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- A ORIGEM E O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO NATAL
A história do Natal começa, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes da era comum. É tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. O chamado ciclo do Natal é celebrado durante 12 (doze) dias, que compreendem o dia 25 de dezembro até o dia 6 de janeiro. Assim sendo, o Natal teve origem em festas pagãs que eram realizadas na antiguidade, pois celebrava o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. Para entender melhor, assista atentamente o vídeo abaixo 👇🏼: O 25 de Dezembro, representa o ponto de virada das trevas para luz: o “renascimento” do Sol. 🌞 Na Mesopotâmia, a celebração durava 12 dias. Já os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa. Os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até os povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam: a festa era em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 AEC, para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano. Em Roma, século 2, no dia 25 de dezembro, a população festejava em homenagem ao nascimento daquele que veio para trazer benevolência, sabedoria e solidariedade aos homens. Cultos religiosos celebram o ícone, nessa que é a data mais sagrada do ano. Enquanto isso, as famílias apreciam os presentes trocados dias antes e se recuperam de uma longa comilança. Mas NÃÃÃÃOOOOO !!! Essa comemoração não é o Natal. Trata-se de uma homenagem à data de “nascimento” do deus persa Mitra - o Deus que representava a luz e, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos. NOTA: Durante o apogeu do Império Romano, uma antiga religião inspirada no deus Mitra ganhava força entre o povo. Apesar disso, ainda hoje é pouco desvendada, dando espaço há muitas especulações. A maior parte das informações sobre o Mitraísmo é encontrada em poucas referências feitas por autores clássicos, além de algumas estátuas e templos. Por outro lado, não existe nenhum texto redigido pelos próprios mitraístas que expliquem a religião ou seus mitos. Sendo assim, para compreender um pouco de Mitra e seu culto, é preciso analisar pistas escassas ao longo da história. De acordo com Plutarco, o culto de Mitra pode ter surgido a partir dos soldados romanos que atuaram na Anatólia. Eles teriam importado a divindade de cultos locais para o Império, misturando com outras referência. Entre elas, por exemplo, está o sincretismo da religião persa com o helenismo, porém em diferentes mitologias de povos de línguas indo-europeias há vários personagens de nome parecidos com Mitra, assim como, Mithras, Mioro e Mihr. Em escritos do segundo milênio AEC, da região da Anatólia, Mithra aparece como guardião de juramentos e contratos. Além disso, seu nome era usado como sinônimo para pacto e chegou a nomear a dinastia dos reis Mitrídates. Por outro lado, na crença védica, essa função era exercida por Indra e Mitra protegia a ordem, a verdade e a amizade. Enquanto isso, a religião irânica coloca Mitra como membro de uma trindade completada por Ahura Mazda e Anahita. Com tantos registros diferentes de Mitra em mitologias variadas, é difícil apontar uma origem precisa para o surgimento do mito. No entanto, é possível afirmar que rituais, mitos e templos mitraístas foram implantados pelos romanos. Existem alguns pontos comuns entre mitraísmo e cristianismo. Por causa disso, teóricos dos séculos XVIII e XIX acreditam que uma religião pudesse ter influenciado a outra diretamente. De acordo com Salomon Reinach, o cristianismo era uma derivação direta do mitraísmo. Isso porque teorias apontam que o mitraísmo também incluía práticas como acender velas, soar sinos, cantar hinos, fazer rituais com pães e vinhos e cultuar um deus único e supremo. Além disso, os mitreus seriam comandados por padres responsáveis por cerimônias semelhantes a confissão e batismo, por exemplo. Historicamente, existe uma semelhança que pode ser comprovada. 👇🏼👇🏼👇🏼👇🏼👇🏼👇🏼 Antes de marcar o Natal cristão, o dia 25 de dezembro já era celebrado por seguidores de Mitra. Os romanos celebravam o deus nessa data, cultuando o Sol durante o velho solstício de inverno. O imperador Aureliano instituiu para 25 de dezembro de 274 d.C. o culto oficial do Sol Invicto, patrono dos soldados. Embora não reconhecido oficialmente como o deus Mitra, o deus sol de Aureliano possui muitas características que são próprias do mitraísmo! - CONCLUSÃO: O Natal foi "inventado" pelo movimento católico ROMANO para se opor as festas e cultos pagãos já que como visto anteriormente, são cultos e datas celebradas pelos nórdicos e bárbaros que tomaram a Europa quando da queda do império Romano do ocidente e os Romanos tinham uma religião migrada dos gregos, que por sua vez foi migrada dos persas e que por sua vez foi migrada dos Indo Arianos, cujo Deus era o Deus Mitra. Alexandre o Grande foi o agente que levou essa religião para a Grécia (Mitraismo Helenistico) e por sua vez, os Romanos adotaram essa religião criando o chamado Mitraismo Romano. O culto ao Deus Mitra esteve presente no Império Romano e que se fundiu com o culto nórdico da celebração do dia 25 de dezembro (Solstício de Inverno) chamado Solis Invictus - Sol Invicto na data que celebrava a volta do Sol no Inverno Nórdico. A fim de contrapor essa comemoração pagã, o movimento católico da época passou a contrapor essa data comemorativa criando então o dia de nascimento de Jesus, ou seja 25 de dezembro. (Vale lembrar que nessa época, por volta de 350 DC - 400 DC, não existia o calendário gregoriano, mas sim, o calendário Juliano). Assim sendo, o que se sabe atualmente é que o Natal, enquanto comemoração cristã, não existia até o final do século II EC, e provavelmente até o final do século III EC. Na época, existia uma discussão entre os grandes nomes do cristianismo sobre a data do nascimento de Cristo, mas nenhuma delas mencionava o dia 25 de dezembro. O Primeiro Natal 25 de dezembro já era uma data de grande festividade e costumes em homenagem ao Sol Invicto. Assim, de acordo com muitos historiadores, Constantino, o primeiro imperador romano cristão, celebrou pela primeira vez o Natal, em 336 d.C. Em 350 AEC., o Papa Julio I proclamou o dia 25 de dezembro como a data oficial do nascimento de Cristo. Dessa forma, Jesus foi associado ao deus Sol, assumindo a forma da luz que trará a salvação para a humanidade. A religião católica foi promulgada como a religião oficial do Império Romano pelo Imperador Flávio 🤔 Teodósio através do Édito de Tessalônica (380), tornando-a única, oficial e obrigatória em todo império. Em 381, proibiu todos os ritos pagãos (não cristãos) e dividiu o império em duas partes: Império Romano do Ocidente com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla. Para entender o contexto do IMPERIO ROMANO, acesse o meu artigo "A Dinastia Paleóloga - A última Dinastia do Império Bizantino (Império Romano do Oriente) - parte 1" Símbolos de NATAL, tais como: Presépio, Árvore de Natal e Papai Noel, são oriundos também de cultos pagãos. Vamos entender ! O PRESÉPIO DE NATAL: O presépio de Natal foi uma criação de uma pessoa chamada Giovanni di Pietro di Bernardone ou São Francisco de Assis, no SEC 13 EC ou mais especificamente em 1223. Giovanni di Pietro di Bernardone, nasceu na cidade de Assis, 1181 ou 1182 — 3 de outubro de 1226), foi um frade católico nascido na atual Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo. Era filho do comerciante italiano Pietro di Bernadone dei Moriconi e sua esposa Pica Bourlemont, cuja família, tinha raízes francesas. Os pais de Francisco faziam parte da burguesia da cidade de Assis, e graças a negócios bem sucedidos na Provença, França, conquistaram riqueza e bem estar. Na ausência do pai, em viagem à França, sua mãe o batizou com o nome de Giovanni (João, em português, a partir do profeta São João Batista) na igreja construída em homenagem ao padroeiro da cidade, o mártir Rufino. A origem de seu nome Francesco (Francisco) é incerta Os pais de Francisco faziam parte da burguesia da cidade de Assis, e graças a negócios bem sucedidos na Provença, França, conquistaram riqueza e bem estar. Na ocasião do Natal de 1223, em Greccio, na Itália para facilitar a compreensão de sua pregação, São Francisco de Assis montou o primeiro presépio na história, utilizando-se de argila e de animais de verdade. Foi um presépio vivo, com moradores da pequena localidade representando o Menino Jesus na manjedoura, Nossa Senhora, São José, os Reis Magos, os pastores e os anjos. Os animais também eram reais: o boi, o burrico, as ovelha. A prática acabou espalhando-se por toda a cristandade europeia com o passar do tempo. Não demorou para que a piedosa iniciativa se espalhasse, transformando-se em costume natalino e dando origem aos presépios esculpidos, que se popularizaram nas igrejas por volta do século XVI por obra dos padres jesuítas. Simbolizando a Natividade do Filho de Deus, a imagem do Menino Jesus é finalmente ali colocada na noite de Natal. As principais figuras do presépio são: Nossa Senhora: Mãe de Jesus. Aquela que disse o seu ‘sim’ à vontade de Deus, e por ela a humanidade recebeu Jesus. São José: Pai adotivo. É o homem que o assumiu como filho, que lhe deu um nome, um lar, que ensinou a Jesus uma profissão: a de carpinteiro. Menino Jesus: É o Filho de Deus que se fez homem, para dar sua vida pela humanidade. O Anjo: É o mensageiro de Deus, comunicador da Boa Notícia. Os Pastores: Simbolizam a humildade e os pobres, que enxergam no menino Jesus a esperança do reino de Deus. Os animais: simbolizam a humildade, pois naquele tempo a profissão de pastor era uma das menos reconhecidas. Estrela: Simboliza a luz de Deus que guia ao encontro do Salvador. Reis Magos: Belchior, Gaspar e Baltazar eram homens da ciência. Eles representam a ciência que vai até o Salvador e o reconhece como Deus. Ouro, incenso e mirra: O ouro significa a realeza; era um presente dados aos reis. O incenso significa a divindade, um presente dado aos sacerdotes. Sua fumaça simboliza as orações que sobem ao céu. E a mirra simboliza o sofrimento e a eternidade. Também é tradicional se pôr uma estrela no topo do presépio, em lembrança daquela que guiou os três reis do Oriente até Belém para venerarem o Salvador: Gaspar, Melchior e Balthazar. Por fim, a presença dos anjos no presépio evoca o cântico “Glória a Deus nos Céus e paz na terra aos homens de boa vontade”, mencionado nas Escrituras. BONUS: OS ESTRANHOS PRESÉPIOS DO VATICANO. OS TRÊS REIS MAGOS: Os três reis magos representam todos os povos da terra e são figurados com suas exóticas montarias: camelos ou mesmo elefantes. Há famílias que os posicionam inicialmente longe da gruta e os vão aproximando mais a cada dia, até fazê-los chegar junto ao Menino na festa da Epifania, em 6 de janeiro. Os nomes dos três reis magos O nome de cada um deles tem significado: Melchior — significa: “Meu Rei é Luz”; Gaspar — significa: “Aquele que vai inspecionar”; Baltazar — significa “Deus manifesta o Rei”. Documento encontrado na Biblioteca do Vaticano A Biblioteca do Vaticano possui um documento chamado A Revelação dos Magos. Esse documento foi descoberto no século XVIII, mas foi traduzido do siríaco antigo apenas no século XXI. O registro sobre os magos provavelmente foi feito no século II. O responsável pelos estudos do documento foi Brent Landau, professor de Teologia da Universidade do Oklahoma, especialista em documentos cristãos da Igreja primitiva. Segundo este registro histórico, os 3 reis magos eram descendentes de Set, terceiro filho de Adão. Diz-se que na verdade não eram 3 reis, mas sim 12. Muitos cristãos orientais possuem uma longa tradição de que 12 reis magos foram visitar Jesus no seu nascimento. Porém, o fato de serem 12 não exclui os 3 tradicionais. Muitos afirmam que o destaque dos 3 reis tradicionais vem do fato de terem dado os presentes simbólicos ao menino Jesus. Isso não exclui a existência de outros reis magos nem dos 3 tradicionais. O documento diz que eles receberam uma profecia de seus antepassados, afirmando que uma estrela apareceria para sinalizar o nascimento do próprio Deus encarnado. CURIOSIDADE : Os restos mortais dos 3 reis magos Segundo narrativa, os restos mortais foram encontrados na Pérsia, pela imperatriz Santa Helena, no século IV. Ela os levou para Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente na época. A história é documentada pelo livro Historia Trium Regum, de John of Hildesheim, feito no século XIV. Ainda no século IV, as relíquias foram transferidas para Milão. Em 1164, o Imperador Frederico Barba Roxa saqueou Milão e transferiu as relíquias para a catedral da cidade de Colônia, na Alemanha. A devoção dos fiéis era tão grande que a catedral precisou ser reformada e ampliada, dando lugar à igreja gótica que está de pé até hoje. Muitos ainda peregrinam até a catedral pela sua devoção aos reis magos. Em 1864 e em 2004, o relicário dos 3 reis foi aberto, revelando conter partes dos esqueletos de três homens, no entanto...... Seus crânios indicavam pessoas com idades diferentes: um mais jovem, um de meia-idade e outro idoso. A ORIGEM DO "PAPAI NOEL" : Esse é outro personagem que se origina de traços da cultura cristã <> pagã <> cristã que se misturaram ao longo da história. A origem cristã do Papai Noel remonta a um bispo cristão que viveu na Ásia Menor entre os séculos III e IV EC: Seu nome? São Nicolau. Esse bispo ficou conhecido por ser extremamente generoso, tendo uma vida marcada por obras de caridade, socorrendo os pobres. Por outro lado, há uma tradição que liga o Papai Noel a ODIN, deus da mitologia nórdica que era conhecido pelos povos germânicos como um deus que presenteava as crianças na véspera do Yule (pode ser chamado de Jól), festival que acontecia no solstício de inverno no norte da Europa. Com a cristianização do norte da Europa, houve uma fusão das crenças que envolviam ODIN e SÃO NICOLAU. ATOR ANTONY HOPKINS - DE ODIN (IMAGEM SUPERIOR) e PAPAI NOEL (ACIMA). Na Holanda, a cristianização deu origem ao Sinterklaas (remete a São Nicolau ou Santa Claus, no inglês). Essa lenda foi levada à América por imigrantes holandeses. Dizem que Papai Noel tinha originalmente Roupas azuis mas... na década de 1930, a Coca-Cola pegou a história sobre o Papai Noel e popularizou-a em suas peças de publicidades, fazendo com que a fama do Papai Noel se espalhasse pelo mundo, consolidando sua forma e suas cores atuais, ou seja VERMELHO 😳 Wodan ou Woden (em inglês antigo: Ƿōden, Também referido como Odin ou Wôdan, (saxão antigo: Uuôden) ) é uma das principas divindades do politeísmo anglo-saxão e germânico. Juntamente com seu equivalente nórdico Óðinn, representa um desenvolvimento do deus proto-germânico *Wōdanaz. Mais especificamente, ele pode ser encontrado no termo que designa a quarta-feira no idioma inglês, Wednesday (do inglês antigo Ƿōdnesdæġ). Para contrapor a cor VERMELHA da COCA-COLA, será que é por isso que a PEPSI é AZUL? Comerciais da Coca Cola Santa, do ARQUEOHISTÓRIA pra vocês! ARVORE DE NATAL: A tradição que se popularizou na cultura europeia e permaneceu sendo realizada mesmo com a cristianização da Europa. A árvore de Natal, por sua vez, é inteiramente pagã. Trata-se de uma tradição que se popularizou na cultura europeia e permaneceu sendo realizada mesmo com a cristianização da Europa. As árvores na Antiguidade eram utilizadas por diferentes povos como decoração ou como parte de seus rituais religiosos. No que se refere à árvore de Natal, os historiadores remontam sua origem ao Yule, o já mencionado festival religioso realizado pelos nórdicos no solstício de inverno, portanto, bem próximo ao 25 de dezembro. Com a queda do império Romano do Ocidente, então essa cultura se espalhou pelo norte da Europa, chegando aos países bálticos e permanecendo como tradição na Escandinávia e na Alemanha Os historiadores não sabem quando essa tradição restrita aos germânicos e nórdicos popularizou-se, o que se sabe é que, no final da Idade Média, já havia vestígios de casas com árvores decoradas. A prática então se espalhou pelo norte da Europa, chegando aos países bálticos e permanecendo como tradição na Escandinávia e na Alemanha. A partir da Idade Moderna (Queda do Império Bizantino), a prática de decorar árvores (o pinheiro) no interior da residência, ficou bem popular e, por intermédio dos ingleses, acabou espalhando-se pelo mundo. Ainda no século XIX, os alemães criaram as bolas de Natal, que passaram a ser parte da decoração da árvore natalina. Antes era comum utilizar maçãs e nozes para a decoração das árvores. As bolas de Natal eram produzidas de vidro. As árvores na Antiguidade eram utilizadas por diferentes povos como decoração ou como parte de seus rituais religiosos. Todos os cristãos comemoram o Natal no dia 25 de dezembro? Não, somente os católicos e protestantes, isto, é, os cristãos ocidentais comemoram o Natal no dia 25 de dezembro. As igrejas cristãs orientais, como a ortodoxa e a copta, comemoram o Natal no dia 7 de janeiro. Essa diferença explica-se pelo diferente calendário que os cristãos ocidentais usam no calendário litúrgico. No Ocidente, é utilizado o calendário gregoriano; no Oriente, é utilizado o calendário juliano. O primeiro surgiu no século XVI por intermédio do papa Gregório XIII, e o segundo é um calendário fundado por Júlio César no século I AEC. Mas isso, iremos falar em outro artigo >>> A história e origem do CALENDÁRIOS e a verdadeira data de passagem de ANO NOVO. Imperdível !! 😜 E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Deixe seu like. Instagram e Facebook ArqueoHistória >>> Instagram Facebook. Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: Francisco de Assis – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Natal: origem, símbolos e significados - Mundo Educação (uol.com.br) A origem do presépio - o primeiro presépio foi criando na Itália em 1223 (cancaonova.com) São Francisco de Assis, o criador do presépio (aleteia.org) Natal: origem, símbolos e significados - Mundo Educação (uol.com.br) Três Reis Magos – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Papai Noel, de Odin a Papai Noel | História (historiek.net) | do dia de Natal 25 de dezembro - Calendarr https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/historia-dos-3-reis-magos?utm_source=search&utm_medium=ads&utm_campaign=trafego_portal&utm_term=00+-+%5BKW%5D+Din%C3%A2mico&utm_content=dinamico&gclid=CjwKCAiAhKycBhAQEiwAgf19emWzLyUw6QPE-4sdOTCrdBMLBlFRQYOi3exmvudiyBHz0n9hjyEhQRoCYX4QAvD_BwE «Bible Gateway passage: Matthew 2 - New International Version - UK». Bible Gateway (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2021 ↑ Vermes, Geza, The Nativity: History and Legend, Londres, Penguin, 2006, p.22; E. P. Sanders descreve as histórias da natividade como "os mais claros casos de invenção nos Evangelhos" (E. P. Sanders, The Historical Figure of Jesus, 1993, p.85). ↑ Revista universal Lisbonense. UMA Sociedade Estudiosa, Volume 4. Editora Imprensa Nacional, 1845. ↑ Faleiro, Angelita. Desbravando nosso folclore. Editora Biblioteca24x7. ISBN 857893573X, 9788578935733. ↑ Borba, Francisco da Silva. Verbete "Santos Reis". Dicionário UNESP do Português Contemporâneo. Editora UNESP, 2005. ISBN 8571395764, 9788571395763. ↑ Enciclopédia Católica Popular (Paulinas Editora) ↑ «As variantes Melchior e Belchior». Ciberduvidas. Consultado em 25 de Abril de 2014 ↑ MACHADO, José Pedro, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, tomo I, página 210.
- A "Lâmpada" de Dendera
Não é segredo que a história e a arqueologia estão repletas de teorias alternativas. Teorias fantásticas e mirabolantes que cercam os livros, filmes, sites e canais no Youtube. Uma dessas teorias, bastante conhecida é a da "Lâmpada de Dendera", relevos na parede de um dos templos do complexo de Dendera, no Egito, que muitos afirmam representar uma lâmpada elétrica, o que seria incomum para o contexto dos egípcios da época. Essas ideias falsas são repetidas com bastante frequência em toda a Internet, principalmente em programas de TV como "Alienígenas do Passado". É bastante intrigante o fato de que tantas pessoas aceitam essas ideias vindas de outras que não demonstram a mínima proficiência na língua, história ou arqueologia egípcia, falhando em transmitir o mais simples, o que os antigos egípcios diziam sobre as próprias representações. De todas as ideias relacionadas aos fenômenos culturais do Egito Antigo que circulam hoje, as pessoas que promovem tais ideias nunca dão uma tradução de quaisquer inscrições que acompanham tais imagens, muitas vezes, até cortando essas inscrições da imagem (o caso da imagem de capa). Dendera O que é comumente chamado de Templo de Dendera está localizado a cerca de 2,5 km a sudeste de Dendera, no Egito, fazendo parte do complexo de templos da deusa Hathor, originalmente chamado "iwnt mdw-nTr"(Medew Netcher), na língua dos antigos egípcios. Todo o complexo cobre cerca de 40.000 metros quadrados e é cercado por uma pesada parede de tijolos de barro. Dendera foi um local para capelas/santuario por grande parte da história do antigo Egito. Há evidências de que o faraó Pepi I construiu este local. O edifício existente mais moderno no complexo hoje é o Mammisi, erguido por Nectanebo II – o último dos faraós nativos (360–343 a.e.c). O que a teoria afirma? É importante salientar que para a produção deste artigo, o autor analisou cuidadosamente os trabalhos de diversos propositores da teoria da Lâmpada de Dendera, bem como artigos de diversos contrapositores desta, no intuito analisar os dois lados da corrente, a oficial e a alternativa. Seus respectivos links estão na bibliografia ao final do texto. Independente de qual pesquisador seja o livro ou artigo, nota-se que todos compartilham dos mesmos argumentos, que podem ser facilmente resumidos pelo texto do roteiro inicial do programa "Alienígenas do Passado", no canal History Channel. "No Egito, existe uma cripta subterrânea em Dendera, onde e apenas os sumos sacerdotes tinham acesso. Nas paredes você tem representadas em relevos oque parecem ser lâmpadas elétricas. Temos que questionar uma coisa: como os antigos egípcios iluminavam o interior de suas tumbas? Se os antigos egípcios usavam algum tipo de luz elétrica para iluminar suas passagens, por que a evidência visual existe apenas no antigo templo de Dendera? No Egito você tinha diferentes áreas de especialidade e Dendera era a área onde o conhecimento da fonte doadora de luz era guardado, e esse conhecimento secreto era guardado pelos sumos sacerdotes. Eles eram os únicos que tinham acesso a esse tipo de informação, porque Dendera era o lugar especial onde esse conhecimento específico era guardado." Roteiro retirado do início do Ep. 4, 2º temporada de Alienígenas do Passado No livro "Das Licht der Pharaonen. Hochtechnologie und elektrischer Strom im alten Ägypten" (Luz dos Faraós. Alta Tecnologia e Eletricidade no Egito Antigo), os autores austríacos Peter Krassa e Reinhard Habeck apresentam uma “Tese Elétrica” e dizem o seguinte sobre os relevos: "As paredes são decoradas com figuras humanas ao lado de objetos que lembram lâmpadas de grandes dimensões. Dentro desses “bulbos” existem cobras em linhas onduladas. As caudas pontiagudas das cobras saem de uma flor de lótus, que, sem muita imaginação, pode ser interpretada como o soquete do bulbo. Algo semelhante a um fio leva a uma pequena caixa na qual o deus do ar está ajoelhado. Adjacente a ele está um pilar de dois braços, como um símbolo de poder, que está conectado à cobra. Também notável é o demônio parecido com um babuíno segurando duas facas nas mãos, que são interpretadas como um poder protetor e defensivo." A teoria contava até com um mapa sistemático explicando o que era cada componente representado na imagem. Segundo eles a imagem representa: 1. Sacerdote 2. vapores ionizados 3. descarga elétrica (cobra) 4. Soquete da lâmpada (Lotus) 5. Cabo (haste da Lotus) 6. Deus do ar 7. Isolador (Pillar de Djed) 8. Portador de luz. "Thoth" com facas 9. Símbolo para “corrente” 10. Polaridade inversa (Haarpolarität +) 11. Armazenamento de energia (gerador eletrostático?) Impressionante né? Ou não, porque este é um belo exemplo de como alguém inteligente consegue moldar todo um contexto para se adequar á sua teoria. A forma como alguns autores trabalham, tirando alguns detalhes do contexto e moldando-os para criar uma nova realidade, produzirá resultados espetaculares, mas não confiáveis. Os relevos egípcios têm a característica de não se localizarem simplesmente sem conexão na imagem, e olhar para uma imagem dessas tirando conclusões sem nem mesmo ler as inscrições contidas nela, é a mesma coisa que abrir um livro e só olhar as imagens, ignorando todo o texto. Cumpre ressaltar que a contra-argumentarão presente neste artigo abrange de forma geral todos os argumentos utilizados pelos diversos propositores da teoria, pois como já dito, todas compartilham dos mesmos pontos, diferindo apenas em alguns resultados de cálculos ou interpretação de imagens. Bom, sobre a questão da iluminação das câmaras, é comprovado arqueologicamente que os egípcios possuíam diversas formas de iluminação, como lâmpadas a óleo, velas, tocha e diversos outros. Alguns entusiastas afirmam que tochas, velas e lamparinas a óleo não poderiam ter sido usados em tais câmaras, apontando que não há evidências de carbono nos tetos de tais construções, o que indicaria que não houve queima de materiais nos locais. Obviamente isso não é verdade, resquícios de queimas foram encontrados em praticamente todas as estruturas egípcias, como você pode comprovar em: Ainda assim, alguns entusiastas afirmam que o oxigênio em tais câmaras era tão escasso que não sustentaria a combustão por sequer 1 minuto. Bom..A própria lógica contraria esta afirmação, veja só: Se não havia combustível para a queima, obviamente não haveria oxigênio para os próprios trabalhadores egípcios respirarem. Mesmo assim, indo mais além na mirabolação infundada, consideremos que realmente não houvesse oxigênio o bastante no interior dessas câmaras. Sendo assim, não haveriam pessoas também, pois não seria possível respirar por mais de 10 minutos, levando em consideração que a combustão utiliza 10x mais oxigênio do que uma pessoa comum respirando. Comprove em: Se não haviam pessoas no interior, qual seria o objetivo de ter uma lâmpada elétrica iluminando um local, já que ninguém estaria lá para ver? É como sempre falamos, tais teorias geralmente não passam do primeiro critério de validação, a lógica. O que as imagens estão realmente retratando? Primeiramente, note que a suposta imagem da “lâmpada” é encontrada em outros lugares nestas inscrições, porém, muitas pessoas creem que existe apenas uma. A cripta que está sendo discutida é rotulada como "SC", e contém cinco relevos que correspondem aos cinco festivais mencionados na sala de culto correspondente no templo de Hathor, deusa principal da cidade de Dendera. Desses cinco relevos, dois deles trazem imagens da chamada "lâmpada", e nas inscrições, encontra-se diversas vezes o hieróglifo correspondente. Na foto podemos ver Har Sema Tawy (traduzido ao pé da letra como Horus o Unificador das duas Terras), na da forma da serpente, significando o Ba de Horus. É sobre ele que grande parte dessas inscrições e representações falam. Posteriormente, Har Sema Tawy tambem veio a ser o nome dado ao evento de procissão até Dendera. Vemos também a barca solar com a proa do barco feita da flor de lótus. Estas imagem está localizada no mesmo relevo da suposta Lâmpada, porém, ao lado direito, como vimos na imagem anterior. Tradução das colunas 1 a 2: "Palavras faladas por Har, Unificador das Duas Terras, o grande deus que reside no centro de Dendera. Ouro, altura: 4 cubits. Barca do dia Solar feita de metal, flor de lótus de ouro." Tradução das colunas 3 a 5: "Palavras faladas por Har, Unificador das Duas Terras, o grande Deus, que reside no centro de Dendera, o de penas multicoloridas que está no Serekh. Ouro, altura: 3 cubit" Tradução das colunas 6 a 9: "Palavras ditas por Ihy, o grande, o filho de Har Sema, Ra em sua forma do grande Deus, que aparece com o diadema como um rei do Egito e como um mestre do festival Sed; Você reina sobre Dendera mil vezes desde a eternidade até a conclusão do Djed, eternidade. Ouro. Peso: 7 cubit". Como vimos, não há nenhuma implicação ao uso de lâmpadas elétricas. Tudo dentro das inscrições é simbolismo egípcio antigo padrão, embutido na cultura. As inscrições falam sobre as descrições dos artefatos armazenados nas câmaras da cripta do templo, de que eram feitos, seu tamanho (altura) e peso (cubit, sistema de medida utilizado pelos antigos egípcios). Cumpre ressaltar que Har Sema Tawy, uma das mais importantes divindades egípcias antigas, era conhecido sob vários outros nomes, como Hórus, Harsomtus, Her, Heru, Heru Hur, Hor (e outros), desempenha um papel crucial na mitologia egípcia. Hórus foi adorado no Egito pré-histórico e mais tarde passou a ser associado à realeza e à unidade política do Egito. Ele é representado em muitas formas, incluindo a de uma serpente, falcão e criança. Um mito egípcio menciona Ihy, o filho de Horus e Hathor, surgindo de uma flor de lótus, como vemos nas imagens de Dendera. Agora vamos para a esquerda, nas inscrições logo acima das “lâmpadas duplas”. Este é o relevo das famosas “lâmpadas duplas”. Está localizada no final da parede sul. Existem dois conjuntos de inscrições acima das “lâmpadas”, que dizem: Tradução das 5 primeira colunas: "Palavras ditas por Har Sema Tawy, o grande deus que reside em Dendera, o Ba (cobra) vivo na flor de lótus da barca solar diurna, cuja perfeição os dois braços do pilar Djed carregam como sua imagem, enquanto os Ka's de joelhos estão com braços dobrados. Ouro. Todas as pedras preciosas, altura: 3 mãos. 5 cubit.". Tradução das 5 últimas colunas: "Palavras faladas por Har Sema Tawy, o grande, que reside em Dendera, que está nos braços dos príncipes na barca solar noturna, a nobre cobra, cuja estátua é carregada por Heh, cujo Ka carrega sua perfeição em santidade, por causa do Ba aparecendo no céu, cuja forma é admirada pelos admiradores, que vem como único, envolto por suas serpentes, com inúmeros nomes na Terra de Atum, o pai dos Deuses, que tudo criou. Ouro, metal, altura: 4 mãos. 6 cubit." Bom, está mais do que claro que não há se quer uma implicação ao uso de lâmpadas elétricas nas inscrições. Todas as imagens e figuras na parede são símbolos egípcios antigos, padrão e iconografia verificada e corroborada em todo o Egito por milênios, como você poderá conferir na bibliografia ao final do artigo. Aos não convencidos, mais evidências! Entenda um pouco mais sobre a mitologia e crenças Egípcias envolvendo tais símbolos. Para os Egípcios, assim como os eles navegavam no Nilo, os deuses também o faziam, e eles encenavam tal peregrinação com suas estátuas. Quando uma estátua de um deus partia de seu “Santo dos Santos”, ela era transportada em um santuário portátil que ficava em um pequeno barco ou barca, pelo qual era carregada em procissão cerimonial para outros templos, ou ao redor de sua própria cidade, ou mesmo para outra cidade. Para viajar no "Mundo Inferior", Ra navega no barco noturno chamado "msktt" (mesektet). Seu barco matinal para navegar pelo céu durante o dia chama-se "manDt" (mandjet). O conceito do sol (Ra) exigindo um barco para suas viagens celestes remonta ao Reino Antigo, onde Ra é chamado de “grande flutuador de junco”. Essas barcas solares e lunares são frequentemente representadas com a Flor de Lótus em sua proa ou popa e em barcos reais usados pelos egípcios, exatamente como vemos nos relevos de Dendera, na imagem ao lado das "Lâmpadas". A Lília Azul Egípcia, em egípcio antigo, "sSn" (Seshan), também conhecida como Flor de Lótus aquática Egípcia, tem sido um símbolo sagrado do Egito ao longo de sua história, sendo frequentemente retratada na arte egípcia. Foi retratada em inúmeras esculturas e pinturas em pedra, incluindo as paredes do famoso templo de Karnak. É frequentemente representada em conexão com ritos espirituais/mágicos significativos, como o rito de passagem para a vida após a morte. A flor de lótus é considerada extremamente significativa, pois se dizia que ela sobe/abre e desce/fecha com o sol. Consequentemente, por seu comportamento e colorações (azul com interior amarelo dourado), foi identificada, como tendo sido o recipiente original, à semelhança de um ovo, das divindades solares. A abertura simboliza o amanhecer de um novo dia ou novo ciclo, que é adequadamente retratado no templo de Het-Heru, tambén no mesmo complexo, e associado aos Festivais de Ano Novo. É também o símbolo da divindade egípcia Nefertem. A divindade da Eternidade cujo nome é"HH" (Heh) é um membro das oito divindades primordiais conhecidas como Ogdoada. Como os outros conceitos na Ogdoada, sua forma masculina era frequentemente descrita como um sapo, ou um humano com cabeça de sapo, e sua forma feminina como uma cobra ou humano com cabeça de cobra. Outra representação comum o apresenta agachado, segurando um talo de palmeira em cada mão (ou apenas uma). Representações de Heh também foram usadas em hieróglifos para representar um milhão, o que era essencialmente considerado equivalente ao infinito na matemática egípcia. Esta divindade também era conhecida como o “deus de milhões de anos”. Ele também foi associado ao ar e identificado como a divindade Shu. Como Shu, ele também é representado com os braços levantados segurando o céu nos pilares de djed, que também aparece nos relevos das supostas "Lâmpadas". O "Dd" (Djed) é um símbolo de pilar que representa o conceito de estabilidade, resistência e firmeza. É frequentemente associado a Osíris, o submundo e os mortos. O pilar djed era uma parte importante da cerimônia chamada 'levantar o djed', que fazia parte das celebrações de Heb Sed, as celebrações de jubileu do faraó egípcio. O ato de levantar o djed foi explicado como representando o triunfo de Osíris sobre Seth. M.R Reese, explica mais sobre a importância do pilar Djed na vida egípcia antiga: “O símbolo djed também é usado em uma cerimônia chamada “levantar o djed”. Esta cerimônia destina-se a representar o triunfo de Osíris sobre Set. Durante a cerimônia, o faraó utiliza cordas para erguer um pilar, com o auxílio de sacerdotes. Isso coincidia com a época do ano em que o ano agrícola começava e os campos eram semeados. Esta foi apenas uma parte de um feriado de 17 dias de festivais dedicados a Osíris. No geral, a cerimônia do djed representou tanto a ressurreição de Osíris quanto a força e a estabilidade do monarca.” Note que na representação das supostas lâmpadas podemos ver o Djed com braços erguidos, uma alusão ao ato de levantar o djed, citado acima. O que são as Lâmpadas? Onde os pseudo-historiadores veem uma lâmpada, os egiptólogos veem uma representação bem conhecida na mitologia egípcia antiga. Em uma inspeção mais próxima, fica claro que "energia", é na verdade, uma cobra emergindo de uma flor de lótus. O objeto em forma de bulbo representa o útero da deusa do céu Nut, a esposa do deus da terra Geb, através do qual o deus do sol Ra, viajava todos os dias. O consenso entre os egiptólogos é que a cobra que vemos no meio do objeto em forma de bulbo é o deus Harsomptus, também chamado de Har Sema Tawy, porém, mais comumente conhecido como deus Hórus, como já citado. As "Lâmpadas". Na verdade, tratam-se se um hieróglifo catalogado e bastante conhecido, encontrado em diversos textos egípcios. Existem inúmeras cenas retratando Nut com os pés e os braços curvados enquanto o sol está perto de sua boca e perto de seu útero. A “bolha” ao redor da serpente também representa um hieróglifo real usado na antiga língua egípcia. A palavra "Hn" “santuários primordiais, lugar sagrado, palácio sagrado” é atestada em abundância nos templos de Edfu, Karnak e Dendera, referindo-se ao santuário de nascimento primordial do sol. Como vimos, existiam maneiras diferentes de representar o mesmo hieróglifo, variando conforme dinastia e local, estes são os mais comuns em se tratando do "Hn". Conclusão Primeiramente, cumpre apontar que sim, os antigos egípcios possuíam uma tecnologia bastante avançada para seu tempo com toda certeza! O ponto é que é avançada apenas em relação ao contexto tecnológico de outras culturas que viveram na mesma época, mas nunca chegando a ser algo "fora do tempo", como os entusiastas afirmam. Se você procurar a palavra "tecnologia" no dicionário, vai encontrar o seguinte significado: "Tecnologia: Teoria geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade humana" O ser humano está acostumado a confundir o termo "tecnologia" com "utilização de máquinas e circuitos", porém, ao analisarmos o significado correto e oficial, logo percebemos que a tecnologia não é apenas um computador, carro ou celular, mas qualquer que seja o instrumento que dinamize e facilite uma atividade. Em resumo, um galho utilizado por um neandertal para alcançar uma fruta que esteja longe, já é tecnologia. Uma arma para caça ou defesa já é tecnologia. Um simples calçado de casca de arvores já é tecnologia. Até uma teoria, um sistema ou cálculo, já é tecnologia. Sendo assim, com toda certeza os egípcios possuíam uma tecnologia mais avançada que os povos contemporâneos, pois dominavam com mais proficiência as técnicas de construção, agricultura, astronomia e outras diversas. Em resumo, sim, eles tinham tecnologia avançada e não, ela não era elétrica ou maquinaria, como muitos creem. Agora voltando ao foco do artigo, como sempre digo, o contexto SEMPRE deve ser considerado, não é atoa que é o nome de minha página no Instagram "Contextologia". Os antigos egípcios não tinham um conceito de “Arte” como temos hoje, então, oque chamamos de belas “decorações” tinham propósito, intenção e significado que eram holísticos e interconectados à visão de mundo daquela cultura, naquela época. Ao ver a parede de um templo que contém tanto inscrições quanto belas imagens, devemos tratá-las como um todo. Na maioria, se não, em todos os casos de explicações rebuscadas dos fenômenos culturais egípcios, aqueles que promovem tais fantásticas ideias negligenciam a tradução das inscrições que acompanham as imagens, como no caso da famosa "Bolsa Anunnaki", que de bolsa e de anunnaki não tinha nada. Sem o conhecimento e pesquisas necessárias, as pessoas podem facilmente acreditar que essas representações são a prova de que havia utilização de eletricidade no antigo Egito, no entanto, geralmente falham em comprovar tal teoria pelo simples fato de não ser possível comprovar algo que não é real. Uma das razões para tal aceitação são os fenômenos psicológicos chamados Pareidolia, que se baseiam na inclinação natural do cérebro para buscar e reconhecer padrões familiares, quase como um programa natural de reconhecimento do cérebro. As pessoas hoje estão muito familiarizadas com a lâmpada e sua aparência e, ao olhar para objetos e símbolos desconhecidos, o cérebro tentará rapidamente identificar como algo familiar. O mesmo princípio está em ação quando rostos são vistos nas nuvens. É por isso que o contexto é tão importante. As inscrições que acompanham as imagens fornecem o contexto necessário para a interpretação adequada das mesmas. Tais incrições simplesmente descrevem os materiais e as dimensões das estátuas utilizadas em vários festivais associados ao Templo de Dendera, armazenados nas “criptas”, em especial, da procissão de Har Sema Tawy, bem como lista os itens que eram utilizados e ali ficavam armazenados, após o termino dos eventos. Esses festivais eram bem conhecidos e comumente praticados pelos antigos egípcios por séculos. Quanto as imagens em relevo, evidenciamos que são símbolo comuns, diretamente relacionados á cosmogonia e mitologia do antigo Egito. Ainda não convencido? Que tal responder nos comentários as seguintes perguntas: Se havia tecnologia elétrica, ou qualquer outro tipo de tecnologia desconhecida no antigo Egito, onde estão tais máquinas, lâmpadas, e afins? Onde estão os vestígios e resquícios materiais e arqueológicos de tal tecnologia? Se o tempo se encarregou de destruí-los, onde estão seus cacos, pedaços, ou até mesmo o pó de seus componentes? Se os teóricos e entusiastas podem se utilizar da falta de evidencias (que muitas vezes existem, porém são desconhecidas por eles) para embasar suas teses, não há problema algum em gerar perguntas utilizando a mesma falácia. Bibliografia e Referências Sites: https://www.amazon.com.br/Egyptian-Glyphary-Hieroglyphic-Dictionary-Sign/dp/1481007459 http://pyramid-mysteries.com/?top=dendera_e&page=translation https://digitalassets.lib.berkeley.edu/etd/ucb/text/Richter_berkeley_0028E_12249.pdf https://bookunitsteacher.com/ancient_egypt/dendera.html https://seshmedewnetcher.com/dendera-light-bulb-explained/ http://www.barrygraygillingham.com/Egypt/Lighting.html https://paulsmit.smugmug.com/Features/Africa/Egypt-Dendera-temple/i-H7hjpPp https://www.academia.edu/12489681/The_Goddess_Heh_Iconography https://archaeologicalmuseum.jhu.edu/staff-projects/ancient-egyptian-amulets/djed-pillars/ Livros: Peter Krassa and Rainer Habeck - Das Licht der Pharaonen" (Lights of the Pharaohs) Franck Gordon - DENDERA: Mysteries in Antique Egypt - Amazing Objects Selma Alcott - Egypt, Temple of Dendera: An Erotic Illustrated Story Abdelrahman A. Amin - Dendera: Land of the Goddess Hathor Fernando Schwarz - O Egito Invisível e o Poder dos Símbolos Bill Manley - Egyptian Hieroglyphs for Complete Beginners Joseph and Lenore Scott - Egyptian Hieroglyphs for Everyone: An Introduction to the Writing of Ancient Egypt E. A. Wallis Budge - The Egyptian Book of the Dead: The Book of Going Forth by Day: The Complete Papyrus of Ani Moustaffa Gadalla - The Egyptian Hieroglyph Metaphysical Language Nadine Guilhou - The Legacy of Egyptian Mythology: Cosmogony and Netherworld A História e a arqueologia são cheias de teorias secundárias mirabolantes como esta, quer saber quais mais já foram desmistificadas? Que tal aprender o que realmente era a tão famosa "Bolsa Anunnaki"? Para saber mais, adquira meu e-book em: Conheça minha página @Contextologia no Instagram, onde compartilho minhas pesquisas e artigos na área da História, Arqueologia, Filologia e outros.
- O Homem Pobre De Nippur
Vamos conhecer o primeiro filme do mundo em Assírio / Babilônico - O Pobre Homem de Nippur. É um dos raros relatos humorísticos que chegaram até nós da civilização mesopotâmica através dessa sátira que mostra um homem do povo vingando-se de um notável indigno de seu cargo e que se aproveita de seu poder para humilhar os "pequeninos". Este texto foi descoberto na década de 1950 EC em um tablet do site Sultantepe (Sultantepe é um sítio arqueológico na antiga Turquia, localizado na atual província de Şanlıurfa, perto do principal sítio antigo de Haran . Sultantepe pode corresponder à antiga cidade de Huzirina. Escavado por uma equipe britânica liderada por turco e Seton Lloyd na década de 1950 EC, foram desenterrados níveis arqueológicos do período do império assírio ( Séc. VIII e - VII AEC). Em particular, a "biblioteca" de um padre foi desenterrada, contendo vários textos rituais e escolares, incluindo obras literárias como a Epopéia de Gilgamesh ou a Pobre Hère de Nippur). - SOBRE NIPPUR Nippur (Sumério: Nibru, muitas vezes logograficamente registrado como𒂗𒆤𒆠, EN. LÍLKI, "Cidade de Enlil"; Acádio:Nibbur) foi uma antiga cidade suméria. Era a sede especial da adoração do deus sumério Enlil, o "Senhor Vento", governante do cosmos, subordinado apenas a An. Nippur estava localizado na moderna Nuffar em Afak, Al-Qādisiyyah Governorate, Iraque (cerca de 200 km ao sul de Bagdá). A ocupação no local se estendeu até o período Uruk, o período Ubaid e o período Jemdet Nasr. ESPECIAL - NIPPUR EM 3D. - Antiga Mesopotâmia - uma visão geral A antiga Mesopotâmia, a terra dos rios Tigre e Eufrates, agora se encontra principalmente no Iraque moderno e no nordeste da Síria, juntamente com o sudeste da Turquia e o oeste do Irã. Há mais de cinco mil anos, surgiu nesta região a primeira sociedade letrada e urbana do mundo. A Mesopotâmia era diversificada e mudava infinitamente. Após as primeiras culturas históricas da Suméria e da Acádia, a região foi mais tarde dominada pelos grandes impérios da Assíria e da Babilônia e estava em constante interação com as culturas contemporâneas da Anatólia (atual Turquia), noroeste da Síria, Levante, Egito, Irã e Golfo. A história mesopotâmica é o primeiro capítulo da história do mundo ocidental. Após o primeiro florescimento da cultura urbana, associado particularmente à espetacular arquitetura do templo e aos primeiros arquivos escritos escavados em Uruk, no sul do Iraque, o período dinástico inicial viu cidades-estado rivais competindo pelo controle da terra irrigada do sul da Mesopotâmia e estendendo suas influências econômicas e culturais às terras vizinhas. A dinastia fundada por Sargão de Acádia e a Terceira Dinastia de Ur uniram a região sob um governante por um século ou mais, e mais tarde todo o sul caiu sob o controle de Hamurabi da Babilônia, uma conquista que ele celebrou promulgando suas leis e inscrevendo-as em sua famosa Estela (agora no Louvre). Após um período de rupturas políticas, tanto a Babilônia quanto a Assíria pertenciam ao clube de elite das grandes potências da Era de Amarna, juntamente com os egípcios, mitaninos e hititas. Após outro período de ruptura associado ao colapso dos estados palacianos no Mediterrâneo e na Anatólia e à incursão de nômades arameus nas planícies da Mesopotâmia, os reis da Assíria forjaram o maior império territorial então conhecido, estendendo-se pelo século 7 AEC de Susa, no leste, ao Egito e às fronteiras da Frígia, no oeste, e fornecer-nos fontes históricas para o mundo bíblico e os vizinhos orientais da Grécia. O Império Assírio foi suplantado pelo Império Neo-Babilônico sob Nabucodonosor e seus sucessores, e estes, por sua vez, caíram para os persas quando Ciro capturou a Babilônia em 539 AEC. O que é especial sobre a Mesopotâmia é que os ossos nus dessa história política podem ser detalhados com profundos insights sobre as condições sociais e econômicas e as tradições religiosas, científicas e literárias, a partir da riqueza de documentos cuneiformes que sobrevivem de bibliotecas e arquivos públicos e privados. Temos a correspondência pessoal recebida ou ditada por figuras como Hamurabi da Babilônia ou Sargão da Assíria, e transações legais e comerciais cotidianas que nos permitem abordar a realidade por trás da propaganda que os reis nos deixaram e ver a vida dos agricultores e comerciantes. As aulas de escribas nos deixaram o registro original de seus conhecimentos astronômicos e matemáticos, e os manuais de adivinhos e exorcistas nos dão uma visão desses ramos da ciência contemporânea. Em um sentido muito real, a antiga Mesopotâmia é um longo primeiro capítulo na história do mundo ocidental. A Grã-Bretanha tem sido um centro de assiriologia desde os primeiros dias de exploração, estudo e pesquisa na Mesopotâmia. Tem uma longa tradição de trabalho de campo ativo, começando com as explorações de Layard em Nimrud e Nínive na década de 1840, continuando através das décadas de 1920-1950 com a pesquisa de Sir Max Mallowan em Nimrud, Arpachiyah, Tell Brak e Chagar Bazar, Sir Leonard Woolley em Ur, e Seton Lloyd em Tell Uqair, Eridu e Tell Hassuna. No Iraque, durante as décadas de 1960-1980, equipes arqueológicas britânicas escavaram em Tell al-Rimah, Abu Salabikh, Umm Dabaghiyah, Choga Mami e em numerosos projetos de resgate, adotando técnicas científicas modernas. As coleções incomparáveis de tabuletas e artefatos no Museu Britânico, em particular, inspiraram gerações de estudiosos. - SINOPSE: O Pobre Homem de Nippur é uma história Assíria / Babilônica que data de cerca de 1500 AEC É atestado por apenas três textos, dos quais apenas um é mais do que um pequeno fragmento. Havia um homem, um cidadão de Nippur, destituído e pobre, Gimil-Ninurta era seu nome, um homem infeliz em sua cidade, Nippur. Ele vivia, trabalhando duro, mas não tinha a prata condizente com sua classe. Não tinha o ouro condizente com as pessoas (de sua estatura social). Suas caixas de armazenamento não tinham grãos puros, Suas entranhas queimavam, desejando comida, e Seu rosto estava infeliz, desejando carne e cerveja de primeira classe; Sem comida, ele estava com fome todos os dias, e estava vestido com roupas que não tinham mudança. Em seu humor infeliz, ele pensou consigo mesmo: Vou tirar minhas vestes que não têm mudança, e no mercado da minha cidade de Nippur eu vou comprar uma ovelha! Então ele tirou suas roupas que não tinham mudança, e em sua cidade de Nippur mercado ele comprou uma cabra de três anos de idade. Em seu humor infeliz, ele pensou consigo mesmo: Suponha que eu mate este bode no meu quintal. Não poderia haver festa, pois onde está a cerveja? Meus amigos da vizinhança descobriam e ficavam furiosos, e minha família e parentes ficavam com raiva de mim. Em vez disso, ele apresenta a cabra ao prefeito. Isso é interpretado como um suborno insultante e Gimil-Ninurta recebe apenas uma caneca de cerveja de terceira classe e as saídas da refeição antes de ser jogado fora. Por meio do porteiro, Gimil-Ninurta promete vingar seus maus-tratos três vezes, mas quando o prefeito ouve isso, ele ri o dia todo. Gimil-Ninurta contrata uma carruagem e um manto do rei a crédito. Voltando à casa do prefeito com um baú trancado contendo dois pássaros, ele se apresenta como um mensageiro real transportando ouro para o templo de Enlil. Levantando-se à noite e abrindo o baú para soltar os pássaros, ele bate no prefeito pelo suposto roubo e é indenizado com duas minas de ouro vermelho, o dobro da quantia devida ao rei. Gimil-Ninurta convoca o prefeito novamente disfarçado de médico itinerante a tratar seus ferimentos. Alegando que sua medicação só é eficaz na escuridão, ele atrai o prefeito para uma sala privada, amarra as mãos e os pés do prefeito a estacas e o espanca mais uma vez. O prefeito instrui sua equipe a vigiar seu perseguidor, mas Gimil-Ninurta contrata um cúmplice para se identificar como "o homem com a cabra" no portão do prefeito e retirá-los. Ele se esconde debaixo de uma ponte perto da casa do prefeito e espanca o prefeito quase até a morte enquanto ele está sozinho. - O FILME (Legendado em Português - Brasil): Exclusivo - ARQUEOHISTÓRIA E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Deixe seu like. Instagram e Facebook ArqueoHistória >>> Instagram Facebook. Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO https://www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: Nippur – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Poor Man of Nippur – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) Antiga Mesopotâmia - uma visão geral | Departamento de Arqueologia (cam.ac.uk) Assyriology as a university subject - YouTube https://www.archaeology.org/issues/337-1905/features/7544-maps-iraq-babylonian-nippur-map-tablet "The Tale of the Poor Man of Nippur", em Anatolian Studies 6, 1956, p. 145-162; "The Tale of the Poor Man of Nippur and Its Folktale Parallels", em Anatolian Studies 22, 1972, p. 149-158; (pt) M. de Jong Ellis, “Um Novo Fragmento do Conto do Pobre Homem de Nippur”, em JCS 26, 1974, p. 88-89; (pt) JS Cooper, "Estrutura, Humor e Sátira no Homem Pobre de Nippur", em JCS 27, 1975, p. 163-174; (pt) H. 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- A CULTURA DA MORTE: OS SAPIENS ATRASADOS NA INVENÇÃO DOS COSTUMES FÚNEBRES
DENTRO DAS SOCIEDADES MODERNAS EXISTE SEMPRE ALGUM TIPO DE CULTURA FUNERAL, EM GERAL ENVOLVENDO ENTERROS DOS CORPOS, E ESSE É UM DOS COMPORTAMENTOS MAIS PRÓXIMO DA COMPLEXIDADE DA MENTE DO HOMO SAPIENS, PORÉM A ORIGEM DISSO PODE SER ANTECESSORA À PRÓPRIA RAÇA HUMANA COMO A CONHECEMOS ATUALMENTE Porém o surgimento desse comportamento é um dos temas mais polêmicos no campo da evolução humana. Quando os primeiros humanos começaram a adquirir uma cultura-da-morte? Como esse comportamento se manifestou ao longo do tempo e do espaço? Essa prática apareceu de forma independente em diferentes espécies? Para entender isso devemos ter clara a concepção. Hoje a segregação do mundo é vista apontando política, religião e economia como elementos distintos, mas isso é uma visão moderna. No passado e em diversas culturas espalhadas pelo mundo essa separação não existia. De acordo com o livro: O Egito Antigo - Volume 30. Coleção: Tudo É História (1982), do autor Ciro Flamarion Cardoso, com base na interpretação de autoras escandinavas, o pensamento dos antigos egípcios era monista onde a visão de mundo “não fragmenta a realidade em esferas estanques”. Ou seja, os egípcios antigos não viam a morte como o fim, e a encaravam como parte do rito de passagem para continuar a vida, porém de outra forma. E esse tipo de concepção é algo que o pensamento moderno não carrega em essência, todavia comportou no passado. Esse exemplo acima serve para demonstrar que a complexidade do pensamento do homo sapiens se desenvolve e recria conceitos conforme evolui tanto intelectual quanto moral e eticamente. Mas como teria sido então a configuração da evolução do enterro dos mortos como ritual fúnebre? Muitos proclamam que seria um ritual hebreu antigo, mas as raízes dessa tratativa com os falecidos podem ter origens muito mais profundas. Cemitério vem do latim coemeterium, que por sua vez descende de cinisterium, e é a composição de duas palavras unidas: cinos = doce e renor = mansão. Da mesma forma temos a variação derivada do grego kouméterion, de kaimâo, que é igual a: eu durmo. Em resumo Doce Lar/Mansão/Casa de Dormir. Já os dicionários modernos respondem o conceito desse substantivo como: lugar onde se enterram os mortos ou guardam cadáveres. Algo muito diferente de um sepulcro. Coisa que pouca gente sabe. Etimologicamente vem também do latim sepulcrum, e é o mesmo que: câmara mortuária, edificação ou monumento que tem como objetivo o sepultamento de um ou vários indivíduos mortos. Já na religião, os altares dentro das igrejas tomam esse nome, pois é ali que são colocadas as relíquias dos santos. Só lembrando que as “relíquias” na maioria das vezes consistiam em partes dos corpos dos ditos santos, onde óleo era derramado por uma fissura ou buraco no topo do dispositivo contendo a relíquia, escorria para dentro passando pela parte do corpo depositada ali e pingava por uma saída logo abaixo. Mórbido, mas um costume que até tempos recentes era praticado. Ainda nas raízes dos hebreus, em diversos momentos, a herança escrita desenvolvida por eles e os gregos, a Bíblia, intitula o cemitério como o território onde dormem os mortos até serem acordados pelas trombetas do Juízo Final, quando se levantarão incorruptos. Em outras partes, a morte é apontada como sinônimo de sono. Por exemplo, Jesus, ao falar sobre a morte de Lázaro, diz: “Lázaro, nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo” (Jo 11, 11). Todavia, nem sempre a morte é exibida dentro dessa concepção na Bíblia, e por vozes, no Antigo Testamento e Novo, o falecimento é encarado como uma desgraça entre os Homens. ORIGENS ANTIGAS Existem diferentes maneiras de abordar essas questões, e a mais específica é saber se a cultura da morte precede os neandertais e ao homo sapien modernos. Até o momento, as análises na arqueologia paleolítica têm se centrado no contexto arqueológico: ou seja, se os esqueletos são preservados completamente, a existência de um corte de sepultura ou se estão presentes objetos que possam ser interpretados como elementos simbólicos ou bens funerários. Essa visão restringe o comportamento funerário quase exclusivamente aos enterros, algo excepcionalmente raro antes do Pleistoceno Superior, iniciado há 127 mil anos, e período apontado por vários estudiosos, tal como Yuval Noah Harari no livro bestseller mundial Sapiens, como o momento da revolução cognitiva do gênero homo. Assim, há a necessidade de encontrar novas abordagens metodológicas para que o que foi preservado até nossos dias esteja bem no centro das investigações como foco do objetivo do sítio arqueológico descoberto: os ossos humanos. O registo fóssil europeu é uma fonte de informação fundamental devido à abundância de esqueletos fósseis. É nesse ponto que entra a tafonomia forense, disciplina que pode ajudar a esclarecer questões fundamentais neste campo. Aplicá-la seria algo como fazer “autópsias” de fósseis humanos para tentar saber como morreram e, sobretudo, o que aconteceu com os restos mortais do indivíduo entre a morte e a escavação moderna. Esta linha de investigação cristalizou-se num projeto de nome: DEATHREVOL. As raízes e a evolução da cultura-da-morte. Uma pesquisa tafonômica do registro paleolítico europeu, que foi selecionada para receber financiamento no âmbito do programa de Pesquisa e Inovação Horizonte 2020 da União Europeia e que será realizada nos próximos cinco anos no Centro Nacional de Investigación sobre la Evolución Humana (CENIEH). “Este é o primeiro projeto de grande escala centrado em um estudo tafonômico exaustivo do registro fóssil europeu”, explica Sala, especialista em tafonomia do CENIEH, membro da equipe de pesquisa de Atapuerca e pesquisador do programa Juan de la Cierva-Incorporación, que obteve 1,5 milhões de euros de financiamento para este projeto submetido ao concurso 2020. Realizar isso exigirá a participação de uma grande equipe de acadêmicos e uma rede de métodos que incluem análises tafonômicas, reconstruções virtuais para análises forenses, estudo de padrões de distribuição espacial, relações gerais entre diferentes locais e modelos matemáticos para interconectar o amplo espectro de dados compilado. Hoje temos por volta de 500 fosseis de neandertais descoberto, desses 40 podem ser identificados como esqueletos preparados e devidamente enterrados, ou seja, sofreu preparativos fúnebres e foi enterrado intencionalmente. Há casos de enterros não intencionais, quando o indivíduo é surpreendido por algum deslizamento por estar dentro de uma caverna ou abrigo, e ser soterrado vivo, morrendo com o processo, mas esses não foram o caso, e a tafonômia ajuda a rastrear isso. Lembrando que neandertais e homo sapiens conviveram coexistiram na Terra, na europa, por mais de 3.000 anos, e isso abre um leque de possibilidades imensas dentro da palioantropologia. Com esse estudo pretende-se colocar um ponto final e determinar: o homo sapiens copiou o ritual fúnebre dos neandertais. O que colocará nossa espécie irmã muito à frente do desenvolvimento sapien em vários sentidos.
- Inscrições Em Altar De 2.800 Anos Falam Sobre Guerra Bíblica
Duas inscrições encontradas em um antigo altar insculpido revelam novas informações sobre a rebelião contra o Reino de Israel, descrita na Bíblia. Um altar de pedra cilíndrico de 2.800 anos de idade foi descoberto em um santuário na antiga cidade de Ataroth, na Jordânia, e possui duas inscrições referentes a uma guerra bíblica. Encontrado dentro de um santuário Moabita, durante escavações em 2010, o artefato possui inscrições em um idioma Moabita antigo, enquanto os numerais estão em um sistema de escrita egípcio conhecido como Hierática. Os Moabitas foram um povo nômade que se estabeleceu a leste do Mar Morto por volta do século XIII a.C., na região que mais tarde seria chamada de Moabe. Eram aparentados com os hebreus, com os quais tiveram vários conflitos. Foram combatidos e subjugados por Davi, rei de Israel. O altar foi datado de 2.800 anos, colocando-o no tempo em que Mesha era o rei de Moabe, condizendo com o que está escrito no artefato. Outra inscrição conta que ele se rebelou contra o reino de Israel, conquistando Ataroth e dividindo o território em um reino no norte (Israel) e um novo reino no sul (Judá), condizendo com a história contada na bíblia cristã. Um relatório da Live Science discute um trecho na Bíblia Hebraica mencionando a rebelião dizendo que antes de Mesha se rebelar, Moabe fazia a Israel uma homenagem anual doando "milhares de cordeiros e uma grande quantidade de lã de carneiro". A chamada “Estela de Mesha” foi discutida em um artigo anterior da Live Science, que detalha sua descoberta em 1868 em Dhiban, na Jordânia. Traços de antigos escribas habilidosos. O principal autor do trabalho de pesquisa, Adam Bean, estudante de doutorado no Departamento de Estudos do Oriente Próximo da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, descreveu o santuário como muito bem decorado para a época: “incenso, madeiras e óleos aromáticos seriam queimados no altar” disse Adam. "Costumamos falar sobre a sofisticação da educação dos escribas deste período, e com razão, mas as inscrições no altar mostram que o Moabe tinha alguns escritores muito talentosos", disse Christopher Rollston, que também estudou o artefato. Os pesquisadores também afirmaram que uma das duas inscrições do altar descreve “bronze saqueado após a captura de Ataroth” e que a segunda inscrição no altar está bastante fragmentada e, portanto, muito difícil de se interpretar. No entanto, parece mencionar "a cidade desolada" (captura de Ataroth) e que 4.000 homens estrangeiros foram “espalhados” pela cidade, ou seja, dominaram-na. Em entrevista à Live Science, o coautor do estudo, Christopher Rollston, professor de línguas e literaturas semíticas do noroeste da Universidade George Washington, em Washington, DC, afirma que a principal descoberta nesta nova pesquisa é que o altar inscrito confirma que há 2.800 anos o de fato, os Moabitas tomaram conta de Ataroth. Além disso, os arqueólogos agora sabem que os moabitas empregavam 'escribas habilidosos' que usavam seu próprio "script" e as inscrições no altar são as evidências mais antigas que temos até agora de uma história Moabita, disse Rollston à Live Science. Ele observou que a inscrição descoberta em 1868 usava o estilo hebraico para se escrever a língua moabita. Explorando Ataroth. Hoje, Ataroth é chamada Khirbat Ataruz e todas as escavações no local são lideradas por Chang-Ho Ji, arqueólogo da Universidade La Sierra, em Riverside, Califórnia. O site do projeto diz que o estudo visa descobrir, preservar e proteger os recursos históricos e culturais de Khirbat Ataruz, e que o local antigo abriga "um dos mais magníficos templos da Idade do Ferro na região do Levante, no Oriente Médio, datada de cerca de 3.000 anos ”. Um artigo de 2013 do Sydney Morning Herald diz que arqueólogos da Jordânia e dos EUA descobriram este templo da Idade do Ferro de três andares com 3000 anos, que possui um santuário com várias câmaras e um pátio aberto, em Khirbat Ataruz, e “é o maior e mais completo em a toda região ”, afirma o comunicado. Esta escavação desenterrou mais de 300 artefatos Moabitas, incluindo uma estatueta do deus animal de quatro patas Hadad. Ataroth foi reassentada no período médio islâmico (1000-1400 d.C) e, embora existam várias construções associadas a esse período, a pedras usadas na construção do complexo foram saqueadas mais tarde pelos islâmicos mais "recentes". Os cientistas descobriram que o roubo de pedras era particularmente extenso na área ao norte da acrópole, mas, independentemente disso, Ataroth era uma vila populosa e próspera durante o período islâmico do meio. Bibliografia e Referências https://www.ancient-origins.net/news-history-archaeology/altar-inscription-0012490 - acessado em 02/09/2019 https://estiloadoracao.com/quem-eram-os-moabitas/ - acessado em 02/09/2019 https://www.biblestudytools.com/dictionary/ataroth/ acessado em 02/09/2019 https://www.livescience.com/alter-tells-story-of-biblical-war.html - acessado em 02/09/2019
- 'HOMEM DRAGÃO': Elucidando o passado parental do Homo Sapiens
UM FÓSSIL HUMANO ANTIGO QUASE PERFEITAMENTE PRESERVADO, CONHECIDO COMO CRÂNIO DE HARBIN, EXPOSTO NO MUSEU DE GEOCIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE HEBEI GE ESTÁ MUDANDO OS LIVROS DE HISTÓRIA Criação de Reconstrução por Chuang Zhao Em posse do maior dos crânios de Homo já encontrados e conhecidos: os cientistas agora dizem que este crânio representa nada mais que uma espécie humana recém-descoberta chamada Homo Longi ou “Homem Dragão”. As descobertas que aparecem em três artigos publicados em 25 de junho de 2021 na revista The Innovation – A Inovação, em tradução literal, sugerem que a linhagem do Homo Longi pode ser nossos parentes mais próximos – e tem o potencial de remodelar nossa compreensão da evolução humana. “O fóssil de Harbin é um dos fósseis cranianos humanos mais completos do mundo”, diz o autor Qiang Ji, professor de paleontologia da Hebei GEO University. E completa: “Este fóssil preservou muitos detalhes morfológicos que são críticos para entender a evolução do gênero Homo e a origem do Homo sapiens .” O crânio foi descoberto na década de 1930 na cidade de Harbin, província de Heilongjiang na China, e referente à região que foi encontrado ganhou o apelido de Homem Dragão. O enorme crânio era capaz de conter um cérebro comparável em tamanho ao dos humanos modernos, porém com órbitas oculares maiores, quase quadradas, sobrancelhas grossas, boca larga e dentes grandes. “Embora mostre características humanas arcaicas típicas, o crânio de Harbin apresenta uma combinação em mosaico de caracteres primitivos e derivados, diferenciando-se de todas as outras espécies de Homo anteriormente nomeadas”. Afirma Qiang Ji, levando à sua nova designação de espécie como Homo Longi . Os antropólogos, paleoantropólogos e cientistas de análises químicas e por DNA envolvidas no projeto de identificação acreditam que o crânio veio de um indivíduo do sexo masculino, com por volta de 50 anos de idade, que vivia em um ambiente florestal de várzea como parte de uma pequena comunidade. “Como o Homo sapiens, eles caçavam mamíferos e pássaros, colhiam frutas e vegetais, e talvez até pescassem”, comenta o autor Xijun Ni, professor de primatologia e paleoantropologia na Academia Chinesa de Ciências e na Universidade Hebei GEO. Dado que o indivíduo de Harbin provavelmente era grande em proporções corporais, tendo vantagem em tamanho físico sobre os demais de nova linhagem evolutiva, isso justificado por várias avaliações e entre elas o local onde o crânio foi encontrado. Os pesquisadores sugerem que o Homo Longi pode ter evoluído em capacidades físicas e de forma tão peculiar para se adaptar a ambientes hostis, o que por sua vez proporcionou que se dispersassem pela Ásia atravessando variações climáticas drásticas, novas espécies símias ou Homo para enfrentamento, além de hostilidade de animais desconhecidos em seus caminhos migratórios. Reconstituição da aparência do “Homo Longi”, ou “Homem Dragão”. Por CHUANG ZHAO Através de uma série de análises geoquímicas, Ji, Ni e sua equipe dataram o fóssil de Harbin em pelo menos 146.000 anos, colocando-o no Pleistoceno Médio – entre 82.800 a 355.000 anos atrás, uma era dinâmica quando o assunto é migração de espécies humanas. Eles levantam a hipótese de que Homo Longi e Homo Sapiens poderiam ter se encontrado durante esta época. “Vemos várias linhagens evolutivas de espécies e populações de Homo coexistindo na Ásia, África e Europa durante esse período. Então, se o Homo Sapiens realmente chegou ao leste da Ásia cedo como previsto, eles tiveram a chance de interagir com o Homo Longi , e como não sabemos quando o grupo de Harbin desapareceu, é provável de ter acontecido encontros posteriores também”. Declaração do autor científico Chris Stringer, paleoantropólogo do Museu de História da Natureza em Londres. Olhando mais para trás no tempo, os pesquisadores também descobriram que o Homo Longi é um dos nossos parentes hominídeos mais próximos, ainda mais intimamente relacionado a nós do que os neandertais, os antigos mais próximos até 2021. “Acredita-se amplamente que o Neandertal pertence a uma linhagem extinta e parente mais próximo de nossa própria espécie. No entanto, nossa descoberta sugere que a nova linhagem que identificamos que inclui o Homo Longi é o verdadeiro grupo irmão do Homo Sapiens ”, conclui Ni. Sua reconstrução da árvore da vida humana também sugere que o ancestral comum que compartilhamos com os neandertais existiu ainda mais no passado. “O tempo de divergência entre o Homo Sapiens e os neandertais pode ser ainda mais profundo na história evolutiva do que geralmente se acredita, sendo mais de um milhão de anos”, ainda segundo Ni. Se for verdade, provavelmente divergimos dos neandertais cerca de 400.000 anos antes do que os cientistas até então tinham como teoria mais aceita. Os pesquisadores dizem ainda que as descobertas coletadas no crânio de Harbin têm o potencial de reescrever os principais elementos da evolução humana. Sua análise da história de vida do Homo Longi sugere que eles eram humanos fortes e robustos, cujas interações potenciais com o Homo Sapiens podem ter moldado nossa história. “No total, o crânio de Harbin fornece mais evidências para entendermos a diversidade do gênero Homo e as relações evolutivas entre essas diversas espécies e populações de Homo ”, arremata Ni. “Encontramos nossa linhagem irmã há muito perdida.”
- Em nome de Brahma, Vishnu e Shiva! Amém.
INTRODUÇÃO: Como religião, é a terceira maior do mundo , com mais de 1,2 a 1,35 bilhão de seguidores, ou 15 a 16% da população global, conhecida como hindus . A palavra hindu é um exônimo, e embora o hinduísmo seja considerado a religião mais antiga do mundo, muitos praticantes se referem à sua religião como Sanātana Dharma (sânscrito : सनातन धर्म , lit. ''o Dharma Eterno''), um uso moderno, que se refere a ideia de que suas origens estão além da história humana, conforme revelado nos textos hindus. Outro endônimo é Vaidika dharma , o dharma relacionado aos Vedas. O hinduísmo é a terceira religião do mundo com o maior número de praticantes, a maioria na Índia e os seus ensinamentos influenciam bastante a organização da sociedade indiana. Os seguidores do hinduísmo acreditam em vários deuses e na reencarnação, pois segundo o hinduísmo , os seres humanos morrem e renascem várias vezes. O hinduísmo é um sistema diverso de pensamento com uma ampla variedade de crenças e seu conceito de Deus é complexo e depende de cada indivíduo e da tradição e filosofia seguidas. Os hindus acreditam que todas as criaturas vivas têm um Self; o verdadeiro "Eu" de cada pessoa que é chamado de ātman . Acredita-se que o Eu seja eterno. As escrituras hindus nomeiam entidades celestiais chamadas Devas (ou Devi na forma feminina), que podem ser traduzidas para o inglês como deuses ou seres celestiais . Os devas são parte integrante da cultura hindu e são representados na arte, arquitetura e através de ícones , e histórias sobre eles são relatadas nas escrituras, particularmente na poesia épica indiana e nos Puranas E este Atman, é indistinto de Brahman , que é o espírito supremo ou a Realidade Última , ou o Eu Superior. O objetivo da vida , é perceber que o próprio Eu - Atman, é idêntico ao Eu supremo - Brahman e que o Eu supremo, está presente em tudo e em todos, toda a vida está interconectada e há unidade em toda a vida. O hinduísmo é uma religião importante na Índia e é seguido por cerca de 79,8% da população do país de 1,21 bilhão ( censo de 2011 ) (966 milhões de adeptos). Outras populações significativas são encontradas no Nepal (23 milhões), Bangladesh (15 milhões) e na ilha indonésia de Bali (3,9 milhões). Há também uma população significativa de hindus também presentes no Paquistão (4 milhões). A maioria do povo vietnamita Cham também segue o hinduísmo, com a maior proporção na província de Ninh Thuận O hinduísmo é o terceira religião que mais cresce no mundo depois do Islã e do Cristianismo , com uma taxa de crescimento prevista de 34% entre 2010 e 2050. - Conhecendo os principais deuses. S H I V A Shiva é um dos deuses supremos do hinduísmo, conhecido também como "o destruidor e regenerador" (entropia (separação) e sintropia (união)) da energia vital (fluxo que interliga o material e o imaterial). Shiva também é considerado o criador do Yoga (Ioga), devido ao seu poder de gerar transformações, físicas e emocionais, em quem pratica a atividade. (expansão de consciência -transcendência) Deus Shiva tem diversas representações sendo uma delas o seus cabelos, ora com 3, 5,7,10 cabelos de cada lado, pois os cabelos compridos representam a sua força (física e mental, energia e poder) tal qual visto na figura de Sansão. De acordo com a doutrina hindu (em persa, Hindu significa Rio Indo) , o deus Shiva pertence a uma Trindade chamada de Trimûrti (pai, filho e espírito santo - Trindade do Catolicismo) Shiva, como o deus da "destruição e regeneração". - O Espírito Santo - fluxo da Entropia e Sintropia O maior laboratório de física de partículas do mundo, CERN, localizado na SUIÇA, tem uma estátua do Senhor Shiva. Foi projetada e escolhida por causa de uma metáfora que foi traçada entre a dança cósmica do Nataraj e o estudo moderno da “dança cósmica” das partículas subatômicas. B r a h m a Brahma ( sânscrito : ब्रह्मा , romanizado : Brahmā ) é um deus hindu , referido como "o Criador" dentro do Trimurti , a trindade da divindade suprema que inclui Vishnu e Shiva. Ele está associado à criação, ao conhecimento e aos Vedas e é mencionado com destaque nas lendas da criação. Brahma é comumente descrito como um homem barbudo de pele vermelha ou dourada, com quatro cabeças e mãos. Suas quatro cabeças representam os quatro Vedas e apontam para as quatro direções cardeais. Ele está sentado em um lótus e seu vahana (monte) é um hamsa (cisne, ganso ou guindaste). De acordo com as escrituras, Brahma criou seus filhos de sua mente e, portanto, eles são chamados de Manasaputra Ainda que seja o deus da criação, essa figura também leva crédito como deus da música e das canções. Por outro lado, é ainda a representação da força criadora ativa no Universo. Ou seja, é importante para os artistas e artesãos. Curiosamente, o hinduísmo entende o mundo a partir de uma visão cíclica (Yugas ou Eras) A idade da Terra é medida em quatro Yugas ou "Eras", que são: Satya Yuga: 1.728.000 anos Treta Yuga: 1.296.000 anos Dvapara Yuga: 860.000 anos Kali Yuga: 432.000 anos Total: 4.320.000.000 anos A cada Yuga que se passa, a virtude no mundo vai caindo progressivamente. Na Satya-Yuga, a virtude prevalece e o mal é desconhecido. Na Treta-Yuga, a virtude cai para três quartos. Na Dvapara-Yuga, a virtude já caiu pela metade. Na Kali-Yuga, só resta um quarto de virtude. As quatro Yugas juntas formam a Mahayuga. Em resumo, Brahma representa a Criação enquanto Vishnu e Shiva são as forças de Conservação e Destruição respectivamente. Mitologia Segundo os primeiros mitos hindus, Brahma criou o universo. Depois disso, ele corta uma parte do próprio corpo para conseguir criar uma mulher. Sawaswati, também chamada de Saturpa, acabou se tornando a sua esposa. Para poder vigiar a esposa, o deus Brahma acabou criando mais três cabeças para si. Juntos, Brahma e Saraswati tiveram o filho Suayambhuva Manu. O deus é conhecido como o pai dos humanos e responsável por unir o divino e o terreno. O calendário da criação do mundo de Brahma não corresponde ao mesmo dos humanos. A criação do mundo, por exemplo, tomou apenas um dia no calendário normal, mas durou cerca de 4 bilhões de anos para os deuses. Depois da criação, Brahma dorme, para descansar. No entanto, quando acorda, vê o mundo destruído por Shiva. Sendo assim, ele senta sobre uma flor de lótus e recria o universo mais uma vez. Símbolos O deus Brahma costuma ser retratado com suas quatro cabeças e na companhia de um cisne branco. O animal é símbolo de calma, beleza e da honra, na mitologia hindu. Além das quatro cabeças simbolizando os quatro vedas, também existem quatro mãos segurando objetos importantes. Tem ainda uma flor, como símbolo superior de pureza e vida. Existe ainda um japamala, um objeto parecido com o rosário cristão, símbolo do foco e do controle sobre a mete. Existem, sobretudo, os vedas, os livros sagrados com todo o conhecimento da mitologia hindu. Por fim, um vaso com essências, que podem oferecer imortalidade e coragem, e água; são os símbolos comuns em suas representações. - CURIOSIDADE Deus Brahma e a cerveja Brahma O nome do deus Brahma não inspirou diretamente o nome de uma popular cerveja do Brasil. Mas, não dá pra dizer que ela não tem nada a ver com a Índia, pois a exploração do Reino Unido por meio da Companhia Britânica das Índias permitiu o financiamento da Revolução Industrial. Foi graças ao investimento na tecnologia, então, que o inventor Joseph Bramah pôde desenvolver sua principal invenção: a prensa hidráulica. No entanto, para a nossa história, uma outra invenção é ainda mais importante. Bramah também foi responsável por desenvolver a primeira máquina de chope. Dessa maneira, quando o suíço Joseph Villiger montou sua cervejaria no Rio de Janeiro, em 1888, decidiu usar o nome do inventor em sua marca. V I S H N U Vishnu o mostra com pele azul escura, cinza azulada ou preta, e como um homem de joias bem vestido. Ele é normalmente mostrado com quatro braços, mas suas representações armadas também são encontradas em textos hindus sobre obras de arte. Os identificadores históricos de seu ícone incluem sua imagem segurando uma concha (shankha chamada Panchajanya ) entre os dois primeiros dedos de uma mão (costas esquerda), um chakra – disco de guerra chamado Sudarshana – em outra (costas direita). A concha é espiral e simboliza toda a existência cíclica em espiral interconectada, enquanto o disco o simboliza como aquele que restaura o dharma com a guerra, se necessário, quando o equilíbrio cósmico é dominado pelo mal. Um de seus braços às vezes carrega uma gada (porrete, maça chamada Kaumodaki ) que simboliza autoridade e poder de conhecimento. No quarto braço, ele segura uma flor de lótus (padma ) que simboliza pureza e transcendência. Os itens que ele segura em várias mãos variam, dando origem a vinte e quatro combinações de iconografia, cada combinação representando uma forma especial de Vishnu. Cada uma dessas formas especiais recebe um nome especial em textos como o Agni Purana e o Padma Purana . Esses textos, no entanto, são inconsistentes. Raramente, Vishnu é retratado portando o arco Sharanga ou a espada Nandaka . Ele é retratado com a gema Kaustubha em um colar e usando Vaijayanti , uma guirlanda de flores da floresta. o shrivatsamarca é retratada em seu peito na forma de uma mecha de cabelo. Ele geralmente usa roupas amarelas. A iconografia de Vishnu o mostra em pé, sentado em uma pose de ioga ou reclinado. Uma representação tradicional de Vishnu é a dele reclinado nas espirais da serpente Shesha , acompanhado por sua consorte Lakshmi , enquanto ele "transforma o universo em realidade". Vishnu, o deus da preservação; Filho - O Eu Inferior Assim como a maioria das religiões, o Hinduísmo também tem suas divisões - as principais divisões referem-se a adoração de cada um dos principais deuses - conforme exposto acima Bramamismo - Brahma https://pt.wikipedia.org/wiki/Bramanismo Vishnismo - Vishnu https://en.wikipedia.org/wiki/Vaishnavism Shivaismo - Shiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Xiva%C3%ADsmo Shakitismo - Parvarti https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Shaktismo NARRATIVA Shiva tem a sua esposa Parvarti (juntos formam o Shaktismo) e juntos representam o masculino e feminino - dualidade do Universo - a fertilidade - preservação. Seu filho é Ganesh. (Avatar com cabeça de Elefante) que representa o Logus. Cabeça de elefante: representa a grande sabedoria e intelecto Grande barriga: simboliza a paciência e a capacidade de digerir o bem e o mau ao longo da vida Única presa: Ganesha tem apenas uma das presas, pois a outra foi quebrada. Este símbolo representa a ideia dos sacrifícios que devem ser feitos para se atingir a felicidade. Rato: (abaixo da imagem inferior esquerdo) este é o meio de transporte do Ganesha (vahana), que também representa a sabedoria, talento e inteligência, no sentido de investigar minuciosamente um assunto considerado difícil. Todas as características acima mencionadas do Lord Ganesh representam o Logus - a consciência do raciocínio lógica que promove a sabedoria e destrói os obstáculos Em nome de Brahma, Vixnu e Shiva Amém 😜🙏🏼 E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Deixe seu like. Instagram e Facebook ArqueoHistória >>> Instagram Facebook. Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://segredosdomundo.r7.com/deus-brahma/ https://en.wikipedia.org/wiki/Brahma https://youtu.be/3NZtBjBX6iY "Brahma, Brahmā, Brāhma: 66 definitions". Wisdomlib.org. 6 June 2022. Retrieved 5 August 2022. ^ White, David (2006). Kiss of the Yogini. University of Chicago Press. pp. 4, 29. ISBN 978-0226894843. ^ Jan Gonda (1969), The Hindu Trinity, Anthropos, Bd 63/64, H 1/2, pp. 212–226. ^ Jan Gonda (1969), The Hindu Trinity, Anthropos, Bd 63/64, H 1/2, pp. 218–219. ^ N.A (1960). THE VAYU PURANA PART. 1. MOTILAL BANARSIDASS PUBLISHERS PVT. LTD, DELHI. pp. 174 (26.31). ^ Coulter, Charles Russell; Turner, Patricia (2013). Encyclopedia of Ancient Deities. Routledge. p. 240. 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- O Mistério Nomoli - Estatuetas de 17.000 Anos
Estatuetas encontradas em Serra Leoa, na África, são datadas entre 2.000 e 17.000 anos de idade e possuem características que indicam uma história diferente sobre a tecnologia humana. Não é segredo que o continente Africano é um dos mais ricos quando se trata de descobertas Históricas e Arqueológicas, sendo inclusive, local do início da civilização humana para alguns especialistas. A África é o terceiro maior continente do planeta, com 30 milhões de km2, ocupando 20,3% da área total da Terra, é banhada pelo oceano Atlântico na sua costa ocidental e pelo oceano Índico do lado oriental. Ao Norte, pelos mares Mediterrâneo e Vermelho e ao sul, pelo Mar Antártico. Dentre a vasta gama de tesouros que o continente Africano nos proporciona, encontra-se uma das descobertas arqueológicas mais fascinantes do planeta, é o caso das Estatuetas Nomoli. Estes itens vêm intrigando especialista por todo o mundo, tanto por sua aparência, quanto por suas características e composição, fatores que geram dúvidas e questionamentos importantíssimos para aqueles que almejam desvendar os mistérios do nosso passado. Na segunda metade do século XIX, habitantes de Serra Leoa, na África, estavam a procuras de diamantes quando se depararam com um conjunto de artefatos de pedra, eram extraordinárias estatuetas representando várias “raças humanas” e, em alguns casos, seres semi-humanos. Após algumas décadas, o Geólogo explorador Italiano Angelo Pitoni foi para Serra Leoa a procura de depósitos de diamantes, e se deparou com alguns destes itens. Interessado pelas obras, realizou algumas escavações nas quais foram encontradas mais centenas de estatuetas, que foram devidamente catalogadas e estudadas por Angelo e sua equipe, e com o passar dos anos, estudadas por outros especialistas de todo o mundo. Embora os registros oficiais sobre as descobertas datem do século passado, alguns pesquisadores afirmam que esse tipo de artefato já vinha sendo encontrado desde o século XVII, porém, não se tem registros oficiais destas descobertas mais antigas. O QUE SÃO AS NOMOLI? As estatuetas Nomoli estão entre as primeiras obras de arte de Serra Leoa e provavelmente do continente Africano inteiro. Segundo pesquisadores da Universidade Fourah bay College, em Serra Leoa, os artefatos são os únicos vestígios remanescentes de um antigo povo que existia a milhares de anos, onde hoje se localiza o território de Serra Leoa e Libéria, e nos dias atuais ainda existe. As estatuetas foram encontradas enterradas em uma profundidade de dez a cinquenta metros e medem de vinte a quarenta centímetros de altura, algumas chegando até setenta centímetros. Há muitas variações nas propriedades físicas e na aparência das muitas estatuetas Nomoli. Elas são esculpidas em diferentes materiais, incluindo pedra sabão, marfim granito e outros. Algumas variam em cores, de branco a amarelo, marrom ou verde, sendo que as figuras são predominantemente humanas, outras com suas características refletindo criaturas certamente semi-humanas - híbridos de humanos e animais, como é comum em mitologias antigas. Os rostos das estatuetas “humanas” mostram características atípicas: em sua grande maioria elas têm um nariz muito grande como um tipo de bico com narinas, uma boca grande, às vezes mostrando dentes e olhos significativos. As estatuetas encontradas em estratos mais profundos eram mais simples, indicando que o modo de preparo delas foi sendo alterado de acordo com o passar dos séculos. As esculturas têm várias poses e expressões, algumas montadas em cavalos, outras sentadas com as pernas cruzadas ou de joelhos.Em alguns casos, as estátuas representam um corpo humano com uma cabeça de lagarto, outras representam outras espécies de animais como elefantes, leopardos e macacos. As representações são muitas vezes desproporcionais, com as cabeças sendo grandes em comparação com o tamanho do corpo, e na grande maioria as figuras humanoides aparecem segurando armas ou escudos. Estudos realizados pela Universidade de Cambridge para descobrir a idade dos objetos indicam que as estatuetas variam entre vários períodos, sendo as mais modernas de aproximadamente 2000 a.c., e as mais antigas, encontradas em estrados mais profundo, de até 50m de profundidade, dataram de aproximadamente incríveis 17mil anos de idade. Uma estatueta Nomoli bastante misteriosa retrata uma figura humana montada nas costas de um elefante, com o humano aparentando ser muito maior em tamanho do que o elefante. Isso seria a representação de antigas lendas de gigantes, ou apenas uma representação simbólica? Provavelmente uma representação simbólica! Era super comum na antiguidade, que culturas representassem os seres de suas mitologias em seus artefatos e mais comum ainda, que os representassem em escala enorme. Tenha em mente que isso faz parte da mitologia daquele povo, e esses seres mitológicos poderiam ser representados do tamanho que fossem, por aqueles que os adoravam ou temiam. A origem das estatuetas Nomoli está repleta de misticismo, o que já era de se esperar, tendo em vista que isso é comum com artefatos relativamente mais novos, quem dirá com estatuetas datadas de até 17 mil anos atrás. Mas mesmos em casos tão antigos como esse, a dedicação de Historiadores, Arqueólogos e outros profissionais acaba nos permitindo elucidar alguns pontos dessa história, que embora sejam poucos, são imprescindíveis. Ao que se sabe até atualmente, existem três tribos que poderiam ter manufaturado as estatuetas, os Mende (Mendé), os Temne (Timene) ou os Fula, todas essas tribos já habitavam a região em questão a milhares de anos, e tem costumes de construir estatuetas e ídolos até os dias atuais. Não há um consenso na academia sobre o assunto, mas para a maioria dos pesquisadores, é mais provável que tenha sido os Mende, pois possuem costumes importantes ligadas as estatuetas até os dias atuais. O povo Mende é um dos dois maiores grupos étnicos da Serra Leoa e existem até os dias de hoje. Algumas das principais cidades Mende são Bo, Kenema, Kailahun e Moyamba. O curioso é que mesmo nessas cidades relativamente grandes, ainda existem muitas pessoas que mantém o costume de adorar ídolos como estatuetas de pedras, o que pode indicar que este é um costume tão antigo que realmente pode estar implantado na cultura desse povo a milhares de anos. Acredita-se que os Mende são os sucessores de um antigo grupo maior formado por várias tribos que teriam habitado a África Ocidental milhares de anos. Este grande grupo que mais tarde viria a se tornar a civilização Mende teria sido responsável pela confecção das primeiras estatuetas, bem como por passar o costume de geração em geração de uma maneira tão concreta, que existe até os dias atuais. Eles eram principalmente caçadores e coletores, sendo que nos dias atuais algumas cidades Mende ainda mantem este sistema, com exceção da agricultura e pecuária, que são realizadas por eles atualmente, mas certamente não faziam parte dessa cultura a milhares de anos atrás. Os Mendes atualmente são divididos em Kpa-Mende, predominantes no distrito de Moyamba, Golah-Mende predominantes na floresta de Gola entre os distritos Kenema e Pujehun na Libéria. Existem também os Sewa-Mende e Vai-Mende ao longo do rio Sewa River em Serra Leoa, e os Koh-Mende, que são a tribo dominante no distrito de Kailahun com os Kissi (Ngessi) e Gbandi, ambos na Libéria, Serra Leoa e Guiné. Essas são as tribos Mende que habitam o território nos dias atuais, mas pelo que se tem descoberto, seus ancestrais já estão lá há milênios. É óbvio que na época mencionada eles ainda não se autodenominavam Mende, certamente se utilizavam de uma língua totalmente diferente da que usam nos dias de hoje, e inclusive nem as estatuetas teriam este nome na época em questão, o que torna difícil de assegurar qualquer teoria sobre elas, mas ainda assim existem lendas que foram passadas de geração para geração, contando sobre a suposta origem destas obras. RELIGIÃO MENDE Os Mende, como a grande maioria do povo africano, têm sua religião moldada pelo contato das antigas tribos que habitavam o território no passado, para eles, Ngewo é o criador e governante do universo, é assistido pelos Nga-fa (espíritos), e ambos são ligados à proteção e fertilidade. Toda manifestação ou ação ligada ao espírito, incluindo as máscaras que são realizadas para cerimônias religiosas, são chamadas de Nga-fa. Os Mende são um povo bastante místico, tanto que até as máscaras são esculpidas para serem esteticamente agradáveis aos espíritos. Eles acreditam que através do uso contínuo das máscaras, os espíritos concordem em encarnar o dançarino durante as cerimônias. Curiosamente, as mulheres mende passavam grande parte do dia usando máscaras ritualísticas, o que parece ser incomum, tendo em vista que para grande maioria das tribos africanas só homens poderiam receber os Nga-fa. Embora as mulheres em toda a África frequentemente atuem como intermediárias entre o mundo espiritual e o mundo terrestre, não há outros exemplos conhecidos de mulheres usando máscaras, pois eles acreditavam que os espíritos apenas se mostravam para os guerreiros mais corajosos, o que torna a antiga civilização Mende ainda mais fantástica. O QUE AS LENDAS DIZEM. As estatuetas fazem parte de várias lendas antigas contadas no território da Serra Leoa, segundo uma das lendas, os ancestrais dos Mende acreditavam que os Kana (anjos) viviam nos céus, mas como punição pelos mal hábitos e comportamentos, os Deuses transformaram os anjos em criaturas monstruosas e os enviaram para a Terra, banindo-os do céu. As estatuetas Nomoli seriam como representações dessas figuras, como um lembrete de como os anjos foram banidos do céu para viverem como seres mortais e horrendos, e desta maneira todos que as vissem, evitariam más condutas para não serem transformados em monstros como os Kana foram no passado. Outra lenda diz que as estátuas representam os antigos reis e chefes da região da Serra Leoa, e os nativos viam as estátuas como figuras de boa sorte. Conta-se que eles colocavam as estátuas em jardins e campos, na esperança de ter uma colheita abundante. Em alguns casos, em épocas de má colheita, as estátuas de Nomoli eram chicoteadas ritualisticamente como punição por não propiciarem as benções almejadas. Tecnicamente não existem indícios materiais de que esta corrente seja a verdadeira, como não há sobre a primeira também, porém, sabe-se que alguns nativos da região tem o costume de chicotear ídolos de proteção quando suas colheitas não vão bem. Seria isso um resquício de antigos costumes ligados às Nomoli? Bom, as lendas não param por aí, há também quem diga que as estatuetas Nomoli são ligadas a outro povo também bastante antigo no território africano, os Temne (Timené). Segundo essa corrente, os Temne teriam esculpido estas estatuetas a milhares de anos e as colocavam em suas residências para que assim assustassem e afastassem maus espíritos que tentassem se aproximar de suas famílias. Como as outras lendas citadas acima, esta também carece de indícios concretos, mas também é sabido que os Temne até hoje mantêm ídolos em suas residências com o propósito de afastar maus espíritos. Embora várias lendas possam fornecer algumas dicas sobre as origens e os propósitos das estatuetas, nenhuma dessas histórias foi definitivamente identificada como a fonte original que pudesse ajudar a identificar a verdadeira origem das estatuetas. Há muitas lendas e crenças sobre o que são essas estátuas e porque foram feitas, e embora essas lendas nos deem algumas informações, ainda há muitas perguntas sem resposta. Tendo em vista as muitas variações em cada estátua em termos de altura, forma, material e características, torna-se difícil até saber se elas foram feitas pela mesma civilização, ou se são obras de diferentes povos, por isso torna-se uma tarefa árdua assegurar o porquê essas estatuetas existiram ou por quem realmente foram feitas. O MAIOR MISTÉRIO NOMOLI Como se já não bastasse os milhares de anos das estatuetas, uma delas mostrou-se ainda mais surpreendente para os pesquisadores, tanto por suas características físicas, se parecendo com algum tipo de dragão, ou lagarto com dentes afiados e amostra, quanto por conter um objeto extraordinariamente intrigante e sem explicação em seu interior. Segundo os relatos de Angelo Pitoni, o pesquisador que encontrou e estudou grande parte desses artefatos com sua equipe, eles notaram que esta era diferente das outras assim que a escavaram, primeiramente por que esta parecia ser bem mais antiga e bem mais desgastada do que as outras, e segundo, pela sua aparência certamente mais assustadora que as demais. Segundo a equipe de pesquisadores ao segurar o artefato pela primeira vez, notava-se imediatamente que o mesmo emitia um estranho som como se algo estivesse solto dentro dele, e também que o objeto era mais leve do que os outros que eram menores, o que indicava que ele tinha o interior oco, ou pelo menos parcialmente oco. Pitoni também notou que a estatueta em questão tinha um tipo de tampa em sua barriga, como se fosse uma rolha de uma garrafa de vinho, porém feita de granito. A equipe realizou testes de datação, e comparando os resultados com a profundidade de incríveis 50 metros abaixo da terra, onde a estatueta em questão foi achada, chegaram ao resultado de que ela datava de incríveis 17.200 anos. Perplexo com a idade e as características incomuns deste item em específico, o pesquisador decidiu fazer um Raio-X no objeto, e o iscaneou por completo. Nesse momento acontecia uma das descobertas arqueológicas mais importantes dos últimos séculos, algo que com certeza bota em xeque tudo que se sabia, ou pensava-se que sabia sobre a história da tecnologia humana. A equipe identificou que dentro dela havia um pequeno objeto redondo como se fosse uma bola, porém pela cor que o objeto mostrou no Raio-X, logo foi percebido que este objeto não era do mesmo material que a pedra na qual a estatueta foi feita, mas sim de algum tipo de metal. Essa descoberta fascinou Pitoni e sua equipe, que de imediato decidiram abrir a tal “rolha de granito” situada na barriga da estatueta, e foi o que fizeram. O que a equipe encontrou dentro da estatueta era nada mais nada menos do que uma esfera perfeitamente redonda de metal. Só isso já bastava para tornar a descoberta extremamente importante, pois como sabemos, para a história tradicional da raça humana, nos só começamos a manusear metais na época da chamada Idade do Cobre, em aproximadamente 3.300 a.e.c., mas como sabemos, a estatua na qual a esfera estava dentro, datava de no mínimo dezessete mil anos, pelo menos quatorze mil anos antes do primeiro relato oficial do ser humano manuseando metais. Essa descoberta consegue ficar mais surpreendente ainda, isso por que a equipe de Pitoni enviou a esfera de metal para testes, afins de descobrir a composição química da esfera, ou seja, de qual tipo de metal ela era feita, e quando o resultado chegou, acabou trazendo consigo mais perguntas do que respostas. A esfera era composta de (Chrome Steel), conhecido por nós brasileiros como Aço Inoxidável (cromado), e este metal só foi oficialmente descoberto a pouco mais de 100 anos, quando o metalurgista Harry Brearley conclui o desenvolvimento do “primeiro e verdadeiro” aço inoxidável em seu laboratório na cidade de Sheffield, Inglaterra, em 12 de agosto de 1913. Agora mais do que nunca essa estatueta confirma sua importância para a história da evolução e da tecnologia humana, pois como seria possível um objeto de no mínimo 17.000 anos de idade conter em seu interior uma esfera de um tipo de metal que só foi oficialmente descoberto a pouco mais de 100 anos? Como seria possível uma civilização relativamente subdesenvolvida de dezessete mil anos atrás, que fazia estatuetas de monstros em pedra, ter a tecnologia, ferramentas e a matéria prima necessárias para criar e manusear um metal que foi difícil de ser criado inclusive no século passado? Como eles teriam conseguido alcançar a temperatura necessária para manusear o aço em supostamente fogueiras e fornos de barro? Seriam esses itens a prova de que nossa civilização já passou por outras eras com tecnologias mais avançadas do que se pensa? Não, esses itens não provam nenhuma resposta. Na verdade, eles apenas aumentam as perguntas! Muitos entusiastas ficam felizes em afirmar que essa é a prova de um outra humanidade, ou de contatos com homenzinhos verdes que desceram dos céus, o que pode até ser verdade, porém, não saber como esses itens foram feitos, não nos comprova como foram feitos. Em poucas palavras, se você não encontra ou conhece as ferramentas e/ou meios utilizados para gerar uma bola de aço inoxidável há 17 mil anos atrás, isso apenas lhe indica que há aspectos da história humana que ainda não conhecemos detalhadamente, e que temos que nos dedicar e pesquisar mais e mais, para que possamos um dia tentar entender nosso passado de forma confiável! Tais afirmações fantásticas, como já dito por min em diversos artigos, são mais fruto da falta de conhecimento, do que da expertise em algum assunto. Bibliografia e Referências: J. H. Antheton - Nomoli - The Journal of African History Tayler E. France - The Art Bulletin Brock U. Lins - The Kingdoms and Empires of Ancient Africa Brian Fagan - Africa in The Iron Age Angelo P. - Nomoli Figurines Vol II.
- Arqueologia Espacial
Por vezes nos deparamos com respostas para os mistérios da humanidade nos locais mais inusitados, tal como aquela para a pergunta: estamos sozinhos no universo? Uma questão tão complexa envolve compreender que tipo é esse de vida? Seriam criaturas como nós, com moléculas à base de carbono? Ou à base de outro tipo de elemento? Seres de corpos complexos, ou unicelulares? Fora a conotação fantástica que livros de ficção e filmes criativos nos passam, já há anos é sabido da existência de vida extraterrena, mas por ser uma informação um tanto chata, talvez não tenha chegado no público em geral. Mas vamos ao que interessa! E para esse ponto, utilizaremos história para explicar: primeiro, por se tratar de uma premissa de estudos tão polêmica, deve ser desenvolvida uma compreensão prévia e básica do tópico em questão. Sendo assim, é primordial começarmos pelo início: a origem linguística que envolve os termos principais nos estudos filológicos das palavras-chaves que abarcam a interação da nova hipótese ao tema em si. Vamos dissecar a palavra Alienígena. É, de fato, um termo interessante, pois não muda muito quanto à sua conotação principal e original, ao menos não quando é traduzida ao pé da letra, sob sua origem do latim: alienigĕna, ae – significando “aquele de origem estranha, estranho, estrangeiro, que veio de fora”, porém, empregada ao termo estranho, de forma exclusiva a ‘estranhos’ à região onde novos indivíduos adentravam os domínios de outros, ou ‘estrangeiro’. Já nessa nova percepção, em português brasileiro atual, é atribuída a entidades viventes oriundas de outro planeta, lua, ou externos ao planeta Terra. É importante ressaltar também que diferente do que o cinema emulou na mente dos espetadores mundo afora, por décadas e décadas, a visão científica sobre alienígenas se estende a dois grupos principais: seres microbianos e seres inteligentes, complexos. Ao elevar o raciocino a corpos extra-Terra, ou extraterrestres, compreende-se a vida não apenas a partir das moléculas de carbono, mas também entidades passíveis de vida a partir de outros elementos químicos, e dividindo-os basicamente nos dois tipos já citados: seres capazes de terem corpos complexos e raciocínio lógico e capacidade intelectual, e do tipo sob tamanhos microscópicos e aparentemente inertes à característica: inteligência. Embora ainda não tenha sido divulgado a constatação de vida complexa e inteligentes, por vezes foram encontrados fragmentos comprobatórios que denuncia a presença de vida de alguma forma nos orbes extraterrenos. Mas o que isso tudo tem haver com história ou arqueologia? A mídia notícia muita coisa útil, e por vezes, os culpados por falta de atenção ao que é realmente importante, somos nós mesmos. Prova disso é a evidência que arqueólogos exploraram e em cooperação com outra área, os resultados foram promissores. E é aqui que entram os arqueólogos, os escavadores da história. Pois é através deles que os meteoros fossilizados podem ser encontrados e enquadrados no hall de provas de vida alienígena, não-complexa, tal como vida microbiana conservada por milhares, se não milhões de anos. Exemplo disso é do coordenador do grupo de astrobiologia da NASA Richard Hoover, que em 2011 publicou um artigo científico no periódico Journal of Cosmology – Periódico de Cosmologia, em tradução literal, e convidou mais de 100 especialistas e 5.000 outros cientistas a revisar seu trabalho (um processo normal no meio acadêmico, pois é assim que hipóteses e teorias são aceitas: a partir da mesma constatação de pesquisadores diferentes e verificação das provas das alegações). Ele declarou que a atitude de solicitar muito mais análises e perspectivas multidisciplinares para concordância de seu trabalho e amostragem seria necessária devido ao alto cunho controverso de sua descoberta. Ou seja, a prova definitiva de vida ter acontecido fora da esfera global terráquea, mesmo que a milhões de anos atrás, e contradizer a ideias que os humanos têm em se acharem sozinhos no universo. Quem sabe se: de onde veio e de quando veio isso, não se originou e evoluiu vida também? Foto da publicação do artigo no Journal of Cosmology, Periódico de Cosmologia. Na imagem é apontado o filamento fossilizado de um organismo orgânico de origem alienígena encontrado através de observações e profundos estudos em um asteroide caído na Terra. Os resultados foram frutos das pesquisas e liderança departamental do coordenador Richard Hoover, pela divisão de astrobiologia da NASA. A questão sobre a descoberta de Richard é que seu foco de estudo se baseia em organismos extremófilas – que têm composição básica a partir do carbono e enxofre, e sobrevivem, ou vivem normalmente, a ambientes geoquímicos extremos e hostis, prejudiciais à maioria das outras formas de vida conhecidas da Terra. E os filamentos fossilizados que ele detectou em um meteoro caído na Terra demonstra que aquele rastro de vida, sobreviveu a algum evento espacial que expulsou um pedaço rochoso de algum asteroide, planeta ou lua, e a bactéria sobreviveu naquele pedaço rochosos e flutuante no vácuo espacial até que o meteoro se prendeu à gravidade da Terra e, enfim, caiu em nosso planeta. Sendo assim, uma prova definitiva que a vida existe em forma similares ao modo que se iniciou na Terra bilhões de anos atrás, e que isso pode ter ocorrido milhões de anos antes da Terra ter mostrado vida complexa pela primeira vez, sendo então mais uma prova para as hipóteses da teoria da panspermia e um fragmento de que essa mesma vida pode ter se desenvolvido em outros planetas semelhantes à Terra e encontrado o caminho da inteligência intelectual bem antes da raça humana. “Estas bactérias fossilizadas não são contaminantes terrestres, ou seja, bactérias terrestres que possam ter contaminado o meteorito. São restos fossilizados de organismos vivos que existiram em corpos celestes similares aos deste meteoro, como cometas e luas”. Richard Hoover, Astrobiologo, NASA Publicado em Journal of Cosmology, 2011 Além disso, a descoberta coordena hipóteses que levam a comunidade científica a especular que é passível de existir entidades desenvolvidas em outras regiões fora da Terra, que se desenvolveram desde milhões de anos atrás e podem até estar no mesmo nível evolutivo que estamos como espécie hoje, ou anterior a nós, ou quem sabe até mais, muito mais adiantados em relação a nós. Arqueólogos e historiadores dedicados a desvendar e encaixar as peças de nosso passado para termos uma compreensão melhor dos dias atuais, e evitar erros no futuro próximo e distante, também contribuem em outras áreas. E essa é a magia do estudo interdisciplinar. Enquanto um astrofísico olha para cima, o arqueólogo vislumbra para baixo, e quando um encontro desse tipo acontece, os resultados são mais que satisfatórios. Então, dá próxima vez que alguém te perguntar se você acredita em vida alienígena, peça para a pessoa sentar que você irá explicar algumas coisas. E ao final, indique esse artigo para que algumas lacunas sejam preenchidas.
- DAJJAL - O Messias Impostor do Islamismo (Anticristo).
Masih ad-Dajjal (árabe: المسيح الدجال, literalmente "O Messias Impostor") é uma figura do mal na escatologia islâmica, onde será o impostor que irá se passar pelo Messias, antes do Dia da Ressurreição. Na linguagem ocidental, em algumas interpretações escatológicas, Dajjal seria o anticristo da teologia cristã. - INTRODUÇÃO AO ISLAMISMO. Antes de falarmos sobre Al-Dajjal, vamos entender como seu deu a criação da terceira e última religião Abrâmica (Abraão) a religião dos muçulmanos (significa "os que se submetem") chamada de Islã (que significa "submissão à vontade divina") e que é uma religião criada pelo Profeta Maomé (570 - 632 EC). Vídeo de introdução ao Islamismo: Assim sendo, agora que você assistiu o vídeo acima, já tem noção de como o ISLAMISMO foi criado e também já conhece as suas principais características, podemos dar continuidade ao tema desse artigo. O profeta MAOMÉ contou com uma lista de pessoas que estiveram ao seu lado e contribuíram para a criação do Islamismo; e as suas narrativas, é impressionante. Os chamados Companheiros do Profeta -Sahabah (mais de 100 - segue lista no link abaixo) entre eles: Abacar, Omar, Otomão, Ali etc, além de Tamim Al Dari, de onde veio o relato do surgimento do Dajjal. https://en.m.wikipedia.org/wiki/List_of_Sahabah No islamismo o termo sahaba (ou asahaaba; em árabe: الصحابه) refere-se aos muçulmanos que estiveram na presença física do profeta Maomé. A forma singular da palavra é sahaabi, e significa "amigo", "companheiro". Acima, temos a lista de Companheiros do Profeta Maomé ( Muhammad ) e que tem até classificação em categorias - os Muhajirūn os que tinham fé em Maomé e que acompanharam Muhammad de Meca a Medina, quando começou a pregar. - os Ansar que moravam em Medina e os Badriyyūn que lutaram na Batalha de Badr , ou seja, os que apoiaram e acolheram Maomé, tornando-se seus protetores. E por fim, um desses Companheiros do Projeta, era Tamim Al Dari, um dos primeiros companheiros de Maomé. Tamīm ibn Aws al-Dārī ( em árabe : تميم بن أوس الداري ) (falecido em 661) foi um companheiro do profeta islâmico Maomé e um dos primeiros convertidos do cristianismo ao islamismo. Na escatologia islâmica, ele é conhecido por encontrar o Dajjal durante uma de suas jornadas. Como tal, a história de Tamim tornou-se a base de várias narrativas e lendas medievais, ganhando Tamim o título de: "o viajante intrépido". Originalmente um sacerdote cristão, al-Dari viveu na Palestina governada pelos bizantinos e pertencia ao Banu al-Dar - um clã da tribo Lakhm . Seu primeiro contato com Muhammad foi em 628 EC, quando liderou uma delegação de dez outros membros Banu al-Dar. Anteriormente, Maomé concedeu a Banu al-Dar uma parte das terras conquistadas após a vitória muçulmana na Batalha de Khaybar . Al-Dari se encontrou com Muhammad para receber as missões de viagem e depois de conhecê-lo, al-Dari abraçou o Islã , estabelecendo-se em Medina . Após sua conversão, al-Dari tornou-se conselheiro de Maomé, particularmente no culto público. Seu conselho incluiu a introdução de lamparinas a óleo nas mesquitas . Ele é tradicionalmente considerado o primeiro narrador de histórias religiosas islâmicas e muitas de suas histórias incluíam histórias sobre o fim do mundo , as feras do Dajjal e a vinda do Anticristo Como no cristianismo, diz-se que o Dajjal surge no oeste, embora a localização específica varie entre as várias fontes. O Dajjal imitará os milagres realizados por ʿĪsā (Jesus), como curar os doentes e ressuscitar os mortos, este último feito com a ajuda de demônios ( Shayāṭīn ). Ele enganará muitas pessoas, como tecelões , magos, mestiços e filhos de prostitutas. Quando Tamin Al Dari se converteu ao Islamismo, ele pediu a Maomé as terras das aldeias de Hebron e Einun - na Palestina, a qual foi prontamente concedido, embora naquela época, a Palestina ainda estava sob controle Bizantino. Tamim quando era cristão, morava em um Mosteiro (Dayr) e esse fato explica a sua narrativa de ter encontrado o Djjall em uma das suas viagens. Ele era um narrador de histórias oficial do Islamismo. Tamim narrava os hadiths do Profeta, sobre ética, oração e recitação do Alcorão. - o livro sagrado do ISLÃO. Acredita-se que Tamim al-Dari foi um dos primeiros que trouxeram o que se chamam de Isra'iliyyat (histórias do cristianismo e outras religiões) para o Islã. Nota: Segundo a tradição, ele está enterrado em um Maqam (templo funerário islâmico) na cidade de Bayt Jibrin (nas proximidades de Hebron), destruída por Israel em 1948. Hoje seu maqam (santuário) está abandonado e localizado ao norte do Kibutz Beit Guvrin . De acordo com o historiador egípcio Ibn Lahi'a (714-790), os membros da família de al-Dari ainda eram os proprietários de suas propriedades em Hebron e Beit Einun durante a vida do historiador. A narrativa do Dajjal -- Al-Masih ad-Dajjal Segundo fontes sunitas , Tamim ad-Dari havia embarcado em uma expedição que naufragou em uma ilha misteriosa, pois, assim como era Maomé, Tamim também fazia inúmeras peregrinações e em uma dessas viagens (de barco), Tamim teve um naufrágio caindo um uma ilha misteriosa (distância de 1 mês de viagem), que segundo pesquisei poderia ser a ilha de Creta na Grécia. Um pouco sobre a ILHA DE CRETA - GRÈCIA Creta, a maior ilha da Grécia, é um dos destinos de maior importância cultural do arquipélago grego. Foi berço da civilização europeia onde os minoicos se instalaram há mais de cinco mil anos atrás. Está repleta de sítios arqueológicos sendo o mais importante deles o Palácio de Knossos, que reflete a glória desta civilização perdida. A ilha vivenciou posteriormente vários domínios distintos como dos Bizantinos, Romanos, Venezianos e Turcos, adquirindo assim uma cultura única. 🧐 Em Creta, pesquisei que há um sarcófago denominado Hagia Triada, datado do século XIV AEC. Um pouco sobre o Sarcófago de Hagia Triada (ou Agia Triada) O Sarcófago de Hagia Triada (ou Agia Triada) é um sarcófago minoico descoberto em 1903 no sítio arqueológico de Hagia Triada, em Creta. Datado do século XIV a.C., período da presença micênica em Creta, foi descoberto em uma câmara mortuária, ou melhor, em um pequeno prédio que serviu como um túmulo. Materiais exclusivos, iconografia, elementos narrativos, técnicas e estilo utilizado presentes no sarcófago de Hagia Triada fornecem evidências valiosas sobre as cerimônias religiosas e ritos minoicos. Considerado um dos melhores exemplos da arte egeia, é conservado no Museu Arqueológico de Heraclião. Após detalhados estudos do sarcófago e o que seus registros pictográficos significavam, constatou-se que é uma produção mista, ou seja, apresenta elementos tradicionais minoicos (ritos religiosos), assim como influências ideológicas egípcia (barcos, baixo-relevos, representação de procissões com oferendas) e micênica (espirais, rosetas, carruagens). Além disso, o próprio túmulo onde o sarcófago foi encontrado, conhecido como Túmulo 4, apresenta uma intrínseca fusão entre os estilos minoico e micênico, tanto no âmbito arquitetônico, como no funcional. Este, diferente dos tradicionais túmulos minoicos, é dedicado a uma pequena parcela da sociedade de Hagia Triada, o que se pode entender como outra ideologia micênica incorporada na sociedade minoica do final da Idade do Bronze. Os pictogramas produzidos no sarcófago ainda hoje fomentam variadas interpretações. Constatou-se que há treze cenas em torno do sarcófago, algumas interligadas, outras independentes umas das outras. Outra característica importante é que cada cena tem uma cor de fundo diferente, havendo assim quatro tipos de fundo: amarelo, vermelho, azul e branco. É a partir desta informação que a pesquisadora Wendy Walgate estabeleceu um diagrama cromático que relaciona a cor do fundo das cenas com períodos do dia, ou seja, cenas com fundo branco simbolizam o dia, o vermelho o entardecer, o azul o anoitecer e o amarelo o amanhecer. O ENCONTRO DE TAMIM COM DAJJAL. Nesta ilha, ele é levado por uma estranha criatura cabeluda, chamada de al-Jassasah e que tinha tanto cabelo que mal dava para ver seu rosto - uma fera com longos cabelos grossos (e por causa disso) eles não podiam distinguir seu rosto de suas costas. Encontro e conversa entre Tamim com Dajjal Textos retirados do hadith encontrado no Sahih Muslim No. 7029. O animal também foi capaz de falar: "Eu sou al-Jassasah", respondeu ele. O mais assustador Tamim e seu rebanho. Eles também sussurraram o que era al-Jassasah. A pergunta não foi respondida, a besta disse novamente. "Você vai ao templo lá, conhece um homem porque ele realmente espera notícias suas", disse al-Jassasah enquanto mostrava as direções. Um dos sinais do fim do mundo é o aparecimento de Dajjal. O grupo de Tamim não podia recusar. Mesmo com os cabelos arrepiados, eles ainda caminharam em direção ao santuário em questão. "E se aquele que estamos prestes a conhecer for um demônio?" disse um dos integrantes do grupo. No entanto, Tamim ainda se dirigia ao templo. Para sua surpresa, descobriu-se que dentro havia um homem super grande que estava algemado. Suas mãos estavam amarradas em volta do pescoço, seus joelhos e tornozelos também estavam amarrados. Não é um vínculo comum, o vínculo é feito de ferro muito forte, é impossível quebrá-lo, exceto com a permissão de Allah. O homem gigante tinha cabelos cacheados e um olho esquerdo cego. Em sua testa está escrito o alfabeto árabe "kaf", "fa" e "ra", ou se conectado a "kafir". "Como você é miserável, que tipo de criatura você é?" perguntou Tamim. O homem com um corpo muito grande respondeu: "Você realmente já sabe sobre mim, então me diga quem você é?" ele disse. "Somos árabes, embarcamos em um navio, mas encontramos uma onda tremenda e ficamos presos em sua ilha. Também conhecemos Al-Jassasah, então o animal nos pediu para virmos aqui", disse Tamim brevemente. O homem perguntou novamente: "Conte-me sobre as tamareiras em Baisan!" Tamim e o grupo perguntaram sem entender: "O que você está perguntando sobre a árvore ali?" O homem algemado respondeu: "Sobre a tamareira, ainda está frutificando?" Eles responderam: "Sim". O homem respondeu: "Em breve as árvores não darão mais frutos. Então, conte-me sobre o Lago Tabariyyah (Tiberia)!" Eles novamente perguntaram: "O que você perguntou sobre o lago?" O cego unilateral respondeu: "O lago ainda tem água?" Tamim e seus amigos responderam: "Sim, o lago tem muita água. Novamente o homem respondeu sobre o futuro. "Em pouco tempo o lago vai secar. Então, me conte sobre a primavera de Zugharl!" Eles perguntaram novamente por detalhes: "O que você está perguntando sobre a primavera Zugharl?" O homem grande, mas baixo, respondeu: "A fonte ainda flui água? E as pessoas ainda cultivam usando a água?" O grupo de Tamim respondeu: "Sim, a primavera é muito forte e as pessoas cultivam com ela". As três perguntas não satisfizeram o homem. Aparentemente, ele foi algemado por centenas de anos para que ele não saiba mais das notícias dos tempos. Ele também continuou a fazer perguntas a Tamim e seus seguidores. "Conte-me sobre o profeta ummi, o que ele fez?" perguntou o grande homem feio. Eles também entenderam que o que ele estava perguntando era sobre o Profeta Muhammad que estava sendo enviado. Tamim é cristão. Naquela época, ele não havia recebido orientação para o Islã. Ele respondeu: "Ele emergiu de Meca e vive em Yathrib (Medina)", disse ele. "Os árabes estão lutando contra ele?" perguntou o gigante indefeso com as mãos e os pés bem amarrados. "Sim", responderam Tamim e seus amigos. "O que ele (Muhammad) fez aos árabes? Ele triunfou sobre eles e os fez obedecer? Isso aconteceu?" perguntou o homem "infiel" novamente. "Sim", eles disseram. O grandalhão encerrou a pergunta. Ele então deu uma notícia chocante: "É bom para aqueles que o obedecem (Rasulullah). Eu vou te dizer quem eu sou. Eu sou al-Masih (ad-Dajjal). Em breve terei permissão para sair e andar na Terra, eu não deixarei nenhum país, a menos que eu passe por quarenta noites, exceto Makkah e Tha'ibah (Medina), essas duas cidades estão proibidas de eu entrar. Toda vez que eu quero entrar nas duas cidades, anjos me bloqueiam com espadas desembainhadas. Eles me impedem de entrar nas duas cidades. Realmente em cada brecha entre as duas cidades há anjos que os guardam ", disse o grande homem que acabou por ser o Dajjal. Após a conversa com o grupo Tamim e o Dajjal; eles não podiam acreditar que tinham conhecido aquele homem horrível que comprovou muitos relatos do Profeta que um dos sinais do Dia do Julgamento, seria, o aparecimento do Dajjal, o homem acorrentado que anuncia que ele é o Dajjal; e fornece detalhes escatológicos relacionados ao futuro, avisando-os de seu advento. Depois de retornar à Arábia, Tamim imediatamente encontrou o Profeta e contou sobre sua jornada. Ele imediatamente declarou-se abraçado ao Islã. O Profeta ficou muito feliz ao ouvir a extraordinária experiência de Tamim. Ele reuniu seu povo na mesquita e então contou a jornada de Tamim aos seus seguidores. Fonte: Islam Digest Republika Assim sendo, concluo pelas pesquisas que realmente, a Ilha de Creta e o sarcófago de Hagia Triade foi o local onde Tamim foi conduzido pelo al-Jassasah para encontrar o homem acorrentado - Dajjal. (vejam os dois vídeos abaixo e vocês entenderão os detalhes escatológicos relacionados ao futuro, avisando-os de seu adventos. Fica claro agora (e de forma bastante surpreendente para mim) o fato do Tamim ter sido cristão devoto, e após a sua conversão ao ISLAMISMO, ter feito a associação escatológica das religiões cristã e islâmica na figura de Jesus e Dajjall ?? !! Vejam abaixo: FILME: The Passion Of The Christ (A Paixão de Cristo) por Mel Gibson. Jesus Cristo, o salvador da humanidade, é traído por um de seus discípulos e capturado pelos romanos. Mesmo durante uma morte torturante, Jesus redime almas e derrota o verdadeiro propósito de Satanás. Data de lançamento : 19 de março de 2004 ( Brasil ) Diretor : Mel Gibson Idiomas : Latim, Aramaico , Hebraico Bilheteria : 612,1 milhões de dólares Continuação : A Paixão de Cristo: Ressurreição Roteiro : Mel Gibson , Benedict Fitzgerald PARA NOSSA REFLEXÃO: Assim, como fez TAMIM, teria o MEL GIBSON aproveitado/usado essa associação JESUS - DAJJAL de forma proposital no seu filme sobre a vida de JESUS ? BONUS: O próximo filme de MEL GIBSON. FILME: The Passion of the Christ: Resurrection --- (A paixão de Cristo: Ressureição) O filme está planejado para ser lançado nos Estados Unidos em fevereiro de 2024. https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Passion_of_the_Christ:_Resurrection Qual próxima surpresa reservada para nós? Vamos aguardar !!!! E ai, pessoal? Gostaram desse artigo? Deixe seu like. Instagram e Facebook ArqueoHistória >>> Instagram Facebook. Minha pagina no Instagram -- Aletheia Ágora em http://instagram/aletheia_agora Obrigado pela leitura e até o próximo POST Um abraço FLAVIO AMATTI FILHO www.instagram.com/aletheia_agora/ Bibliografia, Fontes e Referencias: https://twitter.com/mh_eyeonyou/status/1444298714470776836 https://www.wikiwand.com/en/Tamim_al-Dari https://islamicreminder.org/the-island-of-dajjal-the-anti-christ/ https://www.wikiwand.com/en/Muhammad https://pt.wikipedia.org/wiki/The_Passion_of_the_Christ:_Resurrection https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sarc%C3%B3fago_de_Hagia_Triada ^ "Sahih Muslim 2942c". Sunnah.com. ^ Jump up to:a b c d e f g h i j k l m Farhang, Mehrvash (2017). "Dajjāl". In Madelung, Wilferd; Daftary, Farhad (eds.). Encyclopaedia Islamica. Translated by Negahban, Farzin. Leiden and Boston: Brill Publishers. doi:10.1163/1875-9831_isla_COM_035982. ISSN 1875-9823. ^ Jump up to:a b c Madelung, Wilferd (1986). "al-Mahdī". In Bosworth, C. E.; van Donzel, E. J.; Heinrichs, W. 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Prophecy Continuous: Aspects of Ahmadi Religious Thought and its Medieval Background Oxford University Press, 2003, p. 114. "He [Ghulam Ahmad] realized the centrality of the crucifixion and of the doctrine of vicarious atonement in the Christian dogma, and understood that his attack on these two was an attack on the innermost core of Christianity " ^ Kambiz GhaneaBassiri. A History of Islam in America: From the New World to the New World Order Cambridge University Press, 2010, p. 208. "Ghulam Ahmad denied the historicity of Jesus' crucifixion and claimed that Jesus had fled to India where he died a natural death in Kashmir. In this way, he sought to neutralize Christian soteriologies of Christ and to demonstrate the superior rationality of Islam." ^ Valentine, Simon (2008). Islam and the Ahmadiyya jamaʻat: history, belief, practice. Columbia University Press. p. 21. ISBN 978-0-231-70094-8. "Proclaiming himself as reformer of Islam, and wanting to undermine the validity of Christianity, Ahmad went for the theological jugular, the foundational teachings of the Christian faith. 'The death of Jesus Christ' explained one of Ahmad's biographers ‘was to be the death-knell of the Christian onslaught against Islam'. As Ahmad argued, the idea of Jesus dying in old age, rather than death on a cross, as taught by the gospel writers, 'invalidates the divinity of Jesus and the doctrine of Atonement'." ^ 'Gate of Lud' Abul Husayn Muslim ibn al-Hajjaj Qushayri al-Nishapuri. Sahih Muslim. Of the Turmoil & Portents of the Last Hour. No 7015 ^ Geaves, Ron (2017). Islam and Britain: Muslim Mission in an Age of Empire. Bloomsbury Publishing. p. 138. ISBN 978-1-4742-7173-8. ^ Shahid, Dost Mohammad, Tarikh e Ahmadiyyat vol IV. Archived 7 August 2011 at the Wayback Machine p446.
- Guarani - O Elo Entre as Mitologias
Estamos acostumados a ouvir lendas sobre o Olimpo grego, com o magnífico Zeus, a encantadora Afrodite, ou sobre a mitologia Suméria com os primordiais Enki e Ninhursag, e sobre outros mitos e lendas de diversas civilizações ao longo do planeta terra. Mas além dessas tão ricas e interessantes narrativas, também temos as mitologias dos povos brasileiros, como os Guarani, que por sua vez, convergem em vários pontos com mitos e lendas de outros povos. Por meio de um conjunto de narrativas sobre espíritos da floresta e deuses, os povos indígenas explicavam e transmitiam às suas gerações (por meio de canções) o que viam, sobretudo os fenômenos naturais, como a concepção de uma criança, o nascer do sol, e até o movimento das marés. Até aí, nada de novo sob o sol, pois sabemos que muitas culturas desenvolveram suas mitologias neste mesmo viés. Os Guaranis Primeiramente precisamos entender que no Brasil, os indígenas foram estudados e divididos em grupos relacionados a língua que eles falavam. Desta maneira, as tribos brasileiras foram divididas em dois grandes troncos linguísticos, o Tupi e o Macro-Jê, onde cada tronco linguístico desses, possui subdivisões chamadas de famílias linguísticas. Os Guaranis são considerados os grupos que se utilizam da língua Guarani, que por sua vez contém elementos do tronco linguístico Tupi, por isso o nome Tupi-Guarani. Como já dito, Tupi-guarani é uma família linguística pertencente ao tronco Tupi, que congrega várias línguas indígenas da América do Sul e apresenta uma ampla distribuição geográfica pelo continente. Grande parte das tribos indígenas que habitavam o litoral brasileiro, quando da chegada dos portugueses ao Brasil em 1500, falava línguas pertencentes à família Tupi-guarani. A língua Guarani em si, embora considerada uma família, ou ramo do tronco linguístico Tupi, é bastante antiga, e também já era utilizada pela maioria dos grupos indígenas na época da chegada dos portugueses, mas com algumas diferenças do que hoje conhecemos como Tupi-Guarani. Atualmente o Guarani é uma das línguas indígenas de maior importância no mundo, uma vez que é um dos idiomas oficiais do Paraguai, conjuntamente com o espanhol. A língua guarani antiga ainda se subdividia em dialetos como: Mbyá, Nhandevá, Kaiowá ou (Pai-tavyterã). Os Guaranis habitam atualmente um território que compreende regiões entre Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina e subdividem-se internamente em diversos grupos muito semelhantes entre si, nos aspectos fundamentais de suas organizações sociopolíticas, mas diferentes no modo de falar a língua guarani, de praticar sua religião, e distintos no que diz respeito às suas mitologias. Abordaremos no artigo a corrente mitológica Guarani estudada no livro “Teología Guaraní”, de Graciela Chamorro, que descreve vários aspectos mitológicos e históricos deste incrível povo, com já dito, baseados nos escritos jesuítas de aproximadamente 400 anos. OS PRIMEIROS SERES Como tudo tem que ter um começo, na mitologia guarani não é diferente. “No começo de tudo, quando não havia tempo ainda, havia Yamandu. Yamandu é “o silêncio que gera o caos”, é o ancestral de todos os ancestrais”. Do caos gerado por esse silencio surge uma substancia (ou entidade) feminina chamada Jasuka, que em guarani significa (Princípio Gerador). Segundo a história, essa entidade chamada Jasuka deu origem a um ser primordial e o amamentou, cuidando do mesmo até que ele “crescesse”. Para os Guaranis, esse ser primordial é conhecido por vários nomes como: Nhanderuvuçú, Nhandejara, Nhande Ramõi, ou Xiro, que significaria algo como (Nosso Avô Eterno). É dito que Nhanderuvuçú representava o céu primordial, e usava um diadema, uma espécie de coroa divina envolta por penas das aves sagradas. Do centro desse diadema se levanta um ser chamado Nhande Jari, que significa 'Nossa vó'. Agora a história começa a ficar mais familiar, pois começa a criação dos céus e da terra, sendo criados sete céus, ou para alguns autores, sete níveis de céu. Esses céus tinham formato de círculos concêntricos, ou seja, sete círculos um dentro do outro, de maneira em que os círculos externos eram progressivamente maiores que os centrais. Abaixo desses sete céus foi colocada uma fundação para a grande terra, essa fundação foi criada acima da cabeça de Jasuka, que se situava exatamente abaixo do primeiro céu, o círculo menor do meio. Nhanderuvuçú cria um “disco” de terra e o expande, posicionando-o na cabeça de Jasuka. Após isto, ele divide esse disco em quatro partes iguais e as chama de “as grandes moradas”, e coloca uma palmeira bem no centro, que serviria para unir os quatro pontos da terra, e mais uma em cada uma dessas moradas. Cada uma dessas palmeiras que foram colocadas nas moradas representava uma divindade, essas divindades eram conhecidas pelos Guaranis como “seres criadores” ou Nhandetapý. Na morada Norte habitava o “fogo sagrado”, na morada leste habitava a “neblina”, na morada oeste as Aguas, chuvas e o trovão, e na morada sul o a “grande terra” ou “poder gerador”. Ao analisar os parágrafos acima, percebe-se que foram criados os céus, a terra e os quatro elementos, se você considerar que o fogo sagrado que habita o Norte é o fogo, a neblina que habita o Leste é o ar, as aguas que habitam o Oeste é a própria água e a grande terra que habita o Sul é a terra, que gerava e dava a vida para os animais, por isso, poder gerador. A Criação da Humanidade Agora que a terra os céus, as águas e os animais já tinham sido criados, Nhanderuvuçú resolveu criar o milho, e o plantou na terra. Algum tempo depois Nhanderuvuçú pediu para Nhande Jari colher o milho que ele havia plantado, o que foi recusado por ela. Nhande Jari tentava se explicar dizendo que aquele milho ainda não estava na hora de ser colhido, o que acabou enfurecendo Nhanderuvuçú, que resolveu causar uma grande catástrofe para acabar com a terra, tudo por raiva de sua esposa. Brincadeiras aparte, prestes a causar a destruição da terra, Nhanderuvuçú é surpreendido por um desconhecido, estranho e irresistível som. Era Nhande Jari, que batia um pedaço de bambu verticalmente no chão, e no mesmo ritmo entoava o primeiro cântico sagrado da humanidade, acalmando Nhanderuvuçú e fazendo todas as coisas se harmonizarem novamente. Mais calmo Nhanderuvuçú olha para a floresta e enxerga um porongo, uma espécie de cabaça, e com ele começa a bater em uma espécie de cesto sagrado que a ele pertencia. Ao bater no mesmo ritmo do cântico entoado por Nhande Jari, ele faz com que de dentro do cesto surja o primeiro homem. Feliz com o resultado, Nhanderuvuçú pega o takuapu, que é o nome dado atualmente ao instrumento de bambu tocado por Nhande Jari e também bate com ele no cesto sagrado, fazendo assim surgir a primeira mulher. Dessa maneira os dois foram tocando, cantando e criando os seres humanos. Agora, tomado pela paz e contente com a suas novas criações, Nhanderuvuçú, resolve deixar não só não de destruir mais a terra, mas deixa-la para os homens. Resolve então partir com Nhande Jari rumo aos sete céus, mas para isso ele precisa enfrentar um tortuoso caminho em formato de serpente, cercado por um abismo sem fim. Após algum tempo e algumas aventuras “heroicas” os dois conseguem chega ao seu destino, e tomam os céus como sua nova morada. Já os dois primeiros seres humanos criados por meio da canção foram chamados de Rupave e Sypave, que significam respectivamente “Nosso Pai” ou “Pai dos povos’’ e “Nossa Mãe” ou “Mãe dos povos”. A Primeira Desconfiança e os Gêmeos Segundo a lenda, muito tempo se passou e já haviam outros seres humanos sobre a terra, até que Sypave ficou grávida de gêmeos, feliz, Rupave saiu para fazer a colheita e se preparar para a chegada de seus novos filhos. É importante saber também que eles tiveram outros filhos antes desses gêmeos. Entre os filhos de Rupave e Sypave estava Porâsý, notável por sacrificar sua própria vida para livrar o mundo de um dos sete monstros legendários, diminuindo seu poder para dar energia aos outros seres. Você verá que vários dos primeiros humanos ascenderam em suas mortes e se tornaram “entidades” menores da mitologia guarani. Ao voltar para casa, Rupave descobriu que sua mulher tinha se encontrado com outro homem, o que o deixou enfurecido, pois isso nunca havia acontecido até então. Isso gera uma discussão entre os dois, e Sypave afirma que os filhos são de Rupave, que, com raiva e dúvida se era realmente o pai dos gêmeos, não acredita na esposa e resolve abandonar sua família, sumindo dos planos terrenos. Em seu último suspiro de tristeza, Rupave fala para Sypave: “ Se você é essencialmente a minha esposa, você há de encontrar a minha morada” e então ele some, e como um raio e vai para os céus. Mais tarde na continuação da lenda é dito que Rupave teve que passar pelo mesmo caminho da serpente, assim como Nhanderuvuçú, para chegar aos céus. Abandonada Sypave resolve nomear os filhos como Guaraci e Jaci, logo após isso, sai à procura de Rupave, passando a vagar sobre a terra, grávida e solitária. Interessante é o fato de que ela conversava com um dos seus bebes, mesmo antes de dar à luz, e este, que era Guaraci, respondia de maneira com que ela escutasse e entendesse. Mais interessante ainda é que Guaraci guiava a mãe, apontando o caminho que ela devia seguir para encontrar o pai. Em um certo momento da jornada, Guaraci pediu para sua mãe colher uma linda flor amarela que estava no caminho, mas antes que pudesse colher a flor, Sypave foi picada por uma abelha, ao sentir a dor, ela se recusou a colher a flor. Guaraci por sua vez, ficou chateado com sua mãe e resolveu pregar uma peça nela, foi então que ao chegarem em uma encruzilhada, ele propositalmente apontou o caminho errado para sua mãe. O caminho que Guaraci indicou levou sua mãe para a morada das onças pintadas, conhecidas pelos guaranis como “jawapini” ou “jaguareti”. É importante salientar que para os guaranis a onça é o único ser que realmente rivaliza com o homem, capaz de tirar sua vida e comer sua carne sem pensar duas vezes. Ao chegar no covil das onças Sypave foi recebida pela onça anciã, que a reconheceu e entendeu sua importância, bem como dos gêmeos que estavam para nascer. Foi então que as outras onças mais jovens voltaram de uma caçada má sucedida, viram a mulher e desavisados, atacaram, mataram e comeram-na. A onça anciã apenas conseguiu salvar os dois gêmeos, realizando um tipo de parto de urgência. Após isso, a onça anciã omitiu a morte da mãe e ordenou que as crianças fossem criadas e cuidadas pelas onças como se fossem “da família”. Uma coisa importante a salientar é que Guaraci e Jaci eram dois meninos, e não um menino e uma menina. Se você pesquisar na internet e inclusive em alguns livros mais recentes, encontrará a errônea informação de que Jaci era a deusa da lua, o que está incorreto, pois na mitologia Guarani original Jaci era o DEUS da lua, irmão de Guaraci que era o deus do sol. Não se sabe o porquê dessa variação de história, mas caso você queira se aprofundar sobre a versão original indicamos o livro: “Kuarahy e Jasy em busca da origem”, de Spensy Kmitta. Os irmãos então foram crescendo e se desenvolvendo, Guaraci se mostrava mais forte e mais sábio, enquanto Jaci também era bastante forte, mas era uma criança um tanto menos brilhante que seu irmão, que inclusive era considerado o irmão mais velho, pois teria nascido antes de Jaci. O mito continua de maneira curiosa, narrando que certa vez os dois irmãos saíram para caçar, e acabaram ultrapassando o território que havia sido delimitado pelas onças, quando encontraram um papagaio que nomearam de “papagaio do bom falar” isto porque o papagaio realmente falava. O papagaio por sua vez, ao avistar os gêmeos, os reconheceu e acabou contando para eles a verdadeira história da origem deles, como eles tinham chegado até ali, e inclusive que as onças tinham matado e comido a sua mãe. Furiosos os irmãos sentiram vontade de se vingar das onças, mas Jaci dá a ideia para eles tentarem ressuscitar a mãe primeiro. Os gêmeos saem atrás dos ossos da mãe e incrivelmente conseguem acha-los, então Guaraci se encarrega de ajeitar os ossos da mãe, enquanto Jaci se encarrega procurar os outros materiais necessários para o ritual. Eis que Jaci retorna com os materiais, mas acaba trazendo os ingredientes errados, resultando na falha do ritual e em vez de ressuscitar a mãe, os dois acabaram apenas conseguindo transformar seus ossos em pó, o que acabou deixando Guaraci bravo e desapontado com Jaci, e inclusive fazendo-o pensar que ele só conseguiria tomar seu lugar no mundo quando seu irmão não estivesse mais por perto. Após o ritual falho, os dois se voltaram para a primeira ideia, que era se vingar das onças por terem matado sua mãe. Então os dois voltaram para o domínio das onças e atraíram todas elas para uma frágil ponte feita por eles, da qual em baixo haviam afiadas estacas de madeira. O plano acabou dando certo e todas as onças caíram na armadilha e morreram, exceto uma que estava gravida, que foi deixada viva em respeito a onça anciã, que cuidou dos dois desde criança, e é por causa dessa onça gravida que sobrou, que existem onças até hoje, segundo os Guarani. A Ascensão aos Céus - "Jornada Guarani" Desapontados por não terem conseguido ressuscitar a mãe e aliviados por terem se vingado das onças, Guaraci e Jaci decidem que é a hora de tentar achar seu pai, mas para isso eles sabem que precisam ascender em mente e espirito, pois, seres humanos não conseguiam chegar aos sete céus. Os dois então entram em um longo período de jejum e meditação. O local onde Guaraci meditava acabou reunindo outros índios e se tornando a primeira grande tribo guarani. Quando finalmente achavam que estavam prontos, eles construíram uma imensa ponte feita de flechas, e por ela conseguem chegar ao caminho em formato de serpente, o mesmo que Nhanderuvuçú precisou percorrer para chegar aos céus.Os dois então percorreram o caminho em formato de serpente, enfrentando e derrotando todas as dificuldades no seu caminho. Chegando ao final, encontram um templo na entrada dos sete céus, e notam que lá está havendo uma festa, um tipo de encontro espiritual. Ao entrarem, os dois percebem que seu pai Rupave estava lá sentado ao lado de sua mãe, perceberam também que haviam outras pessoas nessa festa e que estavam participando de um tipo de torneio, que se resumia em quem conseguia levantar um grande luzeiro ou “lanterna” que era muito pesado e pertencia ao Nosso Avô eterno, Nhanderuvuçú. Rupave ao avistar os dois homens os convidou para entrar na competição, e os dois aceitaram, conseguindo inclusive vence-la, levantando tal lanterna. Após isso, Rupave acaba reconhecendo os dois como seus filhos legítimos e como prêmio ele acaba dando os dois grandes luzeiros da terra, um para cada um de seus filhos, sendo que Guaraci ficou com o Sol e Jaci ficou com a Lua. Após isto Guaraci e Jaci foram eternamente separados, pois como Guaraci pensava que só teria seu lugar no mundo quando seu irmão não estivesse mais por perto, foi o que foi feito, por isso o sol só aparece quando a lua se vai, e vice-versa. É interessante complementar com um fato bastante curioso sobre o eclipse, para os antigos guaranis, as onças que nasceram daquela única onça grávida juraram vingança contra os gêmeos e nunca deixaram de persegui-los, de forma que para eles o eclipse é quando as onças finalmente conseguem encurralar os irmãos em um só lugar, por isso os guaranis têm rituais que são realizados durante o eclipse, com o objetivo de afastar as onças e assim os irmãos poderem voltar para seus respectivos lugares. Desta maneira foi formado o que é conhecido como jornada guarani, que faz parte da crença interna dos guaranis, se resumindo basicamente em cada ser completar suas missões de vida e provar que merece o reconhecimento de “Nosso Pai”, para que assim finalmente possam ascender e retornar ao criador como partes dele. Bom, é obvio que a mitologia Guarani vai muito além disso, assim como o panteão de deuses dos mesmos, que é bem maior do que o que foi citado acima. Incrível é que mesmo com um breve resumo como esse, já conseguimos parâmetros para comparações com diversos mitos e lendas de outras civilizações, como mostraremos a seguir. Semelhança ou Elo? O primeiro ponto que chama a atenção é exatamente logo no início, quando o tempo não existia, existia somente Yamandu, que era o silencio que gera o caos, e em seguida surge Jasuka, a substancia feminina. Ora, isso não lhes é familiar? Diversas civilizações da antiguidade iniciam seus poemas de criação exatamente da mesma maneira, sempre com uma narrativa que enfatiza um começo caótico, onde inclusive só um ser existia e esse ser era responsável por esse caos. Como foi dito existem diversas mitologias que começam exatamente assim, como por exemplo a mitologia babilônica, onde cercados pelo caos, existem apenas Apsu e Tyamat, os seres primordiais. Os dois, se encarregam de separar essas águas e trazer a ordem à existência, bem como mais tarde, os dois dão origem aos primeiros deuses do panteão babilônico, da mesma maneira que acontece na mitologia guarani. Nota-se também que outras culturas da antiguidade também têm elementos muito parecidos com esses da mitologia guarani, por exemplo, o mito da criação do mundo da mitologia grega, que conta exatamente a mesma história, com nomes diferentes é claro. “No início, nada existia. Tudo era escuro e nada existia e isto era o Caos. Gradualmente Gaia (a mãe terra) surgiu e foi ganhando forma e criou o Mundo. A Mãe-Terra teve um filho, Urano, que era o primeiro ser divino. ” Se você parar para pensar, acaba percebendo que Gaia a mãe terra, era para os guaranis Jasuka, que inclusive teve a terra criada em cima de sua cabeça como já citado, o que acaba fortificando ainda mais esta comparação. Da mesma maneira que Jasuka da origem a Nhanderuvuçú, considerado o céu primordial, primeiro ser divino para os guaranis, Gaia da origem a Urano, que também representa o céu para os gregos. Outro ponto que pode ser comparado é a criação dos pontos cardeais e dos elementos, onde na mitologia guarani foram criadas as quatro grandes moradas e dividas igualmente sobre a terra, cada uma como morada de um dos quatro elementos. Na mitologia Japonesa, encontra-se essa mesma disposição, onde Kagutsuchi, o deus do fogo ficou com a porção de terra norte, Amaterasu, a deusa do vento ficou com a porção leste, Susanowo, o deus da tempestade, ficou com a porção oeste e Tsuki-yomi, o deus terra ficou com a porção sul. Coincidentemente os mesmos elementos para os mesmos pontos cardeais. Dando continuidade as comparações, temos o momento em que Nhanderuvuçú cria o primeiro homem e a primeira mulher ao tocar instrumentos musicais. Mas para explicar esse ponto precisamos explicar o que é a música para os indígenas. Basicamente, as tribos indígenas não só no brasil, mas em todo o mundo, tem os cantos de entoação como parte de sua cultura. Isso acontece, pois, grande parte das civilizações indígenas não tinha uma forma de escrita, registrando apenas desenhos em pedras. Sendo assim, com objetivo de ter uma forma concreta de se passar as histórias, mitos e lendas, os indígenas perceberam que era mais fácil fazer isso por meio de canções, uma vez que a canção tem um sincretismo concreto, não se pode mudar palavras ao bem entender, ou seja, era uma maneira de tentar assegurar que as histórias seriam contadas exatamente da mesma maneira que eram contadas no início, sem que as pessoas adicionassem, tirassem ou mudassem partes dela. Esse é exatamente o ponto que queríamos chegar. Pesquisando sobre os povos da civilização indiana proto-histórica, encontramos diversos relatos de que os povos da época faziam o mesmo, transmitiam suas histórias por meio de cantos considerados sagrados, inclusive, é sabido que eles faziam isso exatamente para garantir que os contos não fossem alterados. Não podemos deixar de citar também o caminho que Nhanderuvucú faz ao abandonar o plano terreno e deixar a terra para os homens, onde ele precisa atravessar um enorme caminho em formato de serpente. Na cultura Maori, quando um homem morria, seu espirito deveria atravessar o “caminho da serpente sagrada” e, ao chegar ao final ele seria recompensado com a sabedoria dos deuses e não mais precisaria reencarnar. Não só na cultura maori esse caminho da serpente é citado, mas também em alguns contos da mitologia japonesa, onde uma alma deveria atravessar o “caminho da sabedoria”, que era exatamente um caminho em formato de serpente cercado por abismos. Após chegar ao final essa alma encontraria a “verdade”. Bom, o conto guarani descreve exatamente isso, onde os indivíduos precisam ascender em mente e espirito para conseguirem atravessar o caminho em formato de serpente, e como vimos, ao conseguir, ganham poderes e um local nos céus. (Lembrei do Goku andando pelo caminho da serpente após morrer, no Dragon Ball) A parte que vem a seguir é a que mais pode ser comparada a diversas culturas, a primeira desconfiança e os gêmeos. Como citado, Sypave engravida de gêmeos e em seguida, Rupave, seu marido, duvida de que os gêmeos são seus filhos. Voltando a mitologia e história grega, temos o conto de Céfalo e Pócris, onde Prócris era casada com o Rei Céfalo da Tessália. Amavam-se com profunda ternura, porém sua felicidade terminou quando Eos, deusa da aurora de dedos cor-de-rosa, apaixonou-se por Céfalo e raptou-o para que vivesse ao seu lado. Apesar de toda a sua beleza, ela não conseguiu conquistar o amor de Céfalo. Por fim, perdendo as esperanças, consentiu que ele retornasse para viver com a esposa. No entanto, sentindo-se abandonada pelo amante, Eos sugeriu que a sua esposa Prócris teria um amante. Eos aconselhou a Céfalo de se disfarçar em um rico mercador e tentar seduzir Prócris com ricos presentes, prometendo-lhes muitos outros presentes caso ela se entregasse a ele. Assim colocaria à prova a fidelidade da esposa e mostraria o quanto os homens são crédulos e ingênuos. A história acima não lhe parece familiar? A analogia utilizada acaba nos indicando a mesma desconfiança de um homem por sua esposa, mas no caso dos Guaranis quem se exilou foi Rupave, não sua mulher, como na versão grega. Podemos ir mais a fundo ainda e comparar essa primeira desconfiança com um texto bíblico, que diz: “Foi assim que o nascimento de Jesus Cristo aconteceu: durante o tempo em que sua mãe, Maria, estava prometida em casamento a José, ela ficou grávida do espírito santo antes de se unirem. No entanto, visto que José, seu marido, era justo e não queria expô-la publicamente, ele pretendia se divorciar dela em segredo." Citada na bíblia em Mateus 1:18,20. Devemos considerar que uma história baseada em outra logicamente terá pontos diferentes, exatamente com o intuito de demonstrar que não é um plagio. Mas ao pesquisar tais mitos e lendas, entende-se que os detalhes diferentes em nada alteram o cerne da história, a mensagem identificada a ser passada é a mesma, independentemente de suas peculiaridades. E os Gêmeos? Guaraci e Jaci, gêmeos recém-nascidos, que por sua vez acabaram sendo criados por uma onça e depois descobrindo sua verdadeira origem. Essa história também não lhes é familiar? Bom, talvez você conheça a história de Romulo e Remo, dois gêmeos que foram criados por uma loba que os amamentou e cuidou deles até que eles fossem encontrados por humanos mais tarde, e posteriormente, Romulo viria a se tornar o fundador de Roma. Nota-se que a história é praticamente a mesma, claro que com as respectivas mudanças para se encacharem no contexto indígena, onde o lobo seria a onça, Romulo seria Guaraci e a primeira grande tribo guarani seria Roma. Mais à frente, o trecho em que Guaraci e Jaci são reconhecidos como filhos de Rupave após levantarem o grande luzeiro, pode ser comparado a mitologia nórdica, onde Thor passou por um teste em que deveria conseguir levantar e manusear o Mjölnir, o martelo mítico que pertencia a seu pai, o deus Odin. Após ver que Thor conseguia manusear normalmente o Mjölnir, Odin o aceita como verdadeiro herdeiro do trono. Na história guarani, vemos quase a mesma coisa, mas no caso, os dois filhos de Rupave ganham esse reconhecimento, e não só um como na mitologia nórdica citada. Como já dito, a mitologia guarani não é só o que foi citado aqui, usamos apenas os primeiros mitos descritos por eles, e mesmo assim já conseguimos comparações com diversos mitos de diversas outras culturas de pontos diferentes do mundo. Com isso em mente, imagine tudo o que poderia ser comparado se pudéssemos descrever neste artigo toda a mitologia guarani? TUPÃ Talvez você tenha estranhado o fato de termos descrito a mitologia da criação guarani sem termos citado Tupã, que para muitos é o maior deus do panteão guarani. Bom, acontece que para os primeiros guaranis, Tupã não era um deus, e sim um conceito de algo sagrado ou divino. Tupã ganhou a personificação de um deus tempos depois desses tempos em que as histórias que citamos eram contadas. Nos tempos atuais, Tupã é considerado o deus do trovão, e também deus criador. Isso aconteceu devido a interferência dos jesuítas que trouxeram conceitos que estudavam dos povos politeístas, e com isso tiravam suas próprias conclusões, que com o passar do tempo acabaram influenciando os próprios indígenas, uma vez que eram ensinados pelos jesuítas. Uma evidencia disso é que se você pesquisar sobre Nhanderuvucú vai encontrar alguns autores que se referem a ele como “Nhanderuvuçú ou Tupã”, isso por que os índios também se referiam a ele assim, mas não por ser seu nome, sim por ele ser considerado o primeiro ser divino. Segundo Friedd Paz Grünberg em seu livro “Cosmovisión Tevyterã” a palavra Tupã no sentido que era usada pelos primeiros guaranis pode ser exatamente comparada aos termos “divino” ou “sagrado”, isso porque existiam inclusive outras divindades que possuíam tupã no nome como por exemplo karazawa-tupã e kawakami-tupã dentre outros. Ele afirma também que, inclusive, o termo também pode significar algo como “sobrenatural” ou até “demoníaco”, pois o medo expressado pelos índios é bastante enfatizado nos textos jesuítas, o que pode indicar que tupã não era algo bom ou ruim, mas algo sobrenatural que poderia se manifestar das duas maneiras. Resumindo, quando os jesuítas viam os índios apontando para um raio e gritando “ Tupã” eles entendiam que Tupã era o deus dos raios para eles, quando na verdade eles estavam dizendo que aquilo era uma manifestação divina/sobrenatural, de algo que não pertencia ao plano terreno. Replicando esse errôneo pensamento por século, os jesuítas acabaram influenciando a cultura dos próprios guaranis. Após a leitura de pelo menos oito bibliografias diferentes, bem como pesquisa em diversos artigos acadêmicos acabo chegando a duas hipóteses que poderiam explicar todas essas “coincidências” citadas no texto. A primeira delas pode ser explicada de maneira simplificada pela seguinte afirmação. Hipótese 1: Os índios que habitavam o território brasileiro muito tempo antes da chegada dos portugueses acabaram se tornando um tipo de “colecionadores de lendas”, onde eles realmente tiveram contato com todas essas civilizações citadas, pois como sabemos, as rotas marítimas dos povos antigos incluíam as américas muito tempo antes do que se pensava. E a partir disso, os índios foram construindo gradativamente sua mitologia e suas lendas baseadas nesse contato. Hipótese 2: Consiste na afirmação de que essas histórias praticamente iguais também são resultado desse contato, mas de forma diferente, de maneira em que todas essas civilizações, não só os índios, fossem ramificações de uma única e mais antiga civilização, que por algum motivo, talvez catastrófico, foi dizimada, forçando os sobreviventes a se espalhar por partes diferentes da terra, mas mantendo o que pudessem de sua cultura original. Seguindo essa hipótese, as peculiaridades e diferenças entre os contos resultariam apenas dos efeitos do passar do tempo, onde cada novo povo formado por esses sobreviventes se encarregaria de “moldar” suas mitologias de maneira com que elas atendessem ao estado presente de sua sociedade, mas não fugisse a versão original. Bom, independente de qual seja a teoria, uma coisa é certa, ela com certeza aponta para uma certa e incontestável ligação entre ameríndios e outras civilizações antigas. Bibliografia Aldo Litaiff - Mitologia Guarani. A Criação e a Destruição da Terra Daniel Munduruku - O Karaíba: Uma História do pré-Brasil Eduardo A. Navarro - Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos Friedd P. Grünberg - Cosmovisión Tevyterã Gvard L. Yehrman - Guarani, Las primeras Creencias José de Alencar - O Guarani Daniel Munduruku - Contos Indígenas Brasileiros Emerson Guarani e Benedito Prezia - A criação do mundo e outras belas histórias indígenas Conheça minha página @Contextologia no Instagram, onde compartilho minhas pesquisas e artigos na área da História, Arqueologia, Filologia e outros.
- DRAGÕES: Da Origem ao Fim
Os dragões apareceram independentemente na arte, mitologia e folclore de muitas culturas e civilizações ao longo da história, mas poucos param e refletem sobre a formação desse mito. Imagem: Mušḫuššu, produzido em baixo-relevo, localizado no Pergamonmuseum - Museu Pergamón, Berlin, Alemanha - Foto de Allie Caulfield Como parte do estudo da antiguidade humana e compreensão da formação intelectual e evolução de credos e mitos, o estudo dos mais variados tópicos é necessário, sempre com o objetivo de encontrar razão nas transformações da sociedade humana. Sendo assim, aqui não será possível compreender todas as variáveis que envolvem esse tópico tão vasto, mas as linhas a seguir abordaram muito e de várias culturas pelo mundo e tempo da linha histórica que muitos não compreendem em sua totalidade. A palavra 'dragão', entrou pela primeira vez na língua inglesa no século 13, derivado do latim vulgar 'dracōnis' e do grego 'drakōns'. E para ter um bom começo, vamos para o mais distante que a arqueologia encontrou de registros confiáveis, ou seja, de primeira e segunda instancia no campo do estudos de provas históricas: região da mesopotâmia. Uma das primeiras representações retrata dragões como cobras gigantes nas mitologias do antigo Oriente Próximo, particularmente na arte e literatura da Mesopotâmia, onde criaturas semelhantes a dragões são descritas no Épico da Criação, o Enuma Elish, do final do segundo milênio aEC (antes da Era Comum). Outras criaturas dracônicas, o Bašmu e o Ušumgal, também aparecem no texto do Período Acadiano, sendo o mais reconhecido o Mušmaḫḫū, que significa 'cobra avermelhada' ou 'cobra feroz’, retratado no Portão ou Porta de Ishtar na cidade de Babilônia. A Porta de Ishtar foi a oitava entrada do lado norte da muralha da cidade da Babilônia, construída aproximadamente em 575 a.C., por ordem do rei Nabucodonosor II, que reinou prospero entre 604 e 562 aEC, no auge do Império Neobabilônico. Na mitologia egípcia antiga, Apep ou Apophis (acima) é uma criatura gigantesca serpentina que reside no reino dos mortos e/ou abaixo do horizonte, não se sabe ao certo, pois na mitologia egípcia, assim como em várias pelo mundo, quando a palavra nativa fala sobre ‘submundo’, ela pode significar ‘mundo dos mortos’ como o conceito cristão de Inferno, mas também pode ter o sentido de ‘subsolo’, levando a crer na possibilidade de haverem práticas de religiosas atuantes em cavernas naturais, ou não, e estruturas subterrâneas. Apep foi mencionado pela primeira vez durante a 8ª Dinastia, 2181 aEC a 2160 aEC), onde narra que nasceu do cordão umbilical de Ra e era o oponente da luz, e Ma'at, travado em duelos épicos através dos tempos com Ra. Claro, que essa é uma das interpretações do mito, haja vista que para uma cronologia tão longa da existência da cultura egípcia antiga, os mitos e lendas mudam conforme o tempo do posso que os cultuavam também evoluía, sendo assim, cada mito tem sua versão conforme o momento histórico a ser referido na cosmogonia citada. Nehebkau, a serpente primordial, se interpretada durante o Período Tardio da mitologia egípcia, é outra serpente gigante que guarda o Duat e ajudou Ra em sua batalha contra Apep. Embora originalmente considerado um espírito maligno, mais tarde ele funciona como um deus funerário associado à vida após a morte e um dos quarenta e dois assessores de Ma'at. Lembrando que não é correto, mas apenas uma figura de linguagem citar ‘vida após a morte’, enquanto se fala de Egito Antigo, pois não havia o conceito de morte como o conhecemos, haja vista que o melhor e mais adequado seria citar ‘a vida após a vida’. O OROBORUS O Livro Enigmático do Mundo Inferior, um antigo texto funerário egípcio encontrado na tumba de Tutancâmon retrata o Ouroboros, ou do grego clássico Οὐροβόρος – ‘aquele que consome a própria calda’ em tradução literal, um símbolo antigo que mostra uma serpente, ou o conceito de um dragão, comendo a própria cauda. O símbolo persistiu no Egito até a época romana, quando frequentemente aparecia em talismãs mágicos, e às vezes em combinação com outros emblemas místicos. O Dragão Aži Dahāka Na literatura zoroastrista do Irã e da Pérsia, dragões como Aži Dahāka, que significa 'Grande Serpente Avestan', eram vistos como a personificação do pecado e da ganância. Na literatura sufi persa, Jalāl al-Dīn Muḥammad Rūmī também sugere que os dragões simbolizam a alma sensual, a ganância e a luxúria, que precisa ser mortificada em uma batalha espiritual. Dragões, grego antigo: drakōns, desempenharam um papel significativo na mitologia grega ancestral, muitas vezes aparecendo com um cuspe venenoso, embora o hálito de fogo seja atestado em vários mitos. Algumas representações também mostram a drakaina, uma serpente feminina com várias características de uma mulher humana. Muitos heróis gregos lutaram ou encontraram criaturas dracônicas. Héracles, conhecido no ocidente como Hercules, matou a Hidra de Lerna, Jasão drogou um dragão insone guardando o Velocino de Ouro que era sua missão e busca, Zeus lutou contra o monstro Tifão e Cadmo travou disputa contra o dragão de Ares. Os romanos tinham pouco interesse aparente em desenvolver novas tradições próprias de dragões, do latim vulgar: dracōnis, principalmente adaptando a mitologia dos gregos antigos para atender às suas necessidades e demandas estratégicas de expansão e domínio hegemônico social e territorial. Durante o século 2 dEC (depois da Era Comum), após as guerras dácias, os militares romanos usaram o draco como seu padrão militar da corte, pois a águia, aquila, era a da legião. Na Ásia, principalmente na China, a aderência na mitologia dos dragões é altamente perceptível. Os dragões, do mandarim tradicional e antigo: 龍 (lóng), eram associados à boa sorte e simbolizavam poderes potentes e auspiciosos. Os dragões costumavam acompanhar deuses e semideuses como suas montarias ou companheiros pessoais, enquanto os imperadores chineses usavam um símbolo de dragão para projetar sua força imperial. É válido lembrar que para a cultura asiática haviam inúmeros tipos de dragões, e cada um deles tinha sua terminação nominal como lóng, tal como vemos retratado no manga Dragon Ball, o dragão 神龍, Shenglong, ou o mesmo em japonês: 神竜 Shinryū, o literalmente Espírito Dragão, que controla o vento, a chuva e os relâmpagos, e trovões. Assim como há vários outros que simbolizam o que a cultura precisava em sua cosmogonia, por exemplo o 睚眦 ou 睚眥, yázī, o tipo de dragão que gosta de matar, e geralmente é encontrado entalhado em espadas e facas. As primeiras representações zoomórficas dracônicas datam da cultura Xinglongwa entre 6200-5400 aEC, enquanto a cultura Hongshan pode ter introduzido o caractere chinês para 'dragão' entre 4700 e 2900 aEC. A imagem tradicional do dragão chinês surgiu durante as dinastias Shang, 1766 a 1122 aEC, e Zhou de 1046 aC a 256 aEC, evoluindo para o Yinglong, um dragão alado que o estudioso Chen Zheng propõe ser a origem do 'imagem do dragão real'. As criações artísticas evoluiriam Yinglong para ter padrões de chamas ou nuvens em vez de asas, eventualmente substituindo Yinglong pela imagem de um dragão amarelo sem asas nas formas de arte chinesas. Um diagrama cosmológico do Deus Dragão apresenta o conceito de dragões na cultura chinesa e o cosmológico Sihai Longwang 'Rei Dragão dos Quatro Mares'. Cada Rei Dragão está associado a uma cor e um corpo de água, com o Dragão Azul ou Dragão Azul-Verde representando o leste e a essência da primavera, o Dragão Vermelho o sul e a essência do verão, o Dragão Negro o norte e o essência do inverno, o Dragão Branco a oeste e a essência do outono, e depois há o dragão amarelo, que é a encarnação zoomórfica do Imperador Amarelo. É mais provável que o dragão chinês tenha influenciado muitos países asiáticos, com os dragões da Coréia sendo representados com barbas mais longas e às vezes mostrados carregando um orbe gigante conhecido como yeouiju. A mitologia coreana descreve dragões originários de serpentes como proto-dracos chamados imugis, que aspiravam a se tornar um verdadeiro dragão se pegassem um Yeouiju que havia caído do céu. Já no Japão, as lendas de dragões estão fortemente entrelaçadas com dragões chineses, mesmo usando palavras chinesas para nomes de dragões. Acredita-se que monges budistas de toda a Ásia transmitiram lendas de dragões e cobras da mitologia budista e hindu para o Japão, embora existam alguns exemplos de dragões indígenas descritos em textos antigos, como Kojiki e Nihongi. Na mitologia filipina, Bakunawa, que significa "cobra dobrada" é um dragão semelhante a uma serpente que se acredita ser a causa de eclipses, terremotos, chuvas e ventos. Bakunawa também é conhecido como Naga, devido à sincretização com a divindade serpente hindu-budista, Nāga. Também foi sincretizado com o par hindu-budista navagraha, Rahu e Ketu, divindades responsáveis pelos eclipses do sol e da lua, respectivamente. Muitas serpentes filipinas foram associadas a engolir a lua, com lendas de Láwû, uma serpente da mitologia Kapampangan, Olimaw, um dragão-serpente fantasma alado da mitologia Ilokano e Sawa, um monstro serpente das mitologias Tagalog e Ati A Índia também tem suas próprias lendas de dragões. O Rigveda, uma antiga coleção indiana de hinos sânscritos védicos, descreve como Indra, o deus védico das tempestades, lutava contra uma serpente gigante chamada Vrtra. Os povos das Américas também tiveram sua vez no hall da criação, e têm suas próprias lendas dracônicas completamente independentes do resto do mundo. Os Yucatec Maya adoravam Kulkulkan, uma divindade serpente mesoamericana cujas origens vêm do Período Clássico, e mais tarde foi adotada pelos pós-clássicos K'iche' Maya como Q'uq'umatz. Os astecas adoravam o famoso na atualidade: Quetzalcoatl, cujo nome vem da língua náuatle e significa 'serpente preciosa' ou 'serpente de penas de quetzal', mas não a tão famosa interpretação linguística que deu o resultado de ‘serpente alada’ tão divulgada erroneamente por diversos canais de comunicação da atualidade. Xiuhcoatl, traduzido como 'serpente turquesa' no náuatle clássico, era outra divindade serpente, deus do fogo asteca interpretado como a personificação da estação seca e sendo a arma do sol. Pense que os maias viviam longe de grandes rios e dependiam muito das chuvas em seus territórios para armazenarem água e passarem pelos meses de estiagem, e assim entenderá a potência de um deus dragão figurando como o possuidor de poderes que pode acabar com o povo todo. Na mitologia das civilizações andinas da América do Sul, o Amaroca, Amaruca ou Katari é uma serpente ou dragão mítico, mais associado aos impérios Tiwanaku e Inca. Na mitologia inca, Amaruca é uma enorme serpente de duas cabeças que vive no subsolo no fundo de lagos e rios. Vários dragões também aparecem nas culturas dos povos indígenas americanos. Na mitologia do povo Illini, murais pintados em penhascos com vista para o rio Mississippi retratam o Pássaro Piasa, uma figura dracônica que pode ter sido uma iconografia mais antiga da grande cidade cultural do Mississippi de Cahokia. Uma das formas mais comuns de dragões nativos americanos, uma figura recorrente entre muitas tribos indígenas das Florestas do Sudeste norte-americano e outros grupos tribais é a Serpente Chifruda, associada à água, chuva, relâmpagos e trovões. A imagem moderna de um dragão desenvolveu-se na Europa durante a Idade Média, depois da queda do império Romano em 476 dEC e terminou em 1453 dEC marcado pela conquista de Constantinopla. E através da combinação dos dragões semelhantes a serpentes da literatura greco-romana clássica, referências a dragões do Oriente Próximo preservados na Bíblia e tradições folclóricas europeias. Os séculos 11 e 13 viram o auge do interesse europeu pelos dragões como criaturas vivas. A imagem reconhecível mais antiga de um dragão europeu totalmente moderno aparece em uma ilustração pintada à mão do manuscrito medieval MS Harley 3244, produzido por volta de 1260 dC. Imagem da representação draconiana, Dragon_Harley Os dragões europeus são geralmente descritos como monstros gananciosos e gulosos, com apetites vorazes vivendo em rios ou tendo um covil ou caverna subterrânea. Eles são frequentemente identificados com o demônio em pessoa, Lúcifer, devido às referências a Satanás como um interpretativo 'dragão' no Livro do Apocalipse. Dragões e motivos de dragões são apresentados em muitas obras da literatura moderna, particularmente no gênero de fantasia. Um dos dragões modernos mais icônicos é Smaug, do romance clássico de JRR Tolkien, O Hobbit, com trabalhos proeminentes retratando dragões em Dragonriders of Pern, de Anne McCaffrey, a série Harry Potter de romances infantis de JK Rowling, Earthsea Cycle de Ursula K. Le Guin e da série literária de RR Martin As Crônicas de Gelo e Fogo. Estudiosos disputam de onde a ideia de um dragão se origina e uma grande variedade de hipóteses foram propostas. Como os primeiros dragões atestados se assemelham a cobras ou têm atributos semelhantes as serpentes, foi sugerido que os dragões são a criação de nosso medo inato de cobras. Adrienne Mayor, historiadora da ciência antiga e folclorista clássica, sugere que as imagens de dragões são baseadas no conhecimento popular ou exageros de répteis vivos hoje. Ela também argumenta que os dragões podem ter sido inspirados por antigas descobertas de fósseis pertencentes a dinossauros e outros animais pré-históricos. Isso é evidenciado na Catedral de Wawel, Craóvia – Polônia, onde vários ossos supostamente pertencentes ao Dragão de Wawel estão pendurados do lado de fora da catedral, mas os fósseis na verdade pertencem a um mamífero do Pleistoceno. Os chineses antigos também se referiam a ossos de dinossauros desenterrados como ossos de dragão e os documentavam como tal. Por exemplo, Chang Qu em 300 dEC documenta a descoberta de “ossos de dragão” em Sìchuān, uma província a sudoeste da China. Então, da próxima vez que um pessoa te disser que dragões foram inventados na idade média por europeus descobridores de fósseis de dinossauros mal interpretados, ou que nossos antepassados viram répteis gigantes, tal como o dragão de komodo, e se assustaram inventando lendas... Aí sim, você já pode indicar essa matéria para essa pessoa desenformada ler, e depois da leitura, sentar para um bom babo sobre a formação dos mitos dos dragões através dos tempos e povos do nosso incógnito passado humano. E também tratar a São Jorge, e como fica ele nessa história de mitologia draconiana?













