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Foto do escritorEdson Almeida

O Mapa de Piri Reis e a Antártica

Atualizado: 7 de out. de 2022

Analisando e desmistificando o famoso e misterioso Mapa de Piri Reis.

Você provavelmente conhece o Mapa de Piri Reis e a teoria proposta por Ghaham Hancock, embasada nas pesquisas de Charles H. Hapgood, que consiste na afirmação de que este mapa contém uma antiquíssima representação do continente antártico, porém, representado em clima tropical, e séculos antes do descobrimento oficial. Mas será que podemos comprovar arqueológica/historiográficamente essa afirmação? É o que veremos neste artigo.

História

O Turco Hajı Ahmed Muhiddin Piri el-Hac Mehmed, mais conhecido como Piri Reis, foi um almirante, geógrafo e cartógrafo, que viveu entre 1470-1553. É autor de um Mappae múndi, que compusera em 1513, para dar de presente ao Sultão árabe Selim "O conquistador". Posteriormente, este mapa ficaria conhecido como Mapa de Piri Reis.

Estátua de Piri Reis, Turquia.

Piri Reis era um erudito, e o conhecimento que tinha das línguas espanhola, italiana, grega e portuguesa, muito o auxiliou na confecção de seus mapas. Após combater por muitos anos com as marinha Espanhola, Genovesa e Veneziana, Piri Ibn Haji Mehmed, célebre herói (para os turcos) e pirata(para os europeus), ascendeu ao posto de Almirante ("Reis").

O jornalista britânico Graham Hancock, embasado nos estudos do pesquisador Charles Hapgood, popularizou a teoria de que o almirante teria representado a costa da Antártica em seu mapa, porém, séculos antes do descobrimento oficial do continente. Outro ponto que Hancock afirma é que a representação contida no mapa, mostra o continente antártico sem sua camada de gelo, e o descreve com clima quente.

Bom, sabemos que a Antártica só foi oficialmente descoberta em 1820. Sabemos também que nos últimos 50.000 anos, o continente possui um dos climas mais extremos do planeta terra, chegando a temperaturas de −89,2 °C, por isso, Hancock criou a teoria de que Piri Reis teria tido acesso a mapas antiquíssimos, produzidos por uma outra humanidade bem anterior a nossa, onde o clima do planeta era totalmente diferente, incluindo a Antártica, que teria clima quente.

A título de curiosidade, o Almirante Reis não produziu apenas este mapa, produziu diversos outros e publicou, em 1521, em um livro de nome "Livro dos Mares", que deu de presente para outro sultão árabe, destas vez, Suleyman "O Magnífico". Posteriormente, em 1528, Reis produziria um outro mapa múndi, bastante diferente do primeiro, pelo que dizem os estudiosos da época, porém, apenas uma pequena parte desse mapa sobreviveu ao tempo.

O Mapa

O Mapa de Piri Reis é um mapa múndi bastante comum para sua época, (1513 e.c., como já citado). Obedece o estilo cartográfico dos mapas chamados de Gráfico Portulano, que eram mapas utilizados desde a idade média até meados do século XVIII e.c., como ferramentas básicas de aprendizado.

Os Gráficos Portulanos continham cores exuberantes, descrições de animais, povos, seres míticos, lendas e outras peculiaridades, no intuito de chamar a atenção dos que os estudavam, porém, não eram utilizados como mapas cartográficos para navegação. Estes mapas começaram apenas representando a região do mediterrâneo, posteriormente, passando a conter representações e informações de outros cantos do mundo, quando passaram a ser considerados Mapas Múndi.

O mapa não está completo, apenas uma pequena parte do canto inferior esquerdo sobreviveu até os dias atuais, mas mesmo assim, contém 117 nomes de locais, sendo a maioria deles típicos dos Gráficos Portulanos, sendo facilmente identificados em outros mapas da época. Possui também 13 notas de informação, sendo 12 na língua Turca otomana e uma na língua árabe, esta, identifica o nome do autor.

"Este mapa foi feito por Piri Ibn Haji Mermed, sobrinho de Kemal Reis, em Gallipoli, no mês de Muharrem, do ano 919". A data "mês de Muharrem de 919" é o equivalente árabe a mês de março do ano 1513, no calendário gregoriano.

É bastante importante ter em mente que os Gráficos Portulanos, por serem produzidos na época da "corrida pelo mundo, onde nações guerreavam para serem as descobridoras de novas terras", obedeciam senso cartográfico desta época, bem como se empenhavam em constatar pelos próprios mapas que a terra é esférica, e não plana, como se acreditava até pouco tempo atrás, nesta época.

Em outras palavras, o povo que produzia um mapa o adaptava ás suas visões, por isso, vemos uma enorme imprecisão no Mapa de Piri Reis em se tratando de tamanho e largura de um território. Vemos que as Américas estão muito maiores do que realmente são, indo bem mais ao norte e também bem mais ao sul do que a realidade, inclusive, fazendo curvas que acompanhavam a esfericidade do mapa.

Canto inferior esquerdo do Mapa de Piri Reis.

A imagem representa a América do Sul desproporcionalmente grande, sendo, inclusive, maior que a África e a Europa juntas.

Isso acontece por diversas razões, a maioria delas, sendo simbologia política ou literária para afirmar que aquele local, o "Novo Mundo", recém descoberto, era maior, mais rico e mais valioso do que o já antigo e conhecido "Velho Mundo". Isso acontecia em todos os mapas da época, não somente no de Piri Reis.

Encontramos, inclusive, diversos mapas portugueses possuindo essas mesmas características, imprecisões geográficas contendo territórios que são representado muito maiores ou mais largos do que realmente são.

Provavelmente foi isso que o Almirante Reis fez em seu mapa, o produziu de acordo com os critérios cartográficos da época, representando as Américas, que na época era território recém descoberto, em escala magnífica, no intuito de assim, chamar a atenção de Selim "O conquistador", sultão ao qual Reis presenteou o mapa. Obviamente, ele tinha a intensão de induzir o sultão a patrocinar sua expedição para as Américas, mas pelo visto, isso não aconteceu.

As Fontes de Piri Reis

As informações sobre as possíveis fontes utilizadas por Reis estão no próprio mapa e se considerarmos que são reais, ainda assim, chegamos a origens que indicam no máximo o século 4 a.e.c., como veremos adiante.

Tradução do Turco Otomano para o Inglês, feita pelo Dr. Taner Akçam, Middle East Technical University.

Tradução:

"Neste século, ninguém tem em mãos um mapa como este. A mão desse pobre homem o desenhou baseado em 20 documentos e Mapas Mundis, (esses documentos foram feitos nos dias de Alexandre "O Senhor dos dois Chifres", e mostram a parte inabitada do mundo. Os árabes chamam esses gráficos de Jaferiye), sendo 8 Jaferiye, como os citados, um mapa árabe de Hind, mapas feitos por quatro portugueses, que mostram os países de Hind, Sind, e China, geometricamente desenhados, e também do mapa desenhado por Colombo, na região ocidental. Reduzindo todos estes matas a uma mesma escala, este é o resultado final. Então, o mapa em questão está correto e é confiável para os Sete Mares, do mesmo jeito que os mapas de nossos países são considerados corretos e confiáveis pelos homens do mar."

Como podemos ver, Reis afirma ter utilizado 20 documentos para produzir seu mapa, sendo 8 destes, gráficos árabes (Jafariye), um mapa feito por quatro portugueses, um outro mapa feito por Cristovão Colombo, totalizando 10. Os outros 10 documentos, são outros mapas múndis, como ele afirma no início do texto, afinal, é obvio e lógico que os cartógrafos se baseavam também em outros mapas contemporâneos, para produzir os seus.

Os países de Hind, Sind, citados no texto, correspondem a Índia e Paquistão, e China corresponde á China, que já era conhecida na época. Hind e Sind eram nomenclaturas utilizadas pelos primeiros cartógrafos otomanos para descrever os territórios acima citados, pois era como tais locais eram conhecidos em sua língua. Provavelmente, Reis também teve acesso a diários de bordo de exploradores portugueses e espanhóis, pois descreve em seu mapa lendas, terras e criaturas míticas que também são encontradas em histórias retiradas de diários dos viajantes daquela época.

Quanto ao mapa desenhado por Colombo, sabemos que atualmente não existe nenhum exemplar original, porém, pode ser que na época, reis possuísse um. O mais provável em relação a isto é que Reis tivesse em mãos um mapa feito por Juan de La Cosa, um cartógrafo espanhol que participou de diversas expedições com Colombo e fez seus próprios mapas bastante similares aos dele, posteriormente, viajando para a Turquia.

Imprecisões e Equívocos

Primeiramente, precisamos entender o contexto histórico e político da época, onde pelo menos oficialmente, o ocidente e algumas outras partes do mundo eram pouco conhecidas, alvos de ambições e desejos de diversos povos e nações. Consequentemente, toda essa pressa e ambição, acabaram culminando em desinformação e mapas pouco confiáveis.

Isso acontece por conta da "corrida pelo novo mundo", que era enfrentada por quase todas as grandes nações da época. Todos queriam descobrir mais terras, nomear mais territórios, afirmar que seus almirantes e cartógrafos já haviam conhecido e mapeado o mundo todo, mesmo que não houvessem feito isso.

Em resumo, alguns cartógrafos passaram a "completar" as regiões que não conheciam com formas aleatórias e lendas/mitos comumente conhecidos na época. O resultado disso, como já dito, foram diversos mapas múndi, em sua maioria, Gráficos Portulanos, representando terras e seres que não existiam, outros, não representando algumas que existiam e outros, com formas, distancias, tamanhos e posições totalmente equivocadas.

Comparação da Costa do Caribe do Mapa de Piri Reis com a Costa do Caribe real.

Um grande exemplo desses equívocos é a Costa do Caribe, que no mapa de Reis, tem uma representação totalmente diferente da realidade, com uma grande ilha central cercada de pequenas ilhas. Cuba não está presente neste mapa, bem como diversas outras ilhas da região. Alguns pesquisadores afirmam que estas ilhas nem mesmo são o Caribe, mas uma parte do Japão, pois, até meados dos século XVI, acreditava-se que o Caribe fazia parte da Asia.

Certo é que, mesmo que ele estivesse tentando representar o Japão, ainda assim, o formato, número de ilhas e posição, não bateriam também, ou seja, a representação está longe de ser fiel a qualquer território que possa ser uma opção possível e plausível para o contexto geográfico e intelectual da época.

Comparação da Costa Brasileira de Reis com a real.

Outro ponto que logo podemos perceber é que Reis representa duas entradas para o interior do Amazonas, ou seja, ele representou dois Rios Amazonas, talvez por ter se confundido quando estava estudando os mapa portugueses, talvez por falta de conhecimento geográfico da região.

Na nota da diagonal esquerda das duas entradas representadas por Reis, lemos: "Duas grandes bocas marinhas, de mesma corrente, adentram a região correndo em direção a uma enorme parede de montanhas, lar de duas tribos, a dos homens sem torso e a dos homens peludos".

Perceba que ele cita "duas grandes bocas marinhas, de mesma corrente", indicando que os cursos aquáticos aos quais ele se referia, faziam parte do mesmo corpo fluvial, ou seja, são duas representações do Rio Amazonas. Note também que ele descreve e representa por desenhos no mapa, tribos de homens sem torso, e tribos de homens peludos, que são lendas contidas nos diários de diversos exploradores espanhóis e portugueses, da época.

Poderiam essas representações lendárias serem consideradas equívocos? Sim e não. Sim, porque sabemos que tais criaturas não existiram, não se encontra vestígios ou evidências sobre as mesmas. Não, porque como já citado, não só era comum, como era regra, que os Gráficos Portulanos possuíssem tais informações, pois as crenças e mitologias tinham grande papel na vida cotidiana das nações daquela época, sendo assim, estranho seria não encontrar seres e terras lendárias nesses tipos de mapa.

Existem outros diversos equívocos e imprecisões nesta pequena parte do mapa que nos restou, como a posição das massas de terra em relação aos polos, corpos montanhosos que não existem, distancia entre continentes e outros. Para nosso objetivo neste estudo, bastam estas já apresentadas, pois sozinhas, já nos contextualizam sobre o modo e objetivo de produção deste mapa.

Antártica no Mapa?

Um dos pontos mais conhecidos e mais controversos de toda essa história é a já citada teoria proposta pelo jornalista britânico Graham Hancock, que baseado nos estudos do pesquisador Charles H. Hapgood, propôs que o Mapa de Piri Reis é baseado em fontes antiquíssimas, provavelmente de uma outra humanidade, datando entre 20.000-10.000 a.e.c., pois para ele, esta seria a única explicação para o mapa representar um continente até então desconhecido, e totalmente diferente do que realmente é atualmente.

Segundo a teoria, isso só poderia ter sido visto pela última vez há 16.000 anos atrás, portanto, só uma civilização anterior á atual poderia conhecer os detalhes e nuances daquela terra. Cumpre salientar que nesta teoria, essa outra humanidade não só existiria muito antes da nossa, mas também residiria na Antártica.

Bom, já comprovamos por meio das inscrições no próprio mapa que isso não é verdade, suas fontes, as quais citamos e traduzimos, indicam uma data que chega no máximo á época de Alexandre o grande, no século IV a.e.c., porém, para elucidar ainda mais o objetivo deste estudo, comprovaremos agora, de uma vez por todas, que o mapa não representa a Antártica, muito menos com clima quente.

Primeiramente, é importante salientar que é comprovado cientificamente que a Antártica já teve clima tropical, porém, no período eoceno, entre 40-50 milhões de anos atrás. Este estudo foi realizado pelos pesquisadores da Universidade de Yale e comprovou por meio de estudos geológicos, arqueológicos e climáticos que no período eoceno, a temperatura na Antártica era semelhante á temperatura da Califórnia, nos dias atuais.

"By measuring concentrations of rare isotopes in ancient fossil shells, the scientists found that temperatures in parts of Antarctica reached as high as 17 degrees Celsius (63F) during the Eocene, with an average of 14 degrees Celsius (57F) — similar to the average annual temperature off the coast of California today.
Eocene temperatures in parts of the southern Pacific Ocean measured 22 degrees Centigrade (or about 72F), researchers said — similar to seawater temperatures near Florida today."

"Ao medir as concentrações de isótopos raros em fósseis de conchas antigas, os cientistas descobriram que as temperaturas em partes da Antártida chegaram a 17 graus Celsius (63F) durante o Eoceno, com uma média de 14 graus Celsius (57F) - semelhante à média anual da temperatura na costa da Califórnia hoje. As temperaturas do Eoceno em partes do sul do Oceano Pacífico mediram 22 graus centígrados (ou cerca de 72F), disseram os pesquisadores - semelhantes às temperaturas da água do mar perto da Flórida hoje."

Em pouca palavras, a Antártica já era um enorme bloco de gelo na época em que Hapgood afirmar ter existido uma civilização residente lá. E mesmo que houvesse tal civilização na época em questão, ela teria vivido no meio do gelo, pois o clima na região era ainda mais frio do que atualmente, na época apontada por ele.

Ao descobrir isso, Hapgood propôs outra hipótese, na esperança de fazer sua teoria não cair por terra. Ele afirmou que enormes massas de gelo se formaram nos polos terrestres, desestabilizando a rotação terrestre. Essa hipótese não foi muito longe, logo os cientistas comprovaram que tal evento não seria possível, e mesmo que fosse, teria alterado completamente o Eixo Axial (inclinação) da Terra, o que não aconteceu, portanto, tal evento também não.

Perceba que o argumento primário da teoria de que o Mapa de Piri Reis provém de uma antiquíssima civilização é o de que ele representa detalhadamente a Antártica antes dela ser descoberta e sem gelo, porém, o próprio Hapgood se contradiz em suas afirmações, uma vez que ele afirma que o continente tinha clima quente na época dessa civilização, mas depois, afirma que "enormes massas de gelo se formaram nos polos terrestres, desestabilizando a rotação terrestre".

Ora, se a Antártica fica em um dos polos, como poderia ele afirmar que ela possuía clima quente ao mesmo tempo que afirma que o gelo nos polos era tão intenso, que desestabilizou a rotação da terra? Obviamente, Hapgood estava tentando fazer sua teoria se encaixar á realidade, ou melhor, a realidade se encaixar á sua teoria, o que não aconteceu.

Continuando, vemos também que existem algumas notas de informação na região que é tida por Hapgood como a Antártica, vejamos:

Tradução do Turco Otomano para o Inglês, feita pelo Dr. Taner Akçam, Middle East Technical University.

Tradução:

  • Texto á esquerda: "Nesse país, parecem haver monstros com pelos brancos nesta forma, e também bois de seis chifres. Os infiéis portugueses escreveram isso sem seus mapas."

  • Texto á direita: "Este país é um desperdício. Tudo está em ruínas e também é dito que cobras enormes são encontradas aqui. Por essa razão, os infiéis portugueses não ancoram nessa costa, também é dito que é muito quente."

Como podemos ver, as notas sobre a região não nos apresentam uma descrição confiável da Antártica, tanto em clima, quando em fauna. Observe que ele representa uma cobra no canto inferior direito, e afirma que grandes cobras são encontradas nesse país, o que, por si só, já comprova que o local não poderia ser a Antártica.

Digo isto por um simples motivo, cobras são répteis, que são animais ectotérmicos, ou seja, necessitam de fontes externas de calor para manter sua temperatura corporal. Isso quer dizer que eles precisam ficar expostos ao sol ou em algum lugar aquecido, não conseguindo sobreviver em locais gelados.

Mas então, o que seria essa região inferior no mapa de Reis? Simples, a parte sul da América do Sul. Como já citamos, era comum para os critérios cartográficos da época, que o novo mundo fosse representado em escala bem maior do que o velho mundo, da mesma maneira, já foi explicado também que na época em questão, era recente a comprovação de uma terra esférica, por isso, os próprios mapas eram produzidos em formato esférico, forçando os cartógrafos a representar diversos territórios com curvaturas que em verdade, não existiam.

Note que se sobrepormos o mapa da América do sul ao Mapa de Piri Reis e girarmos 90º, as imagens parecem combinar quase que perfeitamente com a parte sul da América do Sul, considerando, obviamente, erros e imprecisões já citadas anteriormente.

Da mesma maneira, temos mapas portugueses que obedecem a este mesmo estilo cartográfico, como o de Juan de La Cosa, onde a parte sul da América do Sul é representada quase que deitada, indo bem mais ao leste do que realmente vai.

O Formato dos mapas, sempre arredondados nos cantos, nos indicam que para o desenho caber dentro do mesmo, realmente precisariam possuir curvaturas, caso contrário, não se encaixariam no formato dos Gráficos Portulanos.

Conclusão

Indo direto ao que interessa, baseado nos estudos citados acima, nas notas de informação contidas no mapa e sabendo que portugueses não exploraram a Antártica, concluo que o Mapa de Piri Reis não foi baseado em fontes antiquíssimas provenientes de uma outra humanidade, tampouco, representa a Antártica com clima quente.

O mapa é apenas mais um dos muitos Gráficos Portulanos que sobreviveram até os dias atuais, contendo características dos mesmos, como cores, tipos de informação, representações e outros pontos já citado acima. As anotações que Reis fez no mapa nos comprovam isto, pois vemos por diversas vezes que ele cita os portugueses, ou afirma que eles "escreveram isso em seus mapas".

Não há como não chegar á conclusão de que Reis não usou fontes antiquíssimas, nem representou a Antártica, pois ele mesmo nos conta isso nas notas de informação de seu mapa, basta ler e entender.

Em resumo, fica claro que a época em questão, a corrida pelo novo mundo, a falta de conhecimento geográfico, a adequação da visão de mundo de cada nação e alguns teóricos secundários (nas últimas décadas), contribuíram para que um mapa comum para sua época, atualmente, parecesse algo que não é, representando algo que não representa.

Pesquise, confira as fontes, referências, bibliografias, tudo que lhe ajude a ser um pesquisador de verdade, baseie-se em evidências, não em gostos ou crenças.

Bibliografia e Fontes:

Livros: Piri Reis - The Book of Bahriye

Gregory C. McIntosh - The Piri Reis Map of 1513

Andy R. Levers - The Truth of Piri Reis Map

Sites:








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