (in Turkish). Kafkas Vakfı Yayınları. 2006. 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  • LINHAS DE NAZCA: NOVAS DESCOBERTAS NO PERU - 2022

    A UNIVERSIDADE DE YAMAGATA, TRABALHANDO EM PARCERIA COM ARQUEÓLOGOS PERUANOS, IDENTIFICOU 168 NOVOS GEOGLIFOS DE NAZCA EM NAZCA PAMPA E ARREDORES O que são os geoglifos? Consiste em uma grande figura feita no chão, em morros ou regiões planas. Hipóteses propõem motivos e objetivos fantasiosos para tais imagens passíveis de visualização em sua forma completa apenas do alto, porém seus objetivos eram altamente prováveis de serem utilizados em ritos sociais, religiosos ou não. A construção de um geoglifo pode se dar pela disposição organizada de sedimentos, criando um desenho em relevo positivo, ou pela retirada de sedimentos superficiais de modo a expor uma rocha subjacente, criando um relevo negativo. Em Nazca o caso ainda se torna mais peculiar, pois devido ao tipo de clima árido da região, os geoglifos criados são altamente conserváveis, um prato cheio para historiadores e arqueólogos. É exatamente aí que entram os pesquisadores que realizaram análises de campo utilizando fotografias aéreas de alta resolução e imagens de drones com infravermelho e novas aplicações com tecnologia de identificação arqueológica via imagens aéreas, levando à descoberta de 168 geoglifos que datam entre 100 aEC e 300 dEC. Isso se soma aos 190 geoglifos descobertos anteriormente, entre 2004 e 2018, que levaram à criação de um parque arqueológico na área de Aja em 2017 pelo Ministério da Cultura peruano. Os novos geoglifos retratam imagens de humanos, camelídeos, pássaros, orcas, felinos e cobras. E ao contrário do que muitos desejam, a técnica aplicada para criação dessas formas gigantes no chão consistia em remover pedras negras da superfície aparente para expor uma superfície de areia branca abaixo. A pesquisa atual sugere que existem dois tipos de geoglifos: um linear e outro de relevo. Dos geoglifos descobertos no estudo, apenas cinco são lineares, enquanto 163 são do tipo relevo, medindo menos de 10 metros de diâmetro e distribuídos principalmente ao longo de trilhas antigas. A identificação se torna conclicada com o passar do tempo sobre os geoglifos, mas a tecnologia e recentes tecnologias auxiliam na evolução das descobertas. A Universidade de Yamagata em colaboração com o Centro de Pesquisa IBM TJ Watson, também está conduzindo um estudo baseado em IA - Inteligência Artificial - sobre a distribuição dos geoglifos de Nazca. Ao usar os geoglifos recém-descobertos para análise de IA, a Universidade de Yamagata visa esclarecer os padrões de distribuição dos geoglifos. Os resultados desta pesquisa também serão usados ​​para atividades de conservação de geoglifos. Além das Linhas de Nazca A maioria das hipóteses e teorias envolvendo as linhas de Nazca, por vezes não citam, ou exploram pouco quem foram eles: os construtores. A sociedade de Nazca se desenvolveu durante o Período Intermediário Inicial e é geralmente dividida em Proto Nazca, fase 1: 100 aEC até 1 dEC, Nazca Primitiva, fases 2 à 4, 1 até 450 dEC, Nazca Média, fase 5, 450 até 550 dEC, e as culturas de Nazca tardia, fases 6 à 7, 550 a 750 dEC. Os Nazca emergiram como uma cultura arqueológica distinta da cultura anterior de Paraecas, tendo se estabelecido no vale da drenagem do Rio Grande de Nazca e no Vale do Ica. A cultura é caracterizada por sua cerâmica policromada pré-fogo, que demonstra uma mudança em relação ao método de resina pós-fogo de Paraecas. A antiga civilização de Nazca era formada por chefias locais reunidas ao redor de Cahuaechi, uma região de peregrinação na área costeira dos Andes Centrais. Cahuaechi contém cerca de 40 montes encimados, elevados por estruturas construídas com terra, pedra e materiais orgânicos, usadas para rituais e festas relacionadas à agricultura, água e fertilidade. O propósito dos geoglífos de Nazca continua a ser debatido por antropólogos, etnólogos, natropólogos, arqueoastronomia e arqueólogos. Algumas teorias sugerem que eles foram criados para serem vistos por divindades no céu, ou uma forma de irrigação/fluxo de água, enquanto outros sugerem que eles eram uma espécie de calendário com alinhamentos astronômicos. E você, o que acha? Deixei suas ideias nos comentários. FONTE Centro de Pesquisas e Divulgação Científica da Universidade de Yamagata, Japão https://www.yamagata-u.aEC.jp/jp/ Crédito de Imagens: Universidade de Yamagata

  • HAICO (HAYK NAHAPET)- TETRANETO DE NOÉ e FUNDADOR DA ARMENIA

    Haico (em armênio/arménio: Հայկ; romaniz.: Hayk, Haik ou Haig) é o lendário patriarca e fundador da Nação Armênia. Dizem ser tetraneto de Noé, descendente pela parte de Jafé. Sua história é contada na História da Armênia de Moisés de Corene. Nome da Armênia é um exônimo, pois o nome do país em Armênio é Hayastan que significa terra de Haico. Moisés de Corene (em armênio/arménio: Մովսէս Խորենացի; romaniz.: Movsēs Xorenac‘i/Movses Khorenats'i; Corene, século V) é tradicionalmente considerado o autor da mais significativa história medieval armênia. A ele é creditado o mais antigo historiógrafo conhecido a tratar da Armênia, embora seja conhecido também como poeta, hinógrafo e gramático. A FANTÁSTICA HISTORIA DA ARMÊNIA. A História da Armênia (português brasileiro) ou Arménia (português europeu) inclui uma sucessão de fatos que vão desde o seu povoamento até à composição política atual. A Armênia foi um império regional com uma cultura rica nos anos que antecederam o século I d.C. Em 301, a Armênia foi o primeiro estado a adotar formalmente o cristianismo como religião oficial de estado, doze anos antes de Roma. Oscilou entre diversas dinastias, mas depois de uma sucessão de ocupações (parta, romana, árabe, mongol e persa), a Armênia enfraqueceu substancialmente. Em 1454, o Império Otomano e o Império Safávida dividiram a Armênia entre si. ARMÊNIA NA ANTIGUIDADE: A Armênia é povoada desde os tempos pré-históricos e era o suposto local do Jardim do Éden bíblico. O país se localiza no planalto ao entorno da montanha bíblica do Ararat. Segundo a tradição judaico-cristã, foi o local onde a Arca de Noé encalhou após a narrativa do Dilúvio. As descobertas arqueológicas continuam a confirmar que o planalto armênio foi ocupado por civilizações primitivas e talvez tenha sido aí que surgiu a agricultura e a civilização. De 6 000 a 1 000 AEC, ferramentas como lanças, machados e pequenos artefatos de cobre, bronze e ferro eram comumente produzidos na Armênia e trocados nas terras vizinhas onde esses metais eram menos abundantes. A cultura zarziana é uma cultura arqueológica do final do Paleolítico e Mesolítico no sudoeste da Ásia que compreende também a região da ARMÊNIA. Estima-se que o período da cultura tenha existido por volta de 18.000-8.000 AEC e foi precedida pela cultura baradostiana na mesma região e estava relacionada com acultura Imereti do Cáucaso. A cultura foi nomeada e reconhecida da caverna de Zarzi, no Curdistão iraquiano. Aqui foram encontrados muitos microlitos (até 20% encontra). Suas formas são trapézios curtos e assimétricos, e triângulos com cavidades. Andy Burns afirma: "O Zarzian da região de Zagros, no Irã, é contemporâneo do Natufian,mas diferente dele. As únicas datas para todo o Zarzian vêm da Caverna de Palegawra, e datam de 17.300-17.000 BP, mas é claro que é amplamente contemporâneo com o Kebaran Levantino, com o qual compartilha características. Parece ter evoluído do Paleolítico Superior Baradostian." Existem apenas alguns sítios zarzianos e a área parece ter sido bastante escassamente povoada durante o Epipaleolítico. Vestígios faunísticos do Zarzian indicam que a forma temporária de estruturas indica uma estratégia de subsistência de caçadores-coletores, focada em onager, veados vermelhos e caprinos. Locais mais conhecidos incluem Palegawra Cave, Shanidar B2 e Zarzi." A cultura zarziana parece ter participado dos estágios iniciais do que Kent Flannery chamou de revolução de amplo espectro. A cultura zarziana é encontrada associada a restos docão domesticadoe à introdução do arco e flecha. Parece ter se estendido para o norte na região de Gobustan (Kobystan, Qobustan) e para o leste do Irã como um precursor do Hissare culturas relacionadas A cultura zarziana é encontrada associada a restos do cão domesticado e à introdução do arco e flecha. Devido a esse fato, os povos subsequentes que dominaram essa região, bem como a região do Norte e do Leste Asiático dominavam com maestria o Arco e Flecha. A Armênia é a principal herdeira do lendário país Arata (Ararate), mencionado em inscrições sumérias Na Idade do Bronze, muitos Estados floresceram na área da Grande Armênia (ou "Armênia histórica"), incluindo o Império Hitita (o mais poderoso), o Mitani (sudoeste da Grande Armênia) e Hayasa-Azzi (1 500−1 200 a.C.). Na época, o povo de Nairi (do século XII ao IX a.C.) e o reino de Urartu (1 000−600 a.C.) sucessivamente estabeleceram suas soberanias no planalto Armênio. Modernas teorias admitem a origem dos armênios como oriundos dos Bálcãs, parte das tribos trácio-frígias, que atravessaram o Helesponto no século XVIII a.C. e se instalaram na Ásia Menor. Entraram em contacto com os hititas, guerrearam com eles e foram vencidos pelos cimérios, procedentes das margens do mar Negro. Uma parte dos frígios dirigiu-se para o Oriente e a outra se fixou na região chamada Urartu - Erevã, a moderna capital da República da Armênia, foi fundada em 782 AEC. pelo rei urartiano Arguisti I. Por volta do ano 600 AEC., o reino da Armênia, que existiu sob diversas dinastias até ao ano de 428 EC estava estabelecido sob a dinastia orôntida. O reino alcançou seu maior tamanho entre 95 e 66 AEC., no reinado de Tigranes, o Grande, tornando-se um dos mais poderosos reinos da região. Ao longo da história, o reino da Armênia gozou de períodos de independência alternados com períodos de submissão aos impérios seus contemporâneos. Devido à sua posição estratégica entre dois continentes, a Armênia, foi invadida por diversos povos, incluindo assírios, gregos, romanos, bizantinos, árabes, mongóis, persas, turcos otomanos e russos. Domínio estrangeiro A Armênia persa entre os anos de 387 e 591. Durante a década de 1230, o Ilcanato conquistou o principado dos Zacáridas, assim como o resto da Armênia. Os invasores mongóis vieram seguidos de outras tribos da Ásia Central, em um processo que durou da década de 1200 até 1400. Após incessantes invasões, cada uma trazendo muita destruição, a Armênia ficou enfraquecida. Durante o século XVI o Império Otomano e o Império Safávida dividiram a Armênia entre si. Mais tarde, em 1813 e 1828, o Império Russo incorporou a Armênia oriental (que consistia em Erevã e as terras de Carabaque, na Pérsia). A Armênia sob domínio do Império Otomano A Armênia tornou-se parte integrante do Império Otomano com o reinado de Selim II (r. 1524–1574). A anexação tinha sido iniciada no século anterior, quando Maomé II, o Conquistador ofereceu apoio otomano para iniciar o Patriarcado Armênio de Constantinopla. Esta situação perdurou por 300 anos até que a guerra russo-turca de 1828-1829, quando a parte oriental do território foi cedida ao Império Russo. A parte restante, também conhecida como Armênia Ocidental ou Armênia Otomana, prosseguiu sob o domínio otomano até ao final da Primeira Guerra Mundial. Sob o jugo otomano, os armênios tiveram relativa autonomia em seus próprios enclaves e viviam em relativa autonomia com os demais grupos constituintes do império (incluindo os turcos). Entretanto, os cristãos viviam em um sistema social muçulmano estrito.[carece de fontes] Os armênios enfrentaram uma discriminação persistente que se intensificou no século XIX. Quando reivindicaram maiores direitos, o sultão Abdulamide II, em resposta, organizou massacres e deportação de armênios entre os anos de 1894 e 1896, que resultaram num número de mortos estimado em 300 mil. Os massacres hamidianos, como ficaram conhecidos, deram a fama Abdulamide de "Sultão Vermelho" ou "Sultão Sangrento". Quando o Império Otomano entrou em colapso, os Jovens Turcos assumiram o poder em 1908. Os armênios, que viviam em toda a parte do até então Império Otomano, depositaram as suas esperanças no Comitê para a União e o Progresso, criado pelos Jovens Turcos, como caminho para o fim das mortes e perseguições aos armênios e que eles deixariam de ser cidadãos de segunda classe. Porém, o pacote de reformas para os armênios de 1914 apresentaria a solução definitiva para os ensejos armênios e para toda a questão armênia da pior forma possível. A Armênia sob domínio do Império Russo Em 1813 e em 1828, a Armênia actual (que consistia nos canatos de Erevã e de Carabaque) foi temporariamente incorporada no Império Russo. Após a guerra russo-persa de 1826-1828, os territórios históricos da Armênia ficaram sob controle persa, enfocando Erevã e o Lago Sevan, foram incorporadas na Rússia. Sob uma lei russa, a área que corresponde aproximadamente ao território armênio da atualidade foi chamado de "Província de Erevã." Os súditos armênios do Império Russo viveram em relativa segurança, em comparação com os otomanos, onde os enfrentamentos com tártaros e curdos seriam frequentes até ao início do século XX. Durante o século XIX e início do XX, os russos desenvolveram um ambicioso plano de expansão nos territórios da Armênia, a fim de chegar ao Mediterrâneo. Isto provocou um novo conflito entre russos e otomanos, que finalmente culminou na Guerra russo-turca de 1828-1829. No rescaldo da guerra o Império Otomano cedeu uma pequena parte da tradicional pátria armênia ao império russo. Esta área é conhecida como Armênia Oriental, enquanto a Armênia Ocidental permaneceu sob soberania otomana. Primeira Guerra Mundial Com o advento da Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano e o Império Russo ocuparam o Cáucaso durante a "Campanha Persa". O novo governo turco começou a olhar para os armênios com dúvidas e suspeitas devido sobretudo ao fato do Império Russo ter em seu exército um contingente de voluntários armênios. Em 24 de abril de 1915, cerca de 600 intelectuais armênios foram presos e exterminados a mando de autoridades otomanas e com a lei Tehcir de 29 de maio de 1915, uma grande parcela da população armênia que vivia na Anatólia começou a ser deportada e privada de seus bens, em um processo que levou à morte de cerca de 1,5 milhões de armênios. Genocídio armênio O povo dos Estados Unidos contribuíram com um montante significativo de ajudas aos armênios durante o Genocídio armênio. Este cartaz de 1918 do Comité de Socorro no Próximo Oriente diz "eles não perecerão." Ver artigo principal: Genocídio armênio Em 1915, o Império Otomano realizou sistematicamente o genocídio armênio. Este genocídio foi precedido por uma onda de massacres nos anos 1894-1896, e por outro em 1909 em Adana. Em 1915, com a Primeira Guerra Mundial em curso, os turcos otomanos acusaram os (cristãos) armênios como responsáveis por se aliarem com a Rússia, e toda a população armênia passa a ser tratada como um inimigo dentro de seu império em uma onda de limpeza étnica. Os acontecimentos de 1915 a 1923 são considerados pelos arménios e pela grande maioria dos historiadores ocidentais como um assassinato em massa promovido pelo Estado. As autoridades turcas, no entanto, sustentam que as mortes foram o resultado de uma guerra civil, acompanhada das doenças e da fome, com baixas de ambos os lados. O número exato de mortes é difícil de se estabelecer. Estima-se pelas muitas fontes que cerca de um milhão e meio de armênios pereceram em campos de concentração, o que exclui os armênios que podem ter morrido de outras maneiras. A maioria das estimativas coloca o número total de óbitos entre 600 mil (pelos estudiosos ocidentais). Esta limpeza étnica realizada pelo İttihat ve Terakki não foram só feitas contras os armênios, as políticas de limpeza étnica foram realizadas também contra os gregos e assírios (Ver: Genocídio Grego e Genocídio Assírio). 😳 Este ato de limpeza étnica foi feito pelos turcos otomanos com o objetivo de "turquificar" o Império Otomano completamente. Esses atos de genocídio não se deram apenas a partir de 1915 até 1918, mas antes e depois também. A Armênia Ocidental foi devastada e despovoada, e o povo armênio perdeu inúmeras riquezas e tesouros culturais de valor incalculável ATUALIDADE A Armênia continua envolvida num longo conflito com o Azerbaijão na chamada Guerra de Alto Carabaque, sobre a soberania de Alto Carabaque, um enclave povoado em sua maioria por armênios que foi incluído por Josef Stalin, no então Azerbaijão soviético. A Armênia e o Azerbaijão começaram a lutar pelo enclave em 1988 e a guerra chegou "as vias de fato" em 1991,quando ambos países declararam a sua independência da União Soviética . Em Maio de 1994, quando um cessar-fogo foi implementado, as forças armênias controlavam não só a área de Alto Carabaque mas também uma pequena área do próprio Azerbaijão. As economias de ambos os lados foram extremamente afetadas pelo conflito, já que ambos não conseguiram resolver de forma pacífica os conflitos, já que houve embargos e bloqueios mútuos e consequentemente as economias de ambos estagnaram por muitos anos. Nos primeiros anos do século XXI a Armênia enfrentou grandes dificuldades. Mesmo assim, apesar dos altos índices de desemprego, conseguiu fazer algumas melhorias econômicas, entre as quais, conseguiu se tornar completamente uma economia de mercado. Desde 2007,se posiciona como a 32ª nação mais economicamente livre no mundo. Suas relações com a Europa, o Oriente Médio e os outros países da Comunidade dos Estados Independentes têm permitido o aumento do comércio no país. Suprimentos essenciais, além de gás e óleo chegam por meio de duas fronteiras: a República Islâmica do Irã e a Geórgia país com que Erevã demonstra relações cordiais. E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Deixe seu like. Instagram e Facebook ArqueoHistória >>> Instagram Facebook. Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://phoenixtour.org/blog/the-statue-of-hayk-nahapet-in-yerevan-cultural-heritage-monument-of-armenia/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Arm%C3%AAnia Nubar Kerimian (1982). Massacre de Armênios e Memórias de Naim Bei para Aram Adonian 1982 ed. São Paulo: Igreja Apostólica Armênia ↑ Gênesis 8:4 ↑ Vahan Kurkjian (1958). History of Armenia 1964 ed. Michigan: Armenian General Benevolent Union ↑ Armenian Soviet Encyclopedia. Erevã: Armenian Encyclopedia. 1987. pp. v. 12 ↑ Artak Movsisyan (2000). Sacred Highland: Armenia in the spiritual conception of the Near East. [S.l.]: Yerevan ↑ Martiros Kavoukjian (1982). The Genesis of Armenian People. 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  • Expansão Territorial: Os Rastros Neandertais e a Conquista da Europa

    Os primeiros Neandertais da Península Ibérica descobertos no ano passado podem ter pertencido a outros membros do gênero 'Homo', e eles podem ter sido os primeiros hominídeos a entrar na Europa. Para a arqueologia, uma reles pegada no chão é muito mais que uma marca, se estiver fossilizada então, passa a ser um marcador temporal na incógnita que é o desenho da linha do tempo da história da humanidade no planeta. Pois pegadas podem revelar informações sobre o que ou quem as deixou, o que faziam naquele momento, como era o meio ambiente, por onde andavam, o peso do indivíduo, altura, proporções físicas e até seus hábitos. No rastreamento da incógnita evolução humana, os elos perdidos são encontrados nos detalhes escassos. Há pouco mais de um ano, em 2021, uma grande área ao pé da Playa del Asperillo, próximo aos penhascos da região, na falésia de Asperillo, costa da Área Natural de Doñana, em Huelva, Espanha, numerosas pegadas de animais, juntamente com vários indivíduos diferentes identificados deixaram para trás o registro de sua passagem pela Terra e história. Esses indivíduos eram hominídeos, parentes do homo sapiens. 87 neandertais foram identificados pelas pegadas nesse sítio arqueológicos, desses já há certeza da identificação de 36 listados que viveram na Espanha pré-histórica e com certeza já se tem informações de consistir em 11 crianças e 25 adultos. Até então, a única referência temporal que permitia estabelecer a idade do local era a datação de uma das dunas que cobriam a superfície do sítio arqueológico há cerca de 106 mil anos - Pleistoceno Superior: de 10.000 a 82.800 anos atrás. Assim como a maioria das pegadas de hominídeos encontradas em todo o mundo, essas foram datadas de acordo com o ambiente em que se encontravam. Por isso, a equipe de pesquisadores (*fontes ao final do artigo) lançou a primeira hipótese ao tentar atribuir as pegadas encontradas que pertenciam aos neandertais, que viveram no Pleistoceno Superior, e isso se mostrou verífico com o avanço das pesquisas. Análise de Pegada - Imagem de autoria: Eduardo Mayoral A confirmação se deu no decurso das investigações: ao recolherem amostras da superfície onde foram encontradas as pegadas, e pereciam de datação adequada, e também das dunas que sobrepunha as marcas petrificadas no chão, descobriu-se a idade com cerca de 295.800 anos, realocando aquela pequena população hominídea dentro da linha histórica do Pleistoceno Médio - ou seja, muito antes do que se pensava anteriormente ser o momento populacional da região. Mudança Climática Drástica A nova datação colocou as pegadas em um novo contexto geográfico e ambiental. O continente europeu sofreu mudanças climáticas drásticas há cerca de trezentos mil anos, e o clima relativamente quente mudava para condições muito mais frias, o que foi um precursor de uma nova era glacial drástica. Na época, o nível do mar no continente europeu estava em média cerca de absurdos sessenta metros abaixo do nível atual. Isso implicava que o litoral de Huelva estaria a vinte ou vinte e cinco quilômetros da costa de sua posição hoje. E para os hominídeos neandertais descobertos, aquela região era uma zona habitável e relativamente segura longe da beira mar. Esse fato não só demonstra a complexidade de traçar a linha histórica da evolução humana, como também complica, e muito, o rastreamento de restos humanoides e sua área de vivencia, uma vez que a tendência de um grupo em desenvolvimento é procurar se estabelecer ou migrar sempre em regiões onde há abundancia de água potável e fontes de alimentação. Os exemplos do Rio Amazonas, Rio Nilo, Rios Tigre e Eufrates, e o Rio Indu do Vale do Hindu mostram como grandes civilizações de humanos modernos, sapiens, afloram, prosperaram e evoluem ao redor de grandes afluentes. E nessa região da Espanha pré-histórica mostra que o local era propício para as necessidades da vida humana da época. Sendo assim, se resumia a uma planície costeira muito extensa e, provavelmente, criada pelo delta de um rio. Passível de ter sido coberto por água durante as estações chuvosas e total ou, parcial, exposto durante as estações secas. Sobre este ambiente de lago raso e salino, feito de solo poligonal e coberturas microbianas, hominídeos e a fauna da época pisotearam a região ao se locomover por ali. Hoje, o mesmo tipo de cobertura poligonal é encontrado em extensas áreas de pântano, tanto no deserto quente quanto em climas tropicais. Regiões vegetadas um tanto extensas seriam encontradas nas áreas não inundáveis ​​desta ampla planície costeira, propiciando habitat para os neandertais, além de abrigo e clima ameno. Ao seu redor, haveria um desenvolvimento significativo dentro da ecodinâmica de sistemas dunares (formação de dunas) que se moveriam em direção à terra a partir da costa. E esse ecossistema propiciou a conservação das tão valiosas pegadas exploradas hoje. Novos Suspeitos de Pegadas? Uma pegada = varios espectros de estudos e inúmeros resultados O contexto ambiental e a paisagem mudaram em relação à interpretação inicial. A questão, portanto, tornou-se: compreender quem produziu essas pegadas e se eles também mudaram enquanto conviviam na região. E as respostas devem ser encontradas nos registros paleontológicos. Acredita-se que fósseis de hominídeos pertencentes ao Pleistoceno Médio sejam da linhagem neandertal, ou seja, Homo neanderthalensis e Homo heidelbergensis. No entanto, seus vestígios ainda são muito escassos, fragmentados e dispersos geograficamente. Pior ainda, pegadas são mais escassas do que restos de esqueletos, por isso a importância desse sítio arqueológico e sua relevância para o estudo daquele período na Europa. Em todo o Pleistoceno Médio europeu, apenas quatro sítios forneceram vestígios desse período: Terra Amata na França - 380.000 anos, Roccamonfina na Itália - 345.000 anos, atribuídos ao Homo heidelbergensis, Biache-Vaast na França - 236.000 anos, Homo neanderthalensis, e Theopetra na Grécia - 130.000 anos, Homo neanderthalensis. Por outro lado, deve-se considerar que as características formais da pegada não são apenas o resultado da anatomia do pé, mas também de outros fatores como biomecânicas, o tipo de substrato e os processos que deram origem ao pé fóssil. O que leva as pegadas estudadas e sua ótima preservadas devido ao meio ambiente, e refletir muitas das características anatômicas, tal como a impressão do arco dos dedos, o que raramente acontece em locais como este em Huelva. Para confirmar a qual grupo de hominídeos pertencem as pegadas, é necessário comparar suas características anatômicas com o registro esquelético conhecido do Pleistoceno Médio. Quase todos os fósseis de pés conhecidos para este período vêm do sítio Sima de Los Huesos - Atapuerca, Espanha, e estão associados a indivíduos relacionados aos neandertais. Fazer uma atribuição mais precisa seria difícil e corre o risco de grande margem de erro, pois há muitos debates sobre a evolução dessa linhagem e a definição taxonômica do Homo heidelbergensis. Diferentes modelos para a evolução da linhagem neandertal foram propostos, mas essa questão ainda está longe de ser resolvida, dada a escassez de registro fóssil e o novo e mais complicado quadro evolutivo fornecido pelos últimos estudos antigos de DNA. Além disso, nem todas as características anatômicas evoluíram na mesma proporção, e os polimorfismos provavelmente ocorreram em diferentes características e em diferentes taxas de ocorrência. Apesar dessas incertezas, o sítio de Doñana prova ser um registro crucial para entender as ocupações humanas na Europa durante o Pleistoceno. As hipóteses e descobertas recentes abrem um horizonte mais amplo de possibilidades. Por exemplo, podemos estar olhando para os restos mortais dos primeiros hominídeos neandertais ou de seus ancestrais mais diretamente relacionados, o Homo heidelbergensis. Tudo isso devido à descoberta de reles pegadas que não se mostram tão reles assim. FONTE: Trabalhos e conclusões expostas pela Equipe de Pesquisadores do Sítio Arqueológico até o momento: Antonio Rodríguez Ramírez, Professor do Departamento de Geodinâmica e Paleontologia, Universidade de Huelva Eduardo Mayoral Alfaro, Professor de Paleontologia, Universidade de Huelva Ana Santos, Professor Assistente, Universidade de Oviedo Asier Gomez-Olivencia, Paleontólogo. Ramón y Cajal Bolsista de Pesquisa do Departamento de Geologia, Universidad del País Vasco / Euskal Herriko Unibertsitatea (2022) Jérémy Duveau, Pesquisador Associado, Museu Nacional de História Natural (MNHN) Ignacio Díaz-Martínez, Instituto de Pesquisas em Paleobiologia e Geologia, Universidade Nacional do Rio Negro Jorge Rivera Silva, Doutor em Ciências Físicas. Técnico de Serviço de Radioisótopos, Centro de Pesquisas CITIUS, Universidade de Sevilha Juan Antonio Morales, Professor de Estratigrafia, Universidade de Huelva Ricardo Díaz-Delgado, Laboratório de SIG e Sensoriamento Remoto (LAST-EBD), Estação Biológica de Doñana (EBD-CSIC)

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